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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 4 de novembro de 2014

Crato - Por Alves de Oliveira.

Tanto me afiz bela urbe, a tua natureza
Pelos meus respirada, exuberante e pura,
Que, ausente dos teus céus, nas horas de ternuras
Afloras-me ao cismar, bem fadada princesa.

Venho as auras haurir-te. E ao ver-te, que leveza
Blandiciosa me invade, e se aviva, e perdura,
Sentindo-me ingressar na região da fartura.
Sentindo-me extasiar na zona da beleza.

E o Cristo Redentor, e as torres, e a serena
Verdura a emoldurar te... Em fim, para que a pena
Deslize no papel, feliz, ágil, fagueira.

Basta-me a aparição, na tarde que se encerra
De uma casa a alvejar num côncavo de serra
Ou o simples flabelar de um leque de palmeira.

3 comentários:

  1. Inicialmente gostaria que o Historiador Almando Rafael trouxesse algumas informações do Autor deste belo poema: Alves de Oliveira. E ofereço aos cratense que por qualquer razão ou motivo se ausentaram do Crato e não o esquecem jamais.

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  2. Caro Morais,
    Infelizmente não conheço dados relacionado ao bom poeta Alves de Oliveira. Mas a poesia postada já diz que o vate é dos bons.
    Fico devendo esta informação.
    Saúde e bem estar,
    Armando

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  3. Amigo Armando.

    Encontrei este belo poema no Jornal Folha da Semana, edição especial de 17.10.1953, o Osvaldo Alves lançou com 100 paginas em homenagem ao Centenario do Crato.

    Abraços.

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