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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quinta-feira, 24 de agosto de 2023

147 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.

João Alves de Menezes, João do Sapo, um sertanejo autentico. Da roça e do gado. De mãos fortes e calejadas da labuta diária. João do Sapo foi o maior empreendedor de sua época, em Várzea-Alegre.
Já nas décadas de 30 e 40 quando não existiam estradas nem transportes mandava apanhar um casal de bovinos puro sangue zebu na Bahia para melhorar a genética do seu rebanho.
Jacobina, chamava-se a vaca em homenagem à cidade baiana de origem e o touro foi batizado de Capucho, por ser branquinho tal qual um capucho de algodão. Conta-se que com o dinheiro da venda do primeiro bezerro, João do Sapo comprou 23 garrotes dos da região para espanto dos criadores do lugar.
Nasceu no dia 15 de Julho de 1893 e faleceu no dia 12 de maio de 1977. O seu lado serio fazia dele um pai, avô, esposo e amigo muito respeitado. Tinha também uma grande doze de humor em tudo que fazia.
Certa vez foi procurado por uns compradores de garrotes da Paraíba com boa oferta para a compra de seus animais. Rejeitou a principio e os paraibanos insistiram com a negocio. Ele confessou que não podia vender porque o seu gado estava numa roça que tinha “tingui”, uma erva que mata o gado asfixiado quando esse é provocado a fazer qualquer movimento, a se alterar.
Os paraibanos acrescentaram que tingui não era problema porque eles andavam com uma taboca, um bambu e se a rês caísse colocavam no fundo da mesma, o ar comprimido saía e a rês ficava boa de imediato.
João do Sapo disse: é meu amigo, por aqui é bem diferente: quando a rês cai, colocam a taboca é no fundo do dono! E não quis conversa, não arriscou ter prejuízo e não vendeu os garrotes.
A primeira parte da postagem foi pesquisada no Livro de Balbina Diniz, filha de João do Sapo, a segunda parte é de domínio publico, da convivência vivida pelos do Sanharol.



6 comentários:

  1. Amigos do Sanharol e amigos de Varzea-Alegre. Certa vez, João Alves de Menezes estava supervisionando uns trabalhadores e viu um urubu fazer um vou rasante para os lados da baixa da Luzia, onde pastava parte do seu rebanho bovino. Mandou o seu filho Raimundo ir olhar o que era e ao retornar Raimundo disse: meu pai foi o garrote de Jardineira que morreu. João do Sapo respondeu: arre Diacho, escolheu o melhor.

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    1. Kkkkkkkkllkkkklkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk tudo se torna mais simples e facil, quando se usa a simplicidade.

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  2. Morais não convivi diretamente com meu avô.Mas sou conciente da sua importância como cidadão para Várzea Alegre....Mas lembro de um vulto calmo, tranquilo, calça arregaçada, muito simples......Aquele tipo que fala pouco mas diz muito.Acho que meu pai herdou dele esta qualidade..

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  3. Tem de ter muito orgulho, alguem que descende destes tipos.

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  4. Linda a biografia do senhor João do Sapo não conhece ele já a família 🙌 🙌 sim

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  5. Muito boa essas histórias de varzealegrenses 👏👏👏 dele eu só conhecia a casa

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