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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 30 de agosto de 2023

159a - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


O sitio Atoleiro, pertencente ao distrito sede de Várzea-Alegre, talvez seja hoje em dia, o único lugar do mundo onde ainda se observa o conceito: palavra dada, palavra cumprida.

João de Toinha estava na roça com os dois filhos e estes interessados em assistir ao jogo do Brasil com a França pela copa do mundo, fizeram uma proposta: Se terminassem de limpar uma área até o meio dia, estavam dispensados de voltar à roça no período da tarde.

João além de aceitar o desafio dos filhos ainda fez pouco caso, duvidando da capacidade dos meninos, chegando a ponto de afirmar que se dessem conta de limpar toda aquela área até o meio dia, ele era capaz de dar o monossílabo.

Os meninos meteram as ferramentas, foram à cima, foram a abaixo, e terminaram o serviço no prazo determinado. Quando Toinha, a mulher de João, a mãe dos meninos, chegou com o almoço, recebeu a informação do desafio dos filhos e da proposta de João.

Então, a mulher reagiu assim: “Apois agora dê, viu João, os Bichim num ganharo”!

Os meninos foram assistir ao Jogo na TV do Bar da Boa Vista, o Brasil perdeu e foi eliminado pela França nos pênaltis e João escapou fedendo.

Um comentário:

  1. Os do Atoleiro são resolvidos. Um deles foi acometido por um Panarissio. Lá chamam "panadiço". O dedo da mão ficou igual uma marreta. Passou umas cinco noites sem dormir com dores e resolveu acabar com o sofrimento: colocou o dedo na berada do pilão e fez como Lula: cortou-lhe. Ficou com o bodogo e a parte doente mandou enterrar. Haja coragem.

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