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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 1 de setembro de 2023

162 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


Noutra oportunidade viajaram para o Crato José de Pedro André, Zé de Ana, Zé Bitu Filho e Pedro Batista. Meio de transporte o mesmo, tração animal.
O motivo da viagem era diverso. Zé Bitu fazer compras, Pedro Batista vinha buscar uma imagem de Nossa Senhora da Paz que havia mandado restaurar e os outros visitarem um amigo internado no Hospital são Francisco.
Desta feita se hospedaram na casa de Pedro Alves de Brito no Sitio Palmeirinha, distrito de Ponta da Serra. Chegaram à tardinha, soltaram os animais na roça, pernoitaram e no outro dia cedinho foram ao Crato nas Kombi que faziam a linha Ponta da Serra/Crato.
Antes do meio dia já estavam retornando para Palmeirinha. No almoço uma panela de fava com mocotó de porco e toucinho chamava a atenção e o Zé Bitu Filho exagerou na degustação. Por volta de uma hora da tarde arribaram da Palmeirinha e às 10 da noite já estavam no sitio Lenços, propriedade de Vicente Pitá, onde costumavam se hospedar.
Soltaram os animais na roça e trataram de se recolher. Zé André e Zé de Ana armaram as redes na sala, Zé Bitu Filho e Pedro Batista se acomodaram no quarto.
Foi deitar e a fava começar a sair em estado gasoso. Lá pras duas da madrugada Zé André saiu para o terreiro, nessa época o relógio era a estrela Dalva, o horário dependia da posição dela no céu.

Pedro Batista estava fumando seu cigarrinho e disse: Zé André vamos pegar os animais e vamos embora. Zé André falou: Pedro está muito cedo. Não senhor, vamos botar Zé Bitu Filho para peidar na estrada que ele não está respeitando nem Nossa Senhora da Paz!


4 comentários:

  1. Como já falei, Tibola foi o maior Udenista que conheci. Em 1954 o prefeito Hamildo Correia do PSD retornava da Barragem da Cachoeira Dantas e a Motocicleta quebrou a corrente no Sanharol, próximo a casa de Antonio de Gonçalo, que era um dos poucos do lugar que votava com Hamiltom. Então o Antonio escalou dois filhos, João e Tota para empurrar a Motocicleta até a cidade. Hamilton montou na Moto e os meninos empurraram. Quando passaram em frente à casa de seu Izé ele observou a cena e lascou: “Isso é que é ser dois cabrão adulador”! Na volta foi a vez de Ze André perguntar: Meninos o que Hamilton deu a voces? O Tota era meio desajuizado e respondeu: Nada, agente ganhou apenas o cheiro das bufonas de queijo de Hamilton.

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  2. Tanto o conto principal, como o comentário são para rir. Com o aval do Morais, registrei no livro TROPEIRISMO NOSSO, vários causos de sua autoria. Esse do João Totinha e Tota empurrando a moto do Hamilton Correia foi um deles. Pelo que me consta, nossa família e demais leitores adoraram.

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  3. Kklkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk passei pelo mesmo sufoco, qyando em 1979, tive um.lauto jantar, de baião de fava e carne seca, especialmente preparados para mim, por Toinha de Cazuza, la no potengi. Depois desta, passei 25 anos, sem amor a fava....

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  4. Francisco Giovani da Costa4 de setembro de 2023 às 08:19

    Vicente Bitu de Brito estava a fazer uma arapuca para os filhos de Luís Alexandre, que estavam em volta observando. Certa hora Orlando soltou um peido que de imediato Guilhardo, que era mais sério reclamou: Orlando, deixe de ser acanalhado, você vem peidar aqui perto de Tenta! Orlando respondeu: é porque eu não pude segurar! Aì Galhardo retrucou: e porque você não pinicou em bufa?

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