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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Movimentos Culturais de Juventude - Por Antonio Morais

Com o endurecimento do regime político militar, a partir da decretação do AI – 5, legitimando a censura previa a todos os veículos de comunicação em território nacional, o Brasil viveria num verdadeiro clima de terror político, que se refletiria num forte controle da produção cultural do país. 

Foi nessas condições político-jurídicas que se deu um amplo crescimento da economia interna do Brasil. Em 1972, o Brasil fez 150 anos de Independência Política em meio ao otimismo amplamente disseminado por ações como: Brasil ame-o ou deixe-o. Dessa forma, agitaram-se as agências de massificação e o governo Geisel, o que mais concentrou poder em suas mãos decretou o Samba a exaltação, com linguagem nacional e sambistas como Clara Nunes, Bete Carvalho, João Nogueira, Benito de Paula, Luiz Airão e tantos outros. 

Com as eleições de 1974, o aumento da pressão popular o presidente Geisel entendeu que não era permitido medidas autoritárias. Dois fatos ocorreram no governo Geisel que levaram a uma pressão pela abertura política. A morte do jornalista Vladimir Herzog em 25 de Outubro de 1977 e do metalúrgico Manuel Fiel Filho em 17 de Janeiro de 1976, nas dependências do DOI-CODE. 

Em Agosto de 1979 o presidente Figueiredo decretou a anistia beneficiando presos e exilados por motivos políticos. Com toda a cultura cerceada pela censura, com grande parte dos artistas exilados foi esse o período mais rico em composições musicais. Daí por diante, até mesmo em nossos dias, com toda liberdade oferecida não se tem conhecimento de grandes obras musicais, o Brasil está infestado de mediocridades.


2 comentários:

  1. Morais, o assassinato do Jornalista Vladimir Herzog foi em 1975 e não 1977. Ele como era judeu, ainda foi sepultado como um suicida. Foi muita tristeza aqui em São Paulo.

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  2. Maria da Gloria.

    Agradeço pela devida correção. Confundi as datas, devo ter trocado. Obrigado.

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