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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 2 de agosto de 2009

Amor pelo Sanharol.

Certa noite, no sitio Canto, numa sessão espírita, sucedeu de manifestar um espírito rebelde. Por mais esforço que os doutrinadores fizessem não se constituiu o bastante para catequizá-lo. Quando já estavam para desistir, chega uma informação dando conta do poder de mediunidade de que era dotado Antonio do Sanharol, o conhecido Pai Velho. De imediato vieram ao Sanharol convida-lo para participar desta sessão. Aceitou o convite e dirigiu-se ao Canto. Tão logo chegou, a sessão fora retomada e, em questão de pouco tempo o espírito começou a se manifestar com gestos e palavras obscenas. Antonio do Sanharol inicia sua missão, perguntando ao espírito quem ele era? Sou Nero, imperador romano. Ah. Irmãozinho compreendo seu estado. Seu pecado maior foi o de haver ateado fogo em Roma, cujo ato insensato paga por ele até hoje. Não me interessa! Toquei fogo em Roma e vou tocar no Canto. Irmão não fale assim! O Canto é terra de gente boa, de Maria de Bil, uma acatada filha de Deus. E eu com isso! Depois do Canto eu vou incendiar o Serrote e a Boa Vista. Não irmão! Procure se reconciliar com Deus. Esses dois sítios são abençoados. Não quero saber de nada. Vou terminar o meu rozario de incêndios ateando fogo no Sanharol. Neste instante, de dedo em riste, tomado por um ímpeto de amor a terra natal, parte Antonio do Sanharol em direção ao incendiário, dizendo:
Aí é, adonde você vai se lascar!
A. Morais

9 comentários:

  1. Amigo Morais, houve um engano da minha parte quando, de certa vez, te falei que o padre Claudio Leopoldo Franca Conde havia batisado o José Bernardo Vieira. Verificando, agora, o documento é que entendí que , na realidade ele assinou a certidão de batismo em 1880, sendo ele coadjuntor pré parocho.
    Pela data da emancipação de Várzea Alegre, 10.10.1870, se confirma a versão de que, realmente,o José Bernardo, nasceu no terrítório que compreende hoje o município de Várzea Alegre.
    Temos algumas famílias que têm suas origens no sítio São Vicente, dentre elas "os Pereira da Silva" de onde saiu a Maria Felícia, esposa do José Bernardo.

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  2. Morais, muito boa esta!
    Até domador de almas tem no Sanharol! (risos).

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  3. Muito bem Antonio. Vamos tirar um tempinho pata atualizar nossas pesquisas e descobri as origens.
    Um bom dia.

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  4. Maria da Gloria.

    Antonio Alves de Morais, o pai velho, alem de meu chará era tio legitimo do meu pai. Não tinha medo de nada nesse mundo, especialmente quando o assunto era assombração. Nessa epoca não se falava em mediunidade, mas diziam que ele conversava com as almas. Se é verdade não sei. O que ele não tinha era medo de nada. Uma boa semana.

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  5. Ei Fatima. Já pensaou se Pai Velho e Raimundo Gibão pegassem o Nero. Com certeza o Nero se arrependeria dos incendios. hahaha

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  6. Morais, boa tarde! Vi o blog, gostei bastante. Bem informativo. Parabéns e continue seu trabalho.

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  7. Morais,com esse sobrenome eu acho que o Pai Velho devia ser meu parente também, não sei porque ele não foi chamado para acalmar as almas da rua do capim.
    Estou te mandando um causo de um de um parente da nossa amiga Fátima.
    Abraço. Mundim.

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  8. Mundim.

    Pai Velho era filho de Francisco Alves de Morais que era irmão de Raimundo Alves de Morais, pai de Cococha. Portanto Pai Velho e sua avó Cococha eram primos legimos. Pra melhor se situar pai velho era irmão de Madrinha Zefa, minha avó.

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