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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Historias do Sanharol - Por A. Morais

Arroz doce.

Já disse mais de uma vez que Isabel de Morais Rego era a filha caçula de Jose Raimundo Duarte, Jose Raimundo do Sanharol. Disse também que ela contraiu matrimonio com o seu sobrinho Francisco Alves de Morais, 23 anos mais velho do que ela, filho de sua irmã Tereza Anacleta de Menezes. Desse casamento nasceram quatro filhos: Joaquim, Josefa, Antonio e Raimunda.
Joaquim faleceu solteiro, ainda jovem, dizem que era muito inteligente tendo importante participação na alfabetização das crianças da época. Josefa, a minha avó, se casou com Pedro Alves Bezerra seu primo legitimo. Antonio se casou com Clara Alves de Menezes, viúva de Francisco Alves Bezerra e Raimunda faleceu solteira. Josefa e Raimunda eram muito religiosas, viveram para caridade, visitavam todos os enfermos da família ou não, reuniam crianças para catequese, participavam de forma presente na pratica da doutrina cristã. Antonio, conhecido por Pai Veio, era muito irreverente, não tinha medo de nada, dizem até que conversava com as almas e não temia assombrações.
Nos adjuntos, multirões, aniversarios e festas comuns costumavam servir uma sobremesa conhecida como arroz doce, comida típica muito apreciada por todos. Era uma mistura de arroz, amendoim, leite, rapadura, erva doce, canela e cravo. Pai Veio apreciava por demais.
Um dia, depois do terço, madrinha Zefa disse: Raimunda, quando eu morrer eu quero que você coloque aquele crucifixo em cima de mim. Está certo, respondeu Raimunda. Agora Josefa se eu morrer primeiro eu quero que você coloque aquele São Francisco junto comigo na urna. Pai Veio fez o seu pedido: Meninas, pois quando eu morrer eu quero que vocês coloquem um prato de arroz doce bem em cima da titela.
A. Morais

5 comentários:

  1. Antonio de Morais Rego, o querido Pai Velho. Era um homem bom, de fé isso era brincadeira, como se diz, da boca pra fora, o coração era bom.

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  2. Não há duvida, meu Padrinho que o Sr. Antonio de Morais falava da boca para fora. Meu Padrinho, desde o dia em que cheguei em Varza-Alegre que tento entar do blog e só hoje consegui, pois a Internet é lenta, e a conecção cai toda vez que tento adicionar um comentario. Estava nos Barreisos em casa de Vilany Brito, onde ouvi comentarios carinhos ao seu respeito.Fique um dia no São Nicolau em casa de Antonio Wilson(Buita) com a promessa de voltar segunda-feira com Vilani; pois ao contrario ele não viria me trazer ontem, numa moto que é duas vezes maior que seu tamanho fisico, rsrsrs, mais que ele a domina como a um poltrinho. Estou adorando essas ferias.Tenho fotos e videos maravilhos! Gostaria de saber onde poderei encontrar a Madrinha Nair e o Senhor nesses dias de festa.

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  3. Maria de Fatima.

    Estive em Varzea-Alegre no ultimo sabado. Fui até a casa de Maria sua tia e falei com o Douglas que não soube me dizer onde lhe encontrar. Sabado, depois de amanha, estarei indo com Nair, Vicente Almeida e Valdenia, vamos assistir a salva do meio dia. Gostaria de lhe encontrar na igreja e em seguida está convidada para ir conosco almoçar no Sanharol na casa de minha filha Ana Micaely. Faça um esforço para assistir conosco a salva, só assim teremos assuntos para futuras postagens.
    Até Sabado.
    A. Morais

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  4. É, mas o arroz doce aí da foto não é bem o nosso amarelinho, tô certa?

    Pedro Piau também é muito fã de arroz doce. E mais ainda era o meu primo falecido, Geraldo Piau, filho de tio Raimundo Piau. Dizia ele: "minha gente, eu gosto tanto de arroz doce e tenho tanta raiva de muncunzá que, se um arroz doce me fizer mal eu boto a culpa num muncunzá qualquer".

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  5. Rita Maria.

    É verdade prezada prima.
    Não se faz mais arroz doce como antigamente. Por falar nisso, certa vez minha mae fez um tijolo de leite pegou um pouco e serviu a papai. Ele comeu tomou agua e disse: está muito bom, agora quem fazia tijolo de leite bom era Menina do Garrote. Outra vez mamãe fez uns sequilhos levou um pouco e depois de saborear papai falou novamente: estão otimos mais quem fazia sequilho bom era minha madrinha Mundinha do Sanharol. mamãe foi perdendo a paciencia, mas ainda fez um queijo de manteiga, quando papai esperimentou disse; está saboroso, mas quem fazia queijo de manteiga bom era Conceição de João Andre do Arneiroz. Mamae esquentou e arrematou: Jose voce só vai comer tijolo de leite, sequilhos, e queijo de manteiga aqui em casa se voce conseguir trazer esse povo pra fazer. Ora todos já haviam falecidos a 40, 50 anos. Papai ficou no prejuizo, nunca mais viu esses produtos em sua frente.

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