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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Morreu adispois dismorreu - Por Mundim do Vale

Um certo dia vinha da Santa Rosa, Osmundo Fiúza, Alberto Siebra, e Zé de Bogim, quando descia a ladeira da Betânia, Vicente Custódio vinha numa bicicleta. Vicente perdeu o controle e pegou Osmundo de cheio. Caiu Vicente caiu Osmundo e a bicicleta ficou com os pneus pra cima que rodaram por mais de 15 minutos. Levaram Osmundo para sua casa na antiga rua do Juazeiro em estado de morto. Chegando lá foi aquele corre-corre. Chamaram Dr. Lemos que foi logo categórico: - É óbito! A comoção foi geral. Era choro, vela acesa, recado para parentes, carpinteiro tirando as medidas para o caixão e a casa totalmente cheia. Osmundo por sua vez dava notícia de tudo, mas não podia piscar um olho, nem levantar um braço. Eu não sei como isso pode acontecer, mas quem sabe a medicina não tenha uma explicação. Ou talvez o próprio Osmundo que hoje é espírita kardecista encontre a resposta lá na sua doutrina. Depois de três horas de muita aflição, chegou Dona Zulmira para rezar um terço. Todos os presentes ficaram de joelhos com a cabeça baixa para orar. Foi nesse momento que o suposto finado foi ficando corado e de repente pulou da cama e foi ficar de joelhos do lado de Dona Dozinha com as mãos postas. Foi aí que o tempo fechou, correu Ana Alves, Vicência Félix, Manoel Martins e outros. Quando Belezário correu a porta já estava cheia e ele teve que pular a janela, em seguida subiu a ladeira, pegou a Rua Major Joaquim Alves mais ligeiro do que fogo de broca quando tem aceiro mal feito. Zé Teixeira quando viu aquele desespero perguntou:
O que foi que houve Belizário?
Foi Osmundo Fiúza qui morreu e adispois dismorreu!
Dedico a meu grande amigo Osmundo Fiúza, que está aí vivinho da silva para confirmar o meu causo.
Mundim do Vale.

5 comentários:

  1. Parabens Mundim por mais este resgate. Um abraço ao amigo Osmundo que Deus lhe dê muita paz e saude.

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  2. Morais
    Se o coração tivesse cadiras igual Academia, tres de cara já estariam redervadas para os Fiuzas: Dona Dozinha, Osmundo e Maria Brazão.
    Um amor de família.

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  3. Elmano.

    Recebi a caixa com os livros. Agradeço em nome do Sanharol. Estarei em Varzea-Alegre proximo sabado, rever a salva do meio dia e abraçar Osmundo.
    Obrighado.

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  4. Também estarei lá com meu compadre morais NA SALVA DO MEIO DIA.

    Vicente Almeida

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  5. Mundim do Vale, este "causo" verídico é tragi-cômico! Acho até mais cômico porque o falecido ressuscita do nada! Já escutei uma história semelhante de uma mocinha residente em Fortaleza que passou férias em Crato na casa do dono da Real Varzealegrense que não lembro o nome mas é de Varzea Alegre, ah! Sr. Zezito. Por certo a garota daquele final dos anos 60 é filha de algum varzealegrense, só sei que é afilhada de Dona Luizinha e Dr. Derval Peixoto.
    Contou ela que a família ía a um velório e lhe intimidou a comparecer, por mais que ela se negasse a ir. Velório noturno para o terror da convocada. Não queria ir, mas teve que ir... Lá pelas tantas da madrugada o finado acordou. Foi corre-corre para todos os lados. A garota jurava que jamais ia a velório algum. O bom foi ela contando a história. (risos).

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