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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 25 de agosto de 2009

Morreu e adispois dismorreu - Por A. Morais

Outro dia, o Mundim do Vale contou a historia do Osmundo Fiuza e, me fez lembrar uma historia que o meu pai contava de ter ouvido de seus avós. No principio da historia de Várzea-Alegre, o povoado pertencia ao distrito de Lavras da Mangabeira que por sua vez pertencia ao município do Icó. Os casamentos, cerimônias religiosas eram todas realizadas em Lavras. Como não tinha cemitério em Várzea-Alegre, quando morria alguém o corpo era levado para ser sepultado em Lavras da Mangabeira. Um belo dia, um caboclo do Sanharol, deu um ataque, um passa tempo e ficou sem sinal de vida e, o deram como morto. Juntou-se uma turma de 12 cabras dispostos, colocaram o defunto numa rede, amarraram num caibro e partiram para Lavras. São 60 km a distancia, entre as duas cidades, para fazer a pé não é nada fácil. Quando já iam perto da metade do caminho, resolveram descansar um pouco. Soltaram o defunto no chão meio de rebolada e o defunto bateu com a cabeça numa pedra e cortou de modo que o sangue começou a escorrer. Enquanto uns fumavam, outros contavam historias o defunto se buliu e se levantou. Foi gente pra todo lado na capoeira, enquanto o ressuscitado enrolava a rede e começava a fazer o percurso de volta. O fato é que apenas 15 anos mais tarde o caboclo morreu divera, pra valer. Dizem que quando iam saindo com o corpo a mulher chorosa alertava: cuidado para não baterem com a cabeça dele noutra pedra.
A. Morais

Um comentário:

  1. Meu caro Mundim do Vale. Antes do Osmundo já "dismorria" gente em Varzea-Alegre.

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