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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 24 de novembro de 2009

Casamento à moda antiga - por Glória Pinheiro

Aconteceu no Século XIX, quando os casamentos eram acertados entre as famílias, que desta vez foi "arranjado" fora do ciclo familiar.
Um coronel do Crato forneceu um empregado seu para fazer um conserto em um determinado engenho localizado em um município da Região do Cariri. O proprietário do engenho era um solteirão de aproximadamente 40 anos de idade, herdeiro de muitas terras.
Quando o mestre chegou naquela propriedade, o solteirão foi logo indagando ao homem que iria consertar o motor do seu engenho, se o coronel fulano de tal não teria uma filha para se casar com ele. O homem respondeu, sim, tem dona "Belinha", uma moça muito bonita. O solteirão, então, mandou um recado: - Diga ao coronel que irei pedir a mão da sua filha para casamento. Dito e feito!
Não tardou muito disparou o solteirão a caminho do Crato. Chegando lá, já foi tratando de se entender com o coronel e a esposa sobre o casamento. Enquanto isso "Belinha" que vivia suspirando de amor por um primo, se escondeu atrás da porta escutando a conversa que traçava seu destino. Porém, na primeira oportunidade que teve falou para a mãe: - Mamãe, eu, uma mocinha tão novinha e bonitinha me casar com um velho tão feio? A mãe: - Queira minha filha que o homem tem muitas posses.
O casamento aconteceu e o casal foi viver longe do Crato. Mais adiante, ao ficar viúva, o primo, sua antiga paixão, foi lhe buscar naquela cidade e só então o segundo casamento foi realizado e dessa vez foi por amor.

6 comentários:

  1. Maria da Gloria.

    Nem todas tem essa sorte. As veses o danado do velho demora a morrer. hahaha

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  2. Glória, gostei dessa história, pois é muito romântica. Imagine se depois da mocinha ficar viúva, o rapaz já estivesse casado? Ela não ia viver o seu grande amor.

    Abraços

    Magali

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  3. Morais e Magali, é certo que vivemos em outra época... Mas, acredito que mesmo vivendo àquela época eu não correria esse risco, não! Porém, se era o que estava escrito nas estrelas... rsrs

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  4. Magali e Gloria.

    Amanha estarei postando a historia de Maria Anacleta de Meneses, filha de Jose Raimundo do Sanharol. Ela se casou com Antonio de Brito Correia do sitio Palmeirinha em Crato. No dia do casamento a sobrinha dela Leonarda Bezerra do Vale se batizou. Antonio de Brito Correia ficou viuvo e se casou com a Leonarda e nasceram 11 filhos, entre eles Pedro Alves de Brito o pai de Lizieux casada com Valtenio Moreira de Deus funcionario aposentado do Banco do Brasil. Muito conhecida em Crato Lizieux é mãe da Dra Luisiene esposa de um filho do Dr. Jefferson. Leia a postagem.

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  5. Gloria, esse é um de muitos fatos que aconteceram por aquelas bandas; como dizia me Avô. É lamentavel que isso ocorria com uma simplicidade sem tamanho. Ainda bem, que mesmo madura essa senhora foi feliz. valeu apena esperar seu grande amor. Linda historia, viu Glorita? do peso do seu coração. Abraço carinhoso e fraterno. Fatima

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  6. Glória. O seu causo/romance foi muito bom, lá na minha cidade,
    quando alguém escuta um conto desses diz:
    - Caiu na encachadeira.

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