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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 28 de fevereiro de 2010

Sinatra.

Encerramos Fevereiro de 2010 com esse excelente video enviado por uma colaboradora do Blog do Sanharol. Celine - Sinatra.

Postado Por A. Morais

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Pra voce Mundim - Por João Bastos Bitu.

Todos esses seus versinhos,
Faz parte da cultura popular
Falando das coisinhas do sertão
Que nós encontramos por lar
Alegrando esse pobre camponês
Que na vida vive só de pensar
.
Nas noites de lua cheia,
Quando se fazia luarada
Na grande ansiedade
De arranjar a namorada
Como era belo e lindo!
Ao cantar da passarada.
.
A violência tomou de conta
A droga sempre presente,
Não existe mais respeito
Tudo está diferente.
Filho não respeita os pais,
Muita gente incompetente.
.
Partindo desse descaso
Só nos resta corrigir,
Mostrando a população
O bom tem que existir.
Amando mais ao próximo
E pensando em progredir.
.
Ao meu grande poeta Raimundo,
Que descreve a cultura popular,
Receba minha grandiosa gratidão.
Orgulho do povo do nosso lugar.
Por valorizar o nosso torrão amado,
Fonte de sua bela grade curricular.
.
Por João Bastos Bitu.

Muito Facil - Por A. Morais

Este é de fácil identificação. Foi nosso contemporânio, quem não o conheceu? Nas rodas de pagode com os amigos, um dos fundadores do Blog "Os bonitinhos". Amigo de todas as horas. Deixou muita saudade. Será identificado de prima. Valeu pela homenagem.

Por A. Morais

Roteiro final do mensalão do PT.

IstoÉ teve acesso ao processo judicial com 69 mil páginas contendo laudos sigilosos da Polícia Federal, relatórios reservados do conselho de controle de atividades financeiras, pareceres da Receita Federal e outras representações criminais que tramitam sob segredo de justiça em vários estados.
A investigação derruba a versão de que o dinheiro público estava ileso do esquema de caixa 2 do Partido dos Trabalhadores para comprar votos da base aliada no Congresso Federal. Novos documentos e testemunhas asseguram a origem estatal dos recursos.
O nome de Fernando Pimentel, ex-prefeito de Belo Horizonte e possivel coordenador da campanha presidencial da ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, aparece pela primeira vez no caso desde o início das investigações, em 2005.
Pimentel é apontado como um dos operadores da remessa ilegal de recursos para o exterior, depois usados para pagamentos de dívidas com o publicitário Duda Mendonça.
A origem desses recursos, de acordo com denúncia do Ministério Público Mineiro, está em um contrato superfaturado da prefeitura de Belo Horizonte, feito durante a gestão de Pimentel.
Outro fato novo levantado durante as investigações é o envio de uma mala com R$ 1 milhão à Executiva Regional do PT do Rio Grande do Sul. O dinheiro foi usado pelos dirigentes estaduais do PT para pagar dívidas históricas acumuladas durante a realização do Fórum Social Mundial, criado por movimentos de esquerda e organizado pelo PT de Porto Alegre.
Os documentos ainda reúnem vários depoimentos de políticos e empresários que comprovam o pagamento de propina a deputados da base aliada do PT. Partidos como o PTB de Roberto Jefferson, ex-deputado responsável pelas primeiras denúncias do mensalão, o PL e o PP são citados nos laudos.
Entre os ouvidos pela Justiça, ainda estão o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o vice-presidente José Alencar e os ex-ministros Márcio Thomaz Bastos, Aldo Rebelo e Walfrido dos Mares Guia, que confirmam a versão de que Roberto Jefferson alertou o presidente Lula sobre a existência do Mensalão.
Fonte - Istoé.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

CONHECIMENTO DE CAUSA - Por Mundim do Vale

Quando o assunto é sertão
Eu rimo e não tenho medo
Porque já furei o dedo
Em caraca de algodão.
Dancei forró de feição
Em latada no terreiro
E assisti violeiro
Se danando nos repentes,
Também escovei meus dentes
Com raspa de juazeiro.

O sertão é um lugar
Completo de inspiração
Em cada canto do chão
Tem um tema pra rimar.
Foi lá no grupo escolar
Que na minha vez primeira
Fiz versos de brincadeira
Para minha professora.
E a boa educadora
Era Maria Vieira.

Lá no sertão meu padrinho
Certa vez me abençoou
E no momento falou:
- Deus lhe dê um bom vizinho!
Eu recebi com carinho
E Deus também atendeu
Porque no caminho meu
Todo vizinho é amigo.
Assim eu trago comigo
A bênção que ele me deu.

Cheguei a participar
Das apanhas de arroz
Comendo baião de dois
E arroz doce no jantar.
Também cheguei a furtar
O santo de uma vizinha
Porque a chuva não vinha
Para o legume nascer.
Depois pegou a chover
E nem plantação eu tinha.

Quando foi pra caminhar
O freio foi minha testa
Mas eu fazia uma festa
Se saísse do lugar.
Para aprender a nadar
No Riacho do Feijão
Meu curso de natação
Foi tronco de bananeira.
Eu colocava em fileira
E amarrava com um cordão.

O Padim Ciço Romão
Não cheguei a conhecer
Mas nunca fui de perder
O começo da missão.
Eu via Frei Damião
Naquele seu caminhar
Andando bem devagar
Abençoando meu povo.
E eu de sapato novo
Querendo lhe acompanhar.

No sertão eu fiz gaiola
Com talo de macambira
Comi pirão de traíra
E ouvi som de viola.
Fiz alpercata de sola
Pra no domingo ir a feira
Descendo pela ribeira
Vendo o sol aparecer,
Brincando de se esconder
Nas folhas da aroeira.

Lá eu fiz cerca de vara
Tomei água de cabaça
Me intoxiquei com fumaça
Quando queimava coivara.
Nas noites de lua clara
Eu ficava na calçada
Prosando com a moçada
Atrás de arranjar xodó.
Mas sempre ficava só
E os outros com namorada.

Eu rimo uma rezadeira
Com o ramo bento na mão
E rimo a fé do cristão
Levando o pau da bandeira.
Rimo a cabocla faceira
Que passa no rebolado
Mas como tem namorado
Ninguém vai mexer com ela,
Pra não haver sentinela
Nem homem virar finado.

Meu transporte era jumento
O acento era cangalha
Meu chapéu era de palha
E a brisa só do vento.
Eu vivia cem por cento
Gostando do meu lugar,
Tinha açude pra nadar
Que era a minha vaidade.
Mas eu ia na cidade
Pra rezar missa e votar.

Foi meu pai lá no sertão
Que me ensinou a verdade
Da arte da humildade
E do valor do perdão.
Se não guardei a lição
É porque fui displicente
Mas é sempre o pai da gente
O primeiro educador.
E como bom professor
O meu pai foi paciente.

Eu só deixei o torrão
A procura do espaço
Mas hoje um verso que faço
Tem tudo com meu sertão.
Eu rimo a sombra do oitão,
A copa do cajueiro,
A chuva de fevereiro,
A alegria do gado
E o canto improvisado
De um aboio de vaqueiro.

Quando o dia amanhecia
Uma sabiá cantava
E mamãe se levantava
Me desejando bom dia.
No mesmo instante eu dizia:
- A bênção mamãe querida,
Já vai começar a lida?
E aquela santa pequena
Dizia com voz serena:
- Deus proteja a sua vida.

Se houver reencarnação
Como já ouvi falar,
Vou querer reencarnar
Nas quebradas do sertão.
Quero ver num barracão
Uma festa de reisado
Com o boi todo enfeitado
E a pinta botando um ovo.
Quero ver todo o meu povo
Pra me lembrar do passado.

Mundim do Vale

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

CARTA AO PRESIDENTE LULA - Por Mundim do Vale

Senhor doutor presidente
Me perdoe a pretensão,
Escrevo essa carta urgente
Para pedir solução.
Fiz esta carta chorando,
Olhando pra água entrando
Nas casas com violência.
Se o senhor passou por isso,
Não deve ficar omisso
Porque teve experiência.

Que Deus possa acompanhar
A sua nobre gestão,
Que quando for despachar
Ele pegue em sua mão.
Que a santa Virgem Maria,
Seja a sua fada guia
Nos momentos de incerteza,
Que o nosso Senhor Jesus,
Lhe mostre o peso da cruz
Dos pobres de Fortaleza.

Tão caindo as estruturas
Na frente, atrás e no meio,
As casas são inseguras
E as águas não tem freio.
É plantação destruída,
Gente desaparecida
E o patrimônio perdido.
Tira um pouco de onde tem,
Que aqui é Brasil também
Não pode ser esquecido.

Quem maltrata mais a gente
Não sei se é seca ou inverno,
No inverno vem enchente
Na seca vira um inferno.
Se não houver prevenção,
O povo da região
Vai viver sempre infeliz.
É preciso uma lei séria,
Pra acabar com a miséria
Dessa parte do país.

Onde anda seu ministro
Aquele da integração?
Porque não olha o sinistro
Da terrível inundação.
Deixe o exterior pra lá
E venha no Ceará
Pra ver sufoco o que é.
Não deixe que alguém pense,
Que o povo cearense
Tem vocação pra Noé.

O pobre desabrigado
Depois que perde o que tem,
Pode até ser obrigado
A pagar taxa também.
Eu vi um jornal dizendo,
Que tem político querendo
Criar taxa pra enchente.
Como pode o cidadão,
Pagar por inundação?
Diga Senhor presidente!

Me desculpe presidente
Por minha sinceridade,
Pois nosso caso é urgente
Porque é calamidade.
Eu que votei satisfeito,
Com a sua estrela no peito
Tou perdendo a confiança.
Se o Senhor não agir cedo,
Fique certo que o medo .
Vai vencer esperança.

Não pense que exagerei
Senhor Doutor presidente,
Só eu sei o que passei
Com a tragédia da enchente.
Se o Senhor é Lula-lá,
Seja um pouco Lula-Cá
Ajudando aos irmãos seus.
Se não puder ajudar,
Faça o favor de mandar
O endereço de Deus.

Desafio - Foto enviada por Israel Batista.

Prezados conterrâneos. A nossa querida professora, de saudosa memoria, tinha treze anos a época. Você sabe identificar?
Postado por A. Morais

Mensalão do DEM - Por A. Morais

O mensalão do DEM, propalado como o único ato desonesto ocorrido no pais, não é tão exclusivo do DEMOCRATAS. Ontem a câmara distrital enviou para o Conselho de Ética a relação dos parlamentares abaixo: Foi pedido a abertura de processos de quebra de decoro contra os deputados Aylton Gomes (PR), Benedito Domingos (PP), Benício Tavares (PMDB), Eurides Brito (PMDB), flagrada em vídeo colocando dinheiro na bolsa, Júnior Brunelli (PSC), conhecido pela reza do mensalão, Cabo Patrício PT, Rogério Ulisses (PSB) e Roney Nemer (PMDB). Caberá agora ao Conselho de Ética da Câmara iniciar os processos. Um relator para cada caso deve ser designado e os deputados terão a chance de se defender. O rolo conta com políticos do PR, PP, PMDB, PSC, PSB, PT e o DEM.
Como sabemos, depois de tudo apurado e comprovado é que a denuncia irá para o Supremo e o processo só será aberto se o Supremo aceitar a denuncia. Portanto estamos longe do Mensalão do PT, do Jose Genoíno, do Jose Dirceu, Delubio Soares, Silvinho Pereira e outros que já passou por todos esses estágios e encontra-se nas gavetas do ministro Joaquim Barbosa no Supremo Tribunal Federal.
Contudo, devemos observar a conduta de cada partido, O DEM expulsou de seus quadros todos os envolvidos no escândalo, fez a intervenção no diretório de Brasília, enquanto o PT está recompondo suas fileiras com todos os denunciados no Supremo, não estou falando em denuncias de imprensa. O Dirceu, o chefe do mensalão, segundo o então procurador da republica António Fernandes de Sousa, hoje é o chefe maior da campanha da candidata do partido, já aparecendo nas manchetes com novas denuncias. O PT é muito corajoso. Isso pode não dar certo. Opinião publica não é balela. Acho que a justiça tem que agir. Quem está na cadeia que fique preso. Que se prenda os demais também. Não sou e nunca fui filiado a nenhum partido politico.
Por A.Morais

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

COMPOSITORES DO BRASIL


GORDURINHA

Por Zé Nilton

Meu Deus
Por que é que nessa terra
Pedem paz e fazem guerra
E fazem guerra pela paz
Meu Deus
Por que é que os homens agem
Sempre em nome da coragem
A apunha-las só por trás
A fortuna correndo atrás
De quem já tem dinheiro
E o faminto se foge da fome
Ela vai atrás
Óh, meu Deus o sertão está seco
Só chove na praia
O oceano está cheio de água
Não precisa mais
Muita gente com a reza na boca
E o ódio no peito
O cristão fazendo mal feito
Com a Bíblia na mão
A ganância na terra entre os homens
Gerando conflito
E a ciência a serviço do mal
E da destruição”...
(Gordurinha: “Prece para os homens sem Deus”)

O nome Waldeck Artur de Macedo tem tudo para representar um sujeito muito sério, compenetrado e porque não dizer, sisudo e arredio. Contudo, a figura nomeada por tão pomposa graça não é nada disto. Começou a vida artística, lá pelos anos de 1938, em Salvador, como comediante e humorista, por tratar-se de uma pessoa alegre, brincalhona e de bem com a vida.

Gordurinha, que era magro e esbelto, logo ganhou notoriedade pelo jeito esculachado de ser, pela sua fina verve humorística e pelo sarcasmo que iria ser disseminado em suas letras anos mais tarde.

Disse em sua música que “cabeça grande é sinal de inteligência”, e com este dom (que independe do tamanho da caixa craniana), antecipou muitos movimentos musicais.

Na letra de “Chiclete com banana”, onde declara, à guisa de Adriano Suassuna, seu desprezo pela presença americana em nossa cultura, lembra a sacada tropicalista, de fraseado antropofágico, quando sugere na letra:

“Só boto bebop no meu samba,
Quando o tio Sam pegar no tamborim
Quando ele pegar no pandeiro e no zabumba
Quando ele entender que o samba não é rumba”...

Já na música “O vendedor de caranguejo” fala da sobrevivência no mundo do mangue, da lama, e na criação de um tipo de humanidade, o vendedor de caranguejo , preso à rotinização que acaba por configurar um tipo de sub cultura, mais tarde tão bem expressado pelo movimento mangue-beat, de Chico Science.

Foi um defensor da música regional, e muito criticou os preconceitos e os estereótipos com que o sudestinos marcam os nordestinos. Escreveu na capa do LP do Trio Nordestino, em 1972, um desabafo contra essa de que somos uns paus de arara. Disse que “Pau de Arara é a vovozinha”, música que abre um dos melhores discos dos gloriosos, Lindú, Cobrinha e Coroné.

Gozou também com a bossa nova, ridicularizando em suas rimas pobres e pouca ou nenhuma proposta.

Gordurinha tinha uma predileção pelo Ceará. Cantou a secas e as enchentes cearenses, pediu clemência ao Padre Cícero, exaltou a Praça do Ferreira.
É a atração desta quinta-feira no programa: Compositores do Brasil, a partir das 14 horas, na Rádio Educadora do Cariri.

Vamos falar de Gordurinha como uma das expressões da música nordestina cantada com a força e a graça da musicalidade baiana, de onde veio este excelente compositor brasileiro, que viveu as mais deferentes artes – cinema, teatro, música, locução radiofônica em Salvador e no centro do mundo – o Rio de Janeiro, de sua época.

Dentre as músicas de seu vasto cancioneiro, selecionamos o seguinte roteiro.

Vamos ouvir e falar de:

Tenente Bezerra, de Gordurinha com Gordurinha, gravação continental de 1959.
Uma prece para homens sem Deus, de Gordurinha, com Ary Lobo, de 1969;
Trem da Central, de Gordurinha e Mary Monteiro, com Marinês e sua gente, gravação da RCA Victor, de 1960.
Bossa quase nova, de Gordurinha, com Gordurinha, gravação original pela continental de 1961.
De trás pra frente,
de Gordurinha, com Gordurinha, 1962;
Baianada, de Gordurinha, com Gordurinha, gravação da continental, de 1959.
Baiano burro nasce morto, de Gordurinha, com Gordurinha, do LP. Gordurinha tá na praça, gravação da Continental de 1959;
Pedido ao padre cicero, de Gordurinha, com Gordurinha, grvação original de 1959.
Vendedor de caranguejo, de Gorduinha, com Gordurinha, gravada pela Continental em 1958;
Súplica cearense,
de Gordurinha e Netinho, com Luiz Gonzaga, gravação original da continental de 1960;
Mambo da Cantareira,
de Gordurinha, com Gordurinha, gravação da continental de 1960;
Pau de arara é a vovozinha, de Gordurinha, com Trio Nordestino, 1972.
Chiclete com banana, de Gordurinha e Almira Castilho, com Jackson do Pandeiro, gravação original pela continental, de 1959.

Quem ouvir, verá !

Informações:
Programa Compositores do Brasil
Pesquisa, produção e apresentação de Zé Nilton
Sempre às quintas-feiras, às 14 horas
Rádio Educadora do Cariri – 1020 kz.
Apoio: CCBN.

EITA! SUMPALO MEDÕE. - Mundim do Vale

Toda vez que os nossos conterrâneo vinham de São Paulo para passarem férias em Várzea Alegre, Assis de Pacim não saía de perto deles. Aquelas gírias, as vestimentas e os objetos que eles traziam, deixava Assis mais admirado do que cachorro em porta de açougue. Assis só falava em viajar para São Paulo, para vir passar as férias na cidade.
Conversando com amigos ele dizia:
- Eu tem fé im meu Padim Ciço Romão, qui eu ainda ei de ir pra Sumpalo. E tem mais uma. Quando eu vortar vou trazer meia dúzia de misampri pra Gulora minha prima, um relojo oriento pra pai, um cachimbo novo pra mãe, um sapato cavalo de aço pra Enoque, uma camisa banlon pra Paulo meu primo e um gravador pra eu. O assunto de Assis era só viajar pra São Paulo, mas nada de dar certo.
Luís Justino e Luís Clementino estavam carregando os caminhões de lã de algodão na Usina Diniz, para transportar até Campina Grande na Paraíba, quando lembraram de fazer uma brincadeira com Assis.
Mandaram chamá-lo e Luís Justino falou:
- Assis nós vamos deixar essa lã em São Paulo, se você quiser ir com a gente, pode ir se arrumar que nós não vamos cobrar nada. Assis ficou mais satisfeito do que menino amorcegado em bigu de carroça.
Chegou em casa e falou para a mãe:
- A bença mãe! Ajeite aí meus terém qui eu vou agora mermo pra Sumpalo, diga a pai qui eu deixei a bença e qui assim qui eu puder vou mandar uma naváia nova pra ele.
Saíram por volta das oito horas da manhã, quando foi as sete da noite, estavam chegando em campina. Quando avistaram o clarão da cidade Luís Justino falou:
- Pronto Assis, estamos chegando em São Paulo.
Assis olhou admirado e falou:
- Eita Sumpalo medõe de grande!
Chegaram na cidade e foram direto para os armazéns da rua Manoel Pereira de Araújo, onde os carros ficaram para serem descarregados. Como já era noite resolveram descansar para no dia seguinte mostrar a cidade a Assis.
No outro dia pela manhã eles saíram mostrando tudo. Assis estava muito mais curioso do que mulher que transporta bilhete. Mostraram a Avenida João Pessoa, a Rádio Borburema, o colégio Alfredo Dantas, a Praça da bandeira, a rodoviária, o trem e o cinema. Tudo era como um sonho para Assis.
Depois do almoço os carros já estavam carregados com tecidos para o comércio de várzea Alegre, Quando Luís Justino falou:
- Assis. Eu me lembrei de uma coisa muito importante. Tu trouxe os teus documentos?
- Não. Eu truve só o papé do batistero.
- Pois nós vamos embora logo agora, porque se a ronda da Bacural te pega sem documento, vai te prender e não solta nunca mais.
Luís viu que Assis estava mais triste do que filho de viúva pobre, aí falou:
- Mas não tem problema não. Você vai providenciar seus documentos e na outra viajem você vem pra ficar.
Chegaram em Várzea Alegre no amanhecer do dia e Assis foi direto pra calçada da capela de Santo Antônio, onde estavam alguns vizinhos.
Quando subiu a calçada foi logo dizendo:
- Eita Cuma eu tou cansado. Sumpalo é munto longe.
Zé Preto perguntou:
- E aí Assis. É bom im Sumpalo?
- É bom qui faz inté gosto. A vinida João Pessoa é mais laiga do que a rua do Imboque, o otel Eldorado é munto mais maior do que a pensão de Leontina, O cinema de lá cabe dez Cine Odeon desses daqui dento dele, o trem é mais maior do que o carro de Miguel Mandinga.
E cadê os presente qui tu dixe qui ia trazer?
- Deu certo não. Lá tem munta coisa, mais tudo já tem dono. Pode inté ser qui qando eu for de novo eu traga.
Mundim do Vale

Sanharol - Por A. Morais

Mensagem do Blog do Sanharol para professora Renata Bitu Satiro e, em memória de Elisa Gomes, Iracy Bezerra e Dozinha Fiúza.

O professor é o elemento insubstituível na ação de educar, não existe nada que possa substituí-lo. O professor desempenha grande função na formação do educando, principalmente no adolescente que enfrenta uma época de mudanças, de transformações. Cabe ao professor ajudar o aluno, na solução dos seus problemas, não só na aprendizagem, como nas questões pessoais.
O primeiro professor do Brasil foi a Padre Jose de Anchieta que na sua missão de religioso iniciou a catequese aos índios; as primeiras escolas que se tem conhecimento oficial no Brasil foram entregues aos religiosos Padre Manuel da Nóbrega e Jose de Anchieta.
O verdadeiro professor é aquele que faz da sua profissão um sacerdócio, que transmite seus ensinamentos com amor, dedicação e carinho. Aos professores devemos não só a nossa instrução como nossa educação, pois, a escola é a continuação dos ensinamentos morais iniciados no lar. É através do professor que podemos medir o verdadeiro valor do magistério; é no professor que está o verdadeiro sacerdócio, a verdadeira vocação na arte difícil de ensinar. São eles, os professores e professoras, nas condições de heróis anônimos, que preparam o povo para auxiliar no desenvolvimento do nosso pais.
Façamos com que os nossos dias de estudantes, sejam sempre os melhores momentos de nossas vidas e quando chegar o amanha, tenhamos saudades daqueles dias puros e tranqüilos que tantas recordações nos darão. E daí poderemos dizer como Correia Junior:
-
Lembro... E meu pensamento comovido
Nesta idéia risonha se consola:
Os dias que vivi na tua escola,
Nunca hei de esquecer, mestre querido.
Postado por A.Morais

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

CONVERSANDO COM MEU PAI - Por Mundim do Vale

Meu pai que grande alegria
Estou feliz, pode crê,
Eu marquei para esse dia
Um diálogo com você.
Tudo que vou perguntar,
Sem querer lhe incomodar
Vou usar como apostilha.
Sua vida duradoura,
Sempre foi a promotora
Da união da família?

Meu pai me diga porque
A sua serenidade,
Diga-me porque você
Vive com tranqüilidade?
Se durante a sua vida,
Houve subida e descida
Para você enfrentar?
Com quem você aprendeu,
De quem você recebeu,
Como pôde conservar?

Ensine-me como guardou
Todos os princípios seus,
Diga-me de quem herdou
Sua grande fé em Deus?
A sua religião,
Sua boa educação
Foi herança dos seus pais?
Sua boa experiência,
E o dom da paciência
Porque cresce ainda mais?

Diga como conseguiu
Construir seu ideal,
Se você na concluiu
Nem mesmo o primeiro grau?
Porque você nessa idade,
Tem tanta vitalidade
Que nem todo mundo tem?
Diga sem pestanejar,
Se pretende ultrapassar
Dos noventa para os cem?

Uma coisa que eu queria
E há tempo peço a Deus
É de poder ver um dia
Os meus filhos iguais aos seus.
Se você me ensinar
A receita de educar
Quem sabe eu posso aprender.
Só tem uma coisa mais,
Nós dois não somos iguais
Como é que eu vou fazer?

RESPOSTA DO MEU PAI

Meu filho eu vou explicar
Da vida a realidade,
Não há quem possa mudar
O poder da divindade.
Eu tropecei na descida,
Me equilibrei na subida
Porque com Deus ninguém cai.
E assim eu vou lutando,
Com lembrança conservando
Os conselhos do meu pai.

Lhe ensinar como guardei
Os meus princípios de fé,
Não vai precisar, eu sei
Pois você sabe o que é.
Para alguém ser educado,
Não precisa de mestrado
Nem de pós-graduação.
Paciência e experiência,
São virtudes da ciência
Que não tem limitação.

Meu ideal encontrei
Com muita boa vontade,
Por isso não precisei
Diploma de faculdade.
Se muito eu estou vivendo,
É deus quem está querendo
Meus trabalhos concluídos,
Se Ele assim determinar,
Posso até ultrapassar
Os cem anos vem vividos.

Um jardim fica seguro
Se o jardineiro regar,
Para um filho ter futuro
O pai tem que educar.
Siga em frente, não esqueça
Grave na sua cabeça
Tudo o que eu lhe ensinei.
Caminhe pelo meus trilhos,
Repasse para seus filhos
A educação que lhe dei.

Meu filho, eu também gostei
Dessa sua argüição,
Você sabe, eu também sei
O valor da educação.
Meus filhos formam um composto,
Que não me deram desgosto
Nenhum dia em minha vida.
Com essa boa convivência,
Hoje eu tenho a consciência
Da minha missão cumprida.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Outra do genial Raimundo Bitu - Por A. Morais

Dedicado a Júlio Bitu.
Neste período de carnaval passei os dois primeiros dias no Sanharol. Encontrei vários amigos, entre eles Júlio Bastos Bitu, filho de Raimundo Bitu e Cotinha e, que fazia muitos anos que não o encontrava. Lembrei-me dos seus pais e de uma historia do Raimundo Bitu que talvez o Júlio não a conheça.
Raimundo Bitu era proprietário de uma vasta área de terras agricultáveis da melhor qualidade. Nos anos 50 e inicio dos anos 60 a única agência bancaria da região sul do Ceara era a agência do Banco do Brasil em Crato. Os encaminhamentos de empréstimos se davam da presente forma: Um fiscal do banco visitava os proprietários e fazia os seus cadastros, em seguida, os proprietários faziam à proposta junto ao banco.
Raimundo Bitu tinha a sua disposição um limite, a época, de, por exemplo, 50 contos de réis e propôs um empréstimo de apenas três contos de réis. Diante de proposta tão pequena o fiscal do Banco perguntou: Seu Raimundo Bitu, o que o senhor vai fazer com três contos de réis? Se o Senhor podia e tem suporte para fazer um empréstimo bem maior? Ampliar sua lavoura, aumentar sua produção e o rendimento da fazenda? Raimundo Bitu respondeu no ato: vou guardar e todo sábado vou comprar 06 kgs de carne e comer com a minha família no decorrer da semana. O fiscal não gostou da resposta de Raimundo Bitu.
Quando os proponentes chegaram ao Banco, em Crato, a proposta de Raimundo Bitu estava cancelada pelo fiscal. Raimundo Bitu era primo de Jose Siebra de Brito, Gerente do Banco e, depois de um bom papo o recurso foi liberado e o fiscal entendeu que Raimundo Bitu não permitia que outros planejassem o seu endividamento.
Por A.Morais.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

INRIBA DA BUCHA - Por Mundim do Vale

Meu avô dizia que quem mexe com doido, é doido e meio. Sábias palavras.
O exemplo disso aconteceu lá em Várzea Alegre.
Uma vez Darca mandou Chico Tida deixar uma manteiga da terra na casa de Vicente Ferreira, quando voltava, Chico encontrou Sá Maria com uma trouxa de pedras e foi inventar de mexer com ela. Mais pra que ele foi fazer aquilo? Sá Maria pegou uma das pedras, eu acho que a de Clarianã e rebolou. Chico abaixou-se e a pedra foi bater logo em Gessione, filho de Almir David. Aí o tempo fechou. Levaram Gessione para a farmácia de Nelinho e Almir ficou nervoso dizendo que fazia e acontecia.
Enquanto isto, Chico sabendo o pai rigoroso que tinha, aproveitou a situação para fugir e foi tratando logo de arranjar um lugar para ficar escondido. Não com medo de Almir, mas do seu pai. Quando passava em frente a igreja de São Raimundo, viu a porta aberta e entrou, quis subir para a torre mas não conseguiu. Quando já ia sair, olhou para o altar de são Raimundo e viu a cortina de baixo aberta, foi quando teve a idéia de entrar debaixo do altar e fechar a cortina.
João V8 ficou desfilando na rua: Major Joaquim Alves com um cinto na mão, dizendo que ia matar o filho de peia. Darca que já tinha procurado Chico por toda a cidade, começou a rezar e chorar desesperada:
- Ou meu São José! O bichim só tem dez anos, Cuma é qui vai viver nesse mundão de meu Deus?
O pintor Bentevi que morava vizinho Falou:
- Faça uma premessa cum São Raimundo, qui ele ai de aparecer.
- Mais se ele aparecer é pior, pruque João mata ele de peia.
João V8 vinha chegando e vendo desespero de Darca enrolou o cinto e falou:
- Pode ir caçar Francisco qui eu num vou mais açoitar ele não. Num foi ele qui atirou a peda.
Darca entrou na igreja e foi direto para o altar de São Raimundo. Chico abriu um pouco a cortina para pegar um vento, mas quando viu a mãe se aproximando, fechou imediatamente e escondeu-se lá dentro.
Darca ajoelhou-se sem ver o filho e começou:
- Meu São Raimundo. Faz muito tempo qui eu sou devota do Sinhor e nunca lhe pidí nada, mais agora chegou a hora. Eu queria pidí a meu santim uma ajuda pra Francisco aparecer. Ele é ainda uma criança e anda iscundido cum medo do sem futuro do pai, açoitar ele. Mais João já me premeteu qui num vai mais bater nele. E se João num cumprir o qui dixe, eu tomo o cinturão e inforco ele. Se Meu santim me atender quando for na sua procissão eu vou acumpanhar discalça e cum uma peda na cabeça. Traga meu bichim meu São Raimundo, qui eu garanto num deixar João açoitar ele.
Nesse momento Chico abril a cortina e saiu mais suado do que pano de abafar cuscuz e gritou:
- Mãeêêê! Tu garante qui num vai deixar pai açoitar eu?
Darca quase morre do coração. Abraçou o filho e voltou a falar com são Raimundo:
Obrigado meu São Raimundo. Eu sabia qui o Sinhor era milagreiro. Eu só num sabia era qui o Sinhor fazia o milagre ASSIM INRIBA DA BUCHA.
Dedico ese causo ao blog Pedra de Clarianã e ao Doutor Flavio Costa Cavalcante

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Humor - Qual a mulher mais burra?

O inglês começou:
-É a minha. Ela comprou uma bicicleta com 18 marchas, muito cara, e nem sabe andar de bicicleta!!!
E o alemão- Isso não é nada. A minha mulher mandou construir uma piscina no quintal de casa e não sabe nadar!!!
O português dá uma gargalhada e diz:- Pois a minha mulher é muito mais burra. Ela vai passar o carnaval em Salvador, comprou uma caixa de camisinhas e nem pinto ela tem!!!
Dominio Publico.

Cabo Jurema - Por J. Ronald Brito.

O Serviço de Obras da Policia Militar do Ceará já arrastava por meses a reforma da Residência Oficial do Comandante Geral, á época Mauro Luiz Correia Gomes dos Santos. Por conta disto, os militares especialistas, "pedreiros e pintores", já estavam sentindo-se de casa.
O soldado Bertoldo resolveu apadrinhar-se da esposa do Comandante para conseguir uma promoção a cabo. Tomou coragem e aproximando-se da gentil senhora, falou:
Dona Jurema, eu queria um particular com a senhora!
E ela:
Soldado, eu só tenho particular com meu marido. Não precisa nem dizer, daí por diante Bertoldo passou a chamar-se "Cabo Jurema".
Por J. Ronald Brito

Critica sim - Denegrir Jamais - Por A. Morais

O Ivo fez um comentário importante e oportuno que me despertou para o entendimento e conotação tomada por alguns com relação às criticas feitas ao repórter Franze Sousa por ocasião de sua cobertura ao Carnaval de Várzea-Alegre. Estou fazendo a postagem por sua importância e para que possa fazer o nosso esclarecimento a respeito do tema.
-
Comentário do Ivo:
Caros amigos Varzealegrenses, em especial ao Sr. A. Morais, que está colocando o nome da nossa terrinha no fantástico mundo da internet. Uma cidade tão longínqua e quase esquecida pelo restante do país, se não fosse pelos filhos ilustres da cidade que reconhecidos nacionalmente. Uso esse instrumento como meio de comunicação para esclarecer algumas dúvidas sobre o Carnaval. Tempo de Carnaval, é tempo de festa, folia e alegria, e não para denegrir a imagem de um profissional da TERRA. Queridos amigos, o Sr. Franzé Sousa, tenta de todas as formas, levar o nome da cidade ao mundo da mídia e denegrindo sua imagem é mais uma forma de ficar ainda mais no anonimato.
Significado de ESURD: Escola de Samba Unidos do Roçado de Dentro, ou seja, pelo nome, não se trata de uma escola de samba de trabalhadores da roça e sim da união de moradores do “bairro” Roçado de Dentro. Significado de MIS: Mocidade Independente do Sanharol, segundo Aurélio a palavra independente significa: que não depende de ninguém ou de alguma coisa; livre: nação independente. Que gosta de não depender de ninguém; que odeia sujeição: caráter independente. Sendo tão independente, não há para que tanta “revolta” com o profissional acima citado. Mas com tudo, essa discussão só veio a melhorar o Carnaval Varzealegrense.Até 2011!!
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Comentário do Blog do Sanharol.
Quem leu os nossos comentários não pode nem deve entender como tentativa de denegrir a imagem do nobre repórter Franze Souza. Eu fui claro. Quanto às discussões de pauta: Se o propósito era promover a Escola do Roçado Dentro o repórter foi perfeito, porém se o propósito fosse promover o Carnaval do município no seu todo, ele tinha sido tendencioso. Critica é uma coisa, denegrir outra muito diferente e jamais permitiriamos porque seria imerecida e injusta. O fato é que não podemos passar informações atuais com base em uma tradição de 60 anos atrás.
Por exemplo: Várzea-Alegre já foi a terra do arroz, hoje não é mais. O mercado consumidor compra arroz empacotado em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás e Mato Grosso etc. Os nossos famosos tio Urbano, Tio Patinhas, Tio João, etc. O pouco que se produz por aqui é vendido para as industrias de rações. Vivemos tempos diferentes. A Ezurd não tem 5% de seus membros agricultores. Todos sabem. A mídia hoje não permite informações desencontradas, quem as fizer estará sujeito a criticas.
Agradeço o seu comentário e sua visita, continue trazendo a sua importante colaboração. O fato é que Varzea-Alegre tem o melhor Carnaval do interior do Ceara e as duas escolas dão a sua contribuição. A TV Verdes Mares depois fez a cobertura da Mocidade, numa atitude justa, oferecendo o mesmo espaço de forma democrática, o que podia ter sido feito antes, evitando nossas criticas.
Saibam em nenhum momento houve intenção de denegrir a imagem honrada, digna, amiga e camarada do nosso grande repórter Franzé Souza.
Por A.Morais

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

ENCANTO QUEBRADO - Por Mundim do Vale

Chagas Rosendo, no dia que estava mais ajuizado escrevia com leite de castanhas, os nomes das moças em seu braço. Vivia em Várzea Alegre pra cima e pra baixo dizendo:
No dia qui eu arrancar uma butija de ouro, eu vou ficar mais rico do que Zé Dimar. Aí eu vou comprar o cavalo preto de Seu Erotide, o motor de Secundo e vou pagar os caba de Raimundo Ogusto, prumode dá uma surra im Ferrim de Bastiana, pruque ele veve dizendo qui eu sou doido.
Zé Mandinga e Valdomiro de Zé de Toim, cada qual mais brincalhão,
Resolveram fazer uma pegadinha com Chagas. Arranjaram uma quartinha de barro, fizeram dela pinico, lacraram a boca com couro e cera e enterraram. Quando foi meia noite, Valdomiro botou dois carretéis de linha na boca para disfarçar a voz e foi até a janela da sala da casa onde Chagas dormia.
Chegando próximo a janela Valdomiro falou bem compassado:
- Chagas Roseeendo!
- O quié?
- Eu sou a alma do de Seu Dudaaal.
- E o quié qui tu quer?
- Eu quero lhe dizer onde foi que eu enterrei minha botija de ouro, que é pra você arrancar pra enricaaaar.
- E adonde foi?
- Tenha calma que eu vou dizer, mas primeiro preste atenção e faça tudo do jeito que eu mandaaaar.
- Ta certo.
- Amanhã depois que o relógio da igreja bater as doze badaladas, você pega um saco e vai sozinho para arrancar. Você vai até o curral de Pedro Beca, que de frente a porteira, tem um pé de peão roxo, cave na raiz dele que você encontra a botija. Depois você bota ela no saco e vem para casa sem deixar que ninguém lhe veja e nem você fala com ninguém que é pra não quebrar o encanto. Chegando em casa acenda uma vela pelo lado de dentro da janela, vá até o centro da sala e diga as seguintes palavras:
“ OBRIGADO MEU IRMÃO
POR ME DÁ ESSE TESOURO,
EU QUERO VÊ ESSE CHÃO
TODO AMARELO DE OURO. “
Em seguida feche os olhos e jogue a botija pra cima, quando ela cair abra os olhos que você vai vê a sua fortuna.
Chagas fez tudo conforme o combinado, só que quando ele voltava pela Vazante, Chico Carrim estava sentado na calçada de Zé Raimundo e Chagas não pode evitar de ser visto. Chico Carrim quando viu Chagas naquela pressa com aquele saco no ombro falou:
- Ei Chagas! Tá se escondendo de que? Tu tá atrás de galinha pra robar é?
- Só se for uma galinha preta chamada Maria Carro.
Quando Chagas chegou em casa fez todo o ritual e o resultado foi exatamente o que vocês estão pensando.
No dia seguinte Chagas chegou no bar de Vicente Cassundé onde Valdomiro e Zé Mandinga tomavam umas cachaças. Zé Mandinga se fazendo que de nada sabia perguntou:
- E aí Chagas. Quando é que tu vai arrancar a botija de ouro pra enricar?
- Ontem mermo eu arranquei uma. Mais Chico Carrim fez eu quebrar o encanto e ouro se virou todo em merda.

Editorial - Grupo Bandeirates de Comunicação.

Por Joelmir Beting.

Sabedoria Infantil - Enviado por Klebia Fiuza

O autor e conferencista Leo Buscaglia certa ocasião falou de um concurso em que tinha sido convidado como jurado. O objetivo era escolher a criança mais cuidadosa. Eis alguns dos vencedores:

01 - Um garoto de 4 anos tinha um vizinho idoso ao lado, cuja esposa havia falecido recentemente. Ao vê-lo chorar, o menino foi para o quintal dele, e simplesmente sentou-se em seu colo. Quando a mãe perguntou a ele o que havia dito ao velhinho, ele respondeu:- Nada. Só o ajudei a chorar.

02 - Os alunos da professora de primeira série Debbie Moon estavam examinando uma foto de família. Uma das crianças da foto tinha os cabelos de cor bem diferente dos demais. Alguém logo sugeriu que essa criança tivesse sido adotada. Logo uma menina falou:
- Sei tudo sobre adoção, porque eu fui adotada. Logo outro aluno perguntou-lhe:
- O que significa "ser adotado"?
- Significa - disse a menina - que você cresceu no coração de sua mãe, e não na barriga!

03 - Sempre que estou decepcionado com meu lugar na vida, eu paro e penso no pequeno Jamie Scott. Jamie estava disputando um papel na peça da escola. Sua mãe me disse que tinha procurado preparar seu coração, mas ela temia que ele não fosse escolhido. No dia em que os papéis foram escolhidos, eu fui com ela para buscá-lo na escola. Jamie correu para a mãe, com os olhos brilhando de orgulho e emoção:
- Adivinha, mãe! E disse aquelas palavras que continuariam a ser uma lição para mim:
- Eu fui escolhido para bater palmas e espalhar a alegria!
Postado por A.Morais

Brincando de Antônimo.

O pessoal tava tomando 'umas' num bar de beira de estrada, quando um Paulistinha metido a esperto, diz pra um caipira:
- Ô Zé! Vamos brincar de antônimo?
- O que co sor falô?
- Brincar de antônimo.
Quer dizer, uma coisa contrária da outra!
Por exemplo: alto e baixo, forte e fraco…
- Ah!…. intindi! então, vamu brincá!
- O que vai valê?
- Uma cerveja.
Eu começo tá?
Começaram a brincadeira, e o espertalhão disse:
- Gordo?
E o caipira:- Magro!
- Homem?- Muié!- Preto?- Branco!
E o espertalhão:- Verde?- Verde? Nada! Verde num tem antônimo não…- Claro que tem!- Então exprica…- Maduro!
- Ai, caraio! pirdi a aposta. Vamo de novo, valendo uma Cx de cerveja? Mas desta vece ieu cumeço. - Pode começar!
- Saúde?- Doença!- Molhado?- Seco!
Aí o caipira disse:- Agora ocê vai si lascá, seu fiu duma égua! Qué vê só?
-Fumo?- Não, não! Para! Peraí… fumo não tem antônimo!
- Claro que tem, uai! - Então diz aí: qual o antônimo de fumo?- Vortemo!
De dominio Publico.

Mensalão dos outros é refresco...

José Dirceu: --olha o tamanho da preocupação...
Lula silencia há 3 meses sobre mensalão

FLÁVIO FERREIRA
da Folha de S.Paulo

Há mais de três meses o STF (Supremo Tribunal Federal) aguarda respostas do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva a perguntas sobre o conhecimento dele dos fatos apontados na ação penal do mensalão e sua relação com os réus no processo. As questões foram elaboradas pelo Ministério Público Federal, que é o autor do processo em andamento no STF sobre a suposta compra de apoio de partidos e políticos pelo PT entre 2002 e 2005.
Leia mais na Folha de S.Paulo de hoje:

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

COMPOSITORES DO BRASIL

Noel Rosa - parte três
OS AMORES DE NOEL

Por Zé Nilton

Noel Rosa foi intenso em tudo o que fosse criatividade, inventividade e descoberta. De igual tamanho o foi no amor. Suas paixões foram arrebatadoras. Paixões fugazes, eternas, amores vividos e platônicos. Viveu seus 26 anos e alguns meses experimentando tudo o que tempo lhe permitiu.

Em se tratando de sua vida amorosa, muito dos vultos femininos ficaram registrados em sua obra.

Logo de início, diz o seu mais perfeito biógrafo, o escritor, compositor, ator e músico Henrique Foreis Domingues - o iniciador da vida artística de Noel – já aos 16 anos este iniciara suas experiências sexuais. “E mais tarde, já famoso, criador de canções populares, Noel teve várias aventuras amorosas, que narrava com detalhes a seus amigos”.

É lugar-comum não se encontrar beleza física em Noel. Mas naquela época – anos 20 e 30 – quem chegasse ao rádio com igual potência ao do “filósofo do samba” conquistava o coração e, muitas vezes, o corpo da mulher, amada.

Estamos falando de um tempo em que a música se revestia de certa delicadeza, de certa leveza... O tempo em que se musicavam poemas, poemas líricos, poemas de amor, de ternura... Do tempo em que havia o respeito pela palavra MÚSICA. Porque nem tudo seria gravado. Gravava-se a música que falasse ao coração, à pessoa, à sociedade, à brasilidade.

Diferente de hoje em que qualquer um que faça uma porcaria de ruído com dois tons, e se rebole em frente às câmaras ganha não só o privilégio de “ficar” com algumas, como vira uma celebridade nacional. Ó tempos, ó mores!

Neste último programa de uma série de três iremos enfocar e nomear os amores e os dissabores amorosos de Noel. Com isto estamos contribuindo para oferecer aos ouvintes através da memória histórica da MPB o (re)conhecimento de valores que ajudaram a construir a nossa identidade musical.

Não se está pura e simplesmente reafirmando o passado pelo passado. Falar de memória histórica é trazer para o presente o sentido da construção de um traço cultural – a música brasileira– que, por suas qualidades, representa muito de nossa nacionalidade.

Neste sentido, o eminente escritor e biógrafo Sergio Cabral escreveu: “ não há qualquer exagero na afirmação de que [ no campo da música Noel] é um dos pais de nossa nacionalidade”

Ouviremos:

Até amanhã, de Noel Rosa, com Noel Rosa;
Três apitos, de Noel Rosa, com Aracy de Almeida;
Estátua da paciência, de Noel Rosa, com o conjunto Coisas Nossas;
Feitio de Oração, de Noel Rosa e Vadico, com João Nogueira;
Cor de Cinza, de Noel Rosa, com Jardes Macalé;
Pra Esquecer, de Noel Rosa, com Nelson Gonçalves e Rafael Rabello;
Meu barracão, de Noel Rosa, com Caetano Veloso;
Pra que mentir, de Noel Rosa, com Paulinho da Viola;
Prazer em Conhecê-lo, de Noel Rosa, com Noel Rosa;
O maior castigo que te dou,de Noel Rosa, com Aracy de Almeida;
Só Pode Ser Você, de Noel Rosa, com Aracy de Almeida;
Quem Ri Melhor, de Noel Rosa, com Noel e Marília Baptista;
Último desejo, de Noel Rosa, com Quarteto em Cy;
Você vai se quiser de Noel Rosa, com Noel Rosa e Marília Baptista,
Eu Sei Sofrer, de Noel Rosa, com Aracy de Almeida.

Quem ouvir, verá !

Programa: Compositores do Brasil
Pesquisa, produção e apresentação de Zé Nilton
Todas as quintas-feiras, às 14 horas
Rádio Educadora do Cariri
Apoio. CCBN

Promessa em Canindé - Por Giovani Costa

No ano de 1963 , nós morávamos no Grupo, como era chamado a Escola Isolada do Inharé. Minha mãe estava grávida de Chico Antônio e meu pai, João de Pedrinho e Agripino inventaram de pagar uma promessa em Canindé, uma viagem a pé.

Meu pai dizia que a promessa dele era, em ação de graças, por não ter morrido na seca de 1958. Agripino, eu não o conheci, mas dizem que ele era gordo, tinha um bucho muito grande.

Certa dia, a noitinha, minha família recebe a visita de Raimundo de Chico Bitu, que ao chegar, encontra minha mãe chorando e ele perguntou o que estava acontecendo, o motivo daquele choro. Aí minha mãe disse pra ele:
É porque, Raimundo, faz 18 dias que Antônio foi essa viagem e ninguém tem uma notícia, a gente não sabe se aconteceu alguma coisa. Aí Raimundo tentou consolar minha mãe dizendo:
Chore não, Carmelita, que o que aconteceu foi Agripino que deu cria e João de Pedim foi a parteira e Antônio Leandro está cuidando da dieta.

Por Giovani Costa

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

A ORQUESTA DO SERTÃO - Por Mundim do Vale

Seu moço preste atenção
No que aqui vou escrever,
Quem conhece o meu sertão
Eu sei que vai entender.
Se uma mulher padece
Quando seu filho falece
As aves sofrem também.
Eu tenho no pensamento
Que amor é um sentimento
Que os pássaros também tem.

Eu olhava passarinho
Certa vez lá no sertão,
Quando encontrei um ninho
No Riacho do Feijão.
Tinha um sabiá cantando,
Mas quando me viu chegando
Voou cantando terror.
O filhote que sabia,
Avisou na sintonia
Que eu não era predador.

Depois a mãe sabiá
Me tratou com simpatia,
Quando eu chegava por lá
Cantando me recebia,
Dessa grande afinidade,
Ficou também amizade
Que transformei em canção.
Fiz no meu peito um abrigo,
Pra levar sempre comigo
A orquestra do sertão.

Como escrevi no começo
A ave tem sentimento,
Felicidade tem preço
E tragédia tem momento.
Houve um inverno arrojado
Que o Riacho do Machado
Juntou-se com o do Feijão.
E as águas com violência,
Não respeitaram a regência
Da orquestra do sertão.

Um dia eu saí de casa
Encontrei mãe sabiá,
Me acenando com a asa
Apontando para lá.
Seu canto havia mudado,
Era um canto de finado
De maestro cabisbaixo.
Segui a mãe do amigo
Mas já pensando comigo
Na tragédia do riacho.

Com a asa me chamava
Pro Riacho do Feijão,
Quanto mais perto chegava
Mais crescia a aflição.
Chegamos onde era o ninho
E o triste passarinho
Com o seu bico apontou.
Querendo dizer no canto,
Que de quem gostava tanto
A enchente carregou.

Lá eu fiquei procurando
A moita que tinha o ninho,
Só vi água balançando
Como num redemoinho.
Foi quando eu tive a certeza,
Que a perversa correnteza
Tinha feito a maldição.
Levado pra bem distante,
Aquele novo integrante
DA ORQUESTRA DO SERTÃO.

A PIABIMHA CRESCEU - Já não furta mais melancia da avó. Por Mundim do Vale


REGRAS PARA A COPO DO MUNDO.

Queridas esposas, noivas, namoradas. E também parceiras, amantes, comcubinas, filhas, sobrinhas, primas, tias, madrinhas, amigas, colegas ou qualquer criatura do sexo feminino: Divulgamos, com 6 meses de antecedência, as 13 regras para a Copa de 2010 para que vocês leiam com calma , entendam e não encham nossos sacos.
01 - Durante a Copa, a televisão é minha. 100% minha, o tempo todo. Sem exceção nem discussão. Estarei cagando e andando se for o último capítulo da novela das 8h, onde Helena, a mocinha, comete suícidio introduzindo um ferro em brasa na boca. Se você dirigir o olhar ao controle remoto, uma vez sequer, você perderá... Perderá os olhos!
02 - De 9 de junho a 9 de julho de 2010, você deverá ler a seção de esportes do jornal de modo a se manter a par do que se passa com respeito à Copa do Mundo, o que lhe permitirá participar das conversas. Caso não proceda desta maneira, você será olhada com maus olhos, ou mesmo ignorada por completo. Neste caso, não reclame por não receber nenhuma atenção.
03 - Se você precisar passar em frente à TV durante um jogo, eu não me importarei , contanto que o faça rastejando e sem me distrair. Se você decidir se exibir nua diante de mim à frente da TV, esteja certa de vestir-se imediatamente em seguida pois, se pegar um resfriado, não terei tempo de levá-la ao médico nem de lhe dar assistência durante o mês da Copa.
04 - Durante os jogos eu estarei cego, surdo e mudo, exceto nos casos em que eu solicite que me encha o copo de cerveja, ou peça a você a gentileza de me trazer algo para comer. Você estará fora de si se achar que irei ouví-la, abrir a porta, atender o telefone ou pegar nosso bebê que possa ter caído no chão... não vai acontecer.
05 - É uma boa idéia manter pelo menos 2 caixas de cerveja na geladeira o tempo todo, bem como razoável variedade de tira-gostos e belisquetes. E, por favor, não faça cara feia para meus amigos quando eles vierem assistir jogo aqui em casa comigo. Como recompensa, você estará autorizada a transar comigo e assistir TV entre meia-noite e seis da manhã, a menos, é claro, que neste período haja a reprise de algum jogo que eu tenha perdido durante o dia.
06 - Por favor, por favor, por favor! Se me vir contrariado por algum time de meu interesse estar perdendo, NÃO DIGA coisas como "Ah, deixa isso pra lá, é só um jogo..." ou "Não se preocupe, eles vão ganhar da próxima vez..." Se disser coisas desse tipo, só me deixará com mais raiva e vou amá-la menos. Lembre-se, você jamais saberá mais sobre futebol do que eu e suas supostas "palavras de encorajamento" apenas nos levarão à separação ou ao divórcio.
07 - Você será bem-vinda a sentar-se comigo para assistir um jogo e poderá me dirigir a palavra no intervalo entre o 1º e o 2º tempos, mas apenas durante os comerciais e (importante) APENAS se o placar do primeiro tempo tiver sido do meu agrado. Favor notar também que especifiquei UM jogo, ou seja, não use a Copa do Mundo como pretexto mimoso para aquela coisa de "passarmos tempo juntos".
08 - Os repetecos dos gols são muito importantes. Não importa se já vi o gol ou não, eu quero ver novamente. Muitas vezes.
09 - Não incomode a mim ou meus amigos perguntando sobre as regras do futebol. Olhe o jogo e finja que está entendendo. Pule e grite quando eu pular e gritar. Nunca, jamais pergunte como funciona a regra do IMPEDIMENTO. Você não tem capacidade intelectual para entender.
10 - Avise suas amigas para no mês da Copa não darem à luz nenhum neném , ou mesmo promover qualquer festa de criança ou eventos de qualquer natureza que exijam minha presença, porque:a) Eu não vou;b) Eu não vou, ec) Eu não vou.
11 - No entanto, se um amigo meu nos convidar para ir à casa dele num domingo para assistir um jogo, iremos de imediato.
12 - As resenhas e debates esportivos da Copa toda noite na TV são tão importantes quanto os jogos propriamente ditos. Que nem lhe passe pela cabeça dizer coisas como "Mas você já viu isso tudo.... porque não muda para um canal que todos possamos assistir?" Se disser algo assim , saiba desde já que a resposta será: "Veja a regra nº 1 dessa lista".
13 - E, finalizando, por favor poupe-me de expressões como "Graças a Deus que só tem Copa do Mundo de quatro em quatro anos". Estou imune a manifestações ridículas dessa natureza, pois após a Copa vêm a Liga dos Campeões, a Sub20, o campeonato italiano, o espanhol, o alemão, o brasileirão, o cariocão, o paulistão, o mineirão, etc.

Enviado por um Flamenguista.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

QUANDO ACABA O CARNAVAL - Por Mundim do vale

Quando acaba a brincadeira
O marido chega em casa
E a esposa lhe arrasa
Perguntando pela feira.
Ele acha que é brincadeira
Mas ela acha normal
E assim aquele casal,
Vai desgastando o prestígio
E gera mais um litígio,
QUANDO ACABA O CARNAVAL.

Por conta da bebedeira
Um folião deprimido,
Escuta no pé do ouvido
A marcha do Zé Pereira.
Quando chega quarta feira
Esse Fulano de Tal,
Já fica passando mal
Lembrando a conta do bar,
Sem saber como pagar
QUANDO ACABA O CARNAVAL.

Chega um cara na esquina
De bermuda e paletó,
Com inhaca de loló,
Enganchado em serpentina.
Pega o rumo da usina
Tombando pra lateral
E pergunta a Juvenal
Onde fica a micarêta.
Sai igual a carrapêta
QUANDO ACABA O CARNAVAL.

Um cidadão ressacado
Com a fantasia estendida,
Um mal cheiro de bebida
E perfume impregnado.
Papel de luz atrasado,
A conta da água igual
E até um quilo de sal
Não há ninguém que forneça.
É uma dor de cabeça
QUANDO ACABA O CARNAVAL.

Uma garota avançada
Com quinze anos de idade,
Perde a sua virgindade
Como se não fosse nada.
Diz que está dominada,
Que a parada é legal,
Que hoje em dia é natural
Bucho sem ser esperado
E é esse o resultado
QUANDO ACABA O CARNAVAL.

É um garoto sumido,
É um namoro acabado,
Um automóvel amassado
E um marido traído.
Um cachaceiro atrevido
Procurando um sonrisal,
Sem ter mais, nem um real
E ainda faz confusão,
Mas termina na prisão
QUANDO ACABA O CARNAVAL.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Mundim do Vale - Por A. Morais

Prezado amigo Raimundim,
Meu Carnaval foi assim.
Mesmo de matar a pau,
Estive em Varzea-Alegre
E encontrei Pedro Piau.

Foi um encontro de prazer,
Ao invés de carnaval,
Cantamos sindô-lelê,
Lembrando o maneiro-pau.

Foi um encontro legal,
Cheio de felicidade.
Faltou você na cidade,
Preferiu a capital.

Mas, todo povo é quem diz,
E é bom você saber
Varzea-Alegre precisa de você,
Pra sorrir ao passado e ser Feliz.

Por A. Morais

MOTE LÁ DE NÓS - Por Mundim do Vale

VÁRZEA ALEGRE PRECISA DE VOCÊS
PRA SORRIR AO PASSADO E SER FELIZ.

Não existe um futuro promissor
Sem um presente de sólida cobertura,
Um passado que teve a estrutura
De um povo feliz conservador.
Se tornando um composto construtor
Conservando os valores de raiz,
Minha parte nesse assunto eu já fiz
Acredito que agora é a vossa vez.
VÁRZEA ALEGRE PRECISA DE VOCÊS
PRA SORRIR AO PASSADO E SER FELIZ.

É preciso que haja sincronismo
Entre artista, político e educador,
Promovendo a cultura de valor
Sem abuso de poder, nem populismo.
Isolar preconceito e egoísmo
Respeitando o artista e o aprendiz,
Se fazendo cada um o seu juiz
Para auto se julgar pelo que fez.
VÁRZEA ALEGRE PRECISA DE VOCÊS
PRA SORRIR AO PASSADO E SER FELIZ.

Confiar no porvir abre um caminho
Mas precisa da força de um passado,
Esquecer da origem, é um pecado
E o presente se torna bem mesquinho.
Não é bom deixar o poeta sozinho
Recuperar essa triste cicatriz,
Pois até São Francisco de Assis
Não curou os doentes em um só mês.
VÁRZEA ALEGRE PRECISA DE VOCÊS
PRA SORRIR AO PASSADO E SER FELIZ.

O futuro é um fruto a ser colhido
Que estamos plantando no presente,
Esse fruto no passado foi semente
Que os nossos ancestrais tinham escolhido.
Não precisa de eleição nem de partido,
Quadro negro, apagador e nem giz,
Se dispensa um esquema ou um cocriz
Porque toda meia dúzia só é seis.
VÁRZEA ALEGRE PRECISA DE VOCÊS
PRA SORRIR AO PASSADO E SER FELIZ.

A cidade é ainda uma criança
Precisando de segura proteção,
Não cometam esse crime de omissão
Não abortem a pretensa esperança.
Aceitem com gosto essa mudança
Como um bom dançador que pede bis,
Ou um padre celebrando na matriz
Uma missa dominical de fim de mês.
VÁRZEA ALEGRE PRECISA DE VOCÊS
PRA SORRIR AO PASSADO E SER FELIZ.

Sejam uns filhos de muita grandeza
Façam dela a querida mãe amada,
A cidade merece ser bem tratada
Pra levar do presente essa beleza.
Recebendo o seu título de nobreza
Nivelada a rainha ou imperatriz,
Nosso povo do ocidente é que diz
Que olhos fechados ficou para chinês.
VÁRZEA ALEGRE PRECISA DE VOCÊS
PRA SORRIR AO PASSADO E SER FELIZ.


Tema do mote: Poeta Expedito Pinheiro
Composição poética: Raimundinho Piau.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

EDITORIAL - Por Renata Bitu Siebra.

"Caro jornalista, andei lendo seu comentário no blog e até me distrai um pouco apesar do senhor já começar falando errôneamente quando diz que o CARNAVAL ainda não começou, CARNAVAL para uma escola de samba talvez o senhor não saiba ele nem começa e nem termina, ele permanece o ano todo. Desculpe-me mas ninguem dá MIS (Mocidade Independente do Sanharol) está trabalhando e nem vai deixar de trabalhar porque a ESURD (Escola de Samba Unidos do Roçado de Dentro) já é referência, na verdade o que seria do Verde se todos gostassem do Amarelo? O que seria da humanidade se deixassemos de fazer algo por que alguem diz que o outro é melhor do que nós? "A única escola de samba de alguma coisa..." e daí, não sei se você já ouviu as palavras de Drummond: "toda unaminidade é burra"! Não queremos ser unicos em nada, queremos ser, APENAS SER! Queremos que nossas crianças aprendam dentro da comunidade que é muito mais bonito e interessante aprender a ser e que ao vestir nossas camisas sinta se um orgulho INDEPENDENTE de idade, tempo e tradição.
Seria muito triste se elas acreditassem nisso e que se a MIS existe é porque ela tem tradição, origem e história. Se isso é passado na TV para outras pessoas que assitem hoje e esquecem o que viram amanhã não importa, o que mais importa é nós, daqui da nossa terra do nosso torrão amado vermos ela fazer seu SHOW e trabalharmos para que ela amanhã faça novamente.
Aparecer na TV é muito importante, envaidesse, mas o que fica de verdade é vê a beleza que faremos nesse carnaval, isso envaidesse muito mais, independente de passar em qualquer lugar. Queremos que ela passe aos nossos olhos pois nós trabalhamos para isso, para a nossa satisfação e do povo de Varzea Alegre, em especial a comunidade do Sanharol. Se a MIS vier a sair na TV, como saiu neste sábado de carnaval, que seja como foi, pela beleza de seu carnaval e não pela opinião própria, monopolista e formada de alguem que tem a capacidade até de transformar universitários que nunca pegaram em uma enxada em agricultores.
Sou professora e ensino aos meus alunos mais do que qualquer coisa que o SOL nasce para todos e só não sabe quem não quer!"
RENATA BITU SIEBRA.
PROFESSORA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE VÁRZEAALEGRE/CEARÁ.

Abertura oficial do Carnaval - Varzea-Alegre.

Foi aberto oficialmente o carnaval de Varzea-Alegre. Divulgado como o maior carnaval da Região sul do Estado do Ceara. O prefeito Jose Helder passou a chave da cidade as mãos do Rei Momo, Willes as 22 horas deste dia 13.02.2010. Bem Como a faixa a Rainha do carnaval, Kalinka, no Parque Civico São Raimundo.

Antes, no inicio da noite, a Mocidade Independente do Sanharol apresentou a Ala das crianças. São aproximadamente 300 crianças, dentre elas algumas especiais. Veja no video precario de um celular a concentração das crianças antes do desfile pelas ruas da cidade.

As estimativas são de que Varzea-Alegre receba algo em torno de 30 mil visitantes por noite durante o periodo momino.

Por A. Morais

sábado, 13 de fevereiro de 2010

UM RIO QUE SECOU - Por Mundim do Vale

Este poema foi desenvolvido logo após a morte do meu irmão Luís Sérgio.

Um lugar muito encantado
Foi o RÍO CORAÇÃO,
Foi no peito bem guardado
Mas sumiu na escuridão.
O lago que estava cheio
Ficou triste, ficou feio
Foi secando de repente.
Depois que tudo secou,
Pelos olhos só sangrou
Uma lágrima comovente.

O lago era alimentado
Pelo rio na enchente
Como o sangue é circulado
Dentro da veia da gente.
Se essa veia secar
Nossos olhos vão parar
De sangrar com alegria.
Foi um rio que secou,
Um coração que parou,
São os olhos sem sangria.

Era lago fundo e imenso
De beleza e harmonia,
Que viveu um dia tenso
De tristeza e agonia.
Foi a água que faltou,
Quando aquele rio secou
E o lago virou torrão.
Ficaram olhos sem água,
Sangrando somente mágoa
Chorando numa canção.

Um rio feito de amor
De paz e de calmaria,
Assim como o seu autor
Demonstrou na melodia.
Fez um poema bem feito,
Colocou o rio no peito
E fez dele uma canção.
Com o rio encheu o lago,
Com carinho e com afago
E guardou no coração.

Logo que o rio secou
O lago também morreu
E o seu compositor
Ficou triste e faleceu.
Pra ele faltou um rio,
Que tivesse o desafio
De lhe encher de emoção.
Devolvendo a calmaria,
Que ele cantou um dia
No seu RÍO CORAÇÃO.

Dedico esse poema a minha sobrinha Luciana e todos os amigos de Serginho Piau.
Raimundinho.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Sabedoria Antiga - Por A. Morais

Eliacy Salviano Teixeira, saiu de sua propriadade na Extrema em Varzea-Alegre e, chegando na cidade, precisava alugar um automovel para viajar ao Crato.
Procurou o Cel Dirceu de Carvalho Pimpim e propôs alugar o seu carro. O Cel Dirceu disse: sim senhor, sim senhor, o meu carro está com os pneus novos, calibrados, o tanque cheio, tenho um bom motorista, mas não posso fretá-lo, porque esses meninos da praça vão ficar com raiva de mim.
Os meninos da praça eram Barroso e Gustavo que tinham dois carros de aluguel, porem não se encontravam na cidade.
Dedico ao Dr. Flavio Costa Cavalcante.
Por A. Morais

Lula diz que não é bom para consciencia politica do Brasil um Governador preso.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi informado pelo ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, sobre a prisão do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, definida na tarde desta quinta-feira (11) pela Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
De acordo com o chefe de gabinete pessoal da Presidência da República, Gilberto Carvalho, Lula recebeu a notícia com tristeza e disse que não é bom para a consciência política do Brasil que um governador vá para a cadeia. Lula também conversou com o diretor da Polícia Federal (PF), Luiz Fernando Corrêa, e, segundo Carvalho, pediu que a prisão seja feita com "muito cuidado". Ministros do STJ determinam prisão Doze dos 15 ministros da Corte Especial do STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiram nesta quinta-feira (11) decretar a prisão preventiva do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), envolvido no escândalo do mensalão do DEM. Dois votaram contra a prisão.
O vice-governador, Paulo Octávio, deve assumir o cargo. Minutos depois de decretada a prisão preventiva, o governador deixou a residência oficial de Águas Claras em um comboio composto por seis carros. Ele chegou à Superintendência da Polícia Federal por volta das 17h40. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, deve entrar com pedido no STF (Supremo Tribunal Federal) de intervenção federal no Distrito Federal. A decisão do STJ foi tomada por maioria, vencido o ministro Nilson Naves. “Não vejo necessidade de se impor prisão a um governador. A regra é a liberdade. A exceção é a prisão", afirmou. Outro ministro votou para decretar a prisão de outros envolvidos, mas não de Arruda. O presidente da Corte não apresenta voto.
Fonte: UOL - Universo OnLine

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

BAIXA DE PRESSÃO - Por Mundim do Vale

Ninguém pode falar em democracia, sem lembrar da nossa Várzea Alegre. A coisa mais normal na minha terra, é numa campanha política, as famílias ficarem divididas. Pai de um lado e filho do outro, ou esposo de um lado e esposa de outro.
Na campanha do ano 2000, quando eram candidatos a prefeito, Dr. João Siebra contra Dr. João Eufrásio, foi o maior exemplo do que aqui eu escrevo.
Os filhos de Valdeliz ficaram assim: Salim, Valdívia e Leandro votavam no Dr.João Eufrásio. Gustavo, Ubirajara e Elonmarcos filho de Leandro, ficaram com Dr. João Siebra.
A última carreata da coligação que prestava apoio ao Dr. Siebra, foi muito movimentada, muito carros, bastante motos e nenhum problema com acidentes ou defeito de veículos.
No final da carreata Elonmarcos vinha em cima de um mini-trío elétrico, fazendo as propagandas do seu candidato. O carro parou em frente a praça dos motoristas, não sei se por acaso ou de propósito. O fato é que Leandro estava sentado num banco e entendeu como provocação. Daí ele voou daquele banco, subiu até o trío e aberturou o filho. Em poucos segundos subiram mais de vinte pessoas e desceram com Leandro imobilizado..
Por conta daquele arrocho, Leandro que é hipertenso passou mal. Levaram o revoltado para a farmácia de João Pimpim, para tomar um calmante enquanto Gustavo chegava. Quando finalmente Gustavo chegou, ele já estava melhorando. Mas Gustavo foi logo dizendo:
- Bem feito! Eu não sei o que é que tu quer se metendo em política. Tu não sabe que é doente do coração?
Depois dessa Leandro teve uma recaída e foi levado para o hospital onde ficou internado.
No dia seguinte eu conversando com Nicolau Inácio, sobre a campanha, falei:
- Nicolau O Dr. Siebra é abençoado, fazer uma carreata daquele tamanho, com tanto carro, tanta moto, tanto eleitor embriagado e não haver nenhuma baixa.
Nicolau olhou pra mim com uma cara de riso e falou:
- É mais teve a baixa de pressão de Leandro de Valdeliz.
Mundim do Vale.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Zé de Ana do Sanharol - Por A. Morais

José Alves de Morais, seu Izé ou Tibola, filho de Raimundo Alves de Morais e Ana Feitosa Bitu, também tinha as suas. Seu Izé eu conheci bem, sua residência era bem próxima da nossa casa do Sanharol. Quando eu tinha lá os meus 08 anos ele me deu um presente de um “quicé” eu fui apanhar arroz com ele e Bibia sua esposa e pela primeira vez me sentir realizado, pois a honra dos do Sanharol naqueles tempos era ser um bom apanhador de arroz.

Muito estimado pelos sobrinhos que o chamavam carinhosamente de “Tibola”. Ele era baixinho e gordinho e deve ter sido o Mundim do Sapo o autor de tão assemelhada característica: Tio+bola = “Tibola”.

Na década de 50 fizeram uma viagem ao Crato, Jose Bitu, Mundim do Sapo e Zé de Ana. Meio de transportes: lombo de animais, finalidade da viagem: Jose Bitu fazer compras, Mundim do Sapo visitar amigos e parentes e Ze de Ana idem. Quando chegaram ao Quebra, na casa de mãe Pastora, se arrancharam, soltaram os animais na roça e jantaram baião de dois com costela de porco torrada enquanto o bucho coube.
No outro dia cedinho pegaram a “chepa” para o Crato. Zé Bitu era apaixonado por artesanatos de couro: arreios, chicotes, arreadores, cabrestos. A primeira loja a adentrarem foi à Casa do Vaqueiro de Chicô Leonel. Zé de Ana era deficiente auditivo, ouvia com dificuldade, apanhou um chocalho que estava em cima do balcão levou a altura do ouvido balançou e disse: o chocalho de Zabelê. Zé Bitu falou: guarda esse chocalho Izé! Ele elevou o chocalho à altura do ouvido e balançou novamente e disse: chocalho de Zabelê!

O dono da Loja observou o movimento e disse: o que é homem de Deus, esse chocalho eu comprei hoje de manhã a um rapaz do Quebra. Zabelê era a burra que Zé de Ana viajava, e, durante a noite um cabra roubou o chocalho, já tinha vendido a Chico Leonel e certamente estava tomando a grana de teimosa com os amigos.
A. Morais

FRENTE DE SERVIÇO - Por Mundim do Vale

Houve um ano em Várzea Alegre, que foi de uma seca terrível. Os açudes secaram mais ligeiro do que cuspida de chapeado em calçada quente. O gado dos mais pobres já tinha entregue o couro as varas. As famílias desprovidas de recursos estavam em regime compulsório. A estrada para o Maranhão estava mais cheia, do que casa de candidato em dia de eleição.
Enquanto não chegava a frente de serviços do D.N,O.C.S. O secretário da prefeitura, Sr. Lourival Frutuoso, resolveu criar uma mini-frente de serviços, para que fosse evitado saques. Cadastrou trinta cassacos e nomeou como feitor o Sr. Bastião Coqueiro, que ficou mais alegre do que criança quando aprende a assoviar.
Como não tinha nenhuma obra para ser feita, Lourival ficou procurando qualquer coisa, para ocupar os trabalhadores.
Na Rua: Padre José Alves ( Rua da Lagoa ) Onde eu morei muitos anos, tinha uma pilha de postes da antiga CELCA, onde o que ficou por cima estava mal posicionado. Lourival chamou o feitor e ordenou que ele mandasse os homens
Colocar o poste na posição correta. Os cassacos agarraram aquele poste como devoto de São Raimundo agarra o pau da bandeira. Passaram em torno de meia hora tentando e não conseguiram erguer nem um milímetro.
O feitor chamou Lourival e falou:
- Seu Lourival. Invente outra coisa, pruque esse poste só sai daí se for cum um guindaste. Lourival não se conformou com o argumento de Bastião e mandou que tentassem novamente.
Os homens agarraram novamente o poste, botaram força, Gritaram: Uma, duas, três, meia e já, gemeram peidaram e nada conseguiram. O feitor falou novamente com o secretário.
- Seu Lourival. Num tem jeito não. Os cassacos já fizeram de tudo e o poste nem se aluiu. Mais ainda qui má pregunte, pruque o senhor faz tanta questão de mexer nesse poste? Pruque num deixa ele queto?
O secretário já quase convencido, apontou para José Atahide que brincava com um peão e falou: É porque esse garoto neto de Dona Lolô, vive bricando por aqui e pode ser que ele venha mexer no poste e acontecer de cair por cima dele.
- Pera. Lourival! Cuma é qui trinta cassaco butaro força qui peidaro e o poste nem se mexeu, aí vem um minino desse, mais dirnutrido do que um mija- corda im greve de fome e vai derrubar o poste pru riba dele.
Dedico esse causo ao meu amigo Zé Atahide
Mundim do Vale.

COMPOSITORES DO BRASIL

É Carnaval !

Por Zé Nilton

O fortalezense Edigar de Alencar, falecido no Rio de Janeiro em 1993, foi jornalista, teatrólogo, poeta e musicólogo. Escreveu um livro clássico chamado O Carnaval Carioca através da música, Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves, 1979.

Informa a trajetória do carnaval no Rio desde os tempos do entrudo e dos bailes de máscaras, e diga-se, era tudo muito lírico, a começar pelas músicas: valsas, mazurcas, e no máximo, a polca.

Lá pelo ano de 1852 um sapateiro português reuniu um grupo de amigos e saiu, na tarde da segunda-feira de carnaval tocando bombos e fazendo grande algazarra, com gritos de Viva Zé Pereira ! Pronto: estava inaugurada a libertinagem que marca o carnaval brasileiro.

Aliás, o Zé Pereira, desfile de zabumbas, era uma reminiscência de Portugal, onde ainda hoje é atração nas festas juninas de Braga e nas de Nossa Senhora da Agonia, em Viana do Castelo.

Um fato curioso. A música Viva o Zé Pereira, que se tornou até pouco tempo uma espécie de “música de abertura dos carnavais” de rua e de clubes, resultou de uns versos criados por um ator carioca com parte de uma música da peça Les Pompiers de Nanterre, cuja estréia se dera no dia 08 de março de 1869, justamente o trecho em que os autores classificavam de excentricité burlesque.

Depois a melodia banal do Zé Pereira vai servir, nos velhos carnavais, a todo tipo de paródias pelo Brasil inteiro, para o pavor de políticos e chefetes locais.
No programa Compositores do Brasil desta quinta-feira vamos falar de carnaval. Apresentaremos as músicas carnavalescas e seus autores desde o final do século XIX, e ao longo do século passado, até a década de 1970, quando o estilo começa a sair de moda.

Vamos falar e ouvir:

Ô abre alas (1899(, de Chiquinha Gonzaga, interpretada por Linda e Dircinha Batista;
Vem cá, mulata (1906), de Arquimedes de Oliveira, com Pepa Delgado e Mário Pinheiro;
Pelo Telefone (1916), de Sinhô e Mauro de Almeida, com Bahiano, a primeira interpretação em disco.
Fala, meu louro (1920), de Sinhô, com Almirante
Cristo nasceu na Bahia (1927), de Sebastião Cirino e Duque, com os Vocalistas Tropicais;
Dorinha, meu amor (1929), de José Francisco de Freitas e Sinhô, com Augusto Calheiros;
Taí – prá você gostar de mim – (1930), de Joubert de Carvalho, com Carmem Miranda;
A Jardineira (1939), de Benedito e Humberto Porto, com Orlando Silva;
O passarinho do relógio (1940), de Haroldo Lobo e Milton de Oliveira, com Aracy de Almeida;
Chiquita Bacana (1949), de João de Barro e Alberto Ribeiro, com Emilinha Borba;
Daqui não saio (1950), de Paquito e Romel Gentio, com os Vocalistas Tropicais;
Maria Escandalosa (1955), de Armando Cavalcanti e Klecius Caldas, com Dalva de Oliveira;
Me dá um dinheiro aí (1960), de Homero, Ivan e Glauco, com Moacir Franco,
Bandeira Branca (1970), de Max Nunes e Laércio Alves, com Ângela Maria e Dalva de Oliveira.

Quem ouvir, verá!

Programa Compositores do Brasil
Rádio Educadora do Cariri
Quintas-feiras, às 14 horas
Pesquisa, produção e apresentação de Zé Nilton
Apoio Cultural: CCBN

Aprovada a convacação da ministra Dilma Roussef.

A base governista não conseguiu barrar nesta quarta-feira a aprovação de convocação da ministra da Casa Civil , Dilma Rousseff, para falar na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado sobre os pontos polêmicos do Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH3) - que inclui iniciativas em praticamente todas as áreas de governo.

Apesar de o texto ter passado pela Casa Civil e ter provocado uma crise entre diferentes setores do governo, a pré-candidata do PT não se manifestou sobre o tema até agora. A polêmica sobre o decreto levou o ministro da Defesa, Nelson Jobim, a pedir nesta quarta-feira a exoneração de um general que criticou a criação da Comissão da Verdade , prevista no programa.

Da regulação de hortas comunitárias à revisão da Lei de Anistia, da taxação de grandes fortunas a mudanças nos planos de saúde, passando pela reforma agrária e pelo financiamento público de campanhas, o programa pretende criar 27 leis.
A votação do requerimento da senadora Kátia Abreu (DEM-GO) provocou grande bate-boca na CCJ. Logo que a matéria foi colocada em discussão, o presidente da CCJ, Demóstenes Torres (DEM-GO) anunciou que apenas uma pessoa falaria pelo bloco da oposição e pelo governo.

Na ausência do líder do bloco do governo Aloizio Mercadante (PT-SP), falou longamente em seu lugar o senador Eduardo Suplicy (PT-SP).
Quando Mercadante chegou, já não dava mais tempo de tentar derrubar e a matéria foi aprovada. Na primeira contagem, deu 6 a 7 contra o governo. Mercadante pediu a recontagem, e deu 7 a 7, podendo ter o voto de minerva do presidente Demóstenes. Mas em nova recontagem nominal, finalmente o resultado foi 9 a 7 pela aprovação.
- Vou entrar com recurso ao plenário contra essa aberração que aconteceu aqui hoje! O regimento foi atropelado, resultados mudados. Vamos deixar o plenário da comissão e ficaremos em obstrução em protesto! - Esbravejou Mercadante.
-Isso é opinião de Vossa Excelência! Pode entrar com o recurso - respondeu Demóstenes, encerrando a votação.
Junto com Dilma, foi aprovada a convocação do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, e do jurista Ives Gandra. Cabe aos três marcar a data do depoimento. Veja alguns pontos por Ivens Gandra Martins.

Fonte - O Globo

História do Carnaval

O Carnaval é uma festa que se originou na Grécia em meados dos anos 600 a 520 a.C.. Através dessa festa os gregos realizavam seus cultos em agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e pela produção. Posteriormente os gregos e romanos inseriram bebidas e práticas sexuais na festa, tornando-a intolerável aos olhos da Igreja. Com o passar do tempo, o carnaval passou a ser uma comemoração adotada pela Igreja Católica, o que ocorreu de fato em 590 d.C.. Até então, o carnaval era uma festa condenada pela Igreja por suas realizações em canto e dança que aos olhos cristãos eram atos pecaminosos.

A partir da adoção do carnaval por parte da Igreja, a festa passou a ser comemorada através de cultos oficiais, o que bania os "atos pecaminosos". Tal modificação foi fortemente espantosa aos olhos do povo, já que fugia das reais origens da festa, como o festejo pela alegria e pelas conquistas.

Em 1545, durante o Concílio de Trento, o carnaval voltou a ser uma festa popular. Em aproximadamente 1723, o carnaval chegou ao Brasil sob influência européia. Ocorria através de desfiles de pessoas fantasiadas e mascaradas. Somente no Século XIX que os blocos carnavalescos surgiram com carros decorados e pessoas fantasiadas de forma semelhante à de hoje.

A festa foi grandemente adotada pela população brasileira, o que tornou o carnaval uma das maiores comemorações do país. As famosas marchinhas canavalescas foram acrescentadas, assim a festa cresceu em quantidade de participantes e em qualidade.

Por: Gabriela Cabral
Equipe Brasil Escola

Postado por: Glória Pinheiro

FREVO NA PANELA - Por Mundim do Vale


Era domingo de carnaval. O bar de Almir Brito estava lotado, Só Pedro tinha três: Pedro Clementino, Pedrinho de Hermínia e o comunicador Pedro Jorge. Estavam ainda: Mazim, Edval, Italvan, Régis, Bruguelo e Telha Quebrada. No meio daquela folia de cachaça e maisena, Telha Quebrada começou uma arenga com Bruguelo, quando Pedrinho de Hermínia resolveu intervir:
- Ei negrada! É bom vocês deixar essa briga, pra quarta feira de cinzas, que o padre Mota aparta. Depois de feita a conciliação,lá se vinha Crispim passando em frente ao bar, quando Pedro Jorge Gritou:
- Ei Crispim! E o carnaval? - Carnaval? Qui negoço de carnaval ome! Carnaval bom é lé im casa, a panela frevendo o dia todim.
Fonte: Hudson Rolim.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

SETE LÉGUAS - Por Mundim do Vale

Dedico esse causo ao amigo Hudson Batista, que me cobrou de público.
Fonte: Antônio Gonçalves Cassundé. ( Antônio de Leó )

Dona Creuza, mãe de Deral e de Rômulo era herdeira de uma propriedade no sítio Charneca. Resolveram vender mas estava difícil encontrar compradores.
Até que ofereceram ao Sr. Luís Proto. O Sr. Luís manifestou interesse, mas queria saber as medidas. Como era herança de posse eles não sabiam.
A solução encontrada foi que Deral devia ir com o comprador até a Charneca, para mostrar o terreno.
Deral foi até a loja do seu primo Zé do Norte e comprou um par de botas sete léguas, para pagar com o pagamento da venda da propriedade.
Quando foi no domingo de manhã Deral foi com Luís Proto, mas quando chegaram na capela de Maria de Bil, Luís Proto já estava querendo desisti.
Deral convenceu o comprador dizendo:
- Mas nós já estamos tão perto. É só descer a serra.
- É mas depois de descer, nós temos que subir e descer novamente.
Mesmo assim foram até lá. Quando chegaram na propriedade, era um terreno parecido com um corredor medindo dois metros de frente, com trinta de fundos.
Luís Proto decepcionado falou:
- Mas Deral. Tu comprou um par de bota sete léguas, para mostrar um terreno que só tem trinta metros.
O dinheiro da venda do imóvel só deu para pagar as botas de Zé do Norte.
Mundim do Vale.

Colirio para os olhos e para a refletir.

Com as primeiras árvores derrubadas começou a civilização. Com as últimas árvores derrubadas a civilização terminará.
Proverbio Indiano.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

OVELHA NEGRA - Por Mundim do Vale

No ano de 1980 um tabelião me ligou, pedindo para que eu fosse instalar um vídeo cassete na sua residência que ficava no Carlito Plampona. Acertado o preço, ele me deu o endereço e eu pedi um referencial, para facilitar a localização.
Pelo telefone ele falou:
- Você vem pela Av. Francisco Sá, quando chegar num posto de gasolina, vizinho a churrascaria OVELHA NEGRA, pegue a esquerda que já é a minha rua.
Eu peguei a Francisco Sá do Jacarecanga até a Barra do Ceará, encontrei vários postos de gasolina, mas nenhuma churrascaria com aquele nome.
Depois de passar três vezes naquela avenida, sem encontrar a churrascaria, Resolvi ligar para o cidadão:
- Alô!
- Aqui é o Raimundo.
- Onde você está?
- Estou aqui no posto Brisa do Norte.
- Pois você tá bem pertinho da minha casa. Do seu lado esquerdo tem uma churrascaria?
- Tem sim.
- Pois da churrascaria, você passa cinco casas e chega na minha.
Quando eu cheguei na calçada da casa, ele já estava me esperando e foi logo me perguntando:
- Porque demorou tanto?
- Porque eu estava procurando a Churrascaria BORREGA PRETA.
Mundim doVale.

Votação - Jornal o Povo

Caro amigo, o Jornal o Povo está fazendo uma enquete para as associações que se destacaram em 2009. Nós da casa mãe, ASSOCIACÃO BENEFICENTE LUIZ OTACÍLIO CORREIA estamos concorrendo e por isso precisamos de sua ajuda. Entre no site www.opovo.uol.com.br/campeoesdasolidariedade clique em votação, região cariri e vote na associação beneficente Luiz Otácilio Correia.
Para isso voce só precisa ter um e-mail e depois confirmar seu voto no e-mail. A votaçao será ate amanha, desde já agradecemos a sua participação. QUE DEUS ilumine seu caminho. CASA MAE. Associação Beneficente Luiz Otacílio Correia.

O Crucifixo do Haiti.

Acabo de ver a imagem do Crucifixo da Igreja Sacre Coeur du Tugeau, no Haiti, exibida pelo Fantástico, programa da Rede Globo. O templo sagrado desabou e restou aquele Crucifixo, quase intacto, grande, erguido, exposto aos olhares que banham de lágrimas as noites haitianas. As pessoas param em frente a ele, choram e rezam.
Esta imagem provoca o ser pensante. Por que foi assim? Por que aquele Crucifixo resistiu ao equivalente a 30 bombas nucleares como a de Hiroshima? E Cristo ficou ali. Parece ser aquela Sexta-Feira Santa, em Jerusalém, no alto do Calvário.
Pus-me a pensar e contemplar a chocante cena. Abri as Sagradas Escrituras e pus-me a ouvir o Senhor. O Filho do Homem permaneceu naquele lugar, representado pela imagem, para dizer aos sofredores haitianos que eles não estão sozinhos. Jesus Cristo está crucificado com eles e eles com Cristo. “Suas dores são minhas dores; suas lágrimas são minhas lágrimas; seu sangue é o meu sangue. Estou na cruz despido, como vocês que agora se encontram despidos de tantos bens.” Como disse o Profeta Isaías: “a verdade é que ele tomava sobre si nossas enfermidades e sofria, ele mesmo, nossas dores” (Is 53,4).
Os braços do Filho de Deus permaneceram abertos em Porto Príncipe para acolher o clamor de homens e mulheres transpassados pela lança da destruição, da fome, da sede, da perda de esperanças. O lado aberto do Cordeiro de Deus ficou ali, às margens da rua destruída, para dar descanso e consolo aos que ainda gritam por socorro debaixo dos escombros de uma cidade cujo concreto tombou sobre vidas cheias de sonhos. “Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos e eu vos darei descanso” (Mt 11,28). O Crucificado resistiu às forças cósmicas para dar refúgio e abrigo aos que vagueiam pelas ruas sem destino.
O Crucifixo do Haiti foi mais forte que o terremoto para manter viva na mente e coração dos que por aquela rua passarem a boa notícia: “prova de amor maior não há, que doar a vida pelo irmão” (Jo 15,13). Ali ficou uma imagem sagrada feita de matéria, porém, ao seu lado, ficaram os corpos de homens e mulheres, que viveram até o fim o Mandamento Novo. Eles foram imagens vivas do Bom Pastor que dá a vida por suas ovelhas. Trata-se da Dra. Zilda Arns e quinze sacerdotes presentes naquela igreja no momento da tragédia. Eles estavam juntos porque queriam amar intensamente as crianças daquela nação que esperavam por vida e vida em abundância.
O Crucifixo do Haiti permanece erguido e o Espírito de Deus fala aos corações das pessoas de bem que salvam aquela sofrida gente. “Pois eu estava com fome e me destes de comer; eu estava com sede e me destes de beber; eu era estrangeiro e me recebestes em casa; eu estava nu e me vestistes; eu estava doente e cuidastes de mim; ... Todas as vezes que fizestes isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizestes!” (Mt 25, 35-36.40).
O Crucificado ressuscitou e enviou do Pai o Espírito Santo renovando todas as coisas. Ele
ficou naquela destruída rua para dizer: “Coragem, eu venci o mundo” (Jo 16,33). Em meio ao caos da maior tragédia enfrentada pela ONU, há esperança, a luz dissipa as trevas em cada pessoa resgatada com vida, e em cada criança amparada. E o brilho volta a resplandecer nos olhos que agora choram os mortos. É a força criativa e reconstrutora do Amor estampada no Crucificado do Haiti.
Padre Francisco Agamenilton Damascena
Mensagemm enviada por Ana Micaely Brito de Morais Meneses.

O alpinista - Enviado por Klebia Fiuza.

Sempre buscava superar mais e mais desafios. Ele resolveu, depois de muitos anos de preparação, escalar o Aconcágua. Ele queria a glória somente para si. Resolveu então escalar sozinho sem nenhum companheiro, o que seria natural no caso de uma escalada dessa dificuldade.
Ele começou a subir e foi ficando cada vez mais tarde. Porém ele não havia se preparado para acampar e resolveu seguir a escalada, decidido a atingir o topo. Escureceu, e a noite caiu como um breu nas alturas da montanha, e não era possível mais enxergar um palmo à frente do nariz, não se via absolutamente nada, não havia lua e as estrelas estavam cobertas pelas nuvens. Subindo por uma "parede", a apenas 100 metros do topo, ele escorregou e caiu. Caía a uma velocidade vertiginosa, somente conseguia ver as manchas que passavam cada vez mais rápido na escuridão.
Sentia apenas uma terrível sensação de estar sendo sugado pela força da gravidade. Ele continuava caindo e, nesses angustiantes momentos, passaram por sua mente todos os momentos felizes e tristes que ele já havia vivido. De repente ele sentiu um puxão forte que quase o partiu pela metade... shack!
Como todo alpinista experiente, havia cravado estacas de segurança com grampos a uma corda comprida que fixou em sua cintura. Nesse momento de silêncio, suspenso pelos ares na completa escuridão, não sobrou para ele nada além do que gritar:
- Oh, meu Deus! Me ajude!

De repente uma voz grave e profunda respondeu:
- O que você quer de Mim, meu filho?
- Me salve, meu Deus, por favor!
-Você realmente acredita que Eu possa te salvar?
- Eu tenho certeza, meu Deus.
- Então corte a corda que mantém você pendurado.

Houve um momento de silêncio e reflexão. O alpinista se agarrou mais ainda a corda e pensou que se largasse a corda morreria. Conta o pessoal de resgate que no dia seguinte encontraram um alpinista congelado, morto, agarrado com as duas mãos a uma corda a não mais de dois metros do chão.

E você...? Está segurando a corda...???
Enviado Por Klebia Fiuza.