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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 13 de fevereiro de 2010

UM RIO QUE SECOU - Por Mundim do Vale

Este poema foi desenvolvido logo após a morte do meu irmão Luís Sérgio.

Um lugar muito encantado
Foi o RÍO CORAÇÃO,
Foi no peito bem guardado
Mas sumiu na escuridão.
O lago que estava cheio
Ficou triste, ficou feio
Foi secando de repente.
Depois que tudo secou,
Pelos olhos só sangrou
Uma lágrima comovente.

O lago era alimentado
Pelo rio na enchente
Como o sangue é circulado
Dentro da veia da gente.
Se essa veia secar
Nossos olhos vão parar
De sangrar com alegria.
Foi um rio que secou,
Um coração que parou,
São os olhos sem sangria.

Era lago fundo e imenso
De beleza e harmonia,
Que viveu um dia tenso
De tristeza e agonia.
Foi a água que faltou,
Quando aquele rio secou
E o lago virou torrão.
Ficaram olhos sem água,
Sangrando somente mágoa
Chorando numa canção.

Um rio feito de amor
De paz e de calmaria,
Assim como o seu autor
Demonstrou na melodia.
Fez um poema bem feito,
Colocou o rio no peito
E fez dele uma canção.
Com o rio encheu o lago,
Com carinho e com afago
E guardou no coração.

Logo que o rio secou
O lago também morreu
E o seu compositor
Ficou triste e faleceu.
Pra ele faltou um rio,
Que tivesse o desafio
De lhe encher de emoção.
Devolvendo a calmaria,
Que ele cantou um dia
No seu RÍO CORAÇÃO.

Dedico esse poema a minha sobrinha Luciana e todos os amigos de Serginho Piau.
Raimundinho.

4 comentários:

  1. Mundim

    São nestas horas que ele marcou presença que a saudade aumenta, bate mais forte e judeia com todos nós.

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  2. É Morais. Foi nesse momento de
    alegria que eu me lembrei de postar
    esse poema antigo, para dividir a saudade de Sérgio com os meus primos e amigos.
    Que todos tenham um carnaval de muita alegria e poucos problemas.
    Várzea Alegre é festa, é ordem e é
    tranquilidade.
    Eu, como já tinha lhe dito antes não tive condições de passar esses dias de alegrias com vocês.
    Mas estão em várzea Alegre minha irmã Rita, Marcos, Paula e meu cunhado Joemilton.
    Abraço momino.
    Raimundinho.

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  3. Sérgio era sinônimo de festa, um rio que transbordava águas de alegria. Presença marcante nos carnavais de Varzea Alegre que hoje sem dúvidas nos faz muita falta e nos deixa uma enorme saudade. Uma figura eternizada em nossos corações.
    Raimundim, quero aqui deixar o meu abraço a todos da família, por quem tenho muito carinho e admiração, em especial a minha amiga, Paulinha.

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  4. é este poema é muito lindo eu publiquei ele no livreto que fiz em sua homenagem, o sergio é um rio de saudades

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