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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 19 de novembro de 2023

285 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


Os tempos eram outros e os costumes também, os objetos de sedução eram "mandar flores e fazer serenatas", as meninas bem mais recatadas, o jovem varzealegrense Joaquim de Figueiredo Correia, advogado, depois vice-governador do Ceará e Deputado Estadual e Federal por várias legislaturas fez uma serenata para uma prima filha do português Antônio Ferreira, casado com Matilde Correia, tia do perfilado.
Do casal Antônio Ferreira e Matilde nasceram vários filhos, dentre eles o médico José Correia Ferreira, segundo filho de Várzea-Alegre a se formar em medicina, em 1936, o empresário Raimundo Correia Ferreira, um dos pioneiros do transporte de passageiros no nordeste e o jornalista, apresentador e locutor da BBC de Londres Joaquim Correia Ferreira.
Com a finalidade de fazer uma serenata Joaquim Figueiredo se posicionou a certa distância da casa localizada à rua major Joaquim Alves, e quando o sanfoneiro cantou a musica "Patativa" do Vicente Celestino :

Acorda, patativa! Vem cantar.
Relembra as madrugadas que lá vão,
E faz da sua janela o meu altar,
Escuta a minha eterna oração.

Antônio Ferreira, o pai da jovem abriu a porta, saiu para calçada e disse com o seu sotaque português: "A patativa está dormindo, mas, o pai dela está acordado". 

A serenata foi abaixo no instante, e, é porque os jovens eram da mesma família, eram primos legítimos. Imagine se não fossem.

Música dos tempos em que os objetos de sedução eram fazer serenata e mandar flores.



7 comentários:

  1. Giovani.

    Como foi que voces continuaram fazendo paçoca sem o pilão? hahaha

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  2. Lembro como se fosse hoje dessa lamentável tragédia. Foi uma das maiores enchentes dada pelo rio Simão, quem não gostou nem um pouco foi Minininho Bitu pelo fato de ter estragado o arroz da Lagoa.
    Realmente faltou um pouco de engenharia, pois o pilão que por sua fez fazia parte integrante da cozinha de Carmelita, não poderia servir como ajuste na parede do açude. Mas nós temos que admitir, pois nosso nobre primo Antonio Leandro com o seu pouco conhecimento na área de açude quase causa uma tragédia para a população do Sanharol.
    Parabéns Geovani muito boa a sua postagem, lembra um fato ocorrido que marcou um evo no acervo de nossas memórias. Antonio Leandro, seu pai foi um cidadão do bem assim como Raimundo Bitu, Cotinha, Menininho Bitu, Zé Andre e muitos que já partiram para eternidade, mas deixaram histórias que merecem sempre serem comentadas pelo bom humor a elas atribuídas.

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  3. essa foi muito boa, esse engenheiro devia ter sido contratado pra construir o castanhão rsrrsrr

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  4. Muito boa Geovani...
    Mas se o açude de Orós com tanto investimento e tecnologia arrombou. Por que não poderia acontecer o mesmo com o açude de Várzea Alegre. Mas foi melhor assim. Vai que se segura no inverno, os pilões iam deixar nossos quintais para reforçar as paredes de açude. E como disse Morais, seria o fim da deliciosa paçoca.
    Forte abraço.

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  5. kkkkkkkkkkkkkkkkk
    O pilão deve tá na praia do Futuro....

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  6. Agradeço a todos meus amigos pelos comentários, Morais, Dr. Flávio, João, Israel e klébia... Um abraço de coração a todos vocês;Ano passado, foram construídas três barraginhas no Simão, num projeto do governo_ 1000 barraginhas, eu vendo as máquinas trabalhando, lembrei muito do meu pai, que chorei, por não ter visto este empreendimento, que era um sonho da vida dele. Mas lá´onde ele estar acho que se sentiu feliz.

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  7. Morais, você fala em paçoca? Naquele tempo o pilão lá de casa só via milho.

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