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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 26 de novembro de 2023

298 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


Na época do ouro branco, do algodão, o varzealegrense Juvêncio Bezerra, filho de José de Toin, casado com dona Danival Peixoto de famílias cratenses, era fiscal do Ministério da Agricultura.

Sua atividade e função principal era orientar os produtores no plantio, na colheita, no armazenamento e como produzir uma pluma de qualidade.

O Juvêncio tinha como base o município de Assaré. De lá se deslocava para as demais retornando para pernoitar. Se hospedava na pensão de dona Bia onde além de um bom e reforçado café pela manha era servido “arroz com traíra" no almoço, e "traíra e arroz" no jantar.

Um dia, o Juvêncio recebeu um telegrama avisando que um delegado do ministério da agricultura, um superior seu, estava se deslocando para a região para fazer uma inspeção nos trabalhos. Juvêncio chamou dona Bia para uma conversa: Preciso de um favor da senhora, disse. Um superior meu, vai está por aqui amanhã e eu gostaria que a senhora desse uma caprichada no "rango", ele vem do Recife merece nossa consideração e precisa sair com uma boa impressão nossa.

No outro dia, dona Bia não fez outra coisa, passou a manha pastorando as panelas, trocou os pratos velhos por uns novos, substituiu talheres, toalhas e panos de mesa.

Quando colocou a mesa o Juvêncio ficou besta, admirado com variedade de guloseimas servidas, especialmente uma apetitosa omelete, coisa nunca vista pra quelas bandas.

Ao partir a omelete e retirar a parte a ser servida Juvêncio viu o "olho" da traíra mirado na direção do delegado, do seu superior.

Foi um dos micos do Juvêncio.


9 comentários:

  1. O Juvencio era uma figura querida dos da Varzea-Alegre. Era irmão de São Raimundo, o seu pai Ze de Toin foi quem construiu a imagem do nosso padroeiro São Raimundo Nanota que está no topo da torre da igreja matriz de nossa terra Varzea-Alegre.

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    1. So o amugo, para ter tantas jóias raras a contar.....

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  2. sim morais eu enviei um e-mail de um amigo de infancia vc olhe com carinho ele mora em vilhena o textoo fala da depravação da programação global e pediu pra mim divulgar, eu postei no meu blog, e enviei pra ti ele é sargento da aeronáutica e é filho de Assis rosa abraço

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  3. Israel.

    Li o texto. Na verdade vivemos um momento que tudo conspira contra a principal criação de Deus para humanidade, A Familia. Nesse sentido a Globo tem desempenhado o seu papel. Infelizmente o povo, gosta e quer essas babozeiras que são apresentadas. Eu não assisto, mas vejo que a maioria está atenta. Como acredito que nada que é jogada na tela, deixa de ser antes pesquizado antes, a TV joga o que agrada ao povo. O povo está feliz. Não estou conseguindo comentar no seu Blog. Não sei acessar a area de comentarios. Eu sou matuto.
    Um brande abraço e obrigado pela mensagem.

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  4. é só tc em cima do nome comentário aí aparece é igual ao seu

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  5. Morais...
    Muito boa essa história...
    "Malassada" de traíra foi demaisssssssss....rsrss
    Abraços

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  6. Israel e Flavin.

    A historia da malassada de traíra contada por Juvencio fazia morrer de rir.

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  7. Morais,

    O que acho mais exótico na traíra é a sua arcada dentária. Apesar de ser o peixe de água doce preferido da minha mãe, não a vejo com bons olhos. Todavia, imagino a cena com fundo musical do Chico Buarque.

    - "Olhos nos olhos, quero ver o que você faz..."

    Um abraço.

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  8. Eh meu amigo!
    Traíra eh peixe muito bom, mas omelete, ... eh novidade! 😬😬😬😬

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