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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 26 de novembro de 2023

297 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


Em 1951,  Raimunda da Varzinha recebeu na sua residência a visita de uns guardas da antiga Sucam. O que os senhores desejam?

Ver a higiene da casa!

Carece não, Joaquim  não come, e, se não come  não caga,  Zunda é mundo trabalhador, vive na roça caga por lá, eu quando cago  enrolo num jornal e jogo no telhado da casa.

Depois de uma serie de outras perguntas, os guardas saíram pelos terreiro procurando foco de barbeiro e mosquito, deram alguns conselhos e informações para a dona da casa e um deles perguntou : E estes potes? A senhora tem o cuidado de lavá-los direito?

Ah, meu senhor, estes potes eu lavo  todos os dias, muito bem lavados. Pode analisar, disse. O guarda focou uma lanterna num deles, meteu a mão e arrastou de dentro um chinelo de couro feito por Zé Faustino e sacudiu no meio da sala.

Dona Raimunda surpresa, falou: Ah, minha "zapragata" que fazem seis meses que eu procuro!

Olha onde é que estava!


7 comentários:

  1. Na casa de Raimundo da Varzinha a higiene passanva por longe. Um dia ela botou o almoço do filho Zunda num prato e o menino rejeitou. Lá para o meio dia uma irmã de Raimundo chegou a cozinha e perguntou: Raimunda de quem é esse almoço? Ela respondeu: isso é as besteiras de Zunda, foi almoçar e só porque achou um carrapato não quiz!

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    1. Apesar do dia começar triste, com a noticia da partida, para o plano de cima do amigo irmão, Joãozinho Cavalcante, não perdi a vontade desta leitura. Ela ameniza a dor da alma....

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  2. kkkkkkkk
    Um filho dela foi oferecer um queijo coalho, daqueles feito 'a mão, e o primeiro que oferecu foi logo a Luiz Inácio, famoso Boca de Fogo: compre, Seu Luiz, foi feito no capricho, implorava ele. Quem foi que fez? Foi minha mãe.
    Ah pois passando pelas mãos de tua mãe eu não quero nem um coco, respondeu Tio Luiz.

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  3. As "apragatas" feitas por Zé Faustino tinham pelo menos dois quilos de sola cada uma...

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