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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 1 de maio de 2010

Tingui e o touro de Jose Vieira - Por A. Morais

Pra quem não sabe, tingui é uma erva, de sabor agradável ao bovino e que é letal ao ser consumido, se houver qualquer alteração com o animal, ele morre asfixiado.

Era um costume antigo o padrinho doar uma bezerra para o afilhado. Assim sendo, o meu avô e padrinho me presenteou com uma bezerra, que ao crescer foi batizada de “ Manchada”. Quando já me entendia de gente João de Cícero Correia, o encarregado de botar as vacas para o curral, apressou o passo e Manchada morreu vitima do maldito tingui.

O valor que minha vaquinha tinha estava no fato de ser um presente do meu avô e padrinho que morreu quando eu tinha apenas dois anos e três meses de idade, com 49 anos, e, eu sendo o seu primeiro e unico neto, era o valor estimativo.

O touro de Jose Vieira do Chico, conhecido por Faceiro, quando Zé Bernardo botou as vacas para o curral é que foi sentir falta. Retornou para o campo a procurar. Quando o encontrou, Faceiro estava morto, partiu para dar a noticia ao patrão.

Ao encontra-lo, disse preocupado - Seu José, Faceiro morreu! Homi de Deus, isso é noticia que você me dê. Diga que ele saiu da roça, falou Jose Vieira desencantado.

Por A. Morais

3 comentários:

  1. Jose Vieira do Chico era inteligente daqueles que pra tudo encontrava uma boa solução.

    Melhor seria o touro ter saido da roça e se acompanhado com Cambraia, a vaca de Joaquim André, do meu tio Compadre. hahaha

    Um bom final de semana para todos.

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  2. Boa, Morais! Só em Várzea Alegre mesmo para tantas história engraçadas acontecerem.

    Bom fim de semana a todos do Blog.

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  3. Morais,

    Tão bom se pudéssemos imaginar a vida, fugindo da roça, como José Vieira do Chico...

    Tão bom se tivéssemos a fé dos religiosos fervorosos, que imaginam ir morar ao lado do pai no pós-morte...

    Como seria maravilhoso não ter de chorar a morte dos amigos e parentes que já se foram...


    Saudações.

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