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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 29 de junho de 2010

DESAFÍO PRA POETA - Por Mundim do Vale

Raposa não sobe escada
Canapum não dá azeite,
Poeta que esconde o leite
Não segue a minha jornada.
Eu deixo a rima elevada
Pra ninguém pegar com a mão,
Nem com vara de condão,
Nem feitiço ou bruxaria.
TODA BOA POESIA
TEM O CHEIRO DO SERTÃO.

Quem não pode com o pote
Nunca pega na rodilha,
Quem ler na minha cartilha
Tem que dançar o meu xote,
Poeta tem de magote
Mas anda na contramão,
Não alcança meu rojão
Nem trafega em minha via.
TODA BOA POESIA
TEM O CHEIRO DO SERTÃO.

Quem não poder encarar
Vai descer tomando pisa,
Mas se for uma poetisa
Eu posso até perdoar.
Mas ela tem que rimar
Seguindo a minha lição:
Rima métrica e construção
Como faz o Zé Maria.
TODA BOA POESIA
TEM O CHEIRO DO SERTÃO.

É bom que ninguém esqueça
De fazer rima correta,
Pois eu respeito poeta
Mas não abaixo a cabeça.
Por incrível que pareça
O tema é de confusão,
Mas eu acabo a questão
Aplicando a harmonia.
TODA BOA POESIA
TEM O CHEIRO DO SERTÃO.

Mundim do Vale.

15 comentários:

  1. Quando o Mundim aparece
    Com o seu bom desafio,
    Eu abro o blog e me apreço
    Leio a pagina e espio,
    E é nessa hora alegre
    Que os poetas se assanham
    E cantam com emoção,
    Toda boa Poesia
    Tem o cheiro do sertão.

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  2. Me lembrei da taboada
    Com Morais rimando em nove,
    Quando esse primo se move
    Deixa os noves fora nada.
    Falta o resto da moçada
    Fazer a multiplicação,
    Contando os dedos da mão
    Na aula de economia.
    TODA BOA POESIA
    TEM O CHEIRO DO SERTÃO.

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  3. As poesias de Miguel
    Delfonso lá das panelas
    Tem cheiro de riacho nelas
    E da chuva que caiu do céu
    Tem o sabor de um bom mel
    Das flores desse torrão
    Tem o sabor de um mamão
    Que a Viana comia
    Toda boa poesia
    Tem o cheiro do sertão

    As poesias de Seu Quinco
    Contem o cheiro do Chico
    Este que nunca foi rico
    Mas trabalhou com afinco
    Eu falo sério não minto
    E é com satisfação
    Que eu sinto o cheiro do chão
    Quando a boa chuva esfria
    Toda boa poesia
    Tem o cheiro do sertão

    Das poesias do bidinho
    Nessas eu posso falar
    Tem o cheiro do lugar
    Onde canto um passarinho
    Onde um outro faz seu ninho
    Melhor que um artesão
    Faz com tanta precisão
    Que Deus lá do céu espia
    Toda boa poesia
    Tem o cheiro do sertão

    O cheiro da verde rama
    Se sente em cada verso
    Das poesias de Elvesso
    Sei que Luiz tem mais fama
    É assim que ele se chama
    Poeta de nome ou não
    Mas aqui nesse torrão
    O Luiz tem garantia
    E toda boa poesia
    Tem O cheiro do sertão

    Tem o cheiro de um pepino
    Também chamado pinheiro
    As de Expedito Pinheiro
    Que canta bem o seu hino
    Cantador feio e mofino
    Que encravou nesse chão
    Faz o uso da razão
    Na hora da cantoria
    Toda boa poesia
    Tem o cheiro do sertão

    Tem o odor de cigarro
    As do poeta mundim
    Mas ele fala é assim
    Nem peça que não esbarro
    Dava pra comprar um carro
    Desses grandes um caminhão
    O dinheiro que ele não
    Souber se quer dar valia
    Toda boa poesia
    Tem o cheiro do sertão

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  4. Tem o cheiro que eu sinto
    Direto nas minha venta
    E muito mais que noventa
    Temos no nosso recinto
    E isso não é um quinto
    Dos que já se foram então
    Morar na imensidão
    Da eterna moradia
    Toda boa poesia tem
    O cheiro do sertão

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  5. Magnólia apareceu
    Cláudio Souza vem chegando,
    Mas já chega reclamando
    De um fato que aconteceu.
    Sei que o culpado foi eu
    Fuumando lá no salão,
    Causando poluição
    E gerando antipatia.
    TODA BOA POESIA
    TEM O CHEIRO DO SERTÃO.


    Israel é reservado
    Quando o blog tem conflito,
    No dito pelo não dito
    Ele se mantém calado.
    Mas ele tem bem guardado
    E cuida com atenção,
    De uma boa coleção
    De verso e fotografia.
    TODA BOA POESIA
    TEM O CHEIRO DO SERTÃO.

    Já diz um velho ditado
    Quem tem boca vai a Roma.
    Meu verso tem o aroma,
    Do arroz novo torrado,
    Do ubre de vaca assado,
    Do guisado do oitão,
    Do pão de arroz no São João,
    E da borra que eu comia.
    TODA BOA POESIA
    TEM O CHEIRO DO SERTÃO.

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  6. O ano trinca no meio
    Neste trinta, que padece,
    Porém, já já acontece
    Um Julho bom pra passeio.
    O povo fará recreio
    Relembrando o São João.
    O aroma do quentão
    O encherá de alegria
    TODA BOA POESIA
    TEM O CHEIRO DO SERTÃO.

    Ouvi o galo cantar
    Na madrugada elegante
    E um gemer ofegante
    Sem poder cacarejar.
    Pra a galinha se alegrar
    Tem que aguentar o rojão.
    Em noite de São João
    O amor traz alegria
    TODA BOA POESIA
    TEM O CHEIRO DO SERTÃO.

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  7. Chegpu o Sávio Pinheiro
    Trazendo coisa junina,
    Manzape com cajuina
    E quadrilha no terreiro.
    A galinha no poleiro
    Pensa na reputação,
    Mas o galo faz questão
    Da tranza daquele dia.
    TODA BOA POESIA
    TEM O CHEIRO DO SERTÃO.


    Magnólia ía descer
    Pela estrada de terra
    Sentindo o cheiro da serra
    Brincando de esconder.
    Com medo de se perder
    Orava a Frei damião,
    Que lhe desse a direção
    Da velha lavanderia.
    UMA BOA POESIA
    TEM O CHEIRO DO SERTÃO.

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  8. Uma vez tentei rimar
    Lá no Zé Correia Lima
    E a minha primeira rima
    Saiu muito devagar.
    Mas antes de embolar
    Fui chamado à atenção,
    Me mandaram abrir a mão
    Pensando em pornografia.
    TODA BOA POESIA
    TEM O CHEIRO DO SERTÃO.

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  9. Eu também já estudei
    Naquela escola exemplar
    Onde pude calcular
    Um "X" que nunca lucrei.
    Porém, por lá estudei
    E aprendi a fazer mourão.
    Mais que uma oração
    O repente tem valia
    TODA BOA POESIA
    TEM O JEITO DO SERTÃO.

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  10. Meu verso tem os costumes
    Do povo do Sanharol,
    Possui o calor do sol
    E a luz dos vagalumes.
    Conduu os mesmos perfumes
    Da ramagem pelo chão
    E lembra de Damião
    Com os bonecos que fazia.
    TODA BOA POESIA
    TEM O CHEIRO DO SERTÃO.

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  11. A peleja tá legal
    Mas ainda falta gente,
    Falta Valdênia e Vicente
    E a prima de Portugal.
    Claude Boris em Sobral
    Depois daquela emoção,
    Esquece que a omissão
    É prima da revelia.
    TODA BOA POESIA
    TEM O CHEIRO DO SERTÃO.

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  12. Tracísio, Francisco e Glória
    Não postaram nada mais,
    Será que foi o Morais?
    Que apagou a memória.
    Computador perde história
    Que não rssgata mais não,
    H.D. Perde a ação
    E a placa mãe, esfria.
    TODA BOA POESIA
    TEM O CHEIRO DO SERTÃO.

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  13. ESTOU FUGINDO DO TEMA PRA LEVAR AO CONHECIMENTO DE TODOS E PRINCIALMENTE DO POETA RAIMUNDINHO QUE EM UM DOS SEUS COMENTRIOS FRISOU UM DOS MAIORES ARTISTAS DA NOSSA TERRA DAMIÃO DOS BONECOS.

    E lembra de Damião
    Com os bonecos que fazia.
    TODA BOA POESIA
    TEM O CHEIRO DO SERTÃO.

    Mundim agora sou eu
    Dos bonecos o detentor
    E você como defensor
    Do que desapareceu
    Ah se tivesse um museu
    Pra que fossem bem cuidado
    Mas o museu espalhado
    Ninguém se propõe juntar
    Caboco vamos lutar
    Vamos todos lado a lado

    Cassimiro é o camandante
    Da tropa negra engraçada
    Piolho não fala nada
    Frouxinha por um instante
    Não arrumou mais amante
    Agora estar recata
    E de boquinha calada
    Não brinca nem bebe mais
    Só tem é dormido em paz
    Oh que tristeza lascada

    CLÁUDIO SOUSA 01 DE JULHO DE 2010

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  14. O Mundin vem com a poesia,
    Que é mais forte que o poema
    Porém, sem sair do tema
    Fala do sol, que iradia.
    Demonstrando alegria
    Fala até de Damião,
    Que com o boneco na mão
    Dava show sem fantasia.
    TODA BOA POESIA
    TEM O JEITO DO SERTÃO.

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  15. Meu verso pode ser fraco
    Mas faço com muita fé,
    Lembro Geraldo Teté
    Tocando com o sovaco.
    Lembro do bolo de caco,
    Exposto lá no leilão
    E eu sem ter um tostão,
    Queria, porque queria.
    TODA BOA POESIA
    TEM O CHEIRO DO SERTÃO.

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