Páginas


"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 13 de julho de 2010

BOTARAM COLORAU - Por Mundim do Vale

Meu irmão João Morais, a minha cunhada Marta e a minha sobrinha Renata, ainda criança, foram passar uns dias em Várzea Alegre e tiraram um domingo para passar no Sanharol, na casa de Geralda Batista. No mesmo domingo estava também na casa de Geralda a sua sobrinha Mundinha que tinha a idade próxima a de Patrícia. As duas tinha o costume de lanchar; Queijos, biscoitos, pães, frutas e qualhada. Mas não conheciam ainda os iogurtes, que eram novidade na época e ainda não tinham chegado a V. Alegre.
Uma certa hora Marta foi servir um iogurte de morango para Renata e sem querer gerou uma curiosidade nas duas garotas. Uma olhava para a outra e cochichava:
- Mulher o que é aquilo?
- Sei não neguinha! Mas eu queria tanto provar.
Marta saiu com Renata em direção da calçada e levou a embalagem mas deixou a tampa sobre a mesa.
As duas correram para a mesa, mas Patrícia chegou primeiro. Pegou a tampa de alumínio e passou na língua, como quem passa um selo e em seguida fez uma expressão de espanto para Mundinha e falou:
- Basta! Isso é qualhada Mundinha!
Mundinha mais espantada ainda disse:
- Pera. Patrícia! Onde foi que já se viu qualhada dessa cor?
- Pois é qualhada sim.
- Pois então botaram colorau nela.
Fonte: Paula Morais.
Dedico esse causo para toda a aquinada.

Um comentário:

  1. Ei Mundim e tu queria o que? As meninas acostumadas com canjica e angu de carimã, como podiam conhecer a novidade. Muito boa.

    ResponderExcluir