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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 4 de setembro de 2010

A entrada do inverno - Por A. Morais

Na postagem anterior Mundim descreve com a mais absoluta precisão a entrada do inverno como diz o caboclo roceiro. Mundim também dedicou a postagem a Renato e João Bitu. A saudade do meu Sanharol e dos meus tempos de menino foi tanta que quase fui as lágrimas. Lembrei uma historia do Raimundo Bitu, pai do amigo João Bitu. Raimundo Bitu foi visitar seu Mininin Bitu bem próximo da morte deste. Quando chegou, uma das filhas de Mininim disse: papai é Raimundo Bitu! Então Mininim balbuciou: Raimundo Bitu! homem bom, honesto, amigo e trabalhador. Raimundo Bitu olhou para um lado e disse: já começou a mentir.

Pois bem, está historia serve para assegurar que Raimundo Bitu não gostava nem um pouquinho de roça. Um dia, Otoniel Fiuza passava por sua casa, em pleno inverno, por volta das oito horas da manha e o encontrou sentadinho no alpendre e perguntou: essa hora em casa? Raimundo Respondeu: Otoniel eu era pra ter nascido em Paris, Londres ou Tóquio. Por que seu Raimundo? Raimundo Bitu fechou o papo dizendo: para não ouvir a zoada dum cabra batendo uma enxada.

Um forte abraço aos primos Renato e João Bitu.

Um comentário:

  1. Saudade da primeira chuva, do cantar dos sapos, do piado das marrecas que chegavam sem avisar e sem se saber de onde vinham, dos pintos ciscando no monturo, da alegria dos homens e mulhres no caminha da roça para o plantio, por fim saudade da felicidade do sertão.

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