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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 4 de setembro de 2010

Morte de Jesus - Por José Augusto de Lima Siebra


Está parado o ramo de oliveira
E muito triste o céu da Palestina
Três horas. Lá no céu o sol declina
Queda silente a natureza inteira.

Jesus, o bom Jesus a fronte inclina
Deita da face a lágrima primeira
Do peito exala a ânsia derradeira
Morre na cruz suspensa na colina.

Escuta calmo o glauco mar profundo
Há um silêncio tal em todo mundo
Que a própria hierarquia desconhece.

A mãe do Verbo a fronte ao céu erguia
E ao supremo soluço de Maria
A terra treme, o sol empalidece.

2 comentários:

  1. Cada poema do Jose Augusto nos convence mais de sua capacidade literaria e poetica. Muito bonito e bom de se ler. O blog está orgulhoso de contar com obras tão importantes para mostrar aos seus leitores.

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  2. Dos poemas religiosos do poeta José Augusto, esse é o que acho mais bonito, mais grandioso.
    Quanta gratidão sinto pela herança que me foi passada no DNA. Corre poesia em minhas veias.
    Abraços poéticos pra todos.
    stela

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