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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

491 - Preciosidades antigas de Varzea-Alegre - Por Antonio Morais

Joaquim Valério, residente no sitio Charneca depois do almoço começou a se queixar de uma dor no peito, na titela. O tempo ia se esvaindo, a dor aumentando e ficando insuportável. Lá pras tantas, Joaquim deu uma piloura e saiu do ar. O povo da localidade foi convocado para transportá-lo a cidade. Pegaram um pau de porteira amarraram uma rede, colocaram Joaquim dentro e arribaram com a pressa necessária.

A mulher tomou a frente com um rosário na mão “disbuiando” uma reza agoniada que não se sabia ao certo se era pra ficar bom ou pra morrer de vez. Chegando a cidade, na passagem pela casa do meu amigo Chiquinho de Louzo, Dr. Jose Sávio proseava com o pai num domingo livre de trabalho e descontraído.

É aqui mesmo, pára! Falou a chefe do cortejo. Dr. Sávio deu uma cubada no paciente e perguntou: O que foi que ele almoçou? A mulher tomou a frente da conversa e respondeu: Doutor, ele almoçou o de sempre, arroz com um capão gordo ao molho pardo.

Dr. Sávio colocou uma luva e meteu dois dedos goela a dentro do Joaquim. A golfada de “feijão com pão” foi tamanha que passaram dois dias para terminar de lavar a sujeira e outros dez para acabar a caatinga.

Não brinquem com doutor, eles são experientes, não adianta tentar enganar, já diz o velho ditado: a mentira tem perna curta.

Um comentário:

  1. Pra facilitar para o medico é melhor revelar direitinho. Veja a paciente da Carrapateira: revelou que para o almoço tinha sido servido Buchada comn rapadura e a sobremesa de uma jaca.

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