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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Loucura falada - Claude Bloc



Limpei as gavetas. Limpei as lembranças. Separei algumas fotos. Reli escritos meus exagerados. Imagens obscuras que não gosto de relembrar.

Separei num canto as coisas que já não importam. Quero guardar apenas o que me é querido e que me lembre que sou querida...

Quero papéis novos, coloridos para rabiscar minha história. Quero apenas fotos alegres dentro da gaveta. Quero lápis e canetas inteiros, para que eu os possa usar sem sustos.

Quero... quero de volta a minha caixa de eternidades onde preservo os bons amigos guardados. Nela sempre haverá espaço para um carinho recebido, para cada loucura falada.

4 comentários:

  1. Prezada Claude.

    Eu já tentei fazer isso, mas não consegui, quando separei vi que tudo aquilo fazia parte das boas lembranças, e, como esquecer as boas lembranças. Não teve jeito guardei tudo outra vez.

    Bom dia.

    A. Morais

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  2. Morais,

    Na verdade, as coisas que me me magoaram, os espinhos que me macgucaram eu fui deixando pra trás sem mágoa, só com a tristeza de ter perdido meu tempo e partes da minha vida que poderiam ter sido melhores.

    Desta vez, nesta faxina, confesso que a gaveta estava quase limpinha. Deu foi saudade de tanta coisa boa que tem me acontecido. Tenho é que dar graças a Deus por ter plantado de novo a felicidade na minha vida, com as "mil" amizades que estou fazendo.

    Abraço natalino.

    Claude

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  3. CORRIGINDO:

    "Na verdade, as coisas que me magoaram, os espinhos que me machucaram"...

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  4. Claude,

    Deixemos os retratos do passado confundirem-se com os sonhos do porvir... E, no desfolhar das horas, o tempo fará renascer a poesia nas páginas (ou nas caixas) da eternidade...
    Encontrar seus escritos por aqui foi uma surpresa maravilhosa. Ler-lhe é sempre um grande prazer!

    Com admiração,

    Gabriel Xenofonte

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