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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 16 de janeiro de 2011

CURA PARA A DEPRESSÃO - Por: Poliana Lima de Almeida



CURA PARA DEPRESSÃO.

Quem me conhece bem, sabe da admiração e PAIXÃO que sinto pelas aves.

Com o tempo venho descobrindo que elas são um ótimo remédio contra DEPRESSÃO e AS INQUIETAÇÕES IMPOSTAS aos habitantes de cidades conturbadas como São Paulo, onde fixei residência.

Tudo começou quando eu tinha por volta de uns 09 anos no sítio do meu pai: VICENTE ALMEIDA, lá no Lameiro, em CRATO-CE. Como nunca fui de ficar quieta no meu canto sempre acompanhava os empregados do sítio que apanhavam inúmeros cachos de banana, sob a coordenação da minha mãe: Maria Valdenia Lima de Almeida – Percebi que a maioria dos cachos que eram colhidos, sempre tinham um ninho de rolinha com bebês ainda de olhinhos fechados. O pior foi descobrir que os moradores tiravam esse ninho do cacho de banana e pisoteavam os bebês para terem uma morte mais rápida.

Aquele tratamento dado as rolinhas bebês me angustiava. Era uma dor invasiva em local não definido do meu ser. Passei então a acordar bem cedo, tomar meu café e ir ao bananeiral SALVAR AS ROLINHAS antes da chegada dos empregados!!!

Eu as alimentava com farinha dissolvida no leite e um pouco de água na mistura, sugava a mistura em um canudo de refrigerante (até a metade), inseria nos bicos dos bebês que comiam com satisfação – Acho. Perdi a conta de quantas rolinhas salvei, e depois de empenadas e crescidas, as soltava.

alguns anos venho sofrendo a pressão desse imenso conglomerado de blocos de concreto, e só agora percebi que DEUS na sua infinita sabedoria, me proporcionava a CURA e eu nem percebia.

vamos nós novamente...

...Tudo começou quando um dia, o Meu filho mais novo, o FILIPE, trouxe para casa uma rolinha bebê (que não entendo porque) foi abandonada pela mãe. Tratei dela até ter condições de voar e ir embora.

Curiosamente, depois desse dia, rolinhas começaram a aparecer no meu terraço.


Com o tempo, os meus vizinhos no condomínio, percebendo o meu cuidado com as aves, e, sabendo das minhas habilidades, traziam para mim inúmeras rolinhas filhotes, que como no CRATO, eu cuido até crescerem e poderem voar livremente.

Então eu coloco na palma da minha mão fora da grade e digo: Voa rolinha, que Deus te acompanhe. Nesse momento de despedida, Fica um grande vazio dentro de mim, chego a chorar (desculpem-me).

No dia seguinte, percebo que elas voltaram. e ai é só por o alimento ali mesmo no terraço como você verão na foto.

O resultado disso tudo é que tenho hoje uma varanda repleta delas (mais de 30 em rodízio), e de outras aves maravilhosas, que todos os dias (o dia inteiro), me proporcionam o ar da sua graça! E que graça! O mais curioso, é que a confiança delas em mim é tão grande que chegam a fazer ninhos na minha varanda.

Também crio CALOPSITAS (mini periquitos), que me encantam com seus leques na cabeça e sua linguagem quase humana, transformando os meus dias, em dias bem melhores.

As fotos, inclusive destas pequenas aves bebês, são do meu terraço, no terceiro andar do Edfício.

São Paulo 16 de Janeiro de 2011

Poliana Lima de Almeida

9 comentários:

  1. Prezada Poliana.

    A natureza é perfeita. As aves tambem. Muito bonita a historia e o seu quintal. Continui assim.

    Parabens.

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  2. É...

    Morais

    É admirável por que ela mora no terceiro andar de um condomínio, lá não tem quintal.

    As aves entram literalmente no apartamento, às vezes vão até a cozinha. Ela coloca comida no batente da janela da sala.

    Vicente Almeida

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  3. É...

    Poliana:

    Minha Filha:

    Estou sabendo agora, após 30 anos, da tua luta com os tiradores de bananas e da aflição que eles te passavam.

    Sabia do teu imenso amor pelas aves, e que vivias sempre cercada de rolinhas, sem imaginar o que fazias para achar tantos ninhos.

    Houve um período aqui, que tu chorastes quase uma semana, inconformada, por que estavas alimentando uma rolinha, e um gato que criávamos, chamado benevides, de um salto passou por ti e tirou a pequena ave de tuas mãos e fugiu.

    Todas as pessoas da casa foram mobilizadas ao ouvir teus gritos de desespero.

    Tentamos de tudo e não conseguimos reavê-la viva. O gato havia fugido para longe. Foi um golpe traiçoeiro.

    Quando foi possível, pegamos aquele gato PRETO, e fomos deixar no meio da Serra do Araripe.

    Um mês depois ele reaparaceu em nossa casa.

    Pegamos novamente aquele gato e mandamos deixar a trezentos quilomentros de distãncia daqui! lá em Jaguaribe. Lembra?

    Gostei muito da tua postagem. Ela fala de amor, não este amor humano, transitório, mas um amor sublime, pelas criaturas que se acercam de nós em busca de amparo e que mal percebemos.

    Papai

    Vicente Almeida

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  4. Caro Vicente

    Gostei bastante desse texto. Curioso é que certa vez eu passei pelopátio de um igeija e o padre estava colocando comida para as rolinhas. Elas nem estranhavam a presença dele e enfeitavam o pátio. Então eu comprei comida para os pássaros e coloquei sobre o parapeito da varanda do apartamento em que moro. Vieram os pombos e comeram tudo. então desisti. Pombos e números primos são complicados. Abraçps e parabéns à autora.

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  5. Prezados Vicente e Carlos.

    Um pouco adiante da AABB, por traz da Delegacia do Ministerio do Trabalho , em Crato, tem uma praça. As tardinhas um cidadão coloca ração e centenas de rolinhas se aproximam e ficam ao seu redor catando a ração. Muito bonito ver a alegria: das aves e do seu zelador.

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  6. É Pai... Claro que me lembro do Benevides!(como poderia esquecer!?)Meus gritos fizeram com que todos corressem atrás do larápio para salvar minha rolinha. Agora quanto as rolinhas sempre achei que o Sr. sabia que o Sr. José Ponciano e o Filho dele o Luiz faziam isso. Quando a minha varanda fica repleta de aves todos ficam me perguntando como consigo atraí-las, já passei a receita, mas não funciona com ninguém. Recentemente fui surpreendida na minha cozinha por um cancão, quando ele me viu ficou tão paralisado que parecia que era empalhado, cheguei até a pensar que era alguma brincadeira do Filipe, pois ele gosta muito de aprontar comigo rsss. Mas quando me aproximei ele fugiu em disparada, espero que um dia volte novamente. Obrigada à todos pelos comentários.

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  7. Poliana, a tua história inspira paz, também tive envolvimento com uma pequena ave quando a minha irmã estava enferma, a ave fez um ninho na janela do quarto dela permanecendo lá até depois do seu falecimento.Foi impressionante demais.
    Fafá

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  8. Obrigada Poliana por teu texto, chegou em uma hora que eu estava para decidir-me que presente dar a minha neta de 10 ano que adora animais e no no momento deve que separar-se de duas cadela que adora.
    Vou então comprar o pássaro.
    Aqui em minha casa onde ela passa os finais de semana já tem bastante bichos, parece um zoo, pois temos muitas árvores e eles vem se deliciar e nos deliciar.
    Não demore muito para nos dar outro texto de presente, você escreve muito bem
    Um abraço
    Íris Pereira

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  9. Obrigada pelos comentários Moraes, Fafá Bitu e Arcoiris no Horizonte.
    Arcoiris no horizonte, fico muito feliz de tê-la ajudado na decisão do presente da sua neta, ter uma ave e poder interagir com ela é maravilhoso, as minha encho de beijos e mimos e sempre recebo o carinho delas de volta, você fez uma boa escolha, tenho certeza de que a sua neta irá adorar o presente.

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