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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Medo da morte - Patativa.

Dedicado ao poeta Claudio Sousa.

Certa vez, já com 91 anos de idade, Patativa foi perguntado se sentia medo da morte?

Ele respondeu galantemente com um verso novo, recém criado, demonstrando ser ainda um ótimo improvisador:

“Cachingando, cego e surdo

Sem ver e sem está ouvindo

Pra mim não é absurdo.

Vou meu caminho seguindo.

Nunca pensei em morrer

Quem morre cumpre um dever.

Quando chegar o meu fim

Eu sei que a terra me come,

Mas fica vivo o meu nome

Para os que gostam de mim”

4 comentários:

  1. Ah! se todos podessem dizer como o Patativa. Tivessem pra quem deixar o seu nome. Grande Patativa.

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  2. VALEU MORAIS, DESSE EU SOU FÃ. PATATIVA EU O CONOMINEI COMO O MAIOR POETA POPULAR DO BRASIL. TIVE A OPORTUNIDADE DE ENTREVISTA-LO POR TRES VEZES E ELE SEMPRE COM A SUA SIMPLICIDADE, DIANTE DE UMA GRANDE GENIALIDADE POETICA O BOM HUMOR SEMPRE AFLORINDO. CERTA VEZ NO PROGRAMA CULTURA VERSO E VIOLA APRESENTADO PELO PROFESSOR JORGE PINHEIRO. ESTAVA PATATIVA NO STUDIO QUANDO ADENTRA E O CUMPRIMENTA, EXPEDITO DO PANDEIRO QUE ACABARA DE TOMAR UMA,E AINDA COM O HÁLITO BEM CANIL, NO QUE PATATIVA FALOU; A CACHAÇA JÁ CHEGOU FALTA AGORA A CAJARANA.

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  3. Morais, com sua licença, essa aqui eu já "roubei" lá para o Blog do Crato também. Não gosto de fazer muito isso para que os Blogs nao fiquem todos iguais e parecidos, mas essa aqui eu faço questão, nêgo véio!

    Um forte abraço,
    E divulgue sempre os versos inéditos de Patativa.

    DM

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  4. Patativa era tão humilde e tive a confirmação ao ouvir história sobre ele quando estive esses dias a trabalho em Assaré e visitei seu museum!
    O então Governador do estado a época, Tasso Jereissati perguntou a Patativa o que ele queria de presente, podia ser qualquer coisa, uma casa, dinheiro, carro, o que ele quisesse! Sabem o que Patativa pediu a Tasso? Uma cadeira de balanço, aquelas de madeira com palha nas costas formando bolinhas! Quem quiser confirmar a históriva visite o museum na cidade de Assaré onde tem a cadeira e a foto do dia da entrega.
    OUTRA: Todos os anos tem uma semana de festa em Assaré em comemoração ao aniversário de Patativa. A festa acontece desde quando o mesmo era vivo e todos os anos Raimundo Fagner, nosso maior artista, ia tocar na cidade de graça com toda sua estrutura e aproveitava para rever o amigo Patativa. Ano passado a administração da cidade procurou Fagner para tocar novamente no aniversário de Patativa e ouviu como resposta "O show é 80 mil!". Indagado porque quando Patativa era vivo ele tocava de graça, respondeu: "Eu tocava de graça pra ele!"
    Andando lá me toquei que Patativa é mais valorizado por pessoas de fora do que os da sua própria cidade!

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