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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 16 de julho de 2022

A musica e sua historia - Por Antonio Morais


Em Junho de 1970, já com um ano de namoro, cheguei á casa da Nair, a Rua Cel João de Pinho 860, Crato – e, não a encontrei. Estava na Faculdade de Ciências Econômicas com uma turma fazendo um trabalho. 

Aproveitei da liberdade que já gozava naqueles dias e fiquei remexendo suas coisas. Encontrei um disco de vinil com a indefectível palavra escrita pelo seu próprio punho: foi como li: Ademar.

O ciúme subiu a cabeça, retirei o disco da capa, quebrei e escondi os cacos na lixeira. Alguns dias depois descobri o meu erro, meu grande erro, não era nada de Ademar, era sim “Adamo”, Salvatore Adamo e a musica “C’EST MA VIE”, a mais bela de todas as musicas que já conheci. 52 anos depois a revelação da bobagem, pois Ademar era um ex-namorado, devolvo, desta feita no Blog do Sanharol, onde não haverá quem possa quebrá-lo.


18 comentários:

  1. E o vovô fala que a vovó é que era ciumenta.

    João Pedro.

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  2. Vovô impossivel. Confundir Ademar com Adamo. Era muito ciume mesmo. Estava cego.

    Thays Mamedio.

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  3. Isso se chama, Thais, cegueira de tanto ciúme.Achei lindo o texto, a música então, é belíssima, bem típico do romantismo da época.Abraço Fafá

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  4. João Pedro e Thays.

    Escarafunchar o passado nunca ajudou a ninguem. Eu tinha noticias que um tal Ademar tinha tido uma queda de asa, no passado, por sua avó, esse o motivo da confusão. O disco foi quem pagou.

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  5. Fafá Bitu.

    Inexoravelmente o tempo passa, se esvai e não volta nunca mais, mas não é capaz de apagar ou desfazer as bobagens que cometemos, embora as sirvam de lições e evitadas no futuro.

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  6. De qualquer forma, Morais, você se retratou e fez uma linda homenagem a Nair... É isso que vale, a prova de um grande amor.

    Abraço aos dois,

    Claude (Flor da Serra verde)

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  7. Mas, perdão, a culpa foi de Nair.
    Tivesse ela escrito o nome do cara em francês, seria Adamô. Aí tu, na tua apressada ciumeira, talvez lesse "ai, amor", "com amor", "a ti, amor". Como vês, a culpa é sempre da mulher.

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  8. Morais

    São nesses particularidades que se encontra nossas principais convergências. Seu texto foi tão belo o quanto a música. Quando falas do sentimento mais puro da alma humana, não há quem não concorde contigo. Digo, há quem não concorde sim, aquele que nunca amou na vida. Ser amado não é preciso, mas amar é preciso.
    "Esta é a minha vida!"

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  9. Ah meu amigo Blog do Sanharol, a gente faz cada besteira por ciúme e no seu caso por um grande amor. Parabéns a Nair que ganhou um bom marido e juntos tem uma família maravilhosa. Acho muito bonito você contar porque tem homem que rói de ciúme mas não assume sua fragilidade. Fico te admirando mais ainda. Abraço Fafá

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  10. Francisco, quem nunca amou não sabe viver, concorda?
    Fafá

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  11. Não adiantava, Zé Nilton, o moço estava cego de ciúme. Tive pena do disco do Adamo, risos
    Fafá Bitu

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  12. Bota ciúme nisso, Fafá. Ele bem o disse: era os anos setenta. Quanto deslumbramento de nós, jovens à época. Eu com os meus vinte anos e ele, bem, um pouquinho a mais. Os amores fossem ou não "clandestinos" padeciam da mesma paixão. O fogo da história abrasava a nossa alma naqueles anos de chumbo, mas de muito amor pela amada, pela pátria, pela vida.
    Bonito, Morais!

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  13. Morais,

    Parabéns pela postagem, pela música e pela sua coragem. A confissão numa situação vexatória dessa é ato de bravura.

    Um abraço.

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  14. É MORAIS EU TAMBÉM JÁ ANDEI QUEBRANDO CD; E ERA MEU E NÃO TINHA NOME DE NINGUÉM KKKKK

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  15. Fafá.

    Quem nunca amou não sabe realmente viver simplesmente porque nunca viveu. Viver é amar!

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  16. Prezados Zenilton, Claude Bloc, Francisco, Savio Pinheiro e Claudio Sousa.

    Era um disco com apenas duas musicas, de um lado C'est Ma Vie e do outro F. Come Femme. O pior é que dias depois quando eu cheguei ela me serviu uma torta e enquanto eu degustava ela ligou a radiola de pilhas e procurou o disco e encontrou apenas a capa. Gritou com a domestica: Zulene, voce andou mexendo em meus discos? E a coitada se desculpando e eu com a cara mais lisa. Agora em Dezembro completam 40 anos, o crime já prescreveu.

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  17. Zé Nilton, ainda era do tempo do compacto simples, rs Ah como lembro de F....COMME FEMME! M...de Mulher. Essa mulher da música foi malvada, rs Bons tempos aqueles,
    Fafá

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