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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

A VOLTA - Por Xico Bizerra.

Exatamente como se fora, ei-lo de volta. Por entre estradas e pelo mundo, por entre o sol, cansado, suado, triste. A viagem, tantas léguas a pé, não lhe fizera bem. Seus pés doíam, suas costas doíam, sua cabeça doía. Doía-lhe o corpo inteiro, além da alma. Teria valido a pena? Só o tempo, com sua sabedoria, responderá a pergunta tão difícil de ser respondida. Mas viera. Cumprira seu destino e sua vontade. As coisas estavam no mesmo lugar, como se sua saída tivesse acontecido ontem e não há exatos 2 anos. Mesa, tamboretes, a taipa e a miséria. Até o bule do último café estava sobre a mesa com a toalha que um dia foi branca. Pra que e por que voltara? Nem ele mesmo sabe. Mais uma vez, deixava ao tempo a obrigação da resposta. Um dia se fora para o outro lado da estrada, para o outro lado do seu mundo, para o lado avesso do amor. Mas voltou.

2 comentários:

  1. Parabens Xico Bizerra.

    Mais uma bela cronica. Gostosa de se lê e de prazerosa reflexão.

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  2. É, Chico, o Tempo...Tudo!

    Um abraço.

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