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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Historias de varzealegrenses - Por Antonio Morais

Borginho.

Assis dos bolos, residente na Serra das Flores, ribeira localizada na divisa dos municípios de Várzea-Alegre com Granjeiro e Caririaçu, passava pelo bairro Patos em Várzea-Alegre e, em frente a casa do Senhor Borginho viu um cavalo velho tão magro que era só o couro e o osso. Perguntou para Borginho: O que este cavalo tem que é tão magro? É doente? Borginho respondeu no ato: não, a roça é que é muito ruim, nem agua tem.

Se ele comer milho eu compro! Falou Assis. Pode comprar sem medo, eu garanto, replicou Borginho. Negocio fechado, Assis subiu a serra da Caiana puxando o cavalo pelo cabresto. Quando chegou em casa colocou o milho cru e o cavalo não comeu. Botou o milho de molho e no outro dia o cavalo também não comeu. Passou o milho no moinho, fez o xerem, mesma coisa, o cavalo não comeu, finalmente passou na peneira fez a massa, e o cavalo não comeu tambem.

Abriu a boca do cavalo e não encontrou um só dente, o animal era absolutamente banguela. Diante da situação resolveu devolver o cavalo e exigir o dinheiro de volta.

Quando se encontrou com o Borginho repetiu o cerimonial do milho e por essa razão queria devolver o cavalo e receber o dinheiro de volta. Borginho mordeu a língua, fechou um olho, pensou um pouco e perguntou: você fez o angu? Se fizer o angu e ele não comer eu recebo de volta e devolvo seu dinheiro.

Um comentário:

  1. Borginho, figura prestimosa, familia bonita, amiga. Borginho deixou saudades. Abraços aos familiares.

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