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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


segunda-feira, 16 de maio de 2011

O roubo da galinha em Canindé - Por Veim do Patamar.

Enviado por Cesario Saraiva Cruz.

Já vi muita pilantragem
Envolvendo essa terrinha
Já vi roubo de bezerro
Roubo de cano e farinha
Já vi gente roubar cristo
Porém nunca tinha visto
Vereador roubar galinha.

É uma coisa absurda
(A Câmara vai se calar?)
Se calar é porque falta
Decoro parlamentar
Ao roubar essa galinha
Deixou muita criancinha
Sem a merenda escolar.

O crime tem muitas faces
Como nos mostram os jornais
Revela a parte cruel
Do que o mundo é capaz
Roubar merenda, Doutor,
Somente vereador
Que tem processos demais.

Já pensou se cai na boca
Da mídia nacional?
O Roubo dessa merenda
Vai virar um carnaval
Vão gozar nossa terrinha
Pelo ladrão de galinha
Da Câmara Municipal.

Muito desclassificado
Ladrão de galinha é
É malandro pé rapado
Em quem ninguém bota fé
Já foi rico, faltou rango
Agora é ladrão de frango
Na Câmara do Canindé.

Ex-Prefeito, ex-Deputado
Enganando o mundo inteiro
Está perdendo a moral
Por ser muito caloteiro
Hoje já não tem malícia
Nem, pra fugir da polícia
Que busca seu paradeiro.

É gozação na cidade
Nas esquinas, nos jornais
Se gritar "pega ladrão"
Corre todo mundo atrás
É um corre-corre danado
Quem pegar o condenado
Segura e não solta mais.
.
Na Câmara de Canindé
Sempre houve aberração
Já teve coisa absurda
Que serviu de gozação
Mas agora sai da linha
Pois tem ladrão de galinha
Na sua composição.

O Poder Legislativo
Se encontra enlameado
Eu lembro do velho oeste
Onde cavalo roubado
Dava ao ladrão do jumento
Um sumário julgamento
Para acabar enforcado.

Mas aqui não é o caso
(Nossa lei só acalanta)
Colhe muita tempestade
Quem no solo o vento planta
Deixa o pilantra guardado
Pois ele será julgado
Na próxima Semana Santa.

Enriquecer um currículo
Requer trabalho do bem
Para merecer respeito
Requer lisura também
No entanto roubar galinha
Com cenoura ou com farinha
Não dá moral pra ninguém.

Eu estou envergonhado
Com esses casos reais
Já votei no afanador
Agora não voto mais
Dinheiro já roubou tanto...
Perdoei, mas no entanto,
Roubar galinha, É DEMAIS!

Veím do Patamar
Canindé, 14.05.2011

Um comentário:

  1. Quem tiver juizo não brinca com poeta. Poesia, humor e critica juntos o poeta tem de sobra. Parabens ao poeta Vaím do Patamar que compos o poema, e, muito obrigado ao amigo Cesario Saraiva Cruz que enviou.

    Abraços.

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