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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Historias de varzealegrenses - Por Antonio Morais

Raimunda de Morais Rego - Mundinha de Sanharol.

Raimunda de Morais Rego, Mundinha de Sanharol já tinha uma certa idade quando o seu primo legitimo Benedito André ficou viuvo. Voce sabe como é a cegueira de um viuvo para se casar novamente. Pois bem, numa debulha de feijão na casa de Pedro André, cunhado de Mundinha e irmão do Benedito sugeriram que: Mundinha devia se casar com Benedito. Benedito avechou-se, ficou nervoso e, não esperou o outro dia, antes mesmo da debulha terminar foi logo perguntando: Mundinha voce quer se casar comigo? Mundinha era uma poetisa de mão cheia e respondeu em verso - um fora bem rimado:

Não me caso com viuvo,
Nem que a corda dê um nó.
Pra depois não me dizer,
Que a finada era melhor.


3 comentários:

  1. Mudinha irmã de Madrinha Zefa era uma cidadã bastante religiosa. A sua residência ficava próximo ao riacho de padrinho Pedro nosso ponto de lazer durante a quadra invernosa. Por detrás da sua casa tinha um pé de cajarana e servia de merenda antes e depois do saboroso banho de riacho. Ela tinha muito ciúme do pé de cajarana, mas não conseguia impedir a invasão da criançada, que além de se usufruírem dos frutos deliciosos faziam muitas desordens.
    Parece até que estou vendo ela e Madrinha Zefa passando de frete a minha casa eu varrendo os terreiros e elas dizendo-as: Cotinha tenha paciência com João esse menino vai ser um cidadão no futuro. Foram na nossa comunidade duas guerreiras que se dedicaram a pregarem a palavra de Deus e ao ensino do catecismo ao povo do Sanharol e comunidades vizinhas.

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  2. Prezado João Bitu.

    Voce fala com a propriedade de quem conheceu.

    Parabens.

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  3. Fico imaginando a situação: e o João Bastos Bitu, fala com a categoria dos que conviveram com as senhoras no texto sitadas: Dona zefa, e Dona Mundinha; muito bem lembradas; parabéns! Abraço fraterno. Fatima Gibão.

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