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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 3 de junho de 2011

Santos e Penarol.


No dia 18 de maio, escrevi um comentário, neste blog, em que falava a respeito da possibilidade de Santos e Peñarol se encontrarem em final de Libertadores, 49 anos depois da primeira vez em que isso aconteceu. Alguns amigos que me acompanharam aqui concordaram comigo, outros disseram que eu estava viajando e me equivocava, tanto de um lado quanto de outro, já que Cerro e Velez seriam os finalistas. Pois bem: dois times míticos da competição vão decidir com quem fica a taça deste ano. E, confesso, isso me causa emoção.
Com os duelos que virão por aí, a Libertadores volta no tempo. O Peñarol ganhou as edições iniciais, de 1960 e 61, enquanto o Santos foi bicampeão em 1962 e 63. Ambos tinham timaços em sua época, que rivalizavam com Milan, Real Madrid, Inter e Benfica, os grandes da Europa nos dourados anos 1960. Eram base das seleções do Uruguai e do Brasil. É clássico de respeito, que veremos nas próximas semanas em Montevidéu e em São Paulo.
A única vez em que brigaram pelo troféu, houve tanto equilíbrio que foi necessária a “negra”, o terceiro jogo, o tira-teima, para saber quem venceria. O Santos ganhou por 2 a 1 como visitante e perdeu por 3 a 2, como mandante, na Vila Belmiro. Só se impôs com os 3 a 0 em Buenos Aires. Os três jogos foram tecnicamente bons, mas pegados, catimbados, duros. Os de agora não devem ser muito diferentes. Ou melhor, serão, sim: não vejo clima para violência.
Para os que gostam de viajar no tempo, mais alguns detalhes daquela final. O primeiro jogo foi em 28 de julho de 1962, no Estádio Centenário. Spencer, aos 18 minutos da etapa inicial, deixou o Peñarol em vantagem. Mas Coutinho empatou aos 29 e fez o gol da virada aos 25 do segundo tempo.
No segundo pega, na Vila, em 2 de agosto, o Peñarol de novo saiu na frente, com Sasia aos 18 minutos. Dorval empatou aos 27. No segundo tempo, Spencer fez 2 a 1 aos 4 minutos e Mengálvio empatou aos 5. Spencer fez o terceiro aos 28, mas houve um quebra-pau danado e o jogo foi interrompido.
No terceiro, e definitivo, nenhuma chance para o Peñarol, pois sua majestade Pelé estava em campo e ajudou a construir os 3 a 0, ao marcar os gols finais, aos 3 e aos 44 da segunda etapa. Caetano, contra, abriu o marcador aos 11 do primeiro tempo. O Santos jogou com Gilmar; Lima, Mauro e Dalmo; Zito e Calvet; Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe.

O Peñarol atual é equilibrado, mesmo sem ter grandes estrelas. Repito o que já escrevi aqui várias vezes: o Santos não é inferior a seu rival. Com calma, com Neymar inspirado, dá para sonhar com a terceira estrela. Eu acredito.

Antero Greco.

3 comentários:

  1. Eu também acredito, bastando, pois ter tranquilidade e o Neymar inspirado, para fazer história no glorioso alvi-negro praiano, de conquistas mil.

    Agora só falta mudar a letra do hino do Santos:

    "Agora quem dar bola é o Santos, o Santos "é de novo campeão do Paulista e da Libertadores", portanto, campeão absoluto deste ano.

    Vamos para o tri nas américas e no mundial de cludes. Que venha o Barcelona, pois temos o príncipe Neymar.

    Raimundo Nonato Rodrigues, o paraibano.

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  2. Carissimo Nonato.

    Estamos portanto a uma vitoria e um empate de um titulo inedito. Vamos torcer.

    Um grande abraço.

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  3. EXCELENTE O REGISTRO SR BLOG DO SANHAROL...MUITOS DESCONHECEM ESSA PAGINA DA HISTORIA DO NOSSO FUTEBOL

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