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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quinta-feira, 21 de julho de 2011

Codigo Especial para Bandidos de Estimação - Por Augusto Nunes

Foto - Jornalista Augusto Nunes.

Protegida pelo Código Especial para Bandidos de Estimação, criado por Lula e ampliado por Dilma Rousseff, jamais esteve tão longe da cadeia a turma que nunca roubou tanto. Lula inventou a absolvição por falta de provas relacionadas em ordem cronológica, num papel manuscrito, com a assinatura do criminoso e firma registrada em cartório. Sem esse documento, ficará em liberdade até o figurão federal que esganar a mãe na tribuna presidencial durante um desfile de 7 de Setembro.

Dilma, sem paciência para esperar a prescrição por decurso de prazo, inventou a prescrição por perda de emprego. Para a presidente, afastar do cargo um companheiro pecador é pior que prisão perpétua, cadeira elétrica, exílio ou degredo. Quem é despejado do gabinete no Planalto não precisa prestar contas à Justiça. A perda do emprego extingue a culpa.

As duas brasileirices cafajestes socorreram, em ocasiões distintas, o reincidente Antonio Palocci. Na primeira, o ex-ministro da Fazenda escapou das punições reservadas a estupradores de sigilo porque só faltava, na montanha de evidências contundentes, o atestado de culpa com selo e carimbo. Na segunda, o ex-chefe da Casa Civil livrou-se das sanções aplicadas a traficantes de influência por ter devolvido a sala onde ficou entrincheirado mais de 20 dias.

A absolvição por falta de provas demorou três anos. A prescrição pela perda de emprego produziu efeitos já na cerimônia do adeus. Sem ter revelado a lista de clientes aos quais prestou serviços, sem ter confessado que tipo de serviço andou prestando, Palocci partiu ouvindo de Dilma um palavrório bem mais elogioso do que o recitado quando chegou, além de duas lágrimas furtivas. Despediu-se do Planalto com uma autorização para gastar na planície, sem maiores explicações, a bolada que juntou inexplicavelmente.

Todos contemplados pela malandragem que favoreceu Palocci, os quadrilheiros apeados do Ministério dos Transportes esperam sair da mira do Ministério Público e da Justiça assim que saírem do noticiário da imprensa. Punidos com o confisco do cargo, todos logo estarão exibindo por aí a expressão sofrida de quem cumpriu uma pena duríssima. Nem precisam procurar trabalho. O produto do roubo já garante a velhice sem sobressaltos financeiros.

Jornalista Augusto Nunes.

4 comentários:

  1. Augusto Nunes

    Bem, esse artiguinho cheio de recalque nada elucida o caso Palocci.Seu desabafozinho diz: "Sem ter revelado a lista de clientes aos quais prestou serviços, sem ter confessado que tipo de serviço andou prestando, Palocci partiu ouvindo de Dilma um palavrório bem mais elogioso do que o recitado quando chegou, além de duas lágrimas furtivas." Então a imprensa o o 4º poder, não consegue identificar quais são, ou eram as empresas com as quais Antonio Palocci tinha negocio. Será que a descoberta dessas empresas não traria mais prejuízo à imprensa que louros? Até onde eu sei quem acusa é quem deve ter as provas se assim não for coloca-se em risco o estado de direito de todo cidadão. Sei que política é feita de ódio, amor e uma boa doze de paixão, mas como está em jogo o direito de todos temos que respeitar todas as opiniões. Defender o Palocci nunca! Pois ele tem condições suficientes para se defender. Não é o caso de está em meu time pois um simples gol contra, você perde o campeonato.

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  2. "É preciso punir quem não age com honestidade".

    Lula

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  3. Morais

    Sobre o assunto honestidade do qual o Lula falou eu procurei a definição e encontrei essa que achei muito interessante:

    (...)"Honestidade é o ato de evitar o dolo ao alheio com base no preceito do respeito e compreensão. A honestidade é solidária, porém amoral. Deve ser praticada por meio e em razão do beneficio do outro e não deve ser confundida com verdade ou sinceridade. Pois nem toda verdade é honesta, tampouco a sinceridade. Ela esta atrelada a uma série de valores cultuais e ao comportamento do grupo que se diz respeito o código ético a ser respeito. Em resumo a honestidade é o cumprimento da ética estabelecida por um determinado grupo."

    Dhan dsbbmichellot

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  4. "A degeneração gradativa dos costumes políticos deturpou o conceito de coalizão e transformou a governabilidade em sinônimo de licenciosidade.

    Para o partido pilar do poder - no caso presente, o PT - o vale-tudo se justifica pela necessidade levar adiante "o projeto". Para os aliados, é a sistemática pela qual se assegura a sustentação no Congresso.

    Um não vive sem o outro e ambos, ao longo do tempo, à medida que se aprofundam as deformações, acabam criando uma armadilha para o governo: de condutor do processo, transforma-se ao mesmo tempo em refém e avalista de malfeitorias em série".

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