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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


segunda-feira, 5 de setembro de 2011

PAU DE SEBO - POR MUNDIM DO VALE

Numa sexta-feira da paixão, o prefeito de Várzea-Alegre promoveu algumas brincadeiras na avenida velha. Era: Quebra pote, corrida de saco e pau de sebo que nem era pau nem era sebo. Era um cano de ferro com seis metros de altura passado graxa e uma bandeira do município afixada no topo.

Quem conseguisse subir tinha que trazer a bandeira para trocar com o Senhor prefeito por cinquenta cruzeiros. Em um palco improvisado estava o Prefeito, a primeira Dama, todos os pucha sacos e o locutor com um sistema de som igual a som de grevista, que era para entrevistar os vencedores.

Depois de algumas brincadeiras, foi feito o pau de sebo. O publico e a torcida ficavam a margem da praça e no centro o pau de sebo. O atleta era conduzido pela torcida até o pau de sebo para que houvesse mas incentivo. O primeiro candidato foi Renato de Zé Sobrinho, subiu apenas dois metros e escorregou levou uma vaia e saiu sujo de graxa; em seguida foi a vez de Casega de Pajé, aconteceu a mesma coisa. Enquanto isso Chico Guedes, que era sobrinho da engomadeira Armerinda Guedes, estava no canto da praça com uma roupa branca e bem engomada, achou que devia participar e falou para tia: Tia, "eu tombem vou vadiar no pau de sebo". Não Chico! Aquele pau está sujo de graxa e eu tive muito trabalho para engomar a sua roupinha.

Nessa hora Chico Bento tinha tentado e não conseguiu nem tirar os pés do chão. Chico Guedes pegou um descuido da Armerinda e correu pra lá. Tentou a primeira vez subiu um metro e meio e escorregou. Na segunda vez subiu um metro e meio e escorregou novamente, na terceira quando estava com dois metros, parou como quem ia desistir, mas de repente surpreendeu todo mundo. Numa velocidade incrível subiu até o topo e ficou passando as mãos sujas na bandeira.

A torcida em baixo gritava esterica para ele trazer a Bandeira: de lá perguntou: "É prumode eu levar a rudia"? È, é, é, é! Chico desceu com a bandeira e o locutor o chamou para o palco para receber o prémio e fazer os agradecimentos.

Quando Chico chegou todo sujo o locutor falou: Muito bem Chico! Você foi o campeão. Mas explique aqui para o Senhor prefeito e a senhora primeira Dama, como foi que você conseguiu chegar lá em cima. Pelo jeito é muito dificil, não é mesmo? É divera! " Eu inté quiria seadescer, mais Zé de seu Totô deu uma dedada no meu carritel, aí o jeito qui teve foi eu seassubir".


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