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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 30 de março de 2013

SÓ SE FOR AGORA - Por Mundim do Vale.

Reprisado para atender a uma prima.

Certa vez o tabelião João Francisco, jogava baralho com alguns amigos, quando chegou Leví de Sá Maria, que tinha um grau de juízo no mesmo nível da sua irmã Francisca.
Leví pegou um tamborete e sentou atrás de João para apiruar o jogo. De repente começou a falar besteiras:
Eita! Qui num tem quem tome essa partida de Seu João.
Essa é nossa.
Seu João já tá armado.
João tentando se livrar do inconveniente falou:
Leví vá olhar se eu tou lá na esquina.
Leví respondeu;
SÓ SE FOR AGORA!
Levantou-se foi até a esquina da casa de Jocel Batista, passou um tempo por lá e quando voltou foi dizendo:
Seu João, eu fui oiá, mais o Sinhô num tava lá não. Eu inté preguntei a Zé de Ginu, mais ele disse qui num tinha visto o Sinhô não.
Sentou-se novamente no tamborete e começou com o mesmo lenga-lenga.
João Francisco falando mais sério disse:
Leví, vá olhar o que é que a sua mãe tá fazendo.
O peru puxou o tamborete e falou:
SÓ SE FOR AGORA!
Quando voltou foi dizendo;
Seu João. Sabe o que qui mãe tava fazendo?
Sei não.
Apois ela tava catando pioi im Francisca minha irmã.
Sentou novamente no tamborete e deu seqüência ao discurso de loucuras.
João já um tanto aborrecido disse:
Leví. Vá dar o rabo, vá!
SÓ SE FOR... – Deu uma pequena pausa e continuou – Adispois qui eu virar fresco, Seu João.

6 comentários:

  1. Só mesmo o Mundim do Vale para provocar tantas lembranças boas.
    Estou aguardando que a memória dele faça um passeio por aqui.

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  2. Sr. Tropeiro.
    Logo, logo eu vou chegar por aí.

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  3. Prezado primo Mundim.

    Estive em Fortaleza. Viagem muito apressada. Não deu para lhe encontrar. Porem, vi treis dos seus irmãos. Fiquei muito orgulhoso quando Geraldina disse que eu estava a cara de Jose de Pedro André. Já pensou que honra?

    Te aguardo em Varzea-Alegre ou Crato na sua proxima vinda. Vamos tomar uma gelada e jogar muita conversa fora.

    Abraços.

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  4. Na hora da solenidade do lançamento do livro da Dra. Lemos,
    eu estava chegando de Itaitinga.
    Mas eu tinha mandado uma mensagem via imail para que se houvesse o desencontro, eu lhe pegar no sábado para você vir conhecer a Duda e tomar umas cervejas.
    Só assim eu estaria fazendo o mesmo que você faz comigo no Crato ou em Várzea Alegre.
    Abraço.
    Mundim.

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  5. Prezado Primo, amigo e camarada.

    Se afregele não, não vai faltar oportunidade.

    Em breve tomaremos essa cerveja ouvindo as historias da nossa colega colaboradora Duda do Vale.

    Abraços.

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  6. Só espero que vocês não se esqueçam de que janeiro está chegando... Aí eu quero ver cervejinha gelada e conversa jogada fora na sombra do pé de cajarana...
    Um abraço aos dois Morais!

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