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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Escândalos, demissões, Dilma e a imprensa.


E então? Dilma vai esperar a reforma ministerial de janeiro para se livrar do ministro das Cidades? Ou antecipará sua demissão?

Por que é sempre a imprensa que descobre roubalheiras no governo? Por que o governo não se antecipa e descobre?

Escrevi aqui outro dia que este governo apodreceu. Pois não é que aprodreceu mesmo? E não completou nem um ano... Estou pasmo!

Uma saída para que o ministro das Cidades não tenha que sair logo do governo: diga "Eu te amo, Dilma!" Vai, Negromonte, diz "Eu te amo, Dilma!". Não custa nada. E pode dar certo.

Como são as coisas... A imprensa descobre roubalheiras no governo - o governo, não. Depois o governo diz que a imprensa quer mandar nele. Pode?

Balanço: cinco ministros caíram até aqui por suspeitas de corrupção. Um disse "Eu te amo, Dilma!" - e ficou no cargo. Tem mais um para cair. Portanto: cinco no chão e dois gravemente avariados. Tudo em menos de 11 meses. Que tal? É ou não é um espanto?

Sabe que sinto pena de Dilma? Ela herdou de Lula os ministros que caíram e os que estão pendurados. Não conhecia nenhum deles. Não imaginava que fossem capazes de aprontar tanto. Foi pega de surpresa - essa é que é a verdade. E o pior: por ora não poderá ir se queixar ao chefe enfermo.

Para ser coerente, depois de ter segurado Lupi e assim "provado" que manda no governo e não obedece à imprensa, Dilma está obrigada a segurar também Negromonte, ministro das Cidades. E a rezar para que até a reforma ministerial de janeiro não apereça nenhum outro ministro metido em roubalheira.

No que dá perder a coerência... Ministro suspeito de promover ou fechar os olhos a irregularidades era demitido por Dilma depois de duas ou três semanas de exposição em praça pública. Dilma suspendeu a escrita com Lupi. Aí aparece o ministro das Cidades no meio de uma das maiores safadezas descobertas até hoje. Ficará no governo até a reforma ministerial de janeiro? Será demitido - e Lupi não?

Ricardo Noblat.

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