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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 31 de dezembro de 2011

Ministra pró-transposição auditará obra do São Francisco

(Fonte: revista Veja)
Ana Arraes, do TCU, é mãe do governador de PE, Eduardo Campos, estado beneficiado pelo projeto. Ela é contra parar obras com indícios de irregularidade


Obras de transposição do rio São Francisco no eixo leste entre os município de Betânia e Custódia no estado de Pernambuco (Wilson Pedrosa/AE)


Está nas mãos da ministra Ana Arraes, recentemente eleita para o Tribunal de Contas da União, avaliar o aumento do preço de contratos de obras da transposição do Rio São Francisco. Ana é mãe do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, estado beneficiado pelo projeto. Campos foi líder do PSB na Câmara, o mesmo partido ao qual é filiado o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, seu afilhado político e responsável pela obra de 6,9 bilhões de reais.

No início da semana, Bezerra informou que negociava com o TCU um reajuste acima dos 25% do limite legal para pelo menos um dos contratos. Alegou que haveria prejuízo com a desmobilização de grandes máquinas de cavar túneis no lote 14 do eixo norte, que contabiliza avanço de apenas 27,1% no contrato.
Obra mais cara bancada com dinheiro dos impostos, a transposição do São Francisco prevê o desvio de parte das águas do rio por mais de 600 quilômetros de canais de concreto construídos em quatro estados do Nordeste: Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba.
O TCU informou, por meio da assessoria, que o assunto está aos cuidados da ministra Ana Arraes, a quem coube relatar uma auditoria do tribunal sobre acréscimos de preços na obra, os chamados "aditivos". A reportagem não obteve resposta ao recado deixado no telefone celular da ministra. Ao tomar posse, em outubro, Ana Arraes fez discurso contrário à paralisação de obras sob suspeita de irregularidade. Entre as prerrogativas do tribunal está recomendar a paralisação ou mandar suspender pagamentos.
(Com Agência Estado)

ACORDA CORDEL: RARIDADE!!!

ACORDA CORDEL: RARIDADE!!!: Mais uma postagem referente ao CENTENÁRIO DO REI DO BAIÃO. Trata-se de uma foto de Januário e Santana, pais de Gonzagão, ele no oito baixos...

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

MENSAGEM DE ANO NOVO - BLOG DO SANHAROL.

Os anos pares, achava-os melhores que os impares. Acaba-se  2011. Acontece que nem me lembro de 2010. Foram-se embora algumas pessoas intimas neste ano impar. Como nos pares. 
Para o ano, irão outras, certamente e, na verdade, se conclui que qualquer ano, em qualquer mês, em qualquer dia a qualquer momento passa de um para outro andar, sem direito a escada de volta nem mesmo visão pela clarabóia.
Fica a festa em baixo. As conversas, as piadas, os planos, as brigas, as desavenças, as lutas, as traições, as mentiras, as covardias, as injustiças, os amores maravilhosos, as separações doloridas. Ficam as ideias, as filosofias, as religiões, os rios, as cascatas, as arvores, os pássaros cantando.
Entra-se pelo corredor, a procura da sala escura, sala fria, amedrontadora. Há uns que acham que ali é melhor que no primeiro andar. Para mim é um porão escuro, é um porão insalubre, indesejável, um nevoeiro opaco. Lá, dizem, não há dores, nem apreensões, nem medos, nem suores, nem trabalhos, nem tonturas, nem amarguras, nem escuridão, nem injustiças. Aí está a porta. Nem de longe queremos olha-la. Chama-nos-ão uma hora qualquer lá pra este comodo desconhecido.
O chamado é imperioso e sem opção. O ano findou e se dar um grande alvoroço. Dão-se grandes abraços, os beijos candentes, os presentes, os telefones, os cartões,  os emails, inflacionam-se as superstições. Vêem-se até lagrimas, as vezes, por impulso enófilos e reações etílicas. Desejam-se saúde e dinheiro.
Chama-se a atenção o exagero de repetição da palavra "PAZ". Como se usa este vocábulo, vãmente, levianamente. Cansa a quem sente  a inocuidade  destes rogos. Os estandartes nas passeatas estampam - PAZ.

A. Morais.

Padre Reginaldo Manzotti canta com um coro de  50 mil fiéis em Fortaleza - O Homem.


VOU DEIXAR SAUDADES? - Por Vicente Almeida

Sei que partirei antes de você. O meu tempo está celeremente se esgotando. O diagnóstico sobre a minha enfermidade está correto. A ciência nada poderá fazer para impedir o meu desenlace. Posso seguramente afirmar que poucas horas me separam do meu fim.

Partirei em paz, como aquele que amou intensamente todos os amigos.

Faça-me um favor: Divirta-se na minha partida. Outros me substituirão em seqüência e você ainda estará aqui falando sobre mim.

Se tiver vontade de rir, ria o bastante.

Se durante a vigília que antecederá minha partida, seus amigos falarem a meu respeito sobre o que pude fazer por eles, ouça-os e acrescente sua versão. Fale sobre mim. Diga o que pude fazer por você. Fale de suas realizações e dos seus projetos futuros já sem este velho amigo e companheiro de todos os momentos.

Defenda-me quando julgar necessário, acrescente fatos novos, mas que sejam verdadeiros.

Se tiver vontade de chorar um pouco, por que vai sentir saudades minhas, não faz mal, derrame uma lágrima ou duas, mas saiba que dia virá, em que você também partirá e os outros discorrerão sobre seu passado da mesma forma que farão comigo em breve.

Se alguém tentar ofuscar a minha existencia, transformando-me em demônio, não acredite! Fiz tudo para agradar a gregos e troianos. Fui igualitariamente leal com todos. Não fiz distinção entre aqueles que me xingavam dos que me elogiavam. Dei a cada um, oportunidades várias para reconciliação consigo e com o mundo. Dei tempo para solucionar suas pendências, organizar a vida e ser feliz. Mas aquele que me acusar, desde já está perdoado.

Não vou estranhar por partir antes de você. A eternidade dos tempos me espera. Cheguei trazendo esperanças e partirei sereno, levando saudades. Sei que fiz a minha parte. Continue tentando realizar seus projetos meritórios, você vai conseguir!  Os que me sucederem irão lhe proporcionar igualmente as mesmas oportunidades como eu o fiz durante a minha transitoriedade.

Eu realmente estou triste. Não pela minha partida. Sei muito bem que começamos a morrer a partir do dia em que nascemos. O tempo inexorável não permite que estacionemos indefinidamente, mas permite que nos transformemos a cada instante, e é esta transformação que dá continuidade ao tempo o tempo todo, e embora o tempo não tenha tempo para contemporizar, tem todo tempo para eternizar.

É... Estou triste por que a eternidade um dia fará você me esquecer. Em poucas horas serei uma simples lembrança. Em mais algum tempo, poucos fatos se ligarão especificamente a mim. E após uma geração, a lembrança já será remota e continuará indefinidamente se distanciando até se perder na noite dos tempos.

Sou um contador do tempo.
Sou um degrau para meus companheiros de jornada.
Falei "Eu", por que sou único. Não houve outro antes de mim, nem haverá outro depois.
Ninguém chegará à eternidade dos tempos, sem antes passar por mim!

EU SOU 2011 - Snif, snif, snif.

ADEUS. Good-bye. Adieu. adiós. Arrivederci. Auf Wiedersehen. Ah... sei lá; ATÉ NUNCA MAIS!
Escrito por Vicente Almeida
30/12/2011

SEXTA DE TEXTOS - Sávio Pinheiro

NOITE EM BRANCO

O Natal não ficou só em rabugens
Já que a pomba da paz apareceu.
Ostentou branca luz, que me aqueceu,
E voou exibindo as suas penugens.

Sobre as folhas jaziam as lanugens,
Que cobriam os frutos, no apogeu,
De uma ceia que Deus me ofereceu
Pra o Natal não passar em brancas nuvens.

No Ano Novo, estarei bem diferente,
Pois a festa que alveja tanta gente
Não será como a noite do Natal.

De plantão, corpo meu não terá dança,
Mas minh’alma trará grande esperança
Pois, de branco, estarei no hospital.

.

30 de Dezembro - Sexta - Feira.

O Templo, lugar de apresentação de Jesus, também foi o lugar de muitos embates na sua vida adulta. Lugar de corrupção denunciada por Ele, lugar de falta de fé. Lugar onde a aparência era primordial e a fé apenas um detalhe. Isso nos leva a pensar as nossas formas de nos relacionar com Ele. Será que somos verdadeiros? Será que não está escondido em nosso peito aquele desejo de recompensa, de amargura, porque Deus não nos atende quando queremos? Olhe bem lé no fundo e não deixe que sentimentos assim dominem a sua oração.

Renuncia - José de Moraes Brito

Olhando as gotas  da chuva,
Caídas de madrugada
Vejo que, ao brilho do sol
Formam c'roa iluminada.

Vem o afã de apanhar
Esta coroa brilhante
E levar pra coroar
A fronte de minha amante

Mas renuncio ao desejo
Pois é outro o seu fim
O calor veio e levou-a
Deixando um recado em mim

Cada gota que carrego
E aos céus infinitos voa
Se tornará outra vez
Chuva, granizo e garoa.

Com este belo  poema encerramos a postagens do José de Moraes Brito. Nosso parente, amigo e camarada de cultura  e sabedoria  inigualáveis. Nossas homenagens "In Memoria" do Zé de Brito.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

A ODISSÉIA DE GRIGORO VÉI - Por Mundim do Vale


Eu tava no meu amado sossego, quando contemprei os astro e disse:

- Será qui vão mexer c’a política sem butá Grigoro véi na dança? No sufragante queu disse isso, chegô Cirilo e Bastião, dois caba bom, qui me disseram: - Grigoro véi, sabe que qui tá pra acontecer? - Sim sinhô, sei não, vá dizendo...- A política tá pra subi e os casacudo tão querendo mexer na mesa do menestrel.
- Tá bebo o quê?
Entrei na minha tosca, vesti meu terno de casimira azul, calcei meus bruziguim da pelica especial, chamei Cirilo e Bastião, dois caba bom, e empurrei pru Ricife.No camin, tumei dois vintém da branquinha pra limpá a vista e contemprá os astro.
Quando fui chegando, já encontrei a Banda do Quatru, tocando um dobrado de cortá as corda do coração. Na frente, um nego mais alto do qui as porta do cais, espaiandomoleque qui nem galinha em formiga.

Gritei Cirilo e Bastião, dois caba bom, foi o canto mais limpo qui achei. Sessenta praça mi cercô, marquei circunferência, derrubei tudo dum rasteiro.
Aí empurrei pru Triato Santa Isabel. Na entrada, o porteiro disse qui pra entrá tinha qui tê o biete.
- Tá bebo o quê?
Miti a mão no bolso do meu terno de casimira azul da boa espeiando, tirei uma pataca de dois vintém, comprei o biete e entrei. Aí lá dento, sim, era um salão decente. Todo forrado de tapete e cetim, o Cruzeiro do Sul dum lado, o Sete Estrelo do outro. Aí vi uma morena bonita lá na frente, cum vestido bordado ..., alamarque pela frente, superlafique de lado. Inchou-me a bofada com aquilo. Me lembrei das pastorinha do meu sertão, aí gritei: arriba, aiá.
Aí um cabeçudo lá de cima fez ... psiu!Eu disse a ele qui "psiu" na minha terra é pra cabra vagabundo e ladrão de cavalo. Pra qui eu disse isso?

Não ficou satisfeito e quis me agredir, taquei-lhe um fura bolo na testa qui a garapa vermeia desceu. Aí foi briga pra mais de mil equinhentos. Istraque, treque, moleque, cadeira pur cima, trepeça pur baixo,quando se ouviu uma voz:

- Mataro o chefe de puliça.
Fui saindo na porta, tinha um sargento meu inimigo, mandou tocar-me o zinco, deram-me duas zincadas, qui a garapa vermeia desceu.
Sessenta praça mi cercô, marquei circunferência, derrubei tudo dum rasteiro.
Rra, rra, rra, rra, seis leguas e meia dum margúi tirei, fui saí em Olinda.
Lá ia haver dois casamento, um da fia do sacristão, outro da fia do boticário. Perguntaro quem sabia cantar modinha, todo mundo gritou pur u'a boca só: - Grigoro Véi! E canto mermo. Um disse eu toco violão, outro disse eu pinico a prima. Me dero um sustinido bemol cum menor quadrado, aí eu cantei: - Paulo, Chancho, Martim, cada um nos seus curral. Me elogiaro e a quadria terminou.
Aí eu fui discutir latim c'um professorzin de francês qui tinha pur lá.
Eu disse: - "merci mamá, merci bocu, qui quer dizer? Meus óculo são de vrido. Merci bocu, merci mamá, qui quer dizer? Minha malota pesa sete quilo. Num fiquei satisfeito cum o professorzin, desci-lhe a viola no quengo, fiquei só cum o colarinho. Sessenta praça mi cercô, marquei circunferência, derrubei tudo dum rasteiro.
Rra, rra, rra, rra, seis leguas e meia dum margúi tirei. Aí fui sair na minha tosca. Deitei na minha rede, dei uma tragada no meu cachimbo qui cabia três varas e meia de fumo, dei um balanço de légua e meia, e disse:

- Grigoro vei nunca mais se mete em política.


Autor desconhecido.

PAPAI NOEL DE MENTIRA - Por Hélder França.

MENINO:
- Minha mãe onipotente
Minha mãe, mãe de Jesus
Porque não ganho presente?
Daqueles que o pai conduz.
Eu sei que sou muito fraco,
Mas devia ter no saco
Que ele traz lá do céu,
Um presente pequinino
Para esse pobre menino
Que ama Papai Noel!

NOSSA SENHORA:
- Meu filho não se aborreça
Por você ser esquecido,
Aconteça o que aconteça
Você é filho querido.
Não ande pro lado mal,
Polis a festa de natal
Nesse momento lhe explico:
Do céu não recebe luz,
Não foi feita por Jesus
É brincadeira de rico!

MENINO:
- E quem é papai Noel
Aquele velho barbudo?
Pensei que era do céu
E que de lá vinha tudo!
NOSSA SENHORA:
- É preciso que aprenda
Papai Noel é uma lenda
Que criou a humanidade.
Entre mil sons e lampejos
Para atender os lampejos
Da rica sociedade.

MENINO:
- Mas minha mãe de Deus
Que apaga a dor e a ira,
Porque deixa os filhos seus
Criarem tanta mentira.
Acuda ao pobre menino
Faça badalar o sino
Para a pobreza cruel.
E peça ao pai mesmo assim,
Que tenha pena de mim
Seja meu Papai Noel.

NOSSA SENHORA:
- Agora filhinho escuta
O que vou lhe dizer mais,
Jesus nasceu numa gruta
Há dois mil anos atrás.
A confraternização
Do natal faz alusão
Mas só que bem diferente.
Não foi só na estribaria,
Jesus nasce todo dia
Dentro do peito da gente.

De autoria do meu professor poético José Hélde França ( Dedé de Zeba )

Dedicamos a todos aqueles resistentes, que ainda acreditam que o natal é uma festa cristã e não comercial.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

DE MUNDIM PRA BIDIM - Por Mundim do Vale.

ACUMULA EXPERIÊNCIA
O HOMEM QUANDO ENVELHECE.

O meu avô já dizia
Que não tinha nesse mundo
Um primeiro sem segundo
Pra não ficar velho um dia.
O homem perde a garantia
Quando já velho enfraquece
Mas nem doente ele esquece
De transmitir competência.
ACUMULA EXPERIÊNCIA
O HOMEM QUANDO ENVELHECE,

Escola desenvolvida
Deixa o homem adiantado,
Mas o velho faz mestrado
Na faculdade da vida.
No longo da sua lida
A capacidade cresce
De tudo um pouco conhece
Nos seus anos de vivência.
ACUMULA EXPERIÊNCIA
O HOMEM QUANDO ENVELHECE.

Pra não ficar sem ninguém
Quando o velho enviuvar,
Ele tem que procurar
Uma viúva também.
A viúva sabe bem
De que um velho carece
E o homem nem mais padece
Nem vive mais de carência
ACUMULA EXPERIÊNCIA
O HOMEM QUANDO ENVELHECE.

O homem velho subiu
Cada degrau da escada,
Na busca da escalada
Que com esforço atingiu.
Muita coisa adquiriu
Mas não esquece da prece
A Jesus muito agradece
E pede mais paciência.
ACUMULA EXPERIÊNCIA
O HOMEM QUANDO ENVELHECE.

É do velho experiente
Que sai a melhor lição,
Coselho de ancião
Educandário da mente.
Uma aula de presente
De quem a vida conhece
Que de graça oferece
Na sua velha aparência.
ACUMULA EXPERIÊNCIA
O HOMEM QUANDO ENVELHECE.

Foratalexa – Ce 04/02/97

DE BIDIM PARA MUNDIM - Por Bidim

O HOMEM QUANDO ENVELHECE
Completei no mês de julho
Cinquenta anos de idade
Espero com humildade
Da morte o triste baulho!
De que nos vale orgulho
Quando a velhicer aparece?
O corpo inteiro esmorece
Se torna torto e corcundo,
Fico por fora do mundo
O HOMEM QUANDO ENVELHECE…

Chega um tal estalecido
Nem que abandone o cigarro
Este, traz tosse e escarro
Um piado em cada ouvido!
O velho fica esquecido,
Ao mesmo tempo emoquece;
Dói um dente, o outro cresce,
Vai recorrer o dentista
Termina curto da vista,
O HOMEM QUANDO ENVELHECE…

Um armazém de saudade
Possuimos na velhice
Dos dias da meninice
Dos tempos da mocidade,
Depois de avançada idade
O prazer desaparece,
Sabe o que mais acontece?
Caso um dia enviuvar,
Não presta nem pra casar,
O HOMEM QUANDO ENVELHECE!

Sente dor no espinhaço,
Pontadas no tornozelo!
Dormença no cotovelo
Reumatismo em cada braço.
Na perna esquerda um cansaço,
E a outra perna enfraquece,
A cãibra nos dedos cresce
Dor de cabeça e tontura
Sente enxaqueca sem cura
O HOMEM QUANDO ENVELHECE.

Várzea Alegre 01/02/1995

INVENTÁRIO DE MENOS UM ANO - POR XICO BIZERRA

Mal começou, está minguando, quase acabando, este 2011. Que ano avexado, este. Quando eu pensei Janeiro, Dezembro já era. Ano em que quebrei o pé, consertei o pé e não acertei na Mega-Sena. Ano em que dormi todas as noites, sonhei como sempre e acordei todos os dias, exceto naqueles em que não dormi e só cheguei de manhã em casa. Aconteceu de tudo no meu universozinho particular: fiquei puto com o cara que parou em frente à minha garagem impedindo que eu entrasse. Perdoei o cara que ficou em frente à minha garagem impedindo que eu entrasse. Perdi apenas 20 minutos de tempo e poesia. Lancei o Cd novo – Candeeiros e Neons, tendo a honra e o prazer de ver canção de minha lavra interpretada, pela primeira vez, por Xangai. Elba Ramalho também está no disco. Reservei as terças e sextas para apresentar o Forró e Ai na Radio Folha FM 96,7 e fiz 103 programas durante o ano, entrevistando um monte de gente boa. Perdi a paciência com o motoqueiro que quase arranca meu retrovisor. Relaxei, ele devia estar atrasado e com pressa. Foi só um arranhãozinho leve. Escrevi um bocado de bobagem para o Jornal da Besta Fubana, pra Gazeta Nossa, Pro Blog do Sanharó, pro Cacimba da Poesia e pro Além do Horizonte e teve um magote de gente que leu essas bobagens. Comi fava na casa do papa Berto e conheci uma cachaça muito boa chamada Volúpia. Minha espirradeira alérgica continuou sendo uma companheira fiel e constante durante todo o ano. Como já recebi os títulos de cidadão do Recife e de Pernambuco, dei de presente a alguém que precisava um paletó novinho em folha, apenas duas vezes usado, e uma gravata vermelha e cinza, combinação perfeita com o dito-cujo paletó. Fui a Minas conhecer Tiradentes, Ouro Preto e conheci Dores do Indaiá. Depois fui ao Crato reabastecer as baterias. Aproveitei e dei uma esticada até o Bodocó, Ouricuri, Petrolina, beira do rio São Francisco. Descobri o que era saudade quando em 23 de agosto deixei meu filho no aeroporto pra uma temporada no Canadá. O Sport subiu pra serie A. No reveillon de 2010 estava vivo e no de 2011 espero assim continuar. Mas, o mais importante: amiudei meu tempo de bate-papo com Deus e, quase sempre, ele teve tempo de me escutar. Que venha 2012.

Arvore tombada - Por Jose de Moraes Brito

No cultivo da arvore da vida,
De onde todos os meus antepassados
Foram gerados, natos e criados
Tive minha existência esculpida.

Arvore forte, de seiva bem nutrida
Milhões, milhões de dias viu passados
Exposta aos vendavais, aos maus fados
Não viu sequer uma haste caída.

Mas...Hoje! as intempéries sujeita
Murcha, desfolha, seca, no chão deita
Se dando ao pasto do mortal cupim.

E eu percebi, triste, que esse bicho
Num impressionantissimo  capricho,
Destroe o cerne existente em mim.

28 de Dezembro - Quarta-feira.

Herodes tinha um ódio mortal a respeito do menino que nascera para ser o Salvador.  Matar era a maneira mais fácil de exterminar aquele que pensava diferente. A insegurança e o medo podem ser grandes aliados para nos tornarmos uma pessoa infeliz. Assim era a pessoa de Herodes e, por medo, ordena a matança. Mas os planos de Deus fogem as nossas regras e o menino escapa. Quando Deus tem um projeto para nós podemos lutar contra, o tempo todo, mas Ele sempre vence. Ele sempre nos mostra um caminho alternativo, porque d'Ele não conseguimos fugir.


terça-feira, 27 de dezembro de 2011

FEIJÃO BRANCO - Por Mundim do Vale

Uma vez eu fui com Francimar de Doca Dutra e Zé Sátiro Bitu tomar umas cervejas no bar de Zé Batista Caldas. A despesa era por conta de Zé Bitu porque era ele, o mais estribado dos três. Depois de umas e outras, Francimar falou que só faltava um tira-gosto.

Chamou Zé Batista e falou:
- Zé tem algum tira-gosto aí?
O proprietário com aquela delicadeza que tinha, respondeu curto e grosso assim como anão rico:
- Tem não! Aqui não é pensão. Aqui é um bar.
Eu dei um tempo para que a gente pudesse esquecer aquela grosseria e depois falei para Zé Bitu;
- Zé. Lá na bodega de Luís Silvino chegou umas latas de feijão branco que é muito bom para tira-gosto.
- Pois vá lá e compre duas.
Eu fui comprar as latas de feijão, quando cheguei entreguei para o proprietário esquentar e servir para nós. Quando o feijão chegou na mesa foi num prato do tamanho de um pires. Zé Bitu olhou para aqueles grãos gigantes aboiando no caldo, olhou pra mim com uma expressão de deboche e falou:
- Ou Raimundim! Se tu queria comer fava dágua no sal, era só nós ter ido pra casa de Padim lá no Sanharol. Pelo menos lá era de graça e não tinha Zé Batista Para ficar com a metade.

Repetido para a bituzada lá de nós.

Conceito Travestido - Por Jose de Moraes Brito

Cada mulher que o encontra faz-se fã
Tão logo em algum lugar se faz presente,
Sem duvida que se trata dum galã
É só o que se ouve. É voz corrente.

Está demais á Pierre Cardim...
Que coisa linda. Exclama toda a gente.
E a camisa à Yves Saint Laurent
Como se veste! Incrível realmente.

Dos rasgos de elogios, aos ouvidos
Sobre homens elegantes, bem vestidos
Apenas uma verdade se deduz:

Nos dias em que vivemos, endoidecidos
Se os homens pouco valem, mal vestidos,
De certo, nada valem, quando nus.

Terça - Blog em Prosa - Por Geovane Costa.

Certa feita, Zé Batista, cunhado da nossa amiga Artemísia, tinha um bar perto do Mercado Central de Várzea Alegre, cujo prédio pertencia ao Sr. Acelino Leandro. O vencimento do aluguel era todo dia 30 de cada mês.
Sempre na mesma data, ou seja, dia 30, mal Zé Batista abria o bar, chegava Seu Acelino com aquele vozeirão. Cumprimentava:
Bom dia, Zé Batista!
Bom dia, Seu Acelino, respondia um desanimado Zé Batista. Zé Batista, como estão as coisas? Estão indo bem? Perguntava Seu Acelino.
Tá nada, Seu Acelino, comércio tá muito fraco, vendendo muito pouco, o povo sem dinheiro, um fiado danado, que os "cabas" não querem pagar, não tá nada fácil, Seu Acelino, tô pensando em fechar isso aqui...
Mas homem, não desanime não, Zé, e olhando para o calendário do relógio no braço, dizia: Olha aqui oh, o mês ainda não terminou não, rapaz, hoje ainda é o dia trinta, não se esqueça, ainda é dia trinta, deixe de ser desanimado!

27 de Dezembro - Terça feira.

A fé é o que nos mostra este texto de João, no dia em que celebramos sua festa. O amor era a base de tudo. Por amor a Jesus ele sabia como aproximar-se do mestre. Como entender as suas palavras e como realiza-las em sua vida. O amor nos faz apostar no outro, acreditar no outro e deixar como que o outro seja uma presença transformadora em nossa vida. Foi isso que João fez. E você, deixa que Jesus seja uma presença transformadora em sua vida, mesmo que para isso Ele tenha que te pedir algumas mudanças?

Assim é o NATAL - Por Claude Bloc

Este ano resolvi fazer tudo diferente. Procurei o ambiente para viver um Natal de sorrisos e prenhe de carinho e de amizade. A casa simples e a mesa farta eram os condimentos necessários para o clima natalino que eu precisava (e que todos ansiavam). Escolhi o lugar certo, a família certa, e me misturei entre os sorrisos e as brincadeiras costumeiras da casa, entre essa gente amiga de uma vida inteira.

Cresci entre essa gente, na Serra Verde, no Crato. Fiz-me madrinha, fiz-me amiga, fiz-me irmã. Crescemos juntos. Vivemos sempre unidos pelo sentimento de fraternidade. Choramos juntos, sorrimos juntos... E nos momentos difíceis, sempre soubemos com quem contar. 

É assim que protegemos uns aos outros. Confiamos. Respeitamos as diferenças e acatamos de bom grado as semelhanças e bons gostos. É assim que caminhamos de mãos dadas. Olhos atentos nessa estrada que se estende à nossa frente, onde nos conduzimos movidos pela VIDA.

Assim é o NATAL que penso e gosto: o reencontro, o convívio solidário, o renascer a cada dia.


Famílias: Dantas, Firmino, Bloc

Leitura de um texto de Mundinha Dantas - por Adriana
Zé Firmino (vovô) e Amanda - troca de presentes do "amigo secreto"
Gil curtindo a sobrinha
Altos papos (Ronaldo, Mundinha, Claude)
Claude Bloc

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

26 de Dezembro - Segunda - feira.

Diante das dificuldades não estaremos sozinhos. Promessa de Jesus. Quando assumimos as suas palavras em nossa vida, sofremos vários tipos de perseguições. O Espirito Santo é que nos mantem vivos e constantes na fé. Com ele vencemos as batalhas e nos tornamos mais fortes, e quanto mais fortes, mais conscientes da graça de Deus em nossa vida. Não tenhamos medo do que virá. Tenhamos a coragem daquele que nos protegerá e nos ensinará o caminho da verdade.

domingo, 25 de dezembro de 2011

Que o Natal comece no seu coração...

 *** Natal todo dia  ***

(Roupa Nova)



Um clima de sonho se espalha no ar
Pessoas se olham com brilho no olhar
A gente já sente chegando o Natal
É tempo de amor, todo mundo é igual

Os velhos amigos irão se abraçar
Os desconhecidos irão se falar
E quem for criança vai olhar pro céu
Fazendo pedido pro velho Noel

Se a gente é capaz de espalhar alegria
Se a gente é capaz de toda essa magia
Eu tenho certeza que a gente podia
Fazer com que fosse Natal todo dia

Se a gente é capaz de espalhar alegria
Se a gente é capaz de toda essa magia
Eu tenho certeza que a gente podia
Fazer com que fosse Natal todo dia

Um jeito mais manso de ser e falar
Mais calma, mais tempo pra gente se dar
Me diz porque só no Natal é assim
Que bom se ele nunca tivesse mais fim

Que o Natal comece no seu coração
Que seja pra todos, sem ter distinção
Um gesto, um sorriso, um abraço, o que for
O melhor presente é sempre o amor

Um Natal Feliz e um 2012 espetacular!

 Este foi especial para os amigos... Dedico a todos 
que sempre me trouxeram alegrias aqui no
 Blog do Sanharol





Abraço natalino,

Claude

JESUS, O QUASE ESQUECIDO - Por Vicente Almeida

E ai:

Como você passou a sua noite de Natal?

Espero que tenha se divertido bastante!

SERÁ QUE DURANTE OS PREPARATIVOS:

Lembrou de Jesus em algum momento?
Lembrou durante o dia?
Lembrou dEle antes de ocupar seu lugar para participar da ceia?
Lembrou de visitar algum necessitado?
Lembrou de agradecer a Ele pelo alimento que iria consumir?
Lembrou durante a ceia, de que aquele momento era em homenagem a Jesus Cristo?
Lembrou dos famintos das ruas e rogou a Deus para que eles também fossem saciados ao menos com o necessário?
E antes de deitar, Lembrou de agradecer a Deus por tudo que recebeu de paz e amor, inclusive os presente que pôde comprar e distribuir entre parentes e amigos, além do  banquete da Noite?

NÃÃÃÃÃOOOO? NÃO CREIO - Ao menos um desses itens você lembrou, tenho certeza!

Você não esqueceria fatos assim tão fundamentais na Noite de Natal!

Mas se você esqueceu, outros natais virão, e terá chance de se redimir.

O bom é que por toda a eternidade, haverá sempre um novo amanhã trazendo novas oportunidades de acerto, e Deus estará sempre lá no final pacientemente a nossa espera, para que contemos a historia dos nossos atos aqui na terra.

Aliás,
não precisaremos contar nada. O nosso Espírito ou alma, como queira, se revelará, pois conforme nossas atitudes, ele estará visível e resplandecente ou ...


FELIZ DIA DE NATAL !
Vicente Almeida
25/12/2011

Doce destino - Por José de Moraes Brito.

Quando ainda não era, eu já era
E a vida em minha vida decorria
Não existe programa espera
Nem convivencia exata existia

Se existias, era em outra esfera
Enquanto nesta esfera eu já me via
E enquanto aqui vivia minha era
Era em outra terra que vivias.

O tempo que há tempos, me conduz
Foi o tempo que me trouxe a vida, a luz
E um dia a mesma tempos habitamos.

Que bom a mesma tem a dividimos
Melhor que ao mesmo tempo existimos
É que nesta existência nos amamos.

Padre José de Anchieta, o apostolo do Brasil - Por Fabricio Martins Pinto.

Indicaram-me o livro para ler. Li. Por se tratar de uma iniciativa religiosa, coordenada pelo padre Lourenço Ferronatto, sei que jamais revelariam uma falha da igreja católica nessa obra. Todavia, o ideal seria divulgar um conteúdo mais realista.

Romanticamente, o livro aborda a vinda do jesuíta José de Anchieta para a América Portuguesa a fim de catequizar os indígenas, tal como os tantos outros inacianos. Nessa proposição leviana, parece até boa intenção. Entenda que isso é um crime do ponto de vista antropológico. Subjugaram a cultura das nações indígenas com o infeliz eurocentrismo. Além disso, muitos dos clérigos que vieram para o Brasil Colonial eram enfermos - o tuberculoso Anchieta é exemplo -, sendo isso motivo de morte em massa de gentios.

Há uma passagem no livro que me chamou uma atenção especial. Fala-se da defesa dos indígenas, dizendo que igreja protegia-os da escravidão. Penso que o autor Alexandre Varela esqueceu-se de explicar que, a despeito da escravidão indígena, a igreja, enquanto instituição, apoiava e justificava a escravização do negro. Vale lembrar também que a encenação dos autos de Anchieta era deveras preconceituosa, relacionando por diversas vezes a cultura indígena com os papeis mais indignos de seu enredo.

Limitar-me-ei ao que sei de história. Não entrarei na discussão de outros pontos da obra, como o absurdo mitológico de um homem levitar ou controlar os animais. Não pude deixar de fazer as críticas. Obras assim levam as pessoas a acreditarem no lado idealizado, encobrindo as realidades da nossa história extremamente humana.

25 de Dezembro - Domingo.

A chegada de João Batista muda o cotidiano de sua família e coloca nos lábios de seus pais palavras proféticas e sabias. Isabel contemplou a vida de Maria e deu a ela o título se servidora.
Zacarias demonstra neste cântico, o quanto ele estava grato ao senhor por conceder-lhe maravilhas indizíveis. Hoje, Natal, chegou a nossa vez de agradecer a Deus. Faça a sua oração, coloque-se diante de Deus e agradeça. Sinta que Deus recebe o seu agradecimento de filho e está disposto a te guardar sempre.


sábado, 24 de dezembro de 2011

Um Feliz Natal a todos os Leitores do Blog do Sanharol !

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Hoje, uma noite da cristandade, cuja tradição já perdura por mais de 2000 anos. É tempo de renovar alianças, de buscar viver a melhor das vidas, a vida do entendimento, da compaixão e do perdão; A vida que nos leva a amar e respeitar o próximo como a nós mesmos, seguindo os ensinamentos do nosso mestre Jesus. Tempo de pensar na nossa jornada, naquilo que fizemos e no que pretendemos realizar. É sobretudo, tempo de amor. Amor em todas as suas formas. O amor que nos leva sempre a trilhar o caminho certo e a buscar a plena realização dos nossos sonhos. É tempo de Felicidade!

O Blog do Crato deseja a todos os leitores do Blog do Sanharol, escritores e colaboradores um Feliz Natal, e um Ano Novo de muita Saúde, Paz, Alegrias e Sucesso!

Dihelson Mendonça
Em nome de todos os que fazem parte dessa imensa família Cratense.

www.blogdocrato.com
Há 7 Anos, o Crato na Internet

Pão Diario - Por Ana Claudia Gusso.

Enviado por Rogeanny Santana.

Um caçador de tesouros inglês descobriu uma enorme coleção de moedas romanas enterradas num campo no sudoeste da Inglaterra. Usando um detector de metal, Dave Crisp localizou um grande vaso contendo 52 mil moedas. Essas antigas moedas de prata e de bronze do terceiro século da Era Cristã, pesando mais de 160 quilos, valem aproximadamente cinco milhões de dólares.

Embora o tesouro de Crisp possa fazer-nos sonhar sobre encontrar semelhantes riquezas, nós, como cristãos, devemos empreender um tipo diferente de caça ao tesouro. O que buscamos não consiste em prata e ouro. Ao invés disso, buscamos coletar as pedras preciosas do discernimento, para que possamos atingir a forte convicção do entendimento, para compreenderem plenamente o mistério de Deus, Cristo, em quem todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos” (Colossenses 2:2-3). Encontramos na Bíblia o tesouro oculto de conhecer o Senhor mais completamente. O salmista disse: “Alegro-me nas tuas promessas, como quem acha grandes despojos” (Salmo 119:162).

Se lermos a Palavra de Deus com pressa ou descuido, perderemos suas profundas revelações. Estas verdades precisam ser buscadas seriamente, com toda a atenção de alguém que procura um tesouro escondido.

Você anseia por encontrar os tesouros escondidos na Escritura? Comece a escavar! Os tesouros de verdades na Palavra de Deus são mais bem minerados com a pá da meditação.

Princesa Isabel: redentora ou santa? -- por Dom Antônio Augusto Dias Duarte (*)

Os passos que começaram a ser dados para a abertura do processo de beatificação da princesa Isabel na Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro estão perfeitamente sincronizados com as reais necessidades do nosso país, governado hoje pela segunda mulher brasileira.
Comecei a escrever esse artigo no dia 14 de novembro de 2011, sabendo que há 90 anos falecia, em Paris, a primeira mulher que governou o Brasil, a princesa Isabel Cristina Leopoldina Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança.

Era também uma segunda-feira, e no Castelo d’Eu, na Província da Normandia, em consequência de uma insuficiência cardíaca agravada por congestão pulmonar, a três vezes regente do Império brasileiro pronunciava o seu definitivo “sim” a Deus, aceitando a morte bem longe de sua amada pátria, o Brasil.

No seu testamento feito em Paris, no dia 10 de janeiro de 1920, encontram-se os seus três grandes amores. Assim se lê nesse documento revelador: “Quero morrer na religião Católica Apostólica Romana, no amor de Deus e no dos meus e de minha pátria”.

Inseparáveis no coração de mulher, de mãe e de regente, esses amores, vividos com fidelidade e heroísmo, constituíram o núcleo mais profundo de seu caráter feminino, sempre presente na presença régia dessa mulher – esposa, mãe, filha, irmã, cidadã – e, sobretudo, na sua função de uma governante incansável na consecução de uma causa que se arrastava lentamente no Império desde 1810: a libertação dos escravos pela via institucional, sem derramamento de sangue.

Conhecendo com mais detalhes a vida dessa regente do Império brasileiro e conversando com várias pessoas sobre a sua possível beatificação e canonização num futuro próximo, fico admirado com suas qualidades humanas e sua atuação política sempre inspirada pelos princípios do catolicismo, e, paralelamente, chama-me atenção o desconhecimento que há no nosso meio cultural e universitário sobre a personalidade dessa princesa brasileira.

Sabemos que sua atuação política, inspirada pelos ensinamentos evangélicos, não foi bem acolhida na corte e na sociedade da sua época, quando a economia brasileira dependia desse sistema escravagista tão indigno do ser humano. Sabemos que sua vida católica profunda e ao mesmo tempo muito prática incomodava, a tal ponto que comentários pejorativos – tal como acontece ainda hoje quando se é autenticamente católico – sobre sua “beatice” eram muito frequentes entre os políticos da sua época. Sabemos que as suas ações beneméritas e de caridade cristã não só a levaram a abraçar essa causa abolicionista, mas também a varrer a Capela Imperial de Glória (a Igreja do Outeiro) com as mulheres escravas e a viver com constância duas das inúmeras preocupações cristãs: rezar pelo Brasil e pela conversão dos ateus.

O que sobressai nesse saber histórico e nos permite falar e agir no sentido de abrir um processo canônico de beatificação dessa primeira mulher governante do Brasil é a sua fé firme, a sua fervorosa caridade e a sua inabalável esperança cristã, que a conduziram por um caminho muito característico das pessoas que respondem à chamada, presente no sacramento do Batismo, a santidade. O caminho da defesa da dignidade e dos autênticos direitos humanos, tão necessária para a construção de um país onde a justiça social e a paz entre os homens fortalecem as relações entre todas as classes sociais, não é apenas uma atitude política, mas é uma ação própria dos santos de todos os tempos e, principalmente, da nossa época moderna e pós-moderna.

A princesa Isabel, como católica, esposa, mãe e governante do Brasil, sabia muito bem que a fé, a esperança e a caridade cristãs não conduzem a um refúgio no interior das consciências ou não são para serem vividas somente entre as quatro paredes de uma igreja, mas comprometem os católicos na busca incansável de soluções para os grandes problemas sociais da época da história na qual vivem.
Foi por isso que a princesa Isabel mereceu a mais suma distinção da Igreja Católica, a Rosa de Ouro, conferida pelo Papa Leão XIII, em 28 de setembro de 1888, um prêmio que é análogo ao atual Prêmio Nobel da Paz, e até hoje foi a única personalidade brasileira a receber essa comenda, guardada no Museu de Arte Sacra do Rio de Janeiro.

Os passos que começaram a ser dados para a abertura do processo de beatificação da princesa Isabel na Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro estão perfeitamente sincronizados com as reais necessidades do nosso país, governado hoje pela segunda mulher brasileira. Ontem como hoje a promoção da vida dos mais marginalizados no Brasil, a defesa do “ventre livre”, onde as crianças podem desenvolver-se sem a entrada de máquinas aspiradoras e assassinas das suas vidas, a atenção social e econômica mais urgente com os “escravos do álcool, do crack, dos antivalores” que acabam com boa parte da juventude brasileira, a tolerância e o respeito pela pluralidade religiosa e a abertura ao diálogo sincero entre as diversas camadas sociais são prioridades que devem ser atendidas num esforço comum entre católicos, evangélicos, muçulmanos, judeus, seguidores das religiões africanas, enfim, por todos que têm amor pelos seus entes queridos e pelo Brasil à semelhança da princesa Isabel.

Para que no Brasil se respire a verdadeira liberdade e haja realmente unidades pacificadoras no meio das cidades espalhadas, e não em comunidades cariocas dominadas pelo tráfico de drogas, urge ter homens e mulheres, como a princesa Isabel, o frei Galvão, a irmã Dulce, etc., que com suas vidas exemplares na fé, na esperança e na caridade, sejam testemunhas vivas da santidade, que não passou de moda, pois os santos continuam sendo os grandes conquistadores e construtores do mundo onde a humanidade pode habitar.

Vale a pena considerar com pausa e reflexão essa chamada feita no início do Terceiro Milênio pelo saudoso Papa João Paulo II para a hora em que estamos vivendo na Igreja.

“É hora de propor de novo a todos, com convicção, essa medida alta da vida cristã ordinária: toda a vida da comunidade eclesial e das famílias cristãs deve apontar nessa direção (…). Os caminhos da santidade são variados e apropriados à vocação de cada um” (cf. Carta Apostólica no início do Novo Milênio, beato João Paulo II, n. 31, 6.1.2001).
(*) Dom Antônio Augusto Dias Duarte
Bispo auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro – RJ
                                                          

Despertando - Por Jose de Moraes Brito.

Manhã de chuva, vento forte, frio
Fumaça gris minha janela embaça!
faces carrancudas, por trás da vidraça,
Natura morta, d'ave nenhum pio.

Cá dentro, da ventura num desvio
A vida pára, o tempo já não passa,
O manto depressivo me enlaça
Num ambiente torvo me entedio.

Mas ouço alguem tocar a companhia
E para imensa alegria minha
És tu que estás a porta! E agora?

No céu, vejo bailando nuvens d'algodão
Aves em revoada, voam, vem e vão,
E como é lindo o sol d'ouro lá fora.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

O NASCIMENTO DE JESUS, UM CORDEL SOBRE O NATAL

Nosso Natal Tem Brasil - DVD 4 Cantos - Bate o Sino

 Nem precisa falar, basta ver!


DESEJO NATALINO - Por Mundim e Duda do Vale.

A pretensão deste verso
É de paz em cada lar,
É da criança estudar,
Para obter o sucesso.
Do mundo alcançar progresso
Num conceito da verdade,
Adotando a humanidade
Em benefício do povo.
E a vinda do ano novo
Seja de prosperidade.

Desejo nesse natal
Muitas conciliações
Entre todas as nações
Em prol da paz mundial.
Que seja ampla e geral
Homologada em registro
Tendo o papa dado um visto
Para ficar amparada,
Conforme a bíblia sagrada
E o que pregou Jesus Cristo.

Desejo que a vingança
Seja abolida da terra
Que gente que faz a guerra
Se espelhe numa criança.
Que o natal traga a lembrança
Da importância do perdão,
Do valor da oração
E dos caminhos da paz.
Que a gente seja capaz
De abrandar o coração.

SEXTA DE TEXTOS - Sávio Pinheiro

JESUS CRISTO X PAPAI NOEL

Ao saber que Caim matou Abel
Descobri um bocado de maldade
E revendo um velhinho na cidade
Fez-me vir a lembrança de Noel.
Um papai, que é doce como o mel:
Para alguns! Isto eu falo consciente.
Sem querer me tornar inconsequente
Não pretendo, aqui, matar um mito;
Mas a mídia roubou, eu deixo escrito,
De Jesus, esta cena pertinente.

Reprise:

NATAL SEM PRÉ-NATAL

No mês nono antes de Cristo
Uma jovem fecundou
O fruto da esperança
Que ela, encantada, sonhou,
O seu nome era Maria,
Por liberdade, lutou.

Gravidez não planejada,
Calmamente, ela aceitou,
Sendo fruto de uma luz
Divina, assim brotou,
Santo menino Jesus
No seu ventre se gerou.

A gestação transcorreu
Sem existir pré-natal
Realizado por leigo
Ou por profissional.
Somente a fé no seu Deus
Reacendeu-lhe a moral.

Sua residência modesta
Sem condição sanitária
Dificultava o viver
(Vida era temporária).
Tinha assistência difícil,
Faltava Atenção Primária.

No ventre avolumado
A criancinha crescia,
Sem um acompanhamento,
A fé em Deus a nutria,
A gravidez dava a graça
E a esperança luzia.

Sentindo-se indisposta
Era grande o seu tormento,
Pois sem existir equipe
Pra lhe dar contentamento
Sobrava a fé no seu Deus
Pra lhe acalmar o lamento.

Se as pernas lhe pesavam
Ou as doíam, somente,
Ela ficava tristonha
Suportando humildemente
Rezando para o Deus-pai
E o louvando bravamente.

Quando o vômito se mostrava
E a azia, ela sentia,
Sofria muita gastura,
Pois o Dramin não havia
E elevando as mãos pro céu
Ao Deus-pai, ela pedia.

O Imperador Romano
Pra controlar a nação
Ordenava que o censo
Contasse a população
Organizando o seu povo,
Apesar da migração.

A nossa Virgem Maria
Sendo mulher de ação
Sabia que, em Nazaré,
O censo era obrigação
Tendo, ela, que constar
Como membro da nação.

Sendo este obrigatório
A esperta santa implora:
- Meu José cuide em buscar,
Precisamos ir agora,
Arranje logo um transporte,
Pois temos que ir embora.

São José atarantado
Laçou um jumento forte,
Um asno muito ligeiro,
Que o preservava por sorte,
Dando a família castiça
A esperança de um norte.

Já perto do nono mês
Ela sente as contrações
Que, apesar, de indolores,
Anunciam vibrações
Dando a Santa Maria
Sublimes resoluções.

Ela olha o firmamento
E sente algum desatino,
Mas estando amparada
Pelo Dono do destino
Prevê o belo futuro
Deste sagrado menino.

Ele dá um pontapé
E mexe com harmonia
E Ela vendo que está próximo
E chegando o grande dia
Fica bastante contente
E com sublime alegria.

Os olhos celestiais,
Que orbitavam em Maria
Reluziam para o mundo
Com toda a pedagogia
Irradiando a esperança,
Que Deus almejou, um dia.

Uma dor no baixo ventre
Sente a compadecida
Pressentindo aproximar-se
O surgir de uma nova vida,
Tendo, já, que se abrigar,
Ter proteção garantida.

Numa outra contração
A Santa Maria implora:
- José, trate de arranjar
Um bom abrigo, agora!
(- Não tinha casas de parto
Para atender à senhora).

A cidade de Belém
Estando superlotada,
Não havia um só lugar
Para mantê-la hospedada.
Daí, Maria pernoitar
Embaixo de uma latada.

Em singela manjedoura
Nasce o menino Jesus
Sem serviços de saúde
Nem assistência do SUS
Pais e filho sem agasalhos
Sem enxoval, quase nus.

A criança quando chora
Já Irradia o seu poder
E exalando o tom da graça
Dá aos pais grande prazer.
- Nasce o menino de Deus
Para o mundo proteger.

A sua graça é divina
E tem grande proteção
Sem precisar de vacinas
Para qualquer prevenção,
Pois tem o leite materno
Ao alcance de sua mão.

Uma estrela anunciou
O local do nascimento,
A boa nova deslumbrou
A todos, nesse momento,
E até quem não o sabia
Teve um bom pressentimento.

Quando amanheceu o dia
Já havia alguns presentes:
Os reis magos os trouxeram
Deixando a todos contentes
Demonstrando para nós
Quem regará as sementes.

A mãe santa amamentava
O seu filhinho querido,
Pois sabia que o seu povo
Nunca seria esquecido,
Pois veio, Ele, pra salvar
O pecador mais temido.

Quedou-se apreensiva
Consciente do perigo,
Pois os políticos vigentes
Premeditavam um castigo:
Eliminar as crianças
Era a meta do inimigo.

O rei Herodes com medo
De um novo rei vir crescer
Eliminava as crianças
Pra, o seu reino, não perder.
Daí, nascendo um filho homem
Com certeza ia morrer.

A estratégia do poder,
Que menosprezou Maria,
Que maltratou São José
E incentivou rebeldia
Favoreceu a maldade,
Que o Deus-Pai não queria.

Feliz Natal para todos.

Metamorfose - Por José de Moraes Brito.

Parece.... dizem, que chegou sozinha,
Que, salvo engano, poucos anos faz
Se se pergunta a alguém donde ela vinha
Ninguém, ninguém sabe informar jamais.

Que era muito pobre a pobrezinha
Dizem em uma só voz as linguas más.
Repetem outros: Nada, nada tinha,
Chegou com uma mão na frente e outra atras.

E toda gente, agora, com censura,
Olhando em sua pose, em sua altura,
Vai propagando em voz maledicente.

Se ela alcançou degraus tão alto
Se se tornou a deusa do asfalto,
Foi só porque tirou a mão da frente.

Mestre dos mestres - Enviado por Rogeanny Santana.

Acordei nesse  dia de Dezembro com vontade de comprar um presente para Jesus, afinal, não existe maior amigo que o Mestre dos Mestres, 

Sai cedo de casa e fui ao maior shopping-center da cidade, pensei primeiramente numa camisa branca, mas quando vi que o branco mais branco da Terra ainda era cinza perto da sua pureza, fiquei com vergonha e desisti. 

Em outra vitrine vi um sapato de couro, lindo e caríssimo, mas quando lembrei dos seus pés calçados pelas sandálias da missão cumprida, achei que não existiria na Terra algo tão confortável que merecesse seus pés. 

Uma caneta, foi isso que a próxima vitrine me apresentou, uma linda caneta de marca famosa, seria um lindo presente, mas lembrei-me que Ele nunca escreveu nada, tudo que Ele falou, mostrou na prática, servindo e amando sempre. 

Lembrei-me, que um dia Ele falou que não tinha sequer um travesseiro para recostar sua cabeça, e pensei no melhor travesseiro de plumas de uma loja especializada em sono, era importado e muito confortável, mas lembrei-me que os justos dormiam tranqüilos e que Ele jamais usaria o travesseiro. 

E, assim fui olhando as vitrines, abotoaduras de ouro, malas de viagem, bebidas finas, comidas importadas, tudo supérfluo, tudo matéria que o tempo iria corroer. 

Confesso que sai um pouco chateado do Shopping, afinal eu saíra para comprar um presente para Você Jesus, e não havia achado nada. 

Na porta do Shopping um menino muito miudinho sorriu para mim, perguntou meu nome e eu o dele, ele riu e me estendeu a mão, tinha o rosto muito sujo, as mãos encardidas, perguntei pela sua mãe, ele deu de ombros, sobre o pai, nem sabia onde estava... perguntei se ele queria tomar um lanche, ele sorriu um sim, pegou na minha mão. 

Na porta do Shopping olhou para suas roupas e olhou para mim, sabia que não estava corretamente vestido, peguei-o no meu colo, era a senha para ser feliz, seus olhinhos miúdos percorriam aquelas luzes, enfeites e pessoas bonitas como se fosse um filme de Walt Disney... 

Na lanchonete sentou na cadeirinha giratória e sorriu como "reizinho", e entre uma montanha de batatas fritas, ríamos felizes como dois velhos amigos. 

Falamos sobre bolinha de gude, pipas e bola de futebol, coisas importantes para o ser humano, principalmente quando somos crianças. 

Devoramos dois lanches, e quando perguntei se ele queria um sorvete gigante como sobremesa, seus olhos brilharam feito o sol, pedi um instante, fui até o caixa, quando voltei com os sorvetes na mão ele já não estava ali... 

Por instantes pensei que ele tinha ido ao banheiro, ou estaria olhando a lanchonete, mas não estava ali mesmo. 

Foi quando sobre a caixa de batatas vazias vi um papelzinho, um bilhetinho escrito com letra miúda que dizia assim: 

"Obrigado pelo melhor presente de que poderia me dar: Fizeste feliz um dos pequeninos do mundo"! Assinado, Jesus. 

E você, já fez feliz uma criança neste natal? 

23 de Dezembro - Sexta - feira.

Quando vivemos o cotidiano sabendo de tudo o que se passa conosco e de como serão os nossos dias, quando alguma coisa foge do normal sempre nos assusta. Quando Isabel e Zacarias rompem com uma tradição, tendo um filho na velhice e escolhendo um nome diferente para ele, ninguém entende. Mas, todos sabiam que alguma coisa estava por vir. Que o menino não seria igual aos outros e, claro, no coração de Izabel e Zacarias, ele seria um servo de Deus e tinha uma missão muito importante a de anunciar Jesus. Será que somos bons anunciantes?

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Feliz Natal e Um ano Novo supimpa! - Maria Odalice.

“Procura-se um amigo" - Por Vinícius de Morais.

Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor.. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar.

Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objetivo deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoa tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.

Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.

Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive.”

NOSSO NATAL TEM BRASIL - Por Vicente Almeida

Gente:

Esta postagem natalina foi programada para hoje. O vídeo abaixo foi enviado por Carlos Airton, meu amigo virtual lá de Manaus. Gostei paca, isto é: Gostei demais, Quando você estiver vendo esse vídeio, estarei ausente por uns dias.

Carlos Airton conhece nossas coisas mais do que nós. A ele o meu agradecimento e o meu carinho, e claro: votos de um Natal cheio de amor e fraternidade, e um Ano Novo repleto de realizações, sucesso, saúde e MUIIIITA PAZ.

No vídeo veremos o folclore tipicamente nordestino especialmente o praticado aqui em nosso Cariri, mais precisamente em Crato e Juazeiro do Norte-CE. Há ainda participações baianas e uma paulista.

A intenção é sempre apresentar artigos de formatos não convencionais, e pela sua originalidade, este é um deles. 

Estendo minhas felicitações natalinas a todos os leitores e colaboradores do Blog do Sanharol.


Vicente Almeida
21/12/2011

O ENCONTRO DAS ARTES - Por Mundim do Vale.


O poeta Cláudio Souza me contou, que uma certa vez o poeta Patativa fez uma visita ao seu colega Bidim e no meio de muitos improvisos, Bidim deu dois motes para Patativa. Como na época ninguém tinha o cuidado de gravar essa arte ficou perdida.
Cláudio por ser cuidadoso lembrou-se dos dois motes. Eu como tive a felicidade de conhecer os dois e tenho bastante trabalhos deles, vou tentar aqui desenvolver os motes, mas sem nunca querer me comparar aos dois expoentes da cultura popular.
MOTE – I
A CACHAÇA JÁ CHEGOU
FALTA AGORA A CAJARANA.

Já chegou a aguardente
Do alambique da Chapada,
Eu tomei uma lapada
Fiquei com o juízo quente.
Tá me faltando o repente
Porque tomei dessa cana,
E a danada dessa insana
O pé do verso, quebrou.
A CACHAÇA JÁ CHEGOU
FALTA AGORA A CAJARANA.

Isso é coisa de Bidim
Que me trouxe essa cachaça,
Não vejo nenhuma graça
Receber presente ruim.
Eu sou conhecido assim
Com improsivo bacana,
Mas durante essa semana
O mundo todo rodou.
A CACHAÇA JÁ CHEGOU
FALTA AGORA A CAJARANA.


MOTE – II
TERRA BOA DE ARROZ
MAS DE CAJARANA NÃO.

Terra de Mestre Silvino,
De Bidim e Antônio Pequeno,
Terra do Vale sereno
Que inspirou Zé Clementino.
Onde Pedro Severino
Fez a sua previsão,
De fartura no sertão
Pra muito baião de dois.
TERRA BOA DE ARROZ
MAS DE CAJARANA NÃO.

Terra que tem adotado
Cortar pé de cajarana,
Que quase toda semana
Fazem uso do machado.
Eu posso até ser quadrado
Mas não gosto dessa ação,
Quem corta uma plantação
Vai sentir falta depois.
TERRA BOA DE ARROZ
MAS DE CAJARANA NÃO.


Comentário do autor:

Quem costuma mandar cortar pé de cajarana, é uma galêga réa predadora, lá das banda daculá.


GAROTO PROPAGANDA - Por Mundim do Vale.

Lendo a postagem do Heleno Silva me lembrei desse nosso trabalho que tem uma certa semelhança com o verso do Luís Campos.

Não ganhei nenhum presente
Na passagem do natal,
Porque Noel não é gente
É um boneco virtual.
Fui dormir na esperança
De ganhar uma lembrança
Mas perdi a minha fé.
Na hora que acordei,
Na meia só encontrei
O mal cheiro de chulé.

Fiquei mais contrariado
Porque um vizinho meu
Mostrou um carro importado
Que papai Noel lhe deu.
Será que o bom velhinho,
Enxergou só meu vizinho
Porque anda caducando?
Ou será por preconceito,
Que ele age desse jeito
Só de rico se lembrando?

Já perdi esperança
Nesse Noel trapaceiro
Que só visita criança
Se o pai tiver dinheiro.
Pois eu lhe digo, Noel:
- Eu tenho um pai lá no céu
Que não gosta, disso não.
Quando seu filho nasceu,
Foi pobre assim como eu
Mas deixou uma lição.

Você com o seu saco cheio
E a bengala na mão
Onde tiver aperreio
Não passa por perto não.
Não conhece favelado,
Filho de desempregado
Sub-produto de gente.
Porém a casa bonita,
No natal você visita
Para deixar o presente.

Será se você existe
Ou não existe sou eu?
Eu tou aqui muito triste
Por conta do jeito seu.
Passou cantando: - Ou, ou, ou....
Mas comigo não deixou
Nem um pequeno peão.
Ficou seco, o saco seu,
Mas você encheu o meu
De revolta e exclusão.

Você só não sabe disto
Porque é um boneco mal
Mas é para Jesus Cristo
Toda festa de natal.
Você só gosta do cobre,
Não anda em casa de pobre
Porque a mídia não manda.
É uma peça do mercado,
Que foi muito bem treinado
Pra garoto propaganda..

Dedicado a Carla Meneses. Uma resistente das coisas lá de nós.

Pão Diario - Por Wanderley de Matos Jr.

Deus deu ao homem o poder de dominar a terra e de servir-se dela, mas a ação humana extrapolou as possibilidades de sustentabilidade e administração sadia dos recursos naturais e hoje colhemos as consequências disto. Tudo porque o homem quer cada vez mais: mais dinheiro, mais poder, mais conforto, mais lucro, mais vantagens, mais bens de consumo, mais, mais, mais...

Imagine como seria um mundo em que o “menos” sobrepujasse o “mais”. Um estilo de vida menos dispendioso teria menos: luxo, futilidade, consumismo desnecessário, desperdício de água, lixo, poluentes. As pessoas seriam menos egocêntricas e haveria menos palavras ríspidas no trânsito, correria, horas de trabalho, dinheiro no bolso, neurose, prestações para pagar, estresse, passividade diante das injustiças sociais, descompromisso com o próximo, sonegação do amor, mania de grandeza, superficialidade, mediocridade, mentira, tempo perdido com inutilidades, menos, menos, menos. 

Acho que pouca gente quer ter menos. Afinal, nosso mundo nos conclama diariamente à ditadura do mais. E gostamos disso. Gostamos porque o “mais” nos diferencia dos outros e nos coloca acima deles, e com esta situação nos sentimos melhor. Tudo ilusão, diria o autor de Eclesiastes: é correr atrás do vento.

Jesus chamaria isso de tolice. Quando entendermos que podemos viver longe da opressão do “mais” e encararmos o desafio libertador do “menos”, descobriremos o real poder do evangelho de Jesus e almejaremos ser o último em vez do primeiro, servir no lugar de sermos servidos, perder no lugar de ganhar, dar mais e reter menos, enfim, fazer morrer o velho para deixar brotar o novo - que nasce do Espírito e contraria nossos maus desejos, o sistema e o mal vigente - para finalmente revelar o Cristo vivo, Senhor da vida e razão de nossa existência. 
Mais? Sim: santidade, tempo com Deus, maturidade espiritual... Menos de nós mesmos, mais de Cristo em nós.
Enviado por Rogeanny Santana.

De canto a canto - Por Jose de Moraes Brito.

Como um pássaro ainda ressentido,
Sentindo ao meio o coração partido,
Sem definir bem certo  seu compasso;
Sinto a vontade entre liberte e presa,
E em liberdade, caio na incerteza
Se fico na gaiola ou ganho espaço.

Vejo o viveiro em vivi, vadio,
O outono, a primavera, o inverno, o estio,
No alpista fresco da amizade, farto,
Na eterna festa desse alegre meio,
Era de alegria pura meu gorjeio
E por isso mesmo, com tristeza parto.

Há pássaros que cantam lindos hinos
Pela manha e em tempos vespertinos
Mas sempre tem em festa o coração;
Há outros que se tem como agoureiros,
Que cantam e quando cantam, nos canteiros
Avisam luto, dor, desolação.

Meu coração é como os primeiros,
Que cantam, se libertos ou prisioneiros,
Nas horas de alegrias e de dor
Canta a distancia, a ausência, a saudade,
Canta, porque existe  a amizade
Porque existe a fé, existe amor.

Eu vou cantando agora meus cantares
Com pássaros que, também, perderam os ares
E tem suas sinais, suas prisões,
Tornando, assim,  as dores mais amenas
Menos cruel o desfolhar das penas,
Que caem sem  cessar os corações.

Sei que onde for edificar meu ninho,
Na alfafa, no capim, na lã, no espinho,
Mandar-lhes-ei meu canto pelo vento,
Porque sempre de lá, vendo o infinito,
Ali suas lembranças todas fito,
Ainda que só seja em pensamento.

E se cantando a saudade, hoje vou
Me lembro de lembra-lhes que este vôo,
Que pelas relvas baixas, então solto
Um dia vou alçá-lo as vertentes
E ao viveiro em que deixo-os, contentes
Voando outra vez sei que inda volto.

22 de Dezembro - Quinta - Feira - Mensagem Natalina.


Thays Mamedio.

Este é o canto dos pobres. O canto dos que não tem voz. O canto dos que precisam de carinho. Maria assume uma compaixão pelos menos favorecidos.
Ela, na condição de simples, de serva, de pobre, traz para si a dor dos outros e certamente ensina isso a Jesus. E ensina a cada um de nós. Somos, hoje, convidados a viver plenamente essa dedicação ao que mais necessita de nós. Devemos sair de nós mesmos e olhar com carinho a realidade que está ao nosso redor. No outro sempre acontece a graça de Deus e, por Ele, podemos chegar a salvação.

Feliz Natal  e próspero Ano Novo.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

A razão da vinda de Jesus

Prezados amigos, nesses dias que antecedem o Natal, decidi postar aqui no blog o belíssimo fragmento abaixo que extraí do livro A Criação de Deus. Ele explica a razão da vinda de Jesus à Terra. Leiam com o coração e analisem se o texto a seguir é uma obra humana ou de origem divina:

"Eis que o Amor eterno tirou, pelo Poder e a Força de Sua Misericórdia,, a venda de Seus Olhos da Graça, que tudo ilumina, penetrando na caverna onde Adão chorava, e atrás do espinheiro onde Eva se lastimava. E as lágrimas de Adão foram guardadas no solo da Terra e se chamaram e ainda se chamam “Thumim” ou pedras, nas quais a Luz dos sete espíritos de Deus brilha figuradamente, tornando-se compactas pela Luz da Graça do calor do Amor, semelhante ao seu arrependimento justo, como recordação da Sabedoria luminosa. Foram espalhadas por sobre todo o planeta, como prova confortadora do futuro renascimento, que deve ser idêntico a essas lágrimas de Adão, capazes de acolher a belíssima Luz do mar da Graça, do Amor eterno, devendo resistir a qualquer dureza da tentação do mundo.
E as lágrimas da tristonha Eva foram guardadas dentro da terra, atrás do espinheiro, rubras de vergonha pelo abuso do amor santificado de Adão. O Amor eterno percebeu que cada lágrima de Eva era justa diante de Adão, filho do Amor Misericórdia, de sorte que o calor do Amor eterno transformou tais lágrimas em pedrinhas, cujo nome era “Urim”, prova simbólica da tristeza justa de Eva. Uma lágrima da inocência perdida caiu, sobre o arbusto protetor e tingiu a sua branca flor. Conquanto as criaturas conheçam toda a flora da Terra, desconhecem sua verdadeira importância, em espírito e verdade, não o conseguindo até o renascimento espiritual, ou seja, a Misericórdia do Amor eterno através da Graça da salvação.
Ouve mais um segredo, que deve ser compreendido por causa do orgulho ultrajante dos filhos do mundo: Duas flores do arbusto foram fecundadas por meio da lágrima justa da inocência de Eva e conservaram sua bênção através de todas as tempestades, durante as grandes Guerras de Jehovah com os povos da Terra, e vivificaram a mulher de Abraão na época da libertação da Graça do Alto para exemplo da grande Obra do Amor Misericordioso, e também vivificaram a mulher de Zacharias para a verdadeira realização da maior de todas as ações do Amor de Deus.
Agora volta teu olhar para Adão e Eva, visitando-os Comigo e vê como Eu, o Eterno Amor, os encontrei desnudos, abandonados, chorosos e tristonhos de arrependimento e vergonha justos, chamando-os para junto de Mim.
Mas eles não se atreveram a olhar o Semblante de seu Pai, pois estavam apavorados diante do trovão do julgamento mortal, do fundo da Ira de Deus. E as chamas da Ira Divina, do Deus Infinito, se atiravam pelos espaços infinitos à Terra, onde o grande Amor Se encontrava junto de Seus filhos caídos e arrependidos, criados por Sua imensa Graça.
Por causa do arrependimento e tristeza dos filhos, travou-se uma luta renhida entre o Amor Misericordioso e a Divindade, que tudo queria destruir para resgate de Sua Santidade incorrupta.
As chamas da Ira da Divindade se precipitaram mais velozmente que os raios para a Terra, penetraram em seu centro, incendiando-a. E as labaredas destruidoras atingiram a Lua e o Sol; sim, alcançaram todas as estrelas! O Infinito imensurável tornou-se um mar de fogo e trovões terríveis retumbavam pelos espaços, e a Terra chorou e o mar bramiu, a Lua clamou e o Sol lamentou-se e as estrelas gritaram mais fortemente que os trovões, diante da expectativa de sua eterna destruição. E suas vozes ecoaram das profundezas infindas da Ira Divina, clamando: “Grande e Sublime Deus, aplaca Tua Ira, apaga as chamas aniquiladoras da Tua justa fúria e poupa os inocentes, em Tua Santidade. Pois o fogo de Tua Ira destruirá os justos e aniquilará o eterno Amor em Ti e algemará a Ti Mesmo, em Teu Poder imenso e na Tua Força de Majestade!”
Vê e ouve, de olhos e ouvidos abertos, o que falou a Divindade irada. Suas Palavras eram somente entendidas pelo Amor Eterno, que durante a explosão da Ira Divina protegia o casal arrependido e repelia a chama destruidora na Terra, para que não atingisse o local de remorso de Adão e o ponto de tristeza de Eva, através do Poder e Força de Sua Misericórdia. Ouve as palavras de horror saídas da profundeza da Ira Divina: “De que Me adiantam o choro e o desespero da Terra, o clamor da Lua, o lamento do Sol e os gritos das estrelas? Fui abandonado por Meu Amor que Se tornou infiel e Se afastou de Mim para a dupla escória da Terra! Que farei sem Ele? Por isto, quero destruir as Suas Obras, desde o fundamento, para que nada possa desviar e afastar o Meu Amor de Mim, por todas as eternidades! Quero ser Deus Único, para todos os tempos, como fui desde eternidades. E tu, edificação corrupta da Criação de Meu Amor enfraquecido, deves ser destruída para que Eu possa reencontrar o Meu Amor e fazê-Lo forte pelo Poder e Força de eterna Santidade. Amém!”
Neste instante, os laços das criações se desataram nos espaços do Universo Divino, e os destroços despencaram sob imenso fragor para dentro das profundezas, ou seja, a própria Terra, que repousava destroçada no seio do Amor Misericordioso. Os neo-criados tremiam de pavor diante dessa cena terrível, cuja extensão jamais um espírito criado poderá conceber em sua plenitude, pois era infinita. Presta atenção ao que disse e fez o Amor; fita as grandes ações de Sua Misericórdia e ouve as Suas Palavras: “Grande e Onipotente Deus de todo Poder, Força e Santidade! Retira a Tua Ira, apaga o fogo de Tua fúria destruidora e ouve com a calma de Tua Santidade as palavras de Teu eterno Amor, que é Tua Única Vida em Ti, eterno como Tu, Poderoso e Forte como Tu, por Ele e Ele por Ti, e não queiras destruir a vida Nele e, através Dele, a Ti Mesmo, e aplica a Graça em vez da Justiça e aceita a satisfação dada pelo Amor. Exige penitência pela ofensa e ultraje à Santidade ofendida e ultrajada, e não haverá sacrifício grande demais que possas exigir!”
Ouve o que sucedeu em seguida e o que retrucou a Divindade, pois o fogo abrandou e dos espaços começou a soprar uma brisa suave, mesclada de trovões ainda fortes, produzidos pelos destroços do mundo que estremeciam pela combustão quais raios enormes. E o Amor entendeu o trovão de Deus, que dizia com impetuosidade: “Porei a culpa em Ti, assim como depositei os destroços sobre a Terra e hás de apagar o ultraje de Minha Santidade, a eterna união entre Mim e Ti! Amaldiçôo a Terra a fim de que não haja uma mácula a vilipendiar a Minha Santidade e Eu não Me torne como Tu, um Deus sem Santidade. Esta maldição será debitada à Tua culpa, que terás de aceitar para pagar por Minha Santidade e lavar da Terra, com Teu Sangue, a vergonha e o pecado de Adão!”
E eis a resposta do Meu Amor: “Grande e Santo Deus de todo Poder e Força! Que se faça segundo Tuas Palavras!” Naquele momento apagou-se subitamente o fogo sobre a Terra e nos espaços da Criação. E os destroços dos sóis, mundos e luas foram de novo reunidos pelo Poder e Força do Amor atendido por Deus e se reorganizaram como eram desde o início. Todavia, conservaram para todos os tempos os vestígios de sua destruição, semelhantes aos estigmas do Amor Eterno que, posteriormente, sangrou para todos, na grande era das eras.
E também caíram destroços de outros mundos nas planícies e nos mares da Terra, como prova do Poder e Força de Deus e igualmente como testemunhas expressivas das ações do Amor Misericordioso. Ouve o que sucedeu em seguida: Quando o Amor Eterno aceitou as exigências e, com isto, deu satisfação antecipada à Santidade de Deus, a Divindade externou, em sussurros apenas audíveis ao Amor, Sua Santa Vontade, dizendo:
“Tua imensa Misericórdia chegou aos Meus Olhos, que tudo vêem, e percebi, na calma de Minha Santidade, Tua Sinceridade e Fidelidade eternas e contei as lágrimas de remorso de Adão e as lágrimas de tristeza de Eva, e Me compadeci por Tua grande Misericórdia. Por isto, retirarei agora os Meus julgamentos, espargindo Graça em plenitude em vez de Justiça e hei de reparar o dano que eles provocaram.
Além de Mim, não há quem possa reparar algo, porque não há quem seja bom, senão Eu, o Santo Pai. Pois este será o Meu Nome para o futuro, eternamente. E Tu, Meu Amor, és o Meu Filho. E a Santidade – como união ativa da Força entre Nós e tudo que surgiu de Nós – é o Espírito Santo que deve preencher os espaços e universos, para todas as eternidades. Amém. Isto diz o Bom e Santo Pai. Amém.
E agora, Meu amado Filho, dize ao casal arrependido e entristecido – grava-lhe isto profundamente nos corações – que devem manter os mandamentos do Amor e da Misericórdia até o fim da vida. Eu lhe darei um Mediador para determinada época, a fim de eliminar a culpa e diminuir o enorme peso de sua desobediência.
Até lá devem esperar com paciência e humildade, e o pão, que atualmente proporciono apenas parcamente, devem saborear, gratos, no suor de seu rosto, não podendo saciar-se até a época do Mediador, que despertarei de seu meio, perfeito e bom, assim como Nós somos Perfeitos, Bons e Santos eternamente.
Acrescenta que sustei os Meus Julgamentos apenas para aqueles que cumprirem rigorosamente Meus severos Mandamentos. Os infratores serão ameaçados para sempre com o rigor da Santa e Eterna Verdade, cujo cumprimento se dará na menor infração! Isto diz o Santo e Bom Pai, através de Seu Filho – o eterno Amor dentro Dele – e por meio do Espírito Santo, como Graça eficaz de Nós Ambos, para o futuro perdão do pecado que agora há-de castigar o seu físico e futuramente provocará a morte temporária para a conquista da Vida, após o desprendimento do corpo, quando tiver aparecido o Mediador.
Isto diz o Pai, Santo e Bom. Amém, Amém, Amém.”