Páginas


"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 21 de março de 2012

Algumas facetas da personalidade do Imperador Dom Pedro I - por Armando Lopes Rafael




Dom Pedro I foi poeta, modinheiro, clarinetista e compositor, em tão curto espaço de tempo. Estudou música com José Maurício Nunes Garcia, Marcos Portugal e Sigismund Neukomm. Há um registro que Marcos Portugal regeu o Te Deum que D. Pedro compôs em 1821. É também o autor do Hino da Independência (letra de Evaristo da Veiga) e do Hino Constitucional ou Hino da Carta,  que foi o hino nacional português até 1910, quando a monarquia portuguesa foi derrubada pelos republicanos.

Cleofe Pearson de Mattos identificou um Credo e Monsenhor Schubert descobriu a antífona Sub tuum presidium, ambas de autoria de D. Pedro I. O cabido metropolitano ainda possue uma outra obra atribuída ao Imperador, o Moteto a S. Pedro de Alcântara. Essas músicas foram recentemente resgatadas em um CD pelo Conservatório de Juiz de Fora (MG).

Aventureiro e boêmio
Dom Pedro I tinha fama de mulherengo. E o foi. Casou-se com Carolina Josefa Leopoldina, arquiduquesa da Áustria. Com fama de aventureiro e boêmio, teve 13 filhos reconhecidos e mais cinco naturais: sete com a primeira esposa, a arquiduquesa Leopoldina, da qual enviuvou (1826); uma filha com a segunda esposa, a duquesa alemã Amélia Augusta; cinco com a amante brasileira Domitila de Castro, a marquesa de Santos; e mais cinco com diferentes mulheres, inclusive com uma irmã de Domitila, Maria Benedita Bonfim, baronesa de Sorocaba (1), com uma uruguaia María del Carmen García (1), com duas francesas Noémi Thierry (1) e Clémence Saisset (1) e com uma monja portuguesa Ana Augusta (1). Ao lado disso era um pai amoroso que apoiou todos os filhos, fato reconhecido por todos os seus biógragrafos.

Outras facetas
Dom Pedro I atingiu todos os postos da hierarquia militar: de cavalariano a general. Mas, no dia-a-dia, gostava de trabalhos manuais. Era exímio marceneiro, amansador de potros, tocava 10 instrumentos musicais e era poeta (embora como poeta não tenha sido dos melhores)

Devem-se, ainda, a Dom Pedro I, a bandeira do Brasil – cujas cores, verde e amarelo, foram de sua escolha. “O amarelo representa a Casa de Habsburgo (Dona Leopoldina) e o verde representa a Casa de Bragança (Dom Pedro I) e o Escudo de Armas do Império.

2 comentários:

  1. Prezado Armando.

    O Hino da Independência e o Hino Nacional são peças tão preciosas e belas que decorridos todo esse tempo não apareceu ninguém com competência para mudá-los de tão perfeito que são.

    ResponderExcluir
  2. Ele gostava de se meter em tudo...até mesmo no executivo,judiciário e no legislativo.

    ResponderExcluir