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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 18 de abril de 2012

Historias do Sanharol 083 - Por Antonio Morais

Raimundo Menezes é o filho caçula dos homens do casal João Alves de Menezes, João do Sapo e Dona Soledade. Estudou interno em Cajazeiras - PB, em Fortaleza e, no estado do Rio de Janeiro até retornar a terra  natal no inicio  de década de 60 do seculo passado.

Ao retornar ao Sanharol passou a ajudar o pai na administração da fazenda. Cuidava da pecuária e da parte  agrícola voltada para a produção de algodão.

Um dia, a tardinha, Raimundo chamou José Menezes, irmão mais velho e disse: Zé Menezes, amanha nós vamos tirar a lama  do bebedouro do gado, que a agua está escassa, as veias estão entupidas e, a agua é insuficiente para o gado beber.

No outro dia cedinho, depois de um cafe reforçado, coalhada, leite, café, tapioca com mudubim, saíram os dois. Raimundo na frente com uma pá no ombro e Zé Menezes atrás sem nada. Raimundo observou: dois homens e uma só pá! Zé Menezes respondeu: uma sobra.

Chegando no bebedouro, Raimundo  começou enchendo a pá de lama e jogando fora. Depois de  doze  movimentos cansou e, passou a pá para Zé Menezes, que depois de doze pazadas devolveu para Raimundo. Em menos de  uma hora estavam os dois cansados, esbaforidos, sentados olhando um pró outro e, a pá jogada no chão.

Zé Menezes, do alto de sua sabedoria e conhecimento profundo falou: Raimundo, eu não te disse que uma sobrava.  

3 comentários:

  1. Na verdade existem poucos serviços pesados como jogar pá a uma altura de 15 palmos. Zé Menezes estava certo. Uma só sobrou.

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  2. Essa é boa demais.kkkkkkkk.Ainda tou rindo.

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  3. Realmente, uma deu de sobra, rsrsrs.
    Abraço. Fatima Gibão.

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