Páginas


"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quinta-feira, 19 de abril de 2012

Poly e seu Conjunto - Por Antonio Morais

Ângelo Apolônio, de nome artístico Poli, muitas vezes grafado com Y, Poly (São Paulo, 8 de Agosto de 1920 — São Paulo, 10 de abril de 1985) foi um multiinstrumentista (violão, cavaquinho, bandolim, banjo, contrabaixo, viola, guitarra havaiana) & Compositor brasileiro, tendo desde os 10 anos demonstrado habilidade com os instrumentos de cordas.

Começou sua carreira artística na década de 1930, em São Paulo, quando passou a acompanhar cantores populares de então: Januário de Oliveira, Paraguaçu e Arnaldo Pescuma. Em 1937, foi chamado para trabalhar no conjunto Regional da Rádio Difusora paulista, como violonista e solista de cavaquinho e bandolim. Na mesma época, integrou o conjunto vocal Grupo X, que concorria com o Bando da Lua. Compôs sua primeira música em 1939, uma valsa intitulada "Você", com letra de José Roberto Penteado, que nunca foi gravada. Foi esse parceiro que sugeriu o nome artístico Poli, abreviatura de Apolônio.

Em 1940, foi convidado pelo também multiinstrumentista Garoto para trabalhar em seu regional no Rio de Janeiro. Com o Regional de Garoto, atuou no Cassino Copacabana, na Rádio Clube do Brasil, na Rádio Mayrink Veiga e ainda gravou alguns discos. Em 1944, gravou seu primeiro disco solo, tocando guitarra havaiana interpretando os fox-troptes "Deep in the heart of Texas", de Don Swander e June Herchey e "Jingle, jangle, jungle", de J. L. Lilley e F. Loesser. No mesmo ano interrompeu suas atividades musicais para servir à F.E.B. na Itália, só retornando após o fim do conflito.

No ano seguinte gravou, com um conjunto liderado por ele e intitulado Poli e Seus Havaianos o fox-trote "Lime house blues", de Philip Braham e o fox-blue "Isle of dream", de sua autoria. Nessa época, passou uma temporada em Porto Alegre, trabalhando na Rádio Farroupilha, chegando a integrar o Conjunto Farroupilha a convite de Tasso Bangel. Com eles fez excursão pela Europa, Japão e EUA. Retornando ao Brasil, trabalhou em várias boates paulistas, tais como a Clipper e a Roof da Gazeta. Em 1948, gravou ao violão os choros "Sonho divino", parceria com Lupe Ferreira e "Colibri", de sua autoria.

Estrada da Vida - Dedicado a velha guarda do Blog do Sanharol.



2 comentários:

  1. Postaremos com "Poly e seu conjunto" as seguintes melodias: Maringá, Menino da Porteira, Moreninha Linda, Saudades de Matão e O Ebrio. Todas soladas. Acompanhe.

    ResponderExcluir
  2. Parabéns Antonio, e muito obrigada pela a aula: não é à toa que eu digo sempre que esse blog é puramente cultural. Abraço fraterno. Fátima Gibão.

    ResponderExcluir