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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 22 de maio de 2012

Blog em Prosa - Por Geovane Costa.


As vezes eu fico analisando a cultura do povo de cada lugar. É como se as pessoas se combinassem todos para terem costumes iguais. As vezes numa comunidade as pessoas tem certos costumes que outros de uma comunidade vizinha não tem. Por exemplo no sítio Atoleiro as pessoas são bastante sistemáticas, quando não querem uma coisa não tem quem force aceitar tal coisa.

Há algumas décadas atrás no Atoleiro morava um tal de Miguel que não comia nada que fosse feito ou derivado de leite. Certa ocasião este rapaz chegou numa casa e a dona ofereceu jantar: baião de dois com carne de porco e dois ovos fritos, uma comida muito boa, inclusive. O cidadão pegou um pedaço de ovo, botou na boca, sentiu o gosto, jogou  fora e encostou o prato sem comer nada. Aquela senhora quis saber o motivo daquela recusa e ele respondeu:

A senhora fritou esses ovos numa panela que já tinha  feito manteiga! Pois bem, passou o tempo e veio um ano ruim, uma seca muito grande e aquela sujeito passou uma fome desgraçada que quase morreu.

No ano seguinte a seca veio um inverno bom, com muita fatura. Vieram os adjuntos da colheita do arroz e aquele sujeito compareceu, Na hora do almoço, aquela mesma senhora falou:

Miguel não vai comer porque o arroz foi feito com queijo do Inhamuns dentro!

Ai Miguel se levantou e respondeu:

EU COMO É TUDO!

Dedicado ao meu primo e amigo, Dr. Pedro Sátiro)

2 comentários:

  1. Prezado Geovane.

    Sua historia mostra e prova o que é fato. A seca ou melhor a fome ensina. Miguel aprendeu a gostar de tudo.

    Abraços.

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  2. Meu pai morreu dizendo que toda opinião é contra seu dono.

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