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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 29 de setembro de 2012

O MENSALÃO E AS VERSÕES DO LULA - POR ANTONIO MORAIS


Quando houve a delação por Roberto Jefferson, o Lula foi a  televisão, fez um discurso chorão, piedoso e  teatral dizendo: O governo e o PT  precisam pedir desculpas ao povo brasileiro. "Fui traído". 

Depois travou uma luta para  provar que o mensalão jamais existiu, que fora uma farsa, uma invenção da mídia. A seguir começou a pressão aos ministros do Supremo Tribunal Federal no sentido  de não fazer ou retardar o julgamento. Sem exito, agora disse que o julgamento do mensalão não é vergonha e sim orgulho. 

Definitivamente as coisas não andam dando certo para o Lula. Segundo Gilmar Mendes entre as declarações do Lula está a de que o Sepulveda Pertence ia enquadrar a Ministra Cármen Lúcia. Quem se enquadrou foi o próprio Sepulveda e arribou, caiu fora da tal Comissão de Ética do Governo. 

Certo de que a opinião pública ficaria perdida na guerra de versões, enganou-se, as teses corrigidas foram sendo atropeladas pelos fatos. E, a credibilidade acabou, ao que tudo indica a resposta exata  virá no dia 07 de Outubro próximo.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Dedicado aos leitores do Blog do Sanharol

Prezados leitores do Sanharol.
Baixem o video e vejam que bela musica e bela mensagem.
Uma boa noite.

Quem se habilita a identificar 001 - Por Antonio Morais


Oito jovens estudantes dos tempos do Grupo Escolar. Muito conhecidos. De todas apenas uma é falecida. Os demais  estão todos  entre nós graças a Deus e São Raimundo Nonato.

LULA ESTÁ DEFINHANDO - POR LAURO JARDIM.



Jarbas Vasconcelos costuma dizer que aliou-se a Eduardo Campos em Recife porque tanto ele quanto o antigo desafeto tinham nestas eleições um adversário comum a combater: o PT. Embora saiba que Campos ainda enxerga o PT como inimigo apenas em Recife (no plano nacional ainda está com Lula e Dilma Rousseff), Jarbas acredita ser uma questão de tempo o “fim do projeto de poder petista no país”.

Mesmo depois de ter protagonizado um amistoso encontro com Lula no Hospital Sírio Libanês, há algumas semanas, Jarbas não muda sua avaliação. Ele diz que a predominância petista no poder, construída a partir da mitificação do “deus” Lula, será comprometida nas eleições de outubro (a se confirmar o cenário das pesquisas nas urnas) por um simples motivo:

– O Lula tem muita soberba. Ele achou que era um deus, que poderia impor um candidato e mudar a eleição lá no Recife. E veja o que está acontecendo lá e em outros lugares…  Eu assisti ao último comício dele em Salvador. Uma coisa constrangedora, um comício esvaziado. O Lula está definhando.

Enviado por Amigos de Deus.


Os críticos da Bíblia no início do século dezenove passaram um bom período ridicularizando algumas das leis de saúde ordenadas pelo código mosaico - entre elas, a prática de remover o reboco das casas de pacientes leprosos. Embora não tenhamos todas as respostas para o por quê desses regulamentos, hoje não mais ouvimos esse tipo específico de zombaria, e com uma razão. Há cerca de 100 anos, antes que a teoria de Pasteur sobre os germes fosse claramente entendida, os cientistas observaram que os cirurgiões que realizavam amputações no Hospital Bellevue, no Estado de Nova Iorque, estavam perdendo um número alarmante de pacientes para as infecções. Observaram também que os mesmos cirurgiões, que realizavam o mesmo tipo de cirurgia no recém-construído Hospital Roosevelt, no mesmo Estado, obtinham uma elevada taxa de convalescenças bem-sucedidas.

A partir das estatísticas, os cientistas concluíram que, embora se tomasse muito cuidado com a esterilização dos instrumentos cirúrgicos e com a própria sala de cirurgia, de algum modo o reboco e o assoalho do velho prédio do hospital deviam estar abrigando germes. Estes faziam caminho até às feridas dos amputados, causando o desenvolvimento de sepsia. Como conseqüência, o Dr. H. B. Sands introduziu uma resolução segundo a qual dali em diante nenhuma cirurgia grande fosse realizada no Hospital Bellevue. A ciência posteriormente confirmou a lei levítica de Moisés.

Hoje, alguns dos germes que se tornaram resistentes aos antibióticos, como o staphylococcus aureus, continuam a ser uma ameaça aos pacientes porque eles se instalam no reboco e no piso dos hospitais.

Que podemos aprender de tudo isso?
Que, embora não saibamos dar uma explicação racional para tudo o que a Bíblia diz, não devemos procurar ser mais sábios do que aquilo que está escrito (II Corintios 4.6). O futuro ainda pode trazer descobertas adicionais que comprovem a autenticidade da Bíblia.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Osasco e os seus candidatos a prefeito - Por Lauro Jardim


Mensaleiro, impugnado pelo TRE e preso por assalto a banco. Peculiar mesmo é a eleição para a prefeitura de Osasco. Um candidato, João Paulo Cunha, teve que renunciar por que foi condenado no mensalão.

Outro, o tucano de Celso Giglio, teve sua candidatura impugnada pelo TER e só continua na disputa por que recorreu ao TSE (mas, como o recurso só será votado depois da eleição, ele corre o risco de ser eleito e não tomar posse).

Chega? Não. Osvaldo Vergínio, o candidato do DEM, é um ex-PM que já ficou preso quatro anos por assalto a banco.

Teori não gostou das perguntas - Por Lauro Jardim



Teori escorregou ao mostrar irritação com as perguntas dos senadores. A irritação de Teori Zavascki com a pergunta de Álvaro Dias sobre o mensalão também contribuiu para a avaliação negativa do substituto de Cezar Peluso no STF.

É ponto pacífico no Senado que a pergunta é a ferramenta que o parlamentar tem para questionar qualquer autoridade sabatinada. Um indicado a cargo público pode até não gostar das perguntas, mas tem de respondê-las.

Ao reclamar das perguntas, Teori acabou por desagradar senadores da chamada bancada independente que até poderiam ajudar a engrossar os votos em uma eventual rejeição do seu nome no plenário.

Por que a sabatina de Teori foi adiada no Senado - Por Lauro Jardim

Teori Zavascki 


Faltou quórum governista para votar. O receio do impacto do julgamento do mensalão na reta final da campanha eleitoral falou mais alto na base governista, ontem à tarde, quando José Sarney comunicou à oposição a decisão de adiar a sabatina de Teori Zavascki para outubro.

O governo temia que a oposição, amplificada por alguns senadores da bancada dos independentes, transformasse a sabatina de Teori em um longo debate do mensalão, transmitido ao vivo pela TV Senado.

Para os senadores da base, forçar a votação de Teori no plenário do Senado poderia alimentar os rumores de uma manobra para favorecer os mensaleiros no julgamento do STF e daria discurso para a oposição defender a rejeição do ministro.

Como apenas 61 senadores estavam em plenário, os governistas fizeram as contas: a oposição poderia reunir até vinte votos contra a indicação e o governo arriscaria a não alcançar os 41 votos necessários para sacramentar a aprovação de Teori. Diante do risco, o adiamento tornou-se inevitável.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Há coisas que não têm preço - Blog de Ricardo Setti



Amigas e amigos do blog, com os votos dos ministros Joaquim Barbosa, relator do processo do mensalão no Supremo Tribunal, e até do ministro revisor, Ricardo Lewandowski, parece certo que o deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP) será condenado a um bom período de cadeia pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

Por seu modo de fazer política, por sua trajetória fisiológica, por seu conceito de compostura, por seu comportamento como político, por seu desdém por valores que deveriam tornar nobre a atividade de quem lida com a coisa pública, Valdemar Costa Neto — ou “Boy”, seu apelido na região de Mogi das Cruzes (SP), na qual exerceu sua influência política — na cadeia é algo que, como diz a propaganda famosa, não tem preço.

O Supremo Tribunal está livrando a vida pública brasileira de um tipo de câncer político dos mais daninhos.

STF mostra que 'não se condena só ladrão de galinha'- diz Sandra Cureau.


Em meio ao julgamento do mensalão e a 10 dias das eleições, a vice-procuradora geral eleitoral, Sandra Cureau, acredita no efeito educativo das condenações pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e da aplicação da Lei da Ficha Limpa para afastar alguns candidatos dos cargos públicos. "O julgamento vai mostrar ao Brasil que não se condena só ladrão de galinha e vai mostrar aos políticos que as coisas estão mudando por aqui." A Lei da Ficha Limpa, completa Sandra, permite que o eleitor conheça melhor quem são os políticos que querem representá-lo. "Você descobre esse universo. Temos vários casos de estelionatários, de condenados por malversação de dinheiro público, traficantes de drogas, estuprador, homicida." Em entrevista ao Estado, Sandra também criticou a contaminação religiosa nas últimas eleições.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Aqui é tudo alegria: quem ganha 291 reais por mês virou classe média - Carlos Brickmann


Se o caro leitor não puder almoçar seu arroz com feijão, salada, bife e sobremesa, resolva o problema com uma folha de alface, duas ervilhas e um grão de milho. Pode não ser satisfatório, mas o caro leitor não deixou de almoçar.

Se o caro leitor ganha muito pouco e está abaixo da linha da pobreza, resolva o problema com as estatísticas do governo federal: de acordo com a Secretaria de Assuntos Estratégicos da presidente Dilma Rousseff, quem ganha mais de 291 reais por mês integra a classe média.

Assim foi possível fazer com que 35 milhões de brasileiros se alçassem à classe média nos dez anos de governo petista.

É simples assim: uma pessoa não precisa ganhar mais de dez reais por dia para entrar na classe média. Um casal que ganhe, em conjunto, 582 reais por mês será também de classe média.

Pronto: no Brasil, só é pobre quem quer.

Mas há limites para ser de classe média. Quem ganhar a partir de 1.019,10 reais por mês será de classe alta. A história de achar que classe alta é coisa para Eike Batista está errada: neste país em que se plantando tudo dá (especialmente notícias), até professor, mesmo ganhando o que ganha, pertence à classe alta.

O pessoal que tem recursos para comprar deputado mensaleiro, dar carona de jatinho a quem toma decisões sobre concorrências, fotografar a esposa usando sapatos de sola vermelha, esse nem chega a ter classificação.

Político corrupto, dos que trocam apoios por Ministérios, está tão alto que a verdade se restabelece sozinha: este não tem classe, nem categoria.

A classe média (de verdade) paga a conta.

Orientação aos companheiros - por Ricardo Noblat


Em sua edição mais recente, a VEJA afirma que está tão segura de que Marcos Valério disse o que ela publicou na semana passada como estava ao publicar em 1992 a entrevista de Pedro Collor responsável pelo início da queda do irmão dele, o então presidente Fernando Collor.

Para quem não lembra ou não sabe: a entrevista de Pedro foi gravada e filmada, e é a isso que a VEJA agora se refere indiretamente. Portanto, a de Valério também teria sido.

Não, não foi. A de Valério foi só gravada.

Valério soube que sua conversa com a VEJA fora gravada quando quis romper o trato feito com a revista: ela publicaria as declarações dele, mas as atribuiria a pessoas que as teriam ouvido diretamente de Valério.

Assim, a entrevista deixaria de ser uma entrevista, o que livraria Valério da responsabilidade de responder por ela diante da Justiça. Mas Valério não perderia a ocasião de mandar recados para quem quisesse e de fazer ameaças.

Agora, a orientação aos companheiros: cobrem da VEJA a gravação da conversa com Valério. Ela não poderá mostrá-la depois de ter negado que entrevistou Valério.

O companheiro Lula não pode cobrar. É mais conveniente para ele fingir que acredita que não houve entrevista - e, portanto, que a Veja não dispõe de gravação com Valério.

Continuem desacreditando a revista, chamando-a de mentirosa. Lula também não poderá fazê-lo. Nem mesmo o PT que tantas vezes já o fez. Imaginem só se, irritada, a revista acabasse divulgando a gravação.

Só não esqueçam que o momento é delicado.

Se a gravação vier a público, algum juiz de primeira instância poderia abrir um inquérito para apurar as acusações de Valério. Isso não seria bom para Lula.

Batam na VEJA por hábito e para não parecermos frouxos. Mas sem a virulência dos temerários.

Sepúlveda Pertence renuncia à presidência da Comissão de Ética - Luiza Damé.


O presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência, Sepúlveda Pertence, renunciou ao cargo nesta segunda-feira, logo após dar posse aos três novos conselheiros, Marcello Alencar de Araújo, Mauro de Azevedo Menezes e Antônio Modesto da Silveira, indicados pela presidente Dilma Rousseff no último dia 3 de setembro. Sepúlveda deixou clara sua insatisfação com a não recondução dos conselheiros Marília Muricy e Fabio Coutinho, que poderiam ficar mais três anos na comissão.

- Eu vim aqui exclusivamente para empossar os três membros designados pela presidente da República e demonstrar-lhes a satisfação que tenho com os nomes e, ao mesmo tempo, que isso nada tem a ver com o fato que lhes comuniquei de que, neste momento, estou encaminhando à chefe do governo a minha renúncia às funções de membro e consequentemente presidente da Comissão de Ética - afirmou Sepúlveda.

Sepúlveda vinha dando sinais de constrangimento com a postura da presidente. Primeiro, Dilma demorou a nomear os três novos integrantes, o que inviabilizou a realização de duas reuniões da comissão, marcadas para os dias 27 de agosto e 3 de setembro. Depois, ficou insatisfeito com a não recondução dos dois conselheiros, cujos votos não agradaram a presidente.

- Não tenho nada contra os designados, lamento, devo ser sincero, a não recondução dos dois membros que eu havia indicado para a comissão e que a honraram e a dignificaram - disse.

Marília Muricy sugeriu a demissão do ex-ministro do Trabalho Calos Lupi, em dezembro doa ano passado, por causa das denúncias de irregularidades em convênios da pasta com ONGs, que teriam beneficiado o PDT. No início deste ano, Coutinho propôs uma advertência ao ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, devido às consultorias feitas por ele entre 2009 e 2010 para a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, que renderam R$ 2 milhões. O processo está parado na comissão.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Fotos ineditas - Desafio.

Prezados Amigos:

Está escrito na frente da foto, embora não seja de facil leitura: " Otima viagem feita no carro do Sr. Jose Felipe -1937 - Via Varzea-Alegre -Cedro". Entendi assim.

Segunda foto:

Caminhão placa 8396 - Varzea-Alegre. Vejam como os passageiros são alinhados, vemos duas senhoritas alegres, bonitas, cabelos bem cuidados, com certeza são do Sanharol. Quem poderia identificar esses passageiros? Raimundo Wilton Bitu talvez. Aguardemos. Clic na foto para facilitar.

Valério reclama que está sofrendo um 'linchamento - Por EDUARDO KATTAH

Enquanto sofre seguidas condenações no julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal, o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza calcula os passos e ao mesmo tempo busca uma saída para tentar atenuar possíveis penas. A pelo menos duas pessoas com quem falou na última semana, Valério reclamou muito pelo fato de o Supremo tê-lo condenado por peculato. O empresário sustenta que não foram utilizados recursos público nas transações.

Valério evitou nos últimos dias aparecer em seu escritório, na capital mineira. Ele foi orientado pelo advogado, Marcelo Leonardo, e pelo amigo e ex-sócio Rogério Tolentino, também réu do mensalão, com quem divide a sala, a não comparecer ao local para evitar os jornalistas que faziam plantão em frente ao prédio.

Quem o viu recentemente, contudo, disse não tê-lo encontrado abatido nem choroso. Valério dirige o próprio carro, costuma buscar o filho na escola e frequenta a casa de parentes. Recentemente foi à casa de uma prima para assistir a um jogo do Atlético Mineiro, seu time no futebol. Mas vive um drama familiar. Se desentendeu com a mulher, Renilda Santiago, e deixou a confortável casa de ambos na Pampulha, região norte de Belo Horizonte, para morar em um flat.

Amigos que foram recebidos por Valério nos últimos dias disseram que o empresário preferia não assistir ao julgamento do mensalão pela televisão - quem acompanha cada segundo das sessões é Tolentino, que se autodenomina o "elo entre os advogados dos réus" do mensalão e afirma conhecer cada folha do processo.

Mas na semana passada o empresário desabafou ao conversar por telefone com o ex-deputado Virgílio Guimarães - petista que assume manter laços de amizade com o chamado operador do mensalão e foi responsável por apresentar o então dono das agências de publicidade SMPB e DNA à cúpula do partido. "Ele já teve um linchamento moral", disse Virgílio. "Eu vi ele reclamando por ser condenado por coisas que não fez. (Está) Totalmente indignado, mas com o Supremo, não com o PT", alega o ex-deputado.

Entre petistas mineiros, contudo, a reportagem da revista Veja, segundo a qual Valério teria dito a interlocutores próximos e familiares que Lula era de fato o "chefe" do esquema e a movimentação de recursos teria chegado a R$ 350 milhões, foi vista como uma clara ameaça. No partido a suposta reação de Valério criou "um clima de alerta" por entender que o empresário está "acuado" e sem perspectivas de se livrar da cadeia.

Delação. A defesa do empresário admite que ele poderá recorrer ao instrumento da delação premiada caso seja instaurada uma nova investigação sobre fatos relacionados ao mensalão. Partidos de oposição anunciaram na semana passada que deverão pedir ao Ministério Público investigações sobre o suposto envolvimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no mensalão logo após a conclusão do julgamento no STF.

"Eventualmente pode acontecer, se houver novas investigações ou coisa parecida ou algum outro procedimento ele pode (recorrer à delação premiada)", disse Leonardo. Embora juízes criminais observem que não há previsão legal de um procedimento específico para a delação, podendo ela ocorrer até na fase de execução da pena, o advogado afirma que não acredita que seja possível fazê-la na ação em julgamento no Supremo. 

A Cuscuzeira - Por Giovani Costa

Depois de contar muitas proezas dos outros, resolvi contar-lhes esta que aconteceu comigo há algum tempo atrás. Estava havendo um surto de roubo de galinha no nosso Sanharol e vizinhança: Chico, Serrote, Inharé, Canto etc. Lá em casa desde os anos 60 nunca faltou uma espingarda de cartucho que os meus irmãos usavam para caçar. Só que teve uma noite que eu resolvi me prevenir se o ladrão viesse. Dar-lhe um susto grande. Tinha uma espingarda Rossi, calibre 28, com uns cartuchos cheios, próprios para matar veado. Quando foi uma certa noite eu fui dormir na cozinha, a espingarda debaixo da rede com o bornal e os cartuchos que Manoel Leandro havia preparado. Botei uma cadeira encostada na porta, pois da brecha de cima dava prá ver o puleiro. Uma certa hora, meia noite talvez, eu acordei ouvindo aquele grito de galinha sendo presa.
Quielllllll
Eu pensei é ele: subi na cadeira e avistei debaixo do puleiro um vulto redondo que não dava para distinguir direito, pois estava muito escuro. Não tive dúvida: engatilhei e atirei: um tiro igual o do Capitão da música Samarica parteira. Acho que até da Tarrafas deu prá escutar. Quando olhei pela brecha da porta, veio o pior: o vulto havia sumido. Aí eu gelei, subiu uma resfrialidade, como diz Luiza de Abrão, do pé até a cabeça. Apavorei-me. Minha mãe querendo saber o que tinha acontecido e eu sem puder explicar porque estava sem fala. Agora era um criminoso. Passei o resto da noite sentado, sem dormir, planejando uma fuga. Oh, noite comprida, só vim respirar direito e sentir um alívio, quando o dia clareou, e, eu tive coragem de olhar de novo e vi que não tinha nem um corpo estirado no terreiro. Também não era possível ter escapado com um tiro espritado daqueles. Mas alegria mesmo foi quando minha mãe levantou-se inspirada cantando: se dirigiu para a porta, como de praxe, passou a mão na tramela, e quando correu o olho no terreiro, alarmou:
Eu só queria saber quem foi o diabo que quebrou minha "cuzcuzeira" que eu tinha botado ali naquela cabeça da estaca.

domingo, 23 de setembro de 2012

POLITICA - Por Antonio Morais

Prezado Amigo Washington Luis de Souza

Meus cumprimentos.

Li seu comentário na postagem do "Manifesto" com bastante atenção. Li e reli. Costumo comentar toda e qualquer postagem do Blog. Seja de qualquer segmento de interesse da sociedade ou por quem quer que seja postada. Não faço diferença. Faço em consideração ao colaborador. O rozario de comentários meus nomeados para mostrar uma possível tendencia partidária não será exitoso por que eu não a tenho. Quando escrevo algo, escrevo o meu pensamento, não estou invadindo o ponto de vista alheio e muito menos desejo que alguém pense igual a mim. Esta frase do Mario Covas na abertura do Blog não está aí por ser dele, se fosse de outra autoria estaria tambem, sem duvida, ela tem um significado profundo e democratico.

Prezado amigo. Veja bem, com relação candidatura do nosso conterrâneo Tiririca, eu acho que não foi o Tiririca que procurou o partido, muito pelo contrario, o PR é que o procurou para tirar proveito de sua popularidade. O artista está sendo explorada no Ceara pelos candidatos locais, o tempo da TV está sendo usado não para os candidatos mostrarem suas propostas e sim para Tiririca dizer - Ou candidatos lindos!

Num pais serio o Valdemar Costa Lima não seria candidato. No Brasil é, e, o pior, se não tirar votos o Tiririca o elege. O Agnaldo Timóteo se elegeu deputado, ao tomar posse apanhou um telefone e disse: Mamãe, estou aqui na Câmara Federal e nada mais fez. Juruna andava com um gravador - índio grava era sua marca. Clodovil também teve a sua oportunidade e uma de suas ações foi chamar uma colega deputada de feia a levando aos prantos em plenário. E o Eneas elegeu outros quatro deputados para darem exemplos menos dignos. Não são estas as atribuições de um parlamentar.

O fato é que nos países civilizados existem dois ou três partidos. No Brasil cada líder tem um, são 40 partidos para chantageiar o poder e alimentar políticos sagazes e espertos. O FHC foi buscar Pelé para ser ministro, o Lula colocou o Gilberto Gil. A pergunta é: será que esses homens queriam ser ministros? Será que não existia alguém mais preparado para pasta?

Prezado amigo Conterrâneo, uma eleição nada mais é do que um processo de escolha, e se escolhe comparando. Compare as lutas e trabalhos do Vicentinho em prol da classe que representa e diga se é justo que ele arrecade menos recursos do que o PR arrecadou para Tiririca? O fato verdadeiro é esse - Vote no Tiririca e eleja o Valdemar, não fica pior do que está.

SENADORES DO PDT ENVIAM CARTA AO PRESIDENTE DO PARTIDO CONTRA APOIO A LULA - AGENCIA BRASIL


Os senadores do PDT Pedro Taques (MT), líder do partido no Senado, e Cristóvam Buarque (DF) encaminharam carta ao presidente da legenda, Carlos Lupi, na qual se posicionam contra a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva feita pelos partidos da base aliada, em nota divulgada na última quinta-feira (20).
Lupi assina a nota em nome do PDT, bem como Rui Falcão pelo PT, Valdir Raupp pelo PMDB, Eduardo Campos pelo PSB, Renato Rabelo pelo PCdoB e Marcos Pereira pelo PRB. Os aliados se manifestaram contra o pedido da oposição para que Lula fosse investigado em função de denúncias publicadas pela revista Veja no último fim de semana que o vincularam ao esquema de compra de votos conhecido como mensalão.
Taques e Buarque disseram não concordar com a assinatura de Lupi em nome do partido, bem como com o teor do documento. “Gostaríamos de ter sido consultados antes desta nota ter sido assinada em nosso nome, porque se tivéssemos sido consultados seríamos contra”, dizem os senadores na carta a Lupi.
Os parlamentares declararam não enxergar comportamento golpista por parte dos partidos de oposição, quando citam a matéria, por não haver qualquer crítica à presidenta Dilma Rousseff. Além disso, os dois ressaltaram a importância do trabalho do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento da Ação Penal 470, conhecida como o processo do mensalão, e consideraram que a carta dos partidos da base desrespeita o Poder Judiciário ao sugerir que os ministros do STF estejam sofrendo pressões durante o julgamento.
“As referências às pressões sobre os ministros do STF passam imagem de desrespeito ao Poder Judiciário, que, neste momento, vem desempenhando um importante trabalho, reconhecido pela opinião pública como decisivo na luta pela ética na política.”


sábado, 22 de setembro de 2012

AVENIDA BRASILIA - POR NELSON MOTA.



Por graça do acaso, os dois maiores sucessos populares do ano, a novela “Avenida Brasil” e o julgamento do mensalão, vão terminar juntos, ou quase. Condenados e absolvidos pelo Supremo vão se misturar com personagens amados e odiados pelo público, vilões e heróis da ficção e da realidade terão seus destinos cruzados na história viva do país.

Nina e Carminha foram capazes das piores vilanias, mas também poderão ser vistas como heroínas. Não por suas obsessões doentias pela vingança e o poder, mas como sobreviventes dos lixões da vida, que, movidas pela paixão, são levadas a comportamentos heroicos na luta por seus objetivos conflitantes.

Roberto Jefferson e José Dirceu também foram capazes das piores vilanias, mas por suas causas partidárias e objetivos políticos. Movidos por seus instintos mais primitivos, tentam se mostrar heroicos no mensalão, um como mártir da verdade e o outro de uma conspiração das elites. Dirceu diz que o PT pode ter todos os defeitos, menos a covardia. A omertá de Delúbio fez dele um herói, mas Dirceu se imolará por Lula?

Mas o grande herói da novela do mensalão é o ministro Joaquim Barbosa, que passou como um tufão sobre a impunidade de políticos, empresários e banqueiros. Sua já famosa foto de costas, com sua capa negra de Batman justiceiro, virou um ícone que se espalha como um vírus de esperança pela internet, anunciando que a coisa está preta, no bom sentido, para os malfeitores. As redes sociais gritam “Barbosa guerreiro, do povo brasileiro”.



A competência, a independência e a integridade do ministro Joaquim e das ministras Cármen Lúcia e Rosa Weber têm feito mais pelo orgulho e progresso de negros e mulheres do Brasil do que todos os discursos e campanhas feministas e racialistas recentes.

A grande diferença é que a novela acaba e o mensalão continua, ultrapassando a ficção. Quem diria que mais vilões seriam condenados e presos no mensalão do que na novela? Cenas dos próximos capítulos: seguindo a jurisprudência do Supremo, os elencos dos mensalões de Minas e de Brasília serão condenados pelos juízes, a opinião pública e a história. Oi, oi, oi.


sexta-feira, 21 de setembro de 2012

INDIGNAÇÃO...

Amigos
Não costumo repassar mensagens de cunho moral, pois a considero, em geral, piégas. Todavia, essa alocução de indignação do grande poeta e compositor Rolando Boldrin tocou-me profundamente e deixou-me com os olhos marejados. Gostaria de ter tido inspiração para produzir, eu mesmo, texto tão emocionante.
Espero que apreciem, assim como eu e que o Grande Arquiteto do Universo se apiede de nossos destinos.
Abraços,
Saint-Clair


OS PODERES DA REPUBLICA - POR ANTONIO MORAIS


O Poder Executivo é um dos poderes governamentais. Segundo a teoria da separação dos poderes cuja responsabilidade é a de implementar, ou executar, as leis e a agenda diária do governo ou do Estado. De fato, o poder executivo de uma nação é regularmente relacionado ao próprio governo. O poder executivo pode ser representado, em nível nacional, por apenas um órgão (presidência da república, no caso de um presidencialismo), ou pode ser dividido (parlamento e coroa real, no caso de monarquia constitucional).

O poder legislativo é o poder de legislar, criar leis. No sistema de três poderes, o poder legislativo é representado pelos legisladores, homens que devem elaborar as leis que regulam o Estado. O poder legislativo na maioria das repúblicas e monarquias é constituído por um congresso, parlamento, assembléias ou câmaras. O objetivo do poder legislativo é elaborar normas de direito de abrangência geral (ou, raramente, de abrangência individual) que são estabelecidas aos cidadãos ou às instituições públicas nas suas relações recíprocas.

Poder judiciário é um dos três poderes do Estado moderno em sua teoria da separação dos poderes. Ele possui a capacidade de julgar, de acordo com as leis criadas pelo Poder Legislativo e de acordo com as regras constitucionais em determinado país. Ministros, desembargadores e Juízes formam a classe dos magistrados (os que julgam). Há ainda, nos países com justiça privada, o Tribunal Arbitral composto de Juízes Arbitrais, Conciliadores e Mediadores. No Brasil os Juízes Arbitrais são considerados juízes de fato e de direito e a Lei 9.307/96 regulamenta o funcionamento desses tribunais privados, muito comum nos países de "primeiro mundo".

No Brasil o executivo, pelo menos nos últimos anos, tem eliminado a finalidade do legislativo. O presidente governa por medida provisoria, quando o legislativo  não aprova na sua integralidade o executivo veta as alterações e o legislativo nunca  leva o veto a votação. Você lembra quando foi votado um veto presidencial pelo congresso  brasileiro? Todos ficam na gaveta do guardião do governo, o presidente do congresso.

O poder o executivo é tamanho, ou imagina ser, que  recentemente vimos um ex-presidente determinando o que  devia e quando devia ser julgado determinado processo pelo Judiciário. Felizmente este fato fez com que os juizes do Supremo Tribunal Federal assumissem suas verdadeiras funções.

POESIAS - POR RAIMUNDA DE MORAIS REGO


Maria Alves de Morais, Maria de Mané de Vó ditou este poema de Mundinha do Sanharol para Luiz Lisboa. Feito, segunda ela, em referencia a seca de 1952. São 4 décimas onde cada uma tem seu próprio mote. Raimunda de Morais Rego, Mundinha do Sanharol era analfabeta, juntava as palavras em versos e estrofes, memorizava e quando encontrava alguem interessado em ouvir transmitia. Assim encontramos  muito de suas poesias.

Primeiro - "Tempo de suspiro e dor"

Esse tempo é de bondade
Esse é que é tempo feliz
Que assim foi que Deus quiz
Faça-se sua vontade
Deus tem de nós piedade
Que ele é bom pastor
Deu essa seca de horror
E podem ficar ciente
Que isso foi um presente
Tempo de suspiro e dor.


Segundo - "Vivendo sem alegria"

Que o mundo estava sem luz
E o povo muito enganado
Vendo os nossos pecados
O coração de Jesus
Ele é quem nos conduz
Toda noite e todo dia
Ele é o nosso guia
Que nos vale quando quer
E não com nossa pouca fé
Vivendo sem alegria.

Terceiro - "Pensando no coração"

Só se ver pelas estradas
Até mesmo nos caminhos
Os pais com os seus filhinhos
Naquelas grandes retiradas
Estamos com a vida arriscada
Deus tem de nós compaixão
A nossa consolação
Já estando muita aflita
Pedindo a ele consigo
Pensando no coração.

Quarto - "Passar por tanta agonia"

Vendo o que tem acabado
E lamentar hoje a riqueza
Mas pena faz a pobreza
Que não tem com que passar
Começam logo a chorar
Pedindo a Virgem Maria
Por aquele grande dia
Que viveu o amado Jesus
Respirar por nós na cruz
Passar por tanta agonia.

ENVIADO POR AMIGOS DE DEUS.


Em uma das catedrais da Inglaterra, existe uma  bela janela por onde penetram os raios solares. Ela  apresenta fatos e personagens do Antigo e do Novo Testamento e as verdades e doutrinas gloriosas da revelação  Cristã. Esta janela foi fabricada por um artista utilizando apenas vidros quebrados que haviam sido descartados por um outro artista.
Grandes têm sido as nossas aventuras ao percorrer as estradas de nossos sonhos. Nem sempre os caminhos são floridos e muitas vezes não conseguimos sentir o aroma das flores simplesmente porque elas não  cresceram por onde passamos. Encontramos somente pedras  que  machucam nossa perseverança, espinheiros que ferem nossa fé, poeira e lama que maculam os nossos anseios. Tudo parece contribuir para que desanimemos e o castelo de nossos ideais, em ruínas,  só nos mostram cacos e mais cacos de desesperança. Devemos, então, desistir de todos os nossos sonhos depois de experimentar seguidos insucessos? Devemos nos conformar  com a derrota? Claro que não!
O Artista Maior, o Grande Criador, pode trabalhar em nossas vidas usando simplesmente os cacos que julgávamos sem valor e descartáveis após inúmeros fracassos e decepções. Quando tudo parece não ter jeito e sem solução, o Senhor opera grandes maravilhas transformando os pedaços em uma maravilhosa obra de arte, uma jóia de grande valor. A velha natureza, sem qualquer beleza começa a tomar forma e brilho, irradiando o fulgor e a glória do nosso Senhor Jesus Cristo. Você acha seu viver sem  nenhum  atrativo?
Deixe o Senhor operar em sua vida e logo ela começará a brilhar iluminando tudo ao redor.

Daniel Alfa

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

ELEIÇÕES 2012, QUE FASE, EM LULA - LAURO JARDIM


Acredite, em Campina Grande, Lula foi à TV pedir votos para campanha adversária do PT. Veja como as coisas andam mesmo mudadas para Lula e o PT. Na segunda-feira, Lula foi a estrela do programa de TV de Daniella Ribeiro (PP), a irmã do ministro Aguinaldo Ribeiro, que é candidata a prefeita em Campina Grande (PB). O apoio de Lula à irmã de um ministro de Dilma Rousseff seria algo normal, não fosse por um detalhe: o próprio PT tem candidato na cidade e é, portanto, adversário da “candidata do Lula”.

Como não poderia ser diferente, a aparição do “deus” petista no horário eleitoral da candidatura adversária fez o PT de Campina Grande pedir (e conseguir) a proibição da propaganda na Justiça Eleitoral. Que fase, Lula.

BISPO CATÓLICO CONSTRANGE SENADO FEDERAL



Bispo recusa comenda e impõe constrangimento ao Senado Federal. Num plenário esvaziado, apenas com alguns parlamentares, parentes e amigos do homenageado, o bispo cearense de Limoeiro do Norte, Dom Manuel Edmilson Cruz, impôs um espetacular constrangimento ao Senado Federal, ontem.                    
Dom Manuel chegou a receber a placa de referência da Comenda dos Direitos Humanos Dom Hélder Câmara das mãos do senador Inácio Arruda (PCdoB/CE). Mas, ao discursar, ele recusou a homenagem  em protesto ao reajuste de 61,8% concedido pelos próprios deputados e senadores aos seus salários.   “A comenda hoje outorgada não representa a pessoa do cearense maior que foi Dom Hélder Câmara. Desfigura-a, porém. De seguro, sem ressentimentos e agindo por amor e com respeito a todos os senhores e senhoras, pelos quais oro todos os dias, só me resta uma atitude: recusá-la”.
O público aplaudiu a decisão. O bispo destacou que a realidade da população mais carente, obrigada a enfrentar filas nos hospitais da rede pública, contrasta com a confortável situação salarial dos parlamentares.  E acrescentou que o aumento “é um atentado, uma afronta ao povo brasileiro, ao cidadão contribuinte. Fere a dignidade do povo brasileiro que com o suor de seu rosto santifica o trabalho diário.
                             
Parabéns Dom Manuel!!!

CLIMA DE VELÓRIO - POR LAURO JARDIM


GENOÍNO.

Os petistas do Congresso estão resignados, diante da repercussão das revelações de Marcos Valério sobre o envolvimento de Lula no mensalão. Veja o que diz um deputado petista: O STF já está barbarizando no julgamento. Para o PT, só resta fazer nota negando o que sai na imprensa e ir para a eleição.

Outro graúdo deputado do PT, aliás, dizia ontem, no plenário da Câmara, que o clima de velório se instalou de vez na bancada. Segundo ele, os petistas, que já ficaram abatidos com a condenação de João Paulo Cunha, vão mergulhar de vez na ressaca moral quando Joaquim Barbosa começar a falar de José Genoíno, Delúbio Soares e José Dirceu: Aí o baixo-astral vai tomar conta.

DOMINGOS DUTRA.

Acredite, no meio de todos os deputados petistas amargurados com o julgamento do mensalão no STF, existe um que está mais do que empolgado com os votos de Joaquim Barbosa. O maranhense Domingos Dutra é só elogios a Barbosa:

O Joaquim Barbosa foi peralta. Ele conseguiu fazer um funil que vai pegar todo mundo. É uma tristeza ver lideranças do porte dos nossos companheiros envolvidas nisso, mas, pelo visto, vai ser todo mundo condenado.



quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Blog humor - A advogada e o surdo mudo.


Um chefão da Máfia descobriu que seu contador havia desviado dez milhões de dólares do caixa. O contador era surdo-mudo, por isto fora admitido, pois nada poderia ouvir e em caso de um eventual processo, não poderia depor como testemunha.

Quando o chefão foi dar um arrocho nele sobre os US$10 milhões, levou junto sua advogada, que sabia a linguagem de sinais dos surdos-mudos. O chefão perguntou ao contador: Onde estão os U$10 milhões que você levou? A advogada, usando a linguagem dos sinais, transmitiu a pergunta ao contador que logo respondeu (em sinais): Eu não sei do que vocês estão falando. A advogada traduziu para o chefão: Ele disse não saber do que se trata. O mafioso sacou uma pistola 45 e encostou-a na testa do contador, gritando: Pergunte a ele de novo! A advogada, sinalizando, disse ao infeliz: Ele vai te matar se você não contar onde está o dinheiro! O contador sinalizou em resposta: OK, vocês venceram, o dinheiro está numa valise marrom de couro, que está enterrada no quintal da casa de meu primo Enzo, no nº 400, da Rua 26, quadra 08, no bairro Santa Marta! O mafioso perguntou para advogada: O que ele disse? A advogada respondeu: Ele disse que não tem medo de Viado e que você não é macho o bastante para puxar o gatilho, seu Corno!!!


De dominio publico.

BORGINHO, ASSIS DA SERRA E A NEGOCIAÇÃO DO CAVALO - POR ANTONIO MORAIS

Assis dos bolos, residente na Serra das Flores, ribeira localizada na divisa dos municípios de Várzea-Alegre com Granjeiro e Caririaçu, passava pelo bairro Patos em Várzea-Alegre, e em frente a casa do Senhor Borginho viu um cavalo velho tão magro que era só o couro e o osso. Perguntou para Borginho: O que este cavalo tem que é tão magro? É doente? Borginho respondeu no ato: não, a roça é que é muito ruim, nem agua tem. Se ele comer milho eu compro! Falou Assis. Pode comprar sem medo, eu garanto, replicou Borginho.
Negocio fechado, Assis subiu a serra da Caiana puxando o cavalo pelo cabresto. Quando chegou em casa colocou o milho cru e o cavalo não comeu. Botou o milho de molho e no outro dia o cavalo também não comeu. Passou no moinho, fez o xerém, mesma coisa, o cavalo não comeu, finalmente passou na peneira fez a massa, e o cavalo não comeu também.
Abriu a boca do cavalo e não encontrou um só dente, o animal era absolutamente banguela. Diante da situação resolveu devolver o cavalo e exigir o dinheiro de volta. Quando se encontrou com o Borginho repetiu o cerimonial do milho e por essa razão queria devolver o cavalo e receber o seu dinheiro de volta. Borginho mordeu a língua, fechou um olho, pensou um pouco e respondeu: você fez o angu? faça o angu se ele não comer eu recebo de volta e devolvo seu dinheiro.

DOIS PADRES - POR ANTONIO MORAIS

Já falei que as únicas padaria e farmácia que existiam em Várzea-Alegre nos tempos idos pertenciam ao mesmo dono: Zé de Ginu. O padre Otávio entrou na farmácia com uma receita e procurou saber se tinha o remédio e quanto custava. Seu Nelinho respondeu que tinha e que custava 10 contos de Reis. O padre exclamou: é caro assim porque não tem concorrente. Várzea-Alegre já devia ter duas padarias, duas farmácias. Zé André aguardava atendimento e acrescentou a relação dizendo dois padres! O padre Otávio olhou de soslaio e falou: dois padres não Zé André, porque um deles ia morrer de fome. Bons tempos aqueles apesar da falta de concorrência. 

Lambuzado no melado - Por Dora Kramer


Marcos Valério demorou anos para se revoltar. Só quebrou o código de silêncio firmado com José Dirceu e Delúbio Soares para proteger Lula quando se viu diante da evidência de que lhe havia sido feita uma promessa vã. Confiou que as instituições seriam fiéis aos coronéis de turno e se renderiam às conveniências do poder. Isso está dito na reportagem de capa da Veja: "Em troca do silêncio, Marcos Valério recebeu garantias. Primeiro, de impunidade. Depois, quando o esquema do mensalão teve suas entranhas expostas pela Procuradoria-Geral da República, de penas mais brandas". E quais seriam essas garantias? Vamos pensar juntos. Não é difícil percebê-las, partindo do princípio de que o PT fez o que fez confiando que aquela concepção de Lula sobre os "300 picaretas" que faziam e aconteciam no Congresso era o retrato do Brasil.

Primeira presunção de garantia: controlada pela maioria governista, comandada por um presidente do PT Delcídio Amaral e um relator do PMDB Osmar Serraglio, a CPI dos Correios não daria em nada que pudesse produzir maiores e concretas consequências.

Segunda: a Polícia Federal sob as ordens do dublê de ministro da Justiça e advogado do Palácio do Planalto, Márcio Thomaz Bastos, cuidaria de limitar as investigações sem levá-las a inconvenientes profundezas.

Terceira: indicado e reconduzido ao cargo pelo presidente da República, o procurador-geral se apresentasse denúncia não o faria de maneira consistente.

Quarta: de composição majoritária teoricamente "governista" e de inescapável apego a formalidades, o Supremo Tribunal Federal não abriria processo.

Quinta: complexa e ampla demais, a denúncia não se sustentaria na fase judicial e poderia se estender à eternidade em decorrência de manobras da defesa.

Sexta: o julgamento não ocorreria tão cedo e, quando acontecesse, crimes estariam prescritos.

Sétima: permeável à influência dos comandantes da banda, a Corte de "maioria governista" teria comportamento de poder subordinado. Seja para absolver os acusados ou para lhes abrandar as punições, conforme a promessa feita a Marcos Valério sobre o pior que lhe poderia acontecer se calado ficasse.

Como a realidade mostrou e ainda não se cansou de demonstrar, o Brasil não é tão arcaico, desorganizado, institucionalmente desqualificado nem tão apinhado de vendidos como supunha o PT ao assumir a Presidência da República.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

POLITICA - POR ANTONIO MORAIS

Ultimamente a política se tornou a arte da desonra. A degradação toma conta de todos e de tudo. Não é levada a serio. A futrica, o fuxico, estão sempre presente, talvez se não, os maiores predadores dos bons costumes, da ética e da honra das pessoas. Talvez isso ocorra porque os políticos não se respeitam, fazem do povo otário e pensam que a opinião publica é balela. 
As pessoas de bem não se atrevem mais a fazer parte da politica com medo de se igualarem na podridão do lameiro da pocilga que hoje representa Brasília. A imprensa não tem saída, se denuncia é considerada chantagista pelo político, fala porque não dou dinheiro, dizem. Se não o faz é considerada pelo povo de omissa ou de receber dinheiro para calar. E assim os aventureiros vão tomando conta do poder. Não tem nada a perder, insistem uma, duas, dez vezes e, se um dia der certo, sorte sua. O Clodovil, homem digno e honrado se elegeu e levou mais dois deputados com sua votação. A ganância do terceiro suplente para tomar a sua vaga levou-o ao Tribunal Superior Eleitoral causando aborrecimentos que não sabemos que influencia tiveram em sua morte. O Gilberto Gil, grande cantor, compositor, artista de renome internacional, aceitou ser ministro do atual governo. Não foi esse balaio todo, mas entrou e saiu do governo com dignidade, embora alguns jornais divulguem ter gasto quatro milhões de reais numa reforma do gabinete. Muito gabinete pra pouco incremento na cultura. Prefiro o Gilberto tocando e cantando. Veja se não tenho razão:

MENSAGEM ENVIADA POR AMIGOS DE DEUS.

Muitos anos atrás, no Sul dos Estados Unidos, uma senhora nascida na cidade e sua prima do campo viajavam numa charrete no meio de densa floresta, quando anoiteceu. Não havia luar; só algumas estrelas. Em pouco tempo, ficou impossível enxergar a estrada. A moradora da cidade ficou um pouco assustada pensando que estavam perdidas, mas sua prima do interior não parecia nem um pouco preocupada. Ela parou o cavalo, pisou no chão, caminhou um pouquinho ali por perto e voltou, dizendo que havia encontrado a estrada.
De volta à charrete, continuaram a jornada. Enquanto prosseguiam, a moradora da cidade observou, pela fraca luz das estrelas, que sua companheira, em vez de olhar para o chão, olhava para cima. Por que você está olhando para cima, sendo que a estrada está aqui embaixo? Porque só assim posso saber para onde vai o caminho - explicou a prima. - As árvores foram cortadas para dar lugar à estrada. Numa noite como esta, é impossível ver o caminho, mas olhando para cima eu posso saber para onde vamos ao enxergar o céu pela clareira das árvores.
Assim acontece também na estrada da vida. Enquanto prosseguimos, há ocasiões em que as provas e perplexidades nos cercam, tornando a escuridão tão densa e impenetrável como a de uma floresta em noite sem luar. É nessas ocasiões que muitos se perdem, mas isso não precisa acontecer! Quando ao nosso redor tudo é sombrio e ameaçador, não nos esqueçamos de que lá em cima existe luz.
Consolemo-nos com o fato de que para Deus "as trevas e a luz são a mesma coisa". Salmos 139.12. Ele vê quando nós não conseguimos enxergar nada. Mesmo quando brilha o sol e tudo parece claro e iluminado, é sempre sensato olhar para o Céu, de onde Deus governa, pois nenhuma estrada é segura se não for Ele o nosso guia. Você Está Seguro nas Mãos de Deus

BOA RESPOSTA - ENVIADO POR ONELMA VIANA BEZERRA


Um mecânico está desmontando o cabeçote de uma moto, quando ele vê na oficina um cirurgião cardiologista muito conhecido. Ele está olhando o mecânico trabalhar. Então o mecânico para e pergunta: Ei, doutor, posso lhe fazer uma pergunta?
O cirurgião, um tanto surpreso, concorda e vai até a moto na qual o mecânico está trabalhando. O mecânico se levanta e começa: Doutor, olhe este motor. Eu abro seu coração, tiro válvulas, conserto-as, ponho-as de volta e fecho novamente, e, quando eu termino, ele volta a trabalhar como se fosse novo. Como é então, que eu ganho tão pouco e o senhor tanto, quando nosso trabalho é praticamente o mesmo?
Então o cirurgião dá um sorriso, se inclina e fala bem baixinho para o mecânico:
Você já tentou fazer como eu faço, com  o motor funcionando?

Moral da história:

QUANDO A GENTE PENSA QUE SABE TODAS AS RESPOSTAS, VEM A VIDA E MUDA TODAS AS PERGUNTAS?

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Resgate - Para os poetas do Blog.

Esta postagem é um pouco longa, é um resgate, um achado, por esta razão a dedico aos poetas do Blog. Nas décadas de 30, 40 e 50 José de Morais Feitosa, filho de João Alves Bezerra e Conceição de Morais Feitosa, quando chegava a época do inverno se deslocava do Arneiroz para Várzea-Alegre com o objetivo de plantar uma lavoura de arroz. Fixava residencia no Sanharol, na casa de sua irmã Andrezinha, minha avó materna. 50 anos mais tarde, já residindo em Curitiba, Zezinho fez uma carta ao meu pai, José Raimundo de Morais, solicitando que fizesse um contacto com Raimundo Alves de Morais, Candeiro, para que este fizesse um verso falando daqueles velhos e felizes tempos vividos por eles. O Poeta atendeu e o meu pai memorizou os versos, cantou para Pedro Piau que os dactilografou em sua maquina de escrever e eu tenho em meus arquivos esta relíquia memoravel:

Não há quem possa negar
Como já foi o Machado
Com o povo interessado
Trabalhando sem parar
Gente de todo lugar
Tinha até do Arneiroz
A luta era feroz
Muitas vezes enlameado
Limpando arroz no Machado
E vivendo aqui mais nós.

Quando pegava a chover
Nós todos íamos plantar
Depois íamos pastorar
Prus passarinhos não comer
Depois do arroz nascer
Nós começávamos a limpar
E a lama sem secar
Só se ouvia nego dizendo
O meu mato está comendo
Acho que vou aceirar.

Quando clareava do dia
Agente se levantava
A merenda que pegava
Era a enxada e saia
E por lá passava o dia
Trabalhando sem parar
E pra poder acabar
Precisava ir tantas vezes
Com mais ou menos dois meses
Terminava de limpar

Quando o arroz segurava
Só se ouvia o assunto
Gente fazendo adjunto
Juntando quando botava
E o povo se juntava
Era gente pra valer
Fazia gosto se ver
Um bando de cabra macho
Cortando cacho por cacho
Cantando sindô lelê

E agora está mudado
Ninguém quer se juntar mais
Tá indo tudo pra traz
Já nem parece o Machado
O Povo é desanimado
Não joga maneiro pau
E por isso o pessoal
Não conta com arroz doce
Tudo isso acabou-se
Mode o demónio do gurau

Veja o tamanho da sujeira
Que tudo esculhambou
Eu não sei quem inventou
De cortar com roçadeira
Chega abarcando a touceira
Vai levando por igual
Depois outro pessoal
Pegando tudo que vê
Vai levando pra bater
No Satanás do girau.

Só pode ter sido um caé
Ou mesmo uma brocharia
E com essa putaria
Não tem quem queira um quicé
pode ser homem ou mulher
É todo o povo em geral
Que apoia esse bicho mal
Que fez toda maldição
Foi o maldito do cão
O criador do girau

Nada se pode fazer
Jeito ningeum tem pra dar
Precisa se acostumar
Com o que aparecer
Não tanto que nem você
Que foi lá pra capital
Hoje é um jovem legal
Que nem liga o Ceara
Tire um tempinho e venha cá
Pra eu lhe mostrar o girau

Meu caro amigo Zezinho
Colega mui verdadeiro
Quem informa é o Candeiro
O Poeta do Brejinho
A coisa aqui está assim
Não está bom pra viver
Só se planta pra perder
Dá só pra gente escapar
Contudo no Ceará
Só está faltando Você


BOA RESPOSTA - ENVIADO POR ONELMA VIANA BEZERRA


O sujeito vai ao psiquiatra. Doutor - diz ele - estou com um problema: Toda vez que estou na cama, acho que tem alguém em baixo. Aí eu vou em baixo da cama e acho que tem alguém em cima. Pra baixo, pra cima, pra baixo, pra cima. Estou ficando maluco! Deixe-me tratar de você durante dois anos, diz o psiquiatra. Venha três vezes por semana, e eu curo este problema. E quanto o senhor cobra? - pergunta o paciente. R$ 120,00 por sessão - responde o psiquiatra. Bem, eu vou pensar - conclui o sujeito.
Passados seis meses, eles se encontram na rua. Por que você não me procurou mais? - Pergunta o psiquiatra. A 120 paus a consulta, três vezes por semana, durante dois anos, ia ficar caro demais, ai um sujeito num bar me curou por 10 reais.
Ah é? Como? Pergunta o psiquiatra.
O sujeito responde:
Por R$ 10 ,00 ele cortou os pés da cama...

Moral da história:

MUITAS VEZES O PROBLEMA É SÉRIO, MAS A SOLUÇÃO PODE SER MUITO SIMPLES! HÁ UMA GRANDE DIFERENÇA ENTRE FOCO NO PROBLEMA E FOCO NA SOLUÇÃO. 



A QUARTA CÓPIA - POR RICARDO NOBLAT


Dá-se a prudência como característica marcante dos mineiros. Teria a ver, segundo os estudiosos, com a paisagem das cidadezinhas de horizonte limitado, os depósitos de ouro e de pedras preciosas explorados no passado até se esgotarem, e a cultura do segredo e da desconfiança daí decorrente.

Não foi a imprudência que afundou a vida de Marcos Valério. Foi Roberto Jefferson mesmo ao detonar o mensalão. Uma vez convencido de que o futuro escapara definivamente ao seu controle, Valério cuidou de evitar que ele se tornasse trágico. Pensou no risco de ser morto. Não foi morto outro arrecadador de recursos para o PT, o ex-prefeito Celso Daniel, de Santo André? Pensou na situação de desamparo em que ficariam a mulher e dois filhos caso fosse obrigado a passar uma larga temporada na cadeia. E aí teve uma ideia.
Ainda no segundo semestre de 2005, quando Lula até então insistia com a lorota de que mensalão era Caixa 2, Valério contratou um experiente profissional de televisão para gravar um vídeo. Poderia, ele mesmo, ter produzido um vídeo caseiro. De princípio, o que importava era o conteúdo. Mas não quis nada amador.

Os publicitários de primeira linha detestam improvisar. Valério pagou caro pelo vídeo do qual fez quatro cópias, e apenas quatro. Guardou três em cofres de bancos. A quarta mandou para uma das estrelas do esquema do mensalão, réu do processo agora julgado pelo Supremo Tribunal Federal. Renilda, a mulher dele, sabe o que fazer com as três cópias. Se Valério for encontrado morto em circunstâncias suspeitas ou se ele desaparecer sem dar notícias durante 24 horas, Renilda sacará dos bancos as três cópias do vídeo e as remeterá aos jornais O Estado de São Paulo, Folha de S. Paulo e O Globo. (Sorry, VEJA!)

O que Valério conta no vídeo seria capaz de derrubar o governo Lula se ele ainda existisse, atesta um amigo íntimo do dono da quarta cópia. Na ausência de governo a ser deposto, o vídeo destruiria reputações aclamadas e jogaria uma tonelada de lama na imagem da Era Lula. Lama que petrifica rapidinho. A fina astúcia de Valério está no fato de ele ter encaminhado uma cópia do vídeo para quem mais se interessaria por seu conteúdo. Assim ficou provado que não blefava. Daí para frente, sempre que precisou de ajuda ou consolo, foi socorrido por um emissário do PT. Na edição mais recente da VEJA, Valério identifica o emissário: Paulo Okamotto. Uma espécie de tesoureiro informal da família Lula da Silva, Okamotto é ligado ao ex-presidente há mais de 30 anos.

No fim de 2005, um senador do PT foi recebido por Lula em seu gabinete no Palácio do Planalto. Estivera com Valério antes. E Valério, endividado, queria dinheiro. Ameaçava espalhar o que sabia. Lula observou em silêncio a paisagem recortada por uma das paredes envidraçadas do seu gabinete. Depois perguntou: "Você falou sobre isso com Okamotto?" O senador respondeu que não. E Lula mais não disse e nem lhe foi perguntado. Acionado, Okamotto cumpriu com o seu dever. Pulou-se outra fogueira. Foram muitas as fogueiras. Uma delas foi particularmente dramática. Preso duas vezes, Valério sofreu certo tipo de violência física que o fez confidenciar a amigos que nunca, nunca mais voltará à prisão. Prefere a morte. Valério acreditou que o prestígio de Lula seria suficiente para postergar ao máximo o julgamento do processo do mensalão, garantindo com isso a prescrição de alguns crimes denunciados pela Procuradoria Geral da República.
Uma eventual condenação dele seria mais do que plausível. Mas cadeia? E por muito tempo? Impensável!
Pois bem: o impensável está se materializando. E Valério está no limiar do desespero.

E AGORA? - POR ANTONIO MORAIS



Hoje, o ministro relator Joaquim Barbosa abrirá os trabalhos pelos políticos que receberam dinheiro do esquema: Pedro Corrêa e Pedro Henry, do PP; Valdemar Costa Neto, do extinto PL, atual PR; Roberto Jefferson e Romeu Queiroz, do PTB; e José Borba, do PMDB.
O ex-ministro José Dirceu, apontado como chefe da quadrilha pelo procurador-geral, o ex-presidente do PT José Genoíno e o ex-tesoureiro Delúbio Soares fecham a fila. 
Se condenada for, Lula ainda tentará fazer crer que essa trinca jamais pertenceu à sua panela. Duvidam?

domingo, 16 de setembro de 2012

Ministros do Supremo podem transformar-se em referências morais - Blog de Ricardo Setti


Amigas e amigos do blog, talvez alguns de vocês ainda não saibam, mas ministros do Supremo Tribunal Federal — que como regra geral levam vidas discretíssimas, e dos quais a esmagadora maioria da população ignora até os nomes – vêm sendo reconhecidos e aplaudidos em restaurantes, shopping centers e parques públicos em Brasília.
A começar, pelo que se poderia prever, pelo severo relator do caso, ministro Joaquim Barbosa. O vento purificador que, até agora, vem soprando desde o Supremo Tribunal Federal no trato implacável que a maioria de seus ministros tem conferido ao processo do mensalão faz sentir seus efeitos. Repito, para alguns leitores apressados: A MAIORIA de seus ministros. Não todos.
Não sei como terminará o julgamento. Ainda falta muita coisa — muitas acusações a serem comprovadas, muitos réus a serem escrutinados, muitas horas de trabalho dos ministros. Mas, sem querer parecer otimista, ouso dizer que uma condenação rigorosa de altos figurões da República, como se esboça, possa ser um divisor de águas num país que há décadas vem melhorando em quase todos os setores, em quase todos os indicadores sociais e econômicos — mas que ainda chafurda na miséria moral da impunidade dos poderosos, no escárnio dos que roubam o dinheiro público, na empáfia de quem frauda e assalta o alheio sorrindo, de gente capaz de falsificar remédio para câncer a fim de ganhar dinheiro sabendo que não vai para a cadeia, ou de matar pelas costas uma ex-namorada, ser réu confesso e ainda assim, com advogadões, conseguir permanecer dez anos em liberdade após ser condenado antes de, finalmente, ser encerrado numa cela.




sábado, 15 de setembro de 2012

Braveza - Por Dr. José Flavio Vieira.


O Coronel Gumercindo Braveza era um matozense da gema. Nascera por ali, há mais de 70 anos e defendia sua terra, se preciso fosse, de trabuco na mão. Também pudera! O velho Gumercindo carregava no peito a honra de fazer-se a quarta geração dos bravezas – fundadores da pequena vila. Parte do sitio onde o Coronel vivia – São Vicente de Matozinho - dera origem ao povoado, ainda nos meados do século XIX. Ali tomara posse de umas terras devolutas o primeiro Braveza que ainda ostentava o fraque e o bigodão, em um retrato na sala de visitas do casarão da fazenda. As terras do Coronel já não tinham a fertilidade de outrora. Aos canaviais antigos substituiu o capinzal, e o eito e a bagaceira agora estavam representados pelo gado que preenchia toda a paisagem da fazenda e rumina dentro do velho engenho, hoje de fogo morto. O Coronel, no entanto, mantinha o orgulho, a vaidade, e a empáfia de outrora. Longilínea como vareta de soca-soca vestia-se de palito de linho branco, chapéu Pinto Vilela e cromo alemão. Educado, profundamente cerimonioso, Gumercindo falava pausadamente, com um silencio quase teatral, entre uma frase e outra. Sua palavra, em geral, devia aceitar-se como definitiva, ele não engolia discordância: sabia ser ríspido e bravo quando necessário. Neguinho que fizesse munganga ou querequequé nas barbas do Coronel podia se preparar para mão de pilão no toutiço ou tiro de sal no mucumbu. O homem não tinha muito senso de humor: era sim-sim, não-não. Por outro lado, o velho não se apresentava muito festeiro não. Em tempos remotos, no verdor dos anos, gostara de um arrasta-pé e até fundara o primeiro bordel da cidade, na chamada Rua do Caneco Amassado. Uma necessidade, explicava, para conseguir manter os homens no final de semana em Matozinho. Senão escapavam todos, sorrateiramente, para as cidades vizinhas. As cãs, no entanto, lhe impingiram também, um pouco a contra gosto, as insalubridades da virtude. Agora, comparecia a Vila, apenas aos sábados, no dia da feira, para rever os amigos, resolver algumas pendências e comprar alguns piqualhos para o São Vicente. Permanecia na sua casa da Rua Cerbelon Braveza, até a missa do domingo, quando, à tardinha, retornava para a labuta do sitio. Dizia-se que o escritório do Coronel, na vila, estava montado no café de Dona Ridinaura. Ali, em geral, tomava o caldo de mocotó pela manha, almoçava um porco na rola e, muitas vezes, jantava um prato mais leve como mungunzá ou buchada. Aproveitava, também, para atualizar-se com as ultimas fofocas de Matozinho. Dona Rirri, como carinhosamente a chamavam, mantinha uma espécie de SNI naquelas brenhas. Ela especulava tudo, mantinha um exercito de fofoqueiros amestrados, descobria mofados, inventava verdadeiros dossiês contra desafetos e disseminava as noticias com uma velocidade invejável. O slogan da casa era: Quem com quem dona Rirri? Gumercindo, no entanto, mantinha-se impassível, não perguntava nada, ouvia tudo com a cara de quem não estava gostando, mal disfarçando a curiosidade. Brigava, freqüentemente, com Rirri, por outra razão, a velha tinha fama de careira e gostava de explorar: o preço dependia da cara de leso de cada cliente. Pois bem, um belo dia o velho Gumercindo caiu doente. Fumante de um escora carroça, desde os quinze anos, com dimensões de charuto cubano, começou a mostrar-se rouco, piorando do pigarro habitual. Enrabou as meizinhas do boticário Janjão, sem demora. A pedido de um filho botou-se para capital, e lá se constatou tratar-se de um câncer na laringe. Semana depois, Dona Rirri deu a noticia no café: Gumercindo sofrera uma operação muito grande para tirar um quisto canceroso da goela e agora estava quase sem falar.
Alguns meses depois, correu a nova na vila: Coronel Gumercindo voltara. Alguns amigos mais chegados foram visitá-lo, evitando, no entanto, falar na doença e entrar em detalhes sobre aquela voz metálica e aquele lenço branco no pescoço, que, ao que se dizia, cobria um buraquinho por onde, agora, o Coronel respirava. O velho estava um pouco abatido, mais brabo do que sempre e o povo evitava perguntar qualquer detalhe: menos por consideração e mais por medo da resposta.
No sábado, Gumercindo, por fim, rompendo as resistências, voltou ao escritório: o café da dona Rirri. Foi recebido com festa: a velha olhava para ele com uma curiosidade nunca vista. Aparentemente medindo o tempo de sobrevida que o Coronel teria depois daquela operação. Rirri estava num pé e noutro para perguntar detalhes, esforçando-se para entender aquela voz de Pato Donald que saia do pescoço do Coronel. Mas cadê coragem? Se o homem já era mais grosso do que apito de navio quando estava bom, imagine agora acossado por uma doença deste tamanho! Rirri serviu o porco na rola do Coronel e ficou rodeando o homem como um mestre salas, esperando uma deixa, um mote, para entrar em detalhes sobre o quisto canceroso. O Velho manteve na maior cara de pau, o tempo todo serio que só boi mijando. Dona Rirri debulhou o mundo de fofocas acumuladas durante sua ausência, mas Gumercindo ouviu tudo calado, sem dar muita bola. No fundo, sabia que qualquer comentário abriria margem para perguntas pessoais que alimentariam os comentários do café, nas próximas semanas. Terminado o almoço, rápido pediu a conta e se escandalizou com o preço da dolorosa. Forçou a voz carvenosa que parecia sair de dentro de um barril e sapecou: Vinte e cinco reais! Tá ficando doida Rirri, que exploração é esta? Duas vezes mais caro do que na capital. Isso é um roubo, um assalto, um comunismo! Ridinaura, finalmente, teve o mote que esperava: Mas Coronel, tudo tá na maior carestia. Tudo subiu! A carne subiu! O arroz subiu! O sal subiu! O feijão subiu! A farinha subiu! O café subiu! Por falar nisso, o que é este buraquinho que o senhor tem aí no gogó? O Coronel disparou o trabuco:
É o cu, Dona Rirri! O cu! Tudo num subiu? Pois o cu subiu também e agora ta aqui no pescoço!

Dr. Jose Flavio.

LEMBRAM-SE?


O fato foi lembrado na coluna do Merval Pereira, em O Globo. A foto é de Maio de 2000, durante a votação do novo Salário Mínimo.
Naquela época, o aumento dado por Fernando Henrique Cardoso foi de 19,2%.
Eles acharam pouco. Fizeram troça... Hoje Dilma está oferecendo 6,9%.
Eles acham muito...
Os personagens dispensam apresentações. Lembram-se deles, né ? Eles chegaram lá!..Eles ainda estão lá!...
O povo bobo mordeu a isca do lobo.
A melhor frase ouvida nos últimos tempos foi de Joelmir Betting:

"O PT é, de fato, um partido interessante.
Começou com presos políticos e vai terminar com políticos presos."

Cinema em Varzea-Alegre.


Na década de 1960, o empresário Valdefrance Correia possuía um cinema em Várzea-Alegre. Quem não lembra? Para atrair os amantes da “sétima arte” o publicitário mudava o titulo do filme para melhor compreensão, entendimento e chamamento dos caboclos do Sanharol, Vazante, Roçado Dentro, Coité etc. O Cinema ficava localizado na Rua Major Joaquim Alves, bem no centro da cidade, e, nas imediações era espalhado pelas calçadas cartazes com a publicidade do filme a ser exibido naquela data. Podia-se ler a troca de títulos:
Uma Linda Mulher – Por: Uma quenga aprumada!
O Poderoso Chefão – Por: O Coroné Arretado!
O Exorcista – Por: Arreda, Capeta!
Os Sete Samurais – Por: Os jagunços dos Zóio Rasgados.
Godzila – Por: O Calangão!
Perfume de Mulher – Por: O Cherin da Cabocla!
Tora, Tora, Tora – Por: Oxente, Oxente, Oxente!
Mamãe faz cem anos – Por: Mamãe num morre mais.
Guerra nas Estrelas – Por: Arranca-rabo no céu.
O dólar Furado – Por: Uma moeda com buraco de bala.
Noviça Rebelde – Por: A Beata Encrenqueira.
O Corcunda de Notre Dame – Por: O monstro da Igreja Grande.
O fim dos dias – Por: Nois Tamo Lascado.
Um cidadão acima de qualquer suspeita – Por: Um caba pai dégua de quem não se desconfia (Sarney já estava em ação).
Os filhos do Silencio – Por: Os meninos do mudo.
A pantera cor de rosa – Por: A onça veada!
E assim, o cinema terminava lotado, graças à criatividade do empreendedor e a curiosidade dos assistentes.



quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Povo cordato - Por Antonio Morais


Por característica, Várzea-Alegre e seu povo sempre foram muito calmos e cordatos. Raimundo Alves Bitu, o conhecido Doca Bitu do sitio Serrote, tinha uma casa no centro da cidade que era alugada ao delegado de policia. Quando um ia embora o futuro delegado já ocupava a casa.
Em 1967, um verão lascado, Zé Bastião resolveu comprar a água da Lagoa do Serrote para aguar os arrozais do Vale do Machado. A lagoa pertencia a vários proprietários, e, a parte baixa da parede, portanto o local melhor de esvazia-la pertencia a Doca Bitu.
Zé Bastião negociou o preço da água com todos os outros proprietários, mas o Doca exigiu um preço mais elevado, Zé Bastião, então, desistiu do negocio. João Gomes, um dos proprietários, deu a idéia de cavar uma levada pela sua parte de terra e assim fizeram.
Quando Doca viu a lagoa secando, foi tomar satisfação com João Gomes. Depois de muitos desaforos Doca apanha a soca soca e disparo um tiro na direção do João Gomes. João Gomes foi dar parte ao delegado Jose Pereira que era inquilino do Doca.
Vixe Deus, e agora o quer que eu faço. Com as mãos na cabeça Jose Pereira subiu de madrugada para orientar Doca em seu depoimento: Boa noite seu Doca, como vai o senhor? Eu vi aqui porque o João Gomes fez uma denuncia que o senhor atirou nele, mas eu acho que o senhor apenas quis fazer um medo, num é verdade? Arrepare se o senhor é homem pra essas coisas?
Olhe bem, seu delegado Jose Pereira, a sorte de João Gomes foi Rita ter batido na espingarda: eu botei foi pra pegar mesmo inriba do coração.

Cochichando - Por Antonio Morais


Na década de 1960, um parente meu, metido a fiota e gabola, queria porque queria, arranjar uma sócia para esposa. Não vou revelar o nome para não melindrar a minha parenta Eponina, esposa do galhorda.

Fazer banga-lafomenga fora do casamento, hoje em dia, não é recomendável nem fica bem, imagine naqueles tempos moralistas.

Mas não tinha jeito pru homem. A coisa chegou a tal ponto que começou a faltar até os mantementos essenciais na despensa. O causo foi parar na promotoria pública, que por sua vez, enviou ao juiz para uma audiência de conciliação.

Quando o juiz reuniu as partes, fez aquele sermão: O senhor não deve desprezar uma família formada há tanto tempo! O senhor deve pensar em sua esposa, em seus filhos e netos. Mas que nada, o camarada estava decidido. Olhou para o Juiz e lascou: Eu não devo satisfação a ninguém, da minha vida cuido eu. O que tenho é fruto do meu trabalho. Não herdei nada do pai dela nem de ninguém. Faço da minha vida o que der na venta.

O Juiz ainda calmo disse: As coisas não são bem assim como o senhor pensa não, e, fale baixo. O caboclo retrucou: Eu não sei falar baixo não! O Juiz chamou um cabo e dois soldados e mandou recolher no xadrez – pelo menos, até que aprendesse a falar baixo.

Depois de preso o homem se afrouxou todo, bateu a depressão e meteu o pau a chorar. Mandou um portador chamar o meu pai para ir falar com o Juiz.

Meu pai, homem cordato, paciente, hábil procurou o Juiz e disse: Meretríssimo, o compadre está depressivo, se demorar preso, é capaz de ficar louco. Solte o homem que eu assumo o compromisso de fazer cumprir com o que determinar a justiça relacionado a assistência da família. O Juiz perguntou: Seu José André: - ele já aprendeu a falar baixo? Jose André respondeu no ato: já Doutor, ele já está cochichando.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Eleição - Por Antonio Morais


Nada há mais desagregador, no mundo, do que a atividade política. Em Várzea-Alegre, em épocas de eleições, nem as famílias escapam. A historia a seguir data do ano de 1992, eleição para prefeito. Os candidatos eram colegas de profissão, amigos e sócios do único hospital da cidade, operavam juntos.
Os irmãos Joaquim Bitu, Doca Bitu e Pedrinho Bitu são os personagens da referida historia, eu sei e avalio o risco que corro de ser mal entendido, más espero e confio que o bom humor resista a qualquer outro tipo de avaliação. Inclusive os tres já são falecidos.
Joaquim Bitu era ante político, não tinha preferência por essa ou aquela tendencia, mas era mais amigo de Doca do que do Pedrinho.
Tinha o Joaquim Bitu, uma mania de tratar as pessoas com o titulo de “Dom”, antes de qualquer nome próprio ele acrescentava a honraria: era Dom Bitu, Dom Menezes, Dom Sátiro, Dom Costa, Dom Piau, Dom Mota etc.
Doca Bitu era partidário doente de uma tendência e o Pedrinho seguia a orientação contraria. Nestas condições começou uma pendenga entre os dois irmãos na mercearia do Joaquim Bitu. As avaliações eram contrastantes, Doca Bitu defendia uma tese e o Pedrinho Bitu outra. Nada de consenso.
Depois de muitos vai e vem, idas a riba e abaixo, já esquentados, Pedrinho Bitu disse para o irmão: Você devia era pagar dez arrobas de algodão que o seu genro me deve! Doca não se fez de rogado: Pago, se você me pagar, tres sacos de goma e cinco sacos de café que o seu genro me deve! Foi quando Joaquim Bitu aplaudiu a arenga: Bonito Dom Doca! Bravo Dom Doca!. Valeu Dom Doca!

UMA MENSAGEM ENVIADA POR AMIGOS DE DEUS.

Uma garotinha esperta de apenas seis anos de idade, ouviu seus pais conversando sobre seu irmãozinho mais novo. Tudo que ela sabia era que o menino estava muito doente e que estavam completamente sem dinheiro. Iriam se mudar para um apartamento num subúrbio, no próximo mês, porque seu pai não tinha recursos para pagar as contas do médico e o aluguel do apartamento. 
Somente uma intervenção cirúrgica muito cara poderia salvar o garoto, e não havia ninguém que pudesse emprestar-lhes dinheiro.  A menina ouviu seu pai dizer a sua mãe chorosa, com um sussurro desesperado:  "somente um milagre poderá salva-lo." Ela foi ao seu quarto e puxou o vidro de gelatina de seu esconderijo, no armário.  Despejou todo o dinheiro que tinha no chão e contou-o cuidadosamente, três vezes. O total tinha que estar exato. Não havia margem de erro. Colocou as moedas de volta no vidro com cuidado e fechou a tampa.  Saiu devagarinho pela porta dos fundos e andou cinco quarteirões até chegar à farmácia. 
Esperou pacientemente que o farmacêutico a visse e lhe desse atenção, mas ele estava muito ocupado no momento. Ela, então, esfregou os pés no chão para fazer barulho, e nada! Limpou a garganta com o som mais alto que pôde, mas nem assim foi notada. Por fim, pegou uma moeda e bateu no vidro da porta. Finalmente foi atendida! 
"O que você quer?" perguntou o farmacêutico com  voz aborrecida. "estou conversando com meu irmão que chegou de Chicago e que não vejo há séculos", disse ele sem esperar resposta.  "Bem, eu quero lhe falar sobre meu irmão", respondeu a menina no mesmo tom aborrecido. "Ele está realmente doente... E eu quero comprar um milagre." "Como?", balbuciou o farmacêutico admirado. 
"Ele se chama Andrew e está com alguma coisa muito ruim crescendo dentro de sua cabeça e papai disse que só um milagre poderá salvá-lo e é por isso que eu estou aqui. Então, quanto custa um milagre?"  "Não vendemos milagres aqui, garotinha. Desculpe, mas não posso ajuda-lá", respondeu o farmacêutico, com um tom mais suave. 
"Escute, eu tenho o dinheiro para pagar. Se não for suficiente, conseguirei o resto. Por favor, diga-me quanto custa", insistiu a pequena.  O irmão do farmacêutico era um homem gentil. Deu um passo à frente e perguntou à garota: "que tipo de milagre seu irmão precisa?"  "Não sei", respondeu ela, levantando os olhos para ele. "Só sei que ele está muito mal e mamãe diz que precisa ser operado. Como papai não pode pagar, quero usar meu dinheiro." "Quanto você tem?", perguntou o homem de Chicago. "Um dólar e onze centavos" , respondeu a menina num sussurro.  "É tudo que tenho, mas posso conseguir mais se for preciso.""Puxa que coincidência" sorriu o homem.  "Um dólar e onze centavos!!! Exatamente o preço de um milagre para irmãozinhos."
O homem pegou o dinheiro com uma mão e, dando a outra mão à menina, disse:  "Leve-me até sua casa. Quero ver seu irmão e conhecer seus pais. Quero ver se tenho o tipo de milagre que você precisa." Aquele senhor gentil era um cirurgião, especializado em Neurocirurgia.  A operação foi feita com sucesso e sem custos.  Alguns meses depois Andrew estava em casa novamente, recuperado. A mãe e pai comentavam alegremente sobre a seqüência de acontecimentos ocorridos.  "A cirurgia" , murmurou a mãe, "foi um milagre real. Gostaria de saber quanto custou!" A menina sorriu. Ela sabia exatamente quanto custa um milagre...  Um dólar e onze centavos...  Mais a fé de uma garotinha... 
Não há situação, por pior que seja, que resista ao milagre do amor. Quando o amor entra em ação, tudo vence e tudo acalma. Onde o amor se apresenta, foge a dor, se afasta o sofrimento e o egoísmo bate em retirada. Creia. Deus tem cuidado de ti.  Cristo Vive e esta apaixonado por você.

Rodizio Alimentar e Aquecimento Global - Por Dr Savio Pinheiro.

Desde o dia 03 de março de 2009, ocasião em que ocorreram vários debates entre parlamentares dinamarqueses e deputados brasileiros sobre a temática do aquecimento global, que todo o planeta se mobiliza para a grandiosa Conferência sobre Remissão de Emissão de Gases (COP-15), que ora se realiza na cidade de Copenhague, capital da Dinamarca.

As Comissões da Amazônia, de Agricultura e de Minas e Energia, a Frente Parlamentar Ambientalista, as Universidades, inúmeras Organizações não Governamentais e os nossos irmãos brasileiros que sonham com um futuro melhor e um planeta mais saudável trabalharam incessantemente para oferecerem as suas mais puras opiniões sobre esse tema tão importante para a nossa sobrevivência.

O Brasil, apesar de contribuir bem menos do que os países ricos e industrializados, para a destruição da nossa atmosfera ainda é um dos principais emissores de gases do efeito estufa no mundo, já que o desmatamento e as grandes queimadas, em nosso país, são responsáveis por 75% das emissões de Gás Carbônico, um dos principais poluidores existentes na natureza.

Estava eu trabalhando numa pequena vila do tão quente e seco Nordeste, no início de dezembro - mês do “Meus Deus, que é de Nós” do Patativa do Assaré - quando adentra na minha diminuta sala de trabalho um grupo de alunos e professores conduzidos pelo invocado Listinha, motorista que conduz a nossa equipe pelas micro-áreas daquele pequeno lugarejo.

- Em que posso servi-los? - Falei rapidamente após ser cumprimentado pelo simpático grupo.
- É que precisamos da cooperação e do apoio do senhor para um trabalho que estamos realizando para a prevenção do aquecimento global. - Respondeu-me uma professora.
- Já nos reunimos, pesquisamos, debatemos e não conseguimos sintetizar nem uma proposta satisfatória para um controle mais efetivo do efeito estufa. O que poderemos fazer para contribuirmos, verdadeiramente, com o nosso planeta? - Verbaliza a líder da turma.

Nesse ínterim, uma aluna gordinha e desinibida, que havia almoçado uma pomposa refeição à base de fava - leguminosa não trepadeira que produz vagens grandes, dentro das quais se formam sementes, e que quando ingeridas produz enorme flatulência com distensão abdominal - sem a menor pretensão, deixa escapar um sonoro, pum!

Instintivamente, o grupo todo se entreolha demonstrando espanto, enquanto o metido motorista do Programa Saúde da Família, num improviso ecológico, dispara essa assertiva:

- Tive uma idéia!...

- Nosso povo, há mais de dois meses, vem comendo fava duas vezes por dia. Tia Zefa, outro dia, teve de se amarrar no pé de um pote, com a barriga roncando feito porco novo, prá não voar com tanto gás nos intestinos. E eu vi dizer na televisão, que uma das causas que está provocando o buraco na camada de ozônio é a “peidadeira” dos carneiros da Austrália.

- E daí, Listinha, o que é que isso tem a ver com nós? - Perguntou um aluno metido a sabido.

- É que nós temos de fazer um rodízio de jejum na comelança desse detonador de carretel.
Pois enquanto a fava faz a bufa, essa faz o efeito estufa!

Dr. Jose Savio Pinheiro

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Antão Leandro Bitu - Por Antonio Morais

Foto do Jovem Dr. Antão Leandro Bitu.

No final da década de 1950, nós, meninos do Sanharol, estudávamos com a professora Tiquinha Bitu, filha de seu Menininho Bitu e irmã de Antão Leandro Bitu. Um armazém do lado direito da casa servia-nos de sala de aula.
Depois de concluir o Ginásio em Várzea-Alegre viemos para o Crato, onde no Colégio Estadual fomos colegas de Classe. Neste mesmo período, fizemos inscrição para o concurso do Banco do Brasil, estudávamos em sua residência localizada a Rua Vicente Leite, no bairro Alto da Penha, ainda hoje pertencente aos familiares. Não logramos êxito no concurso.
Depois do colégio o amigo Antão fez vestibular e se formou em agronomia. Estava trabalhando no Paraná , onde foi vitima de um acidente de transito e veio a falecer muito jovem. Espero que os seus primos e conterrâneos tragam depoimentos a respeito deste conterrâneo vencedor para agregar a esta simples e humilde mensagem que faço nesta oportunidade.

Falar de Antão Bitu é falar de saudade, falar do bom amigo, colega humilde, simples e companheiro de longas batalhas.

Antão Leandro é referencia em nossa cidade com o nome em uma Escola de Ensino Fundamental – no Bairro onde nasceu – O Sanharol.

O Grêmio Recreativo Escola de Samba Mocidade Independente do Sanharol originou-se de um bloco de carnaval, chamado “A velha debaixo da cama”, idealizado em 1976, pelo ilustre Antão Leandro Bitu, estudante, morador do bairro Sanharol, da cidade de Várzea Alegre-CE.

Saudades muitas e, eternas saudades