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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

487 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antonio Morais


Existem historias e estorias que não devem ser expostas para não melindrar as pessoas, mas que devem ser mostradas para que  se tenha conhecimento do quanto o ser humano é capaz  na arte de bajular ou puchar o saco. Boa parte  dos varzealegrenses é mestre. É o caso desta  historia  acontecida  com três varzealegrenses há poucas décadas do seculo passado.

O fato é que não se bajula por acaso, o bajulado é aquele  cidadão que se destaca, tem prestigio e puder econômico e  politico. O bajulador é geralmente  aquele que  se submete a ridicularidades diversas para demonstrar agrado.

Assim é que  os três conterrâneos estarão presentes  na historia com a numeração ordinal - Primeiro, Segundo e Terceiro.

Primeiro  - aquele conterrâneo que  teve a oportunidade de  quando jovem sair  para estudar  noutros  centros, se formou em medicina e  o destino se encarregou de  lhe  dar oportunidades de servir a sua terra e sua gente. É um vitorioso de sucesso.

Segundo  -  aquele que apesar de reconhecer méritos e ter gratidão ao primeiro não chega a ponto  de negar a si mesmo para agradar a outrem.

 Terceiro - aquele bajulador inveterado  que não se acanha  de ser e causa  raiva aos  menos bajuladores.

O fato é que o Segundo e o Terceiro, como a grande maioria dos conterrâneos foram para São Paulo.  Encontraram emprego, ganharam dinheiro, mas não esqueciam  a terrinha. Na primeiro oportunidade, faziam viagens a sua terra natal. Matar saudades, rever parentes e amigos.

O Segundo  tomando conhecimento que o Terceiro  estava de viagem marcada procurou saber se  era possível  levar uma encomenda para o Primeiro. Sem antes  deixar de explicar que se tratava de encomenda preciosa e fragil que  precisa de cuidados especiais na condução. O  portador se prontificou  com a promessa de ter o merecido cuidado.

Então foi preparada e entregue a encomenda e o Terceiro que viajou de ônibus, de São Bernardo a Várzea-Alegre levando a caixa bastante pesada no colo. Sem desgrudar um minuto da atenção.

Chegando em Várzea-Alegre, antes mesmo de  rever parentes e amigos, foi até a residencia do destinatario entregar a valiosa encomenda.

O agraciado, que já havia sido avisado pelo remetente abriu a caixa na presença do portador. Para surpresa deste, dentro da caixa estava uma pedra de calçamento de aproximadamente 10 quilos.

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