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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 4 de maio de 2013

VERSOS LÁ DE NÓS - Por Mundim do Vale.

GALOPE  À  BEIRA  MAR.

Mundim do Vale x Sávio Pinheiro.

Mundim:
Eu sou da Ribeira, nascido no mato
Não fui a colégio, não tenho estudo,
Mas para rimar, eu nunca fui mudo
Respeito poeta, conforme seu trato.
Costumo rezar, mas não sou beato
Mas vou a igreja, para comungar,
Não fui bom aluno, na minha escola,
Mas sou campeão, no planger da viola,
CANTANDO GALOPE, NA  BEIRA  DO  MAR.

Sávio:
Nasci no sertão, É nele que eu vivo
Mas fui indicado, para academia,
Deixar meu lugar, é o que menos queria
Pois sei que poeta, é sempre um arquivo.
Defendo o cordel, sem ser possessivo
Pois tenho dever, de olhar outro lado,
Além de poeta, sou médico formado
Que tenho o dever, de curar o doente.
Mas quando aparece, um poeta na frente
EU  CANTO  GALOPE, NO VELHO  MACHADO.

Mundim:
Eu rimo galope, seguro no tema
Não vou à cavalo, mas ando ligeiro,
Eu vou provocar, o Sávio Pinheiro
Mas ele vai ter, que seguir no meu lema.
Saber o romance, da índia Iracema
Que foi escrito, por Zé de Alencar,
Ele tem que rimar, mas sem decorar
Pra ver de nós dois, quem foge da raia.
Eu quero um debate, na beira da praia
CANTANDO  GALOPE, NA  BEIRA  DO  MAR.

Sávio:
Eu canto no Vale, sem ser do Mundim
Pego o meu barco, e desço no rio,
Cantando o sertão, no meu desafio
E mandando chamar, o poeta Joaquim.
Eu só respeitava, o poeta Bidim
Que era daqui, o mais afamado,
Eu nunca fugi, de poeta zangado
Como se acha, O Mundim do Vale.
Eu posso fazer, com que ele se cale
LHE  DANDO  UMA  SURRA, NO  VELHO  MACHADO.

Mundim:
Não quero desculpas, nem dou meu perdão
Porque o meu lema, é a rima segura,
Sou bom no galope, sou bom na cultura
Dr. Sávio tem, que seguir meu rojão.
Sou peixe Piau, mas não sou do pirão
Não sou bom de briga, mas sou de rimar,
O poeta Sávio, vai ter que aceitar, 
Que os versos que faço, é coisa sem fim.
O melhor a fazer, é ouvir o Mundim
CANTANDO  GALOPE, NA  BEIRA  DO  MAR.

Sávio:
Eu sou o melhor, no verso e no canto
Falar em poeta, eu sou o primeiro,
Mundim é poeta, de cantar em terreiro
Ele diz que é bom, mas não chega a tanto.
Na quadra sou bom, no mourão me garanto
Não rimo baláio, e nem pé quebrado,
Mundim em galope, já foi derrotado
Mas vou dar uma chance, porque sou amigo.
Abaixe a cabeça, e aprenda comigo
A  CANTAR  UM GALOPE, NO  VELHO  MACHADO.

Mundim:
Poeta doutor, não seja valente
Porque valentia, não vence a disputa,
Eu tou preparado, não fujo da luta
Mas nossa disputa, é só no repente.
Eu sei que seu verso, não é envolvente
Mas você é teimoso, e pretende ganhar,
Se quer um conselho, vá receitar
Que você vai achar, o seu ideal,
Mas fique sabendo, que eu sou o tal
CANTANDO  GALOPE,  NA  BEIRA  DO  MAR.

Sávio:
Eu canto galope, e curo um irmão
Que esteja doente, em um hospital,
É uma ação, intencional
Que faço com gosto, ganhando ou não.
Se for um carente, não cobro um tostão
Mas se for o Mundim, eu cobro dobrado,
Porque uma vez, foi se consultar fiado
Se não me pagar, vai para o SUS Atender,
Se ele escapar do SUS, eu dou pra ele aprender
UMA  BOA  MÃO  DE  PEIA,  NO  VELHO  MACHADO.

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