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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


segunda-feira, 8 de julho de 2013

A GRANDEZA DO PERDÃO - MUNDIM DO VALE - PARTE 01


O Poeta Mundim do Vale na Praça de Santo Antonio - Várzea-Alegre.

Caro leitor e amigo
Leia o verso com atenção
Para concordar comigo
Na grandeza do perdão
A minha pretensão é,
Mostrar o valor da fé
Neste verso popular.
Que seja como um presente
Pra mostrar a nossa gente
O prazer de perdoar.

Dizia meu tio Raimundo
Quando nos dava lição
Que a salvação do mundo
Se encontrava no perdão
E para fazer ciente
Ele contava pra gente
Uma historia verdadeira
Um fato que aconteceu
Entre o Coronel Romeu
E Luzia Rezadeira.

Num certo tempo passado
Na vila de Dom Quintino
O povo estava assustado
Com doença de menino
Sarampo, vento caído
Diarreia, estalecido,
Catapora e mal olhado.
Trouxeram Dona Luzia
E antes do meio dia
Tinha menino curado.

Enquanto Dona Luzia
Praticava a boa ação
Tinha um homem que dizia
Piada e mal criação
Era o Coronel Romeu
Que se dizia ateu
E estava embriagado
Mas a boa rezadeira
respondia de primeira:
Deus perdoe esse coitado.

O coronel achou pouco
Tamanha barbaridade
Simulou que tava louco
E partiu pra crueldade
Disse em tom de brincadeira
Vou ver se essa macumbeira
Tem o poder que ela diz
Boto o cavalo a galope
E taco esse meu chicote
No lombo dessa infeliz.

Quando o Coronel partiu
Assustando a meninada
O cabresto escapuliu
Bem de frente da calçada
Uma pata dianteira
Foi de encontro a rezadeira
Que ali mesmo morreu
E o Coronel malvado
Dizia: Eu não sou culpado
Meu cavalo endoideceu.

Até amanha com a segunda parte.

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