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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 10 de julho de 2013

A GRANDEZA DO PERDÃO PARTE 03 - POR MUNDIM DO VALE


Aluísio e o poeta Mundim do Vale.

O Coronel na carreira
Foi bater em Mossoró
Quando viu a rezadeira
Quase que voltava só
Mas lembrou-se do doente
Que aguardava impaciente
Um anjo vindo do céu
Quando chegaram na vila
O povo fazia fila
Arremessando o chapéu.

Ela subiu a calçada
Onde uma santa morreu
Ficou mais determinada
Para rezar pra Romeu
Ficou no mesmo lugar
Com um ramo bento a orar
fazendo cruz no doente
Oh minha vó me ajude
A devolver a saúde
A esse irmão inocente

Pra surpresa de Romeu
A ferida foi sarando
onde Luzia morreu
Uma luz foi clareando
O neto se ajoelhou
E com a moça rezou
Um terço de gratidão
Uma nuvem feita véu
Mostrou que a benção do céu
É fé, caridade e perdão.

O coronel trouxe a bolsa
Que guardava economia
E perguntou para a moça
Quanto era que lhe devia
Ela disse: cavalheiro
Se a fé custasse dinheiro
De reza não precisava
Muita gente eu já curei
Mas de ninguém eu cobrei
E nem minha avó cobrava.

Eu nasci em Mossoró
Lugar distante daqui
Mas meu pai e minha avó
Todos dois nasceram aqui
Eu vim aqui com a missão
De ajudar um irmão
Porque de fé, sou herdeira
Eu sou Luzia Anacleta
Fui eu a primeira neta
De Luzia Rezadeira.

Luzia naquele dia
Salvou aquele rapaz
Porque também conduzia
Uma mensagem de paz
Sendo ela a criatura
herdeira do dom da cura
Não se negou pra missão
Mostrou aquele senhor
Que a cura é feita com amor
Sem ódio no coração.


Leia Amanha a ultima parte.

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