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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 19 de julho de 2013

VERSO LÁ DE NÓS - Por Mundim do Vale.

PARA  ACORDAR  O  GIGANTE

Meu nome é Mundim do Vale
Morador desse sertão,
Se alguém quiser que me cale
Não me conte nada não.
Eu assisti no jornal
Que soltaram o Nicolau
Por ser do judiciário.
Logo aquele dito cujo
Que tava muito mais sujo
Do que cordão de rosário.

Até no espírito Santo
O espírito mal baixou,
Lá o cambalacho é tanto
Que o santo não perdoou.
Eu acho muito esquesito
Mas será se é o Benedito
Ou o governo do estado?
Enquanto alguns enchem o saco
O pobre anda mais fraco
Do que jantar de guisado.

Depois que a promotoria
Resolveu ficar de olho,
Tem político hoje em dia
Que está com a barba de molho.
Tem uns que largam o poder
Vão brincar de esconder
Ninguém sabe o paradeiro.
F.H.C. Perturbado
Fica mais aprerreado
Que barata em galinheiro.

A energia já era
Por falta de eficiência,
A única coisa que gera
É desemprego e falência.
O pais semi-apagado
Porque vive ameaçado
Com medo de apagão.
E o povo sem socorro
Perdido igual a cachorro
Que acompanha procissão.

No senado não demora
Um presidente também,
O Jáder já foi embora
Criar rã lá em Belém.
Não sei o que está havendo
Mas pra mim, tá parecendo
Com coisa de cambalacho.
O senado tá sem tino
Trocando mais que menino
Em areia de riacho.

O Nordestino não sabe
Porque não presta atenção,
Mas quem mexe na CONAB
Está furtando o sertão.
O que o verso quer dizer
Se alguém quiser saber
Digo tim-tim por tim-tim.
Sou um poeta sem estudo
Mas dou notícia de tudo
Do pais tupiniquim.

Mundim do Vale.

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