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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 14 de setembro de 2013

005 - Várzea-Alegre, política antiga - Por Antonio Morais

Lembremos uma velha história contada sobre o folclore do saudoso Coronel Antônio Correia. Diz-se que na Várzea Alegre dele, sem contrastes ainda, Seu Toin, como o chamavam, dava atenção aos eleitores e, à medida que iam pegando o prato pra comer do boi morto na madrugada, com feijão novo e arroz pilado sem parafina, ele entregava o envelope com as chapas, pra prefeito, vereador, deputado estadual e federal e governador, que  naquele tempo era tudo junto. 

O voto era conquistado em conjunto. Da cabeça ao rabo. O eleitor saia dali e, com o buchim cheio, ia direto pra urna depositar o voto com envelope e tudo.

Um dia, numa eleição meio apertada, um cidadão lá cismou de perguntar pra o Coronel Antônio Correia:

Seu Toin, em quem é mesmo que eu vou votar?

E o Coronel em cima da bucha.

Tu é besta caboclo! Tu num sabe que o voto é secreto!

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