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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 31 de janeiro de 2016

Equipe desfalcada - Por Antonio Morais.


Em pé, da esquerda para direita: Pedro, Vitorino, Raimundo de Borginho, Buita, Raimundo Vaca Velha, Tigela. Sentados mesma ordem: Olímpio, João de João Doca, Negrinho de seu Totô, Ronaldo e Vicente Boca de Fogo.


Já temos contado e recontado historias e estorias de futebol em Várzea-Alegre das mais diversas. Esta é simplesmente inusitada.

Várzea-Alegre  era tradicional em ter  grandes equipes até que construíram um bom estadio e depois dele nunca mais formou  um bom time.

Vamos ao que interessa. Na década de 60 do seculo passado, tivemos varias equipes mirins. A mais conhecida era o Alvorada coordenada pelo desportista Azarias Martins.

Na equipe tinha dois irmãos cujo pai não queria saber de filho jogando bola. Pra ele  futebol era coisa de malandro.  Nos jogos, o pai, vez por outra, dava uma olhadinha no estadio pra ver se os filhos estavam jogando. Se tivessem era cipó no lombo a perder de vista.

Com essa ameaça os meninos ficaram espertos, jogavam de olho na plateia para se prevenirem do perigo, da peia.

Numa decisão importante, o juiz notou que um time uma hora tinha 9 jogadores, outra hora voltava a ter os 11. E, curioso com aquela situação quando notou que só estavam  9 jogadores em campo, deu um grande silvo e parou a partida. 

Procurou saber porque apenas 9 jogadores? Foi aí que o capitão  do time lhe disse: Se importe não seu juiz, é que  o pai de dois dos nossos jogadores é muito valente e se os vi jogando a chibata canta. Então, quando ele aparece no campo os filhos se escondem por trás daquela moita de jurema. 

O velho vai já embora e eles retornam.

Um comentário:

  1. Certa feita eu disse para o Francinilson Martins que o varzealegrense era um eterno devedor do trabalho de Azarias Martins. Das alegrias da meninada da época. Nunca se viu tanta gente num campo para ver um jogo de meninos.

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