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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Festa de São Sebastião - Por Antonio Morais


Tradicionalmente, a festa de São Sebastião, da Boa Vista, era uma das maiores e mais esperadas. Religiosidade e social  viviam juntas. Chico de Amadeu tocava  as três noites finais, sempre que encerravam as novenas.

Os leilões eram o ponto alto, especialmente nos anos de eleições. Qualquer prenda apresentada pelo pregoeiro era arrematada por alto valor para alegria do padre.

O deputado Otacílio Correia arrematava e  oferecia. Uma galinha cheia para Luiz de Sátiro,  um pote de chourisso para Joaquim Inácio, até que  o pregoeiro  levantou um mamão gigante, nunca visto igual, 10 quilos. Otacílio arrematou e disse: esse eu vou levar para Rosinha, tenho certeza que ela nunca viu um mamão desse tamanho.

O povo de Várzea-Alegre é o mais bajulador do mundo, quando  a roça  dar o primeiro jerimum o dono tira e, ao invés, de fazer um guisado  para os filhos bota debaixo do braço e sai mostrando ao povo que vai levando para o padre ou para o doutor.

Assim é que diante da declaração do Deputado, Chico Inácio, o encarregado  da  festa disse: Grande não é esse. Grande é um que tem no pé que eu vou levar segunda-feira para Dr. Pedro.

Pra que foi falar isso, Barruada, filho de Joaquim Pretinho,  deixou o ambiente, foi no mamoeiro, tirou o mamão grande, destruiu os menores e foi pra casa. 

Quando Chico Inácio procurou o presente do amigo estava o lugar mais limpo.

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