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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


segunda-feira, 21 de abril de 2014

Tem gente ‘escondendo a verdade’ sobre o Brasil - Eduardo Camapos


Do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, no lançamento nesta segunda-feira (14), no Hotel Nacional, em Brasília, da pré-candidatura dele à Presidência da República pelo PSB e da ex-senadora Marina Silva como sua vice, pela Rede Sustentabilidade:

O novo pacto social, com inclusão social e melhoria das políticas públicas inclusivas, foi estancado em 2010. Naquele ano, o povo brasileiro foi submetido na pré-campanha eleitoral a uma polarização. Era tudo ou nada. Eu presto tudo, você não presta nada. Esse debate fez com que o Brasil vivesse, em 2010, quase que a anulação do debate político.

O Brasil perdeu o rumo estratégico. Dizia que ia para um lado e ia para o outro. Foi perdendo seus fundamentos macroeconômicos, na inclusão social. E a gente viu que esse processo nos conduziu ao cabo de três anos a um diagnóstico que é voz corrente: o Brasil parou, o povo perdeu a fé. E nós não podemos deixar o povo brasileiro desanimar da nossa luta.

Em 2013, nos colocamos solidários quando foi rejeitada a criação da Rede Sustentabilidade. Queríamos que o partido estivesse pronto, não só do ponto de vista formal, mas programático. Não pensamos na conta miúda de que teríamos mais uma alternativa disputando. Pensamos que era possível apresentar novas alternativas à sociedade brasileira.

Ao meu lado, você (Marina) não estará só na campanha, mas estará no governo pelo povo brasileiro. Esse não foi o caminho mais cômodo para trilharmos. Esse é o caminho mais desafiador, o caminho mais duro. Mas esse é o caminho pelo Brasil.

Esse país é muito maior do que todos os partidos que existem nele. Há um novo pacto político no seio da sociedade. É hora de afirmar a política, mas não a política que está nos levando para trás. É hora de afirmar a política que vai nos levar para frente.

O Brasil tem um encontro marcado com os que quiserem investir no país. Não podemos continuar crescendo a 1%.

Precisamos pensar na fronteira do desenvolvimento, da biotecnologia, da nanotecnologia. Em 2013, a indústria de transformação brasileira voltou a ter a mesma expressão no PIB (Produto Interno Bruto) de quando Juscelino Kubitschek chegou à Presidência há 50 anos, 13%.

Precisamos olhar as políticas sociais para ampliá-las e para torná-las mais efetivas. Uma mãe que recebe Bolsa Família precisa receber outros programas de inclusão. É preciso que o SUS funcione e devemos inserir no programa milhões de brasileiros que não têm acesso.

Que os programas cheguem às famílias não como um favor, mas como um direito. Temos que acabar com o terrorismo de que aquele ou outro governo vai acabar com o programa. Precisamos fortalecer a educação e a escola integral.

A Eletrobrás foi sucateada. Não vamos permitir que a Eletrobrás seja desmontada como sistema.

O país não pode ver uma empresa como a Petrobras, que valia R$ 458 bilhões, chegar a valer hoje R$ 185 bilhões. Precisamos levar uma palavra de confiança. Nós vamos fazer a diferença na Petrobras e na área de energia renovável. Vamos discutir novos investimentos.

A nossa disposição é de ouvir a sociedade, falar a verdade ao povo. Tem muita gente escondendo a verdade. Tem muita gente colocando para debaixo do tapete um bocado de problema. Só com a verdade se constrói a boa edificação.

Tem muita gente que acha que conhece tudo, que sabe de tudo. Outro dia anotei uma frase de Luís Fernando Veríssimo. Ele dizia: ‘Quando você pensa que sabe todas as respostas, vem a vida e muda todas as perguntas’. A vida veio e mudou todas as perguntas e tem muita gente sem saber qual é a resposta.

Estamos animados em fazer uma luta sem ódio e sem medo, mas de ouvir o povo brasileiro e de fazer o que o povo brasileiro quer que nós façamos. O povo brasileiro quer que façamos as mudanças. Uma parte fez nas manifestações. Outra parte fará em outubro, nas urnas. Essa é a hora de olhar para o Brasil e para o seu povo. Vamos unir o Brasil e vamos unir para melhor.

Não se pode é deixar passar esta história em branco, quanto mais não seja porque é preciso defender um padrão aceitável de moralidade na condução dos negócios públicos, como estabelece a Constituição.

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