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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quinta-feira, 31 de julho de 2014

O Valor dos Pais.


Um jovem de nível acadêmico excelente, candidatou-se à posição de gerente de uma grande empresa. Passou a primeira entrevista e o diretor fez a última, tomando a última decisão. O diretor descobriu, através do currículo, que as suas realizações acadêmicas eram excelentes em todo o percurso, desde o secundário até à pesquisa da pós-graduação e não havia um ano em que não tivesse pontuado com nota máxima.

O diretor perguntou, "Tiveste alguma bolsa na escola?" O jovem respondeu, "nenhuma". O diretor perguntou, "Foi seu pai quem pagou as suas mensalidades ?" o jovem respondeu, "O meu pai faleceu quando eu tinha apenas um ano, foi a minha mãe quem pagou as minhas mensalidades." O diretor perguntou, "Onde trabalha a sua mãe?" - e o jovem respondeu: "A minha mãe lava roupa." O diretor pediu que o jovem lhe mostrasse as suas mãos. O jovem mostrou um par de mãos macias e perfeitas.

O diretor perguntou, "Alguma vez ajudou sua mãe lavar as roupas?" - o jovem respondeu: "Nunca, a minha mãe sempre quis que eu estudasse e lesse mais livros. Além disso, a minha mãe lava a roupa mais depressa do que eu." O diretor disse, "Eu tenho um pedido. Hoje, quando voltar, vá e limpe as mãos da sua mãe e depois venha ver-me amanhã de manhã."

O jovem sentiu que a hipótese de obter o emprego era alta. Quando chegou em casa, pediu, feliz, à mãe que o deixasse limpar as suas mãos. A mãe achou estranho, estava feliz, mas com um misto de sentimentos e mostrou as suas mãos ao filho.

O jovem limpou lentamente as mãos da mãe. Uma lágrima escorreu-lhe enquanto o fazia. Era a primeira vez que reparava que as mãos da mãe estavam muito enrugadas e havia demasiadas contusões nas suas mãos. Algumas eram tão dolorosas que a mãe se queixava quando limpava com água.

Esta era a primeira vez que o jovem percebia que este par de mãos que lavavam roupa todo o dia tinham-lhe pago as mensalidades. As contusões nas mãos da mãe eram o preço a pagar pela sua graduação, excelência acadêmica e o seu futuro. Após acabar de limpar as mãos da mãe, o jovem silenciosamente lavou as restantes roupas pela sua mãe. Nessa noite, mãe e filho falaram por um longo tempo. Na manhã seguinte, o jovem foi ao gabinete do diretor.

O diretor percebeu as lágrimas nos olhos do jovem e perguntou, "Diz-me, o que fez e que aprendeu ontem em sua casa?" O jovem respondeu, "Eu limpei as mãos da minha mãe e ainda acabei de lavar as roupas que sobraram." O diretor pediu, "Por favor, diz-me o que sente?." O jovem disse "Primeiro, agora sei o que é dar valor. Sem a minha mãe, não haveria um eu com sucesso hoje. Segundo, ao trabalhar e ajudar a minha mãe, só agora percebi a dificuldade e dureza que é ter algo pronto. Em terceiro, agora aprecio a importância e valor de uma relação familiar."

O diretor disse, "Isto é o que eu procuro para um gerente. Eu quero recrutar alguém que saiba apreciar a ajuda dos outros, uma pessoa que conheça o sofrimento dos outros para terem as coisas feitas e uma pessoa que não coloque o dinheiro como o seu único objetivo na vida. Está contratado."

Mais tarde, este jovem trabalhou arduamente e recebeu o respeito dos seus subordinados. Todos os empregados trabalhavam diligentemente e como equipe. O desempenho da empresa melhorou tremendamente.

Uma criança que foi protegida e teve habitualmente tudo o que quis se desenvolverá mentalmente e sempre se colocará em primeiro. Ignorarará os esforços dos seus pais e quando começar a trabalhar, assumirá que todas as pessoas o devem ouvir e quando se tornar gerente, nunca saberá o sofrimento dos seus empregados e sempre culpará os outros. Para este tipo de pessoas, que podem ser boas academicamente, podem ser bem sucedidas por um tempo, mas eventualmente não sentirão a sensação de objetivo atingido. Irão resmungar, estar cheios de ódio e lutar por mais.

Se somos esse tipo de pais, estamos realmente a mostrar amor ou estamos a destruir o nosso filho?

Pode-se deixar seu filho viver numa grande casa, comer boas refeições, aprender piano e ver televisão num grande TV em plasma. Mas quando cortar a grama, por favor, deixe-o experienciar isso. Depois da refeição, deixe-o lavar o seu prato juntamente com os seus irmãos e irmãs. Deixe-o guardar seus brinquedos e arrumar sua própria cama. Isto não é porque não tem dinheiro para contratar uma empregada, mas porque o quer é amar e ensinar como deve de ser. Quer que ele entenda que não interessa o quão ricos os seus pais são, pois um dia ele irá envelhecer, tal como a mãe daquele jovem. A coisa mais importante que os seus filhos devem entender é a apreciar o esforço e experiência da dificuldade e aprendizagem da habilidade de trabalhar com os outros para fazer as coisas.

Quais são as pessoas que ficaram com mãos enrugadas por mim?
O valor de nossos pais ...

quarta-feira, 30 de julho de 2014

O lobo travestido de cordeiro - Por Antonio Morais


No inicio do governo  da presidente Dilma Roussef, numa reunião ministerial, o ministro Leônidas Cristino emitiu uma opinião  qualquer e foi admoestado pela chefe: "Eu pensava que o senhor sabia que estava aqui para ouvir"!

Noutra reunião, desta feita, com os governadores do nordeste, o governador do Ceara Cid Gomes levou um pito da presidente que se retirou do recinto. Retornando, ao local, depois da intervenção do Governador de Pernambuco Eduardo Campos.

Hoje, um blogueiro desocupado qualquer é convidado para audiência e sai dela  com  uma boa promessa salarial para servir  ao sistema.

Não se engane, há metamorfose de lagarto em borboleta, más, prepotência e arrogância jamais se transformarão  em humildade, elegância  e distinção. Estão apenas adormecidas a espera da vingança após a eleição.

Meus Netos - Por Antonio Morais

João Pedro e Aluísio


Já contei muitas proezas dos meus netos. Coisa de avô babão. Mais do João Pedro do que do Aluísio. João Pedro está um rapazinho, já tem oito anos, o Aluísio apenas três. Os dois são muito unidos: querem sempre os mesmos brinquedos, os mesmos colos, as mesmas coisas. Nunca brigam.

O João Pedro é muito amoroso com as pessoas e com os animais. Um dia ele me disse: vovô eu quero os meus bichos todos  muito bem cuidados. De um em um ele tem vaca e boi Bayer, pônei, cavalo normal, cachorro tem bem de três raças, gansos, galinha, a casa é o verdadeiro zoológico.

De todo povo da casa quem acorda primeiro é o Aluísio. Acorda e parte para cozinha atrás de uma coisa pra comer. Quando eu estou por lá sou a segundo a acordar. Outro dia, cheguei na cozinha e o Aluísio reclamava para Ritinha soltar um cachorrinho de João Pedro que estava preso na camarinha. 

O cachorrinho do tamanho de um preá, chorava igual menino. Aluísio pediu: Ritinha solta Neguin! Solto não que ele vai sujar a casa toda. Aluísio pediu mais umas duas vezes. Sem ser atendido ele botou as mãos na cintura e disse: Peraí Ritinha que tu vai ver uma coisa. Partiu na direção do quarto de João Pedro, pegou no dedão do pé e disse: João Pedro Ritinha tá judiando com  teu cachorrinho. 

João Pedro saiu da cama com um olho aberto e o outro fechado, metade dormindo metade acordado, Soltou o cachorro que em minutos mijou os quatro cantos da casa e, Aluísio  com as mãozinhas cruzados na barriga olhando, assim como quem dizia: Ta vendo?

O Estado e o capitalismo - Por Merval Pereira, O Globo

Concordo com a presidente Dilma, que classificou ontem o que está acontecendo no mercado financeiro de “inadmissível” e “lamentável”, mas tenho a visão oposta à dela: o que é inaceitável é um governo, qualquer governo, interferir em uma empresa privada impedindo que ela expresse sua opinião sobre a situação econômica do país. Sobretudo uma instituição financeira, que tem a obrigação de orientar clientes para que invistam seu dinheiro da maneira mais rentável ou segura possível.

Numa democracia capitalista como a nossa, que ainda não é um “capitalismo de Estado” como o chinês — embora muitos dos que estão no governo sonhem com esse dia —, acusar um banco ou uma financeira de “terrorismo eleitoral”, por fazerem uma ligação óbvia entre a reeleição da presidente Dilma e dificuldades na economia, é, isso sim, exercer uma pressão indevida sobre instituições privadas.

Daqui a pouco vão impedir o Banco Central de divulgar a pesquisa Focus, que reúne os grandes bancos na previsão de crescimento da economia, pois a cada dia a média das análises indica sua redução, agora abaixo de 1% este ano.

Outro dia, escrevi uma coluna sobre a influência da economia nos resultados eleitorais, e o incômodo que a alta cúpula petista sentia ao ver análises sobre a correspondência entre os resultados das pesquisas eleitorais e os movimentos da Bolsa de Valores: quando Dilma cai, a Bolsa sobe. 

O eleitor bolado - Por Ruth de Aquino, ÉPOCA

O eleitor brasileiro está bolado. Não sabe mais em quem quer votar. É bem mais fácil encontrar quem diga “tudo menos Dilma” ou “tudo menos Aécio”. Nesta eleição das eleições, o grande campeão antecipado parece ser o voto da rejeição. A maior batalha do eleitor consciente é contra o oportunismo e as ilusões do marketing. Se o Brasil quiser mais tempo para debater os temas incluídos naquelas três letrinhas mágicas, IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), o melhor candidato é o segundo turno.

Até agora, na ressaca da Copa e no recesso sem-vergonha do Congresso, o eleitor só sabe que todos os candidatos prometem mudar. E que a coerência morreu. A presidente petista Dilma Rousseff anuncia que terá comitê evangélico e esquece que um dia defendeu o direito das mulheres ao aborto. Promete subir em todos os palanques. Quer ressuscitar o perfil satírico da Dilma Bolada, criado por um publicitário no Facebook, com o dobro de seguidores do perfil oficial.

terça-feira, 29 de julho de 2014

Mistérios da mente - Por Sandro Vaia.

A palavra esquizofrenia vem do grego e, simplificadamente, significa “dividir a mente em dois”.

Ela define um transtorno da mente que pode ser tratado farmacologicamente ou, dependendo do diagnóstico, por terapias psicanalíticas.

Há alguns tipos de esquizofrenia de natureza política que não estão classificados nos compêndios médicos e que jamais foram estudados - de forma que a cura se torna incerta, ou mesmo impossível, dependendo de sua origem.

Por exemplo: como se explica, clinicamente ou politicamente, todo o peso institucional com que o governo resolveu, no período pré-Copa, tratar os baderneiros que encheram as ruas e incendiaram, destruíram e saquearam bens públicos e privados, aos gritos de “não vai ter Copa”, ao mesmo tempo em que um dos seus ministros mais importantes, Gilberto Carvalho, da Secretaria da presidência, trocava receitas de quindim de côco com eles?

Como se explica que o ministro da Justiça desse mesmo governo tenha dito que “não toleraremos abuso de qualquer natureza, e as pessoas que praticarem ilícitos responderão nos termos da lei penal”, e que quando os termos da lei penal começam a ser aplicados, o presidente do partido desse mesmo governo proteste contra a prisão de quem praticou esses ilícitos?

O partido declarou em nota assinada pelo seu presidente que a prisão dos chamados “ativistas” (um jargão modelo 2.0) é “uma grave violação dos direitos e das liberdades democráticas”.

Esquizofrenia pura.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Couro de Boi - Por A. Morais

O meu avô materno João Alves Bezerra morava na Fazenda Lagoa dos Currais, município de Arneiroz, nos Inhamuns. Era casado com Conceição de Morais Feitosa. Homem experiente, trabalhador, honesto, cordato e sábio. Pai de 13 filhos sendo que os três mais velhos eram homens. Dentre os exemplos deixados encontramos a historia que se segue: Quando Alceu, Zezinho e André atingiram a idade adulta, cada um deles, tratou de seguir os seus caminhos, iniciar os seus negócios.

Então Jose Raimundo Duarte, conhecido por Zé Bilé, primo e cunhado do meu avô, aconselhou a liberar parte de seus bens para os filhos, visto que eram pessoas inteligentes, honestas e precisavam de ajuda naquela fase inicial da vida. O meu avô não concordou e entre as razões para sua tese estava um fato ocorrido nos tempos de menino.
Dizia que quando adolescente pegou três “campinas novos” e os prendeu numa gaiola e, todo dia o campina velho vinha colocar água e comida no bico dos filhos. Quando os filhotes cresceram ele inverteu, fez a troca – soltou os novos e prendeu o velho. Os filhotes foram embora e o velho morreu de sede e fome.
Sabedoria antiga, assim conta a historia do “Couro de Boi” no vídeo a seguir. Zezinho, o filho mais velho, se deslocou para cidade de Rondom, no Paraná, e depois foi levando os irmãos um a um, e hoje em dia, quase a totalidade da família vive por terras paranaenses, levando sua contribuição e trabalho, inclusive com um neto chegando ao alto posto de chefe do executivo do município. A grande sabedoria do meu avô mostra que não se valorizam as facilidades.

Por A.Morais

EPISODIO DA GUERRA DE 26 - POR ANTONIO GONÇALO DE SOUSA.


Os varzealegrenses já ouviram falar muito sobre a Guerra de 26. O conflito  foi ocasionado pelo fato de um prefeito que era da família Diniz  ganhou a eleição, mas não tomou posse porque a outra família que estava no poder, os Correias, resolveu não ceder o cargo ao ganhador do pleito. Foi um acontecimento que, em vez de tráfico, tornou-se até pitoresco. Uma história interessante. Mas houve um outro fato muito relacionado com o referido conflito bélico, que vou comentar adiante.
Antonio Gonçalo Araripe, meu avô, dentre outras características, era considerado um homem forte e de muita força. Em determinadas ocasiões deixava transparecer ser intempestivo e grosseiro, mas por dentro era uma pessoa especial. Morava com a família no Bairro Betânia e, chegando de uma de suas viagens, no dia 14 de novembro de 1926,  após dias de viagem de ida e volta  sua esposa, Maria Aninha, aproximou-se dele para dar a tremenda e triste notícia: 
- Antonio, dizem que os homens vão chegar amanhã cedo. Já estão nos arredores da cidade. Precisamos fazer alguma coisa, vamos sai daqui. 
- Que homens são esses muié, que estória de homens entrando na cidade.
-  E tu não tá sabendo que a guerra vai começar amanhã?
Antonio Gonçalo, que à época ainda iniciava a vida de tropeiro e  trabalhava tangendo animais de outros amigos, tinha que tomar uma decisão urgente de sair da cidade. Não dispunha de nenhum meio de transporte, portanto, aquela mudança repentina teria que ser feita a pé. É isso mesmo. Ele se apressa e, enquanto, planejava  a estratégia de arrumação dos trapos, era preciso também pensar em um lugar seguro e que não fosse muito distante,  afinal, tinha apenas à noite para sair dali com toda a família. Ainda antes da meia noite preparou toda mobília que, afinal, não era lá tão grande, mas, em se tratando de guerra, não havia também expectativa de quando voltariam para casa, sendo assim precisavam levar quase tudo. O casal Já tinha dois filhos: Luiz Gonçalo, com menos de dois anos e Raimundo Gonçalo, que nascera um mês antes do início do conflito armado. Além da mobília e dos meninos, havia um bem   que precisava ser levado também na viagem como sem falta: uma cabra, que forneceria leite para os guris durante a estadia. 
O destino traçado foi à residência do seu sogro João Cesário, no sítio Panelas, localizado a cerca de seis quilômetros da cidade de Várzea Alegre, lá residiam, como  ainda residem até hoje, grande parte dos familiares da esposa Maria Aninha. 
Resolvem ir naquela noite mesmo. Maria Aninha levava uma parte dos trapos e objetos dos meninos na cabeça e o filho mais novo no colo. Já ao marido, com aquele corpanzil e muita força, coube levar mais coisas: Uma grande trouxa com redes, roupas, lençóis, fronhas, alguns mantimentos, pratos etc.  Levou também no colo o filho mais velho e, como não tinha nenhuma mão livre para dominar a cabra, amarrou o cabresto na cintura e saiu puxando. Todo mundo sabe que bode é um animal esperto e andador  quando está livre, mas se alguém põe uma corda ou um cabresto no seu pescoço ele emperra de repente. Foi o que aconteceu com a cabrita. Fez pirraça, berrou e avisou que não queria ir. Porém, como era noite, a lua clara, mas ninguém estava acordado para ver, Antônio Gonçalo, que era acostumado a amansar burros, lutar com cavalos e jumentos, desprezou os apelos da bichinha e não perguntou se aquela cabrinha queria ir ou não, simplesmente caminhou.
Moral da história: Dizem que no dia seguinte amanheceram dois grandes riscos na estrada de Várzea Alegre ao Sítio Panelas. É claro, formado pelos ranhos dos cascos da cabrinha no chão. 
Na música “Os Contrates de Várzea Alegre”  gravada por Luiz Gonzaga e composta por  Zé Clementino,  há um verso que diz que naquele conflito bélico “houve três anos de guerra e não morreu um só cristão”. É possível imaginar que em todo  aquele conflito quem esteve mais perto de morrer foi àquela pobre cabra. Mas acho que ela escapou,  porque meu pai, o Raimundo, que tinha pouco mais de um mês de idade na época da guerra, tomou do seu leite e hoje é conhecido como Mundinho Gonçalo, está vivinho da silva, reside no belo Sítio Sanharol e vai completar 86 anos em outubro próximo. Deus é grande...           


Fortaleza – Ce. 21 de maio de 2012

Antonio GONÇALO de SOUSA

Tudo passa - Por Antonio Morais




Inexoravelmente o tempo passa, se esvai e com ele tudo passa também. Nada é eterno. Mesmo que demore, se acaba por si, um dia eles brigam e o povo vota num e destroe o outro.

Se fosse grata Várzea-Alegre ia de Eunício - Por Antonio Morais


Há poucos dias vi e ouvi uma parenta amiga já com os seus 90 anos falar essa expressiva frase: Sempre votei no mesmo partido, nunca mudei. Em parte ela está certa. Sempre votou pela orientação do mesmo politico, porém o politico já se filiou, votou e mandou ela votar em todos os partidos que no poder estiveram nos últimos 60 anos. Da ARENA do Castelo Branco ao PT de Dilma Roussef.

Há aproximadamente 12 anos, Várzea-Alegre passava por um período saturado na sua administração, contaminada por vícios nocivos, havia a necessidade de mudar. Foi lançado um novo projeto, um novo modelo com novos costumes e diferentes praticas politicas. A gerência coube ao José Helder Máximo. Deu certo. O nascedouro deste projeto  foi difícil, e, coube ao então deputado federal Eunício Oliveira avalizar, endossar e dar sustentação aquele movo rumo.


Várzea-Alegre lucrou, se desenvolveu, cresceu, se fortaleceu e se moralizou no comando do Zé Helder. 

Hoje, quando vejo políticos que defendiam aquele projeto misturados aos de então compondo o mesmo balaio de gatos, o mesmo "angu e farinhada" em defesa de outra candidatura, certo estou da esperteza e oportunismo característico que sempre nortearam alguns lideres locais. 

Em Várzea-Alegre, faltar com reconhecimento a historia e negar apoio ao Eunício Oliveira é cometer a mais deslavada ingratidão. 

Militância diplomática - Por Ruy Fabiano


Diplomacia, como se sabe, não é exatamente campo adequado para exercícios de militância.

O Itamaraty, desde os tempos do Barão do Rio Branco, cultivou o que veio a se chamar de pragmatismo responsável, o que o tornou considerado nos fóruns internacionais.

Sendo o Brasil um país ainda periférico, sem grandeza bélica, sempre evitou entrar em briga de cachorro grande. 

Seu ingresso na Segunda Guerra Mundial foi precedido de amplas negociações com os Estados Unidos, que resultaram na Siderúrgica de Volta Redonda, na Eletrobras e no consequente up grade em sua infraestrutura industrial.

Mesmo assim, só o fez, já na etapa final do conflito, depois de ter navios em sua costa bombardeados pelos nazistas. Cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém. Mas esse era o Itamaraty pré-PT, cujas linhas-mestras sobreviveram aos mais variados governos, incluindo os da ditadura militar.

O PT introduziu na diplomacia brasileira o vírus da militância. O país deixou de lado seus interesses - comerciais, políticos, estratégicos -, perdendo mesmo a noção de sua desimportância relativa, e passou a orientar sua conduta pelo viés ideológico.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

AGU e Lula pressionam TCU - Por Merval Pereira, O Globo


Houve uma articulação do governo, que envolveu o advogado-geral da União (AGU), Luís Adams, e até mesmo o ex-presidente Lula, para tentar engavetar o processo do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.

A decisão do tribunal acabou isentando o Conselho de Administração, presidido na ocasião da compra pela hoje presidente Dilma Rousseff, de culpa pelo prejuízo causado à Petrobras, mas condenou os 11 diretores da estatal brasileira a ressarcirem os cofres públicos em quase US$ 1 bilhão.

O primeiro relato sobre essa manobra governamental, que se assemelha em tudo às pressões que o ex-presidente Lula fez sobre os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o processo do mensalão não fosse a julgamento, foi feito pelo jornalista Reinaldo Azevedo, ontem, em seu blog na “Veja”.

Fui a campo para esmiuçar o caso e descobri que na terça-feira, dia 22, véspera da análise do processo, às 17h, o advogado-geral da União foi ao TCU para uma audiência com o relator, ministro José Jorge (ex-senador do DEM e ex-candidato a vice-presidente da República na chapa tucana em 2006) e pediu para tirá-lo de pauta.

Rose e Lulinha - Augusto Nunes


Aécio não deve limitar-se a mostrar que nada fez de errado. É hora de desafiar Lula a contar o que sabe sobre as pilantragens de Rose e o enriquecimento de Lulinha.

Diante das provocações de Lula, ressalva o comentário de 1 minuto para o site de VEJA, Aécio Neves não deveria limitar-se a deixar claro que nada houve de irregular na construção de um “aeroporto” na cidade mineira de Cláudio. Já que o ex-presidente descobriu que toda denúncia ou suspeita precisa ser investigada, o principal adversário de Dilma Rousseff poderia convidá-lo a revelar o que sabe sobre pelo menos duas histórias muito mal contadas: as aventuras criminosas de Rose Noronha e o enriquecimento rapídissimo do filho Fábio Luiz, o Lulinha.

O que o palanque ambulante tem a dizer sobre as patifarias da amiga especialmente íntima que reduziu a subsede de quadrilha o escritório paulista da Presidência da República? Por que esconde da Polícia Federal, do Ministério Público e do Judiciário informações que apressariam o completo esclarecimento do caso? Por que o Instituto Lula banca as despesas de Rose e os honorários (cobrados em dólares por minuto) da tropa de advogados contratados para defendê-la?

Só o chefe e parceiro de Rose conhece os detalhes desse enredo. E só o pai de Fábio Lulinha pode desvendar mistérios que há tempos intrigam milhões de brasileiros. Se continuasse com o status de filho de metalúrgico, o jovem monitor de zoológico teria virado empresário e pecuarista em menos de cinco anos? Teria conseguido a carteira de sócio do clube dos milionários se não apresentasse na portaria a carteira de identidade premiada?

Um vídeo de 58 segundos não comporta mais que dois exemplos. O timaço de comentaristas está convidado a fazer a lista de vigarices, maracutaias e safadezas que envolvem o chefe supremo da seita que só celebra missas negras. E os candidatos oposicionistas que tratem de transformar o imenso acervo de safadezas em munição para o combate ainda em seu começo.

Dilma avisou que em ano eleitoral costuma fazer o diabo. Lula e seus devotos imaginam que, numa disputa pelo poder, o único pecado imperdoável é perder. Aécio já mostrou que sabe disso. Precisa agora deixar claro que não teme o bando de incapazes capazes de tudo. Só assim conseguirá identificar-se com as multidões decididas a encerrar nas urnas a era da bandidagem.

Elegância não pode ser o outro nome da tibieza. Tolerância não é sinônimo de capitulação. Acaba no chão quem tenta dançar minueto com quem só conhece forró. Não se tira para uma valsa quem só sabe mover-se ao som de quadrilhas. O avanço do primitivismo não será detido com buquês de rosas. É preciso escancarar a nudez do reizinho.

Se Lula continuar fantasiado impunemente de campeão da moral e dos bons costumes, os pedófilos não demorarão a assumir o controle de todos os orfanatos.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

O quarto neto - Por Antonio Morais


Definição de avô.

Por uma criança de 08 anos.


Um avô é um homem que não tem filhos, por isso gosta dos filhos dos outros. Os avôs não têm nada para fazer, a não  ser estarem ali. Quando nos levam a passear, andam devagar e não pisam nas flores bonitas e nem nas lagartas. Nunca dizem: Some daqui!, Vai dormir!, Agora não! Vai pro quarto pensar!

Sabem sempre o que a gente quer saber. E, sabem como ninguém a comida que a gente quer comer. Quando nos contam histórias nunca pulam partes e não se importam de contar a mesma história várias vezes.

Os Avôs são as únicas pessoas grandes que sempre têm tempo para nós. Não são tão fracos como  dizem, apesar de morrerem mais vezes do que nós.

Todas as pessoas  devem fazer o possível para ter um Avô, ainda mais se não tiverem televisão.

Dedicado ao meu neto que está a caminho, filho do casal acima - José André e Ana Florença.


quarta-feira, 23 de julho de 2014

Tenha um grande dia - Enviado Por Rogeanny Santana.


Sonhei que fui pro céu e um anjo estava me mostrando o lugar. Caminhávamos lado a lado por um escritório cheio de anjos. O anjo que me acompanhava parou em frente à primeira seção e me disse: "Essa é a seção dos Recebimentos. Aqui, todos os desejos pedidos a Deus em oração são recebidos."

Olhei ao redor e estava tudo muito movimentado, com muitos anjos selecionando pedidos em volumosas folhas de papel e recados de gente do mundo todo. E aí continuamos a descer por um longo corredor até chegarmos na segunda seção.

Então o anjo me disse: "Essa é a seção de Empacotamento e Entregas. Aqui, as graças e bênçãos pedidas pelas pessoas são processadas e entregues aos vivos que pediram por elas.” Percebi como, novamente, o lugar estava. Havia muitos anjos trabalhando muito naquela seção, pois muitas bênçãos tinham sido pedidas e estavam a ser empacotadas para a entrega na Terra.

Finalmente, ao final mais distante daquele corredor paramos em frente a uma porta de um pequeno lugar. Para minha surpresa, havia somente um anjo sentado, sem fazer nada. "Essa é a seção do Reconhecimento," meu anjo me disse, admitindo isso ao parecer envergonhado. "Como assim não há nenhum trabalho sendo desempenhado aqui?", perguntei. "É mesmo muito triste", o anjo suspirou. "Depois que recebem as bênçãos que pediram, muito poucos retornam os reconhecimentos."

"E como podemos reconhecer as bênçãos de Deus?", perguntei-lhe. "Simples," o anjo respondeu. "É só dizer, 'Obrigado, Senhor.'." "E quais bênçãos deveriam ser reconhecidas?" eu perguntei.

"Se você tem comida em sua geladeira, roupas sobre você, um teto sobre você e uma cama para dormir você é mais rico do que 75% desse mundo. Se você tem dinheiro no banco, na sua carteira, e o troco de uma refeição, está entre os 8% de afortunados do mundo."

"E se você receber isso no seu próprio computador, você faz parte do 1% do mundo que tem essa mesma oportunidade." "Se acordou hoje de manhã com mais saúde do que doença, você é muito mais abençoado dos que os muitos que não conseguirão nem ao menos sobreviver ao dia de hoje."

"Se nunca teve de provar o medo em uma guerra, a solidão da prisão, a agonia da tortura ou pontadas de fome, está acima de 700 milhões de pessoas nesse mundo." "Se podes ir à Igreja sem temer assédio, prisão, tortura ou morte, você é invejado e mais abençoado que três bilhões de pessoas no mundo todo."

"Se teus pais estão vivos e ainda juntos, você é ainda mais raro." "Se podes erguer sua cabeça e sorrir. Você é único dentre aqueles todos em dúvida e desespero." "Está bem. E agora? Como posso começar?" "Se pôde ler essa mensagem, recebeste uma dupla bênção, pois alguém pensava em você como sendo muito especial e és mais abençoado do que mais de dois bilhões de pessoas no mundo que não conseguem ao menos ler."

Tenha um grande dia. Conte todas as suas bênçãos. E se você se importa, repasse a todos para lembrá-los o quão abençoados (e especiais) todos nós somos.

A musica do dia 030 - Por Antonio Morais

Agnaldo Timóteo (Caratinga, 16 de outubro de 1936) é um cantor brasileiro. Iniciou sua carreira cantando em programas de calouro na rádio local e também em Governador Valadares e Belo Horizonte, onde se tornou conhecido como o "Cauby mineiro". Mudou-se para o Rio de Janeiro, passando a trabalhar como motorista da cantora Ângela Maria. Enquanto isso continuava sua carreira e aos poucos tornou-se conhecido nacionalmente pela sua voz. Ficou famoso ao gravar a canção Meu Grito, de Roberto Carlos, na qual explora todo o seu vozeirão. Depois disso vieram vários sucessos românticos, como Ave-Maria, Mamãe e Verdes Campos. 

Gravou mais de 50 discos. Polêmico e sem papas na língua, iniciou uma atuação como político a partir de 1982 no PDT,quando foi o deputado federal mais votado da história do Rio de Janeiro tendo alcançado o expressivo número de 600 mil votos. No meio do mandato brigou com Leonel Brizola e transferiu-se para o PDS. Foi derrotado como candidato a governador do Estado do Rio de Janeiro, em 1986. Foi reeleito deputado federal em 1994. Em 1996 foi eleito vereador na cidade do Rio de Janeiro, não conseguindo se reeleger em 2000. Desde 2005 é vereador na cidade de São Paulo pelo Partido Progressista, mas com o desprestígio da legenda devido principalmente aos escândalos envolvendo seu maior líder Paulo Maluf, foi para o Partido Liberal, atualmente Partido da República. É um dos maiores partidários de Paulo Maluf, mas recentemente defendeu com fervor o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, do qual seu partido é um dos maiores apoiadores. 

Sua paixão pelo time de futebol Botafogo é conhecida nacionalmente.


Etiquetas.

SEXTA DE TEXTOS - Sávio Pinheiro

GUERRA E PAZ NO SERTÃO

Antes da fenomenal investida tecnológica no controle da disfunção erétil o sertanejo se limitava a duas proposições básicas no tocante à sua sexualidade: calar diante do humilhante problema ou fantasiar histórias amorosas de procedência altamente suspeitas.

A mente erétil do homem do campo não parava de compor criações heróicas no restrito campo da sua masculinidade, quando proseava com os seus pares. Amendoim, ovo de codorna, catuaba, abacate, pó de guaraná, rapadura preta e xaropadas diversas compunham o imaginário sexual daqueles seres no auge das suas andropausas. Era mentir ou mentir.

Diferente do sexo oposto, que jamais escondera de suas confidentes os trâmites corriqueiros e verdadeiros de suas trajetórias amorosas. A diminuição do desejo sexual, as ondas de calor, o ardor urinário e a irritabilidade, que se instalavam num determinado período de suas vidas, nunca fora segredo entre elas. O seu comportamento sempre se mostrou honesto e sincero, apesar do olhar de desconfiança masculina, presente nas suas confissões, quando necessárias.

O rurícola, com a sua ereção cerebral sempre acesa, nos áureos tempos da testosterona farta, jamais externava alguma credibilidade às suas companheiras, achando que aquelas conversas não passavam de desculpas amarelas; e utilizando o seu raciocínio machista de superioridade praticou, inúmeras vezes, o desleal ato libidinoso de pulamento de cerca, para suprir as suas necessidades fisiológicas e safadológicas, que quando descobertos... Era brigar ou brigar!

- E aí, compadre? Vai encarar o azulzinho? – Perguntou o médico e inseparável amigo ao seu companheiro de conversa. – Não sei do que você está falando, Dr. Iran. - O confidente doutor relata em detalhes sobre a última descoberta no campo da medicina que está revolucionando o mundo. Uma medicação que aumenta o aporte sanguíneo aos corpos cavernosos do dito cujo, que produz maravilhas.

O Don Juan de outrora reprisa em segundos o longa-metragem de sua vida, cujo enredo o levou a tantas discórdias e brigas ferozes com a sua fiel esposa, e que numa resposta rápida, precisa e consciente deixa atônito o seu grande confidente e dedicado médico.

- Não, Dr. Iran! Mesmo sabendo que a sua intenção é apenas de me ajudar, eu não vou aceitar este medicamento, não! – Mas por que, compadre? Ta virando a casaca? – Juro a você por tudo que é mais sagrado, meu caro doutor: A paz que habita a minha casa só voltou a reinar... Depois que esse João Teimoso murchou!

Há 512 anos celebrava-se a primeira Missa no Brasil -- por Vanderlúcio Souza

(Postado n' O POVO on line)

26 de abril de 2012. Hoje fazem exatos 512 anos em que foi celebrada a primeira Missa no Brasil. Era um domingo, oitava da Páscoa e Frei Henrique de Coimbra que acompanhava os colonizadores ofereceu o Sacrifício de Cristo nestas terras, conhecida então como a Ilha de Santa Cruz. A primeira Missa no Brasil foi no iluminado dia 26 de abril de 1500, domingo da oitava de páscoa, quando os portugueses encontraram um ilhéu seguro – o da Coroa Vermelha – onde poderiam celebrar a primeira Missa no Brasil. Hoje, a ilhota não existe mais. Devido ao movimento das marés o ilhéu da primeira Missa se uniu a terra formando uma ampla e alva praia.

Em uma carta dirigida ao Rei de Portugal, D. Manuel, o venturo, Pero Vaz de Caminha, escrivão mor da esquadra, narra todos os detalhes do episódio que marca o início da História do Brasil. Ao ler estas linhas, observa-se um profundo espírito evangelizador, como Margarida Barradas de Carvalho observa, “o tema da obrigação de levar a palavra de Cristo a seres humanos, vivendo na ignorância, se coloca em toda a sua pureza realmente cristã”.

Após 47 dias de viagem pelo Atlântico, todos os preparativos para Missa estavam terminados. Frei Henrique com os demais clérigos a celebrou em “voz entoada”. Eram oito missionários franciscanos e alguns sacerdotes seculares entre os quais um vigário destinado a Índia. Sob um belo docel, ergueram “um altar mui bem corregido”. O capitão Pedro Álvares Cabral com “a bandeira de Cristo”, convocou todos os seus 1000 subalternos, oficiais e marinheiros “muito bem escolhidos e armados”, enquanto que na praia do continente, cerca de duzentos índios acompanhavam atentos tudo o que se passava na ilhota. Relata Caminha que a missa “foi ouvida por todos com muito prazer e devoção”.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Dunga, cuida do “monstro” que criaram e resolve - Por Tostão.


Felipão é o responsável pela seleção, mas não é o criador do nosso atual e medíocre estilo de jogar. Ele pensa como os outros técnicos brasileiros. Criaram um monstro. Não sei quando nem onde isso começou, se foi de dentro para fora, por causa da visão estreita dos treinadores, ou se foi de fora para dentro, por causa da ganância pelo lucro, em detrimento da qualidade do futebol.

Está tudo interligado, um jogo de interesses.

Repito, uma praga nacional. Desaprendemos a jogar coletivamente. Para Felipão e a maioria dos técnicos, trocar passes no meio-campo é frescura, um jogo bonitinho, improdutivo. O futebol brasileiro vive de correria, de estocadas e de jogadas aéreas. Muitas vezes, dá certo. Por motivos óbvios, qualquer técnico da seleção tem uma ótima estatística. Queremos mais que isso. O mundo, que tanto nos admira, também está triste.

Por causa do desprezo pelo meio-campo, não temos um craque neste setor. Se Kroos, Schweinsteiger e outros armadores fossem formados no Brasil, seriam escalados, desde as categorias de base, de meias-ofensivos, para atuar próximos ao gol. Schweinsteiger era um meia habilidoso e criativo que se transformou em um volante, para o time ter mais o domínio do jogo e da bola.

Contra a Alemanha, o Brasil jogou com cinco atrás (quatro defensores mais Luiz Gustavo), quatro na frente (Hulk e Bernard, pelos lados, e Oscar, próximo a Fred) e apenas Fernandinho, em um enorme espaço no meio-campo. Enquanto isso, a Alemanha, com todos os jogadores muito próximos, tinha três no meio-campo, mais Müller e Özil pelos lados, que voltavam para marcar e chegavam na frente. Os cinco atacavam e defendiam. Eram cinco contra um.

Houve, nos últimos tempos, uma proliferação de atacantes velozes, mas com pouca técnica e lucidez. Depois de Ronaldo, só tivemos um especial, Neymar. Os outros são fracos para o nível da seleção.

Há 15 anos, falo sobre isso. Tenho a sensação de que estou sendo repetitivo e que não há nenhuma importância se falo ou não falo disso. Cansei.

Todo mundo é feliz - Por Tânia Fusco

No Facebook. Todo mundo viaja muiiiiito, come bem, cozinha melhor ainda, mora ótimo, tem família linda, junta todos os amigos em encontros maravilhosos, frequenta espaços vip, convive e conhece celebridades de todos os calibres – da periguete da hora à celebrity de pedigree registrado. Tem reflexões fantásticas sobre viver, amar e rezar. E compartilha todas.

Todo mundo é “in”, enfim. Melhor ainda, tem vida pra lá de relevante e, em linguagem burocrática, precisa dar conhecimento de cada evento do seu movimentado e perfeito cotidiano.

Fracasso, dor de amor, de cotovelo ou assemelhados não existem no mundo do Facebook. Vez por outra, um desavisado, fora da caixinha, comunica morte, doença... Ta out do script. Mas, como on-line todo mundo é bacana, correto e, principalmente, muiiiiiiiito solidário, o dono da infelicidade comunicada recebe milhares de mensagens de força, simpatia e carinho. Consolo on-line não tem preço. Bom demaiiiiiiiis! Antes do Face era muito mais difícil parecer feliz e bem sucedido.

No Facebook, o mundo é bom, a vida vale a pena semmmmmmmmmpre!!! Ninguém está sozinho no meio de tanta escrita afirmativa, derramando exclamações e letras multiplicadas – sempre muiiiiiitas - pra reforçar e enfatizar o sentimento expresso.

E nem pense que estou falando mal do Facebook. Longe disso. Antes da rede, eu contava meus amigos. Agora perdi completamente a conta. (E se achar pouco, com recurso do próprio Face, ainda posso comprar mais uma penca.) Nunca mais me senti sozinha, fora da curva. Qualquer post ecoa. Em dias ruins, três comentários, cinco curtidas. Em dias bons, avalanches.

Entre um post e outro, penso na dor dos que padecem de inveja. Devem sofrer com a majoritária felicidade alheia. Psis até já alertam: o bom também pode ser ruim. Ao mesmo tempo que reduzem fronteiras e conectam tudo e todos, as Redes Sociais também provocam ansiedade e insegurança. Sou só eu que sofro, derrapo, fracasso e me atrapalho nessa vida? Só eu tenho menos de 100 amigos?

Melhor nem pensar nesse pequennno efeito colateral. Ele tem remédio – post! Vale tudo. A corriqueira pizza que, naquele momento, está bem ali na sua mesa para ser devorada, a ultima gracinha de seu gato, cachorro, periquito, papagaio, a chuva da sua janela, o cabelo novo, o aparelho no dente do seu vizinho maiiiiis querido... Se faltar até isso, apele: vale também aquela foto sem foco, meio apagada, da sua bisavó menina e, agora, caindo de velha. Pronto. Foi inserida no contexto.

'Me acode, Lula!' - Por Ricardo Noblat.


Quem disse indignado na semana passada: “A política está apodrecida no Brasil”?

E quem disse: “É preciso acabar com partidos laranjas, de aluguel, que utilizam seu tempo [de propaganda eleitoral no rádio e na TV] para fazer negócio"?

Por último, quem disse que deveriam “ser consideradas crime inafiançável doações de empresas privadas para partidos”?

Está de pé? Melhor sentar. Foi Lula quem disse. Acredite!

Estou de acordo: não é de hoje que Lula diz o contrário do que faz. Ou afirma algo que nega amanhã. Ou simplesmente reescreve fatos conhecidos.

Procede assim porque acha que a política é para ser feita assim. Aprendeu de tanto observar os costumes alheios quando era líder sindical ou político novato.

Aprendeu, também, depois de perder três eleições presidenciais seguidas.

Agora, chega! – concluiu em 1998 ao ser derrotado pela segunda vez por Fernando Henrique. Deve ser por isso que sempre o trata mal. Parece esquecido de que foi cabo eleitoral dele.

Adiante.

Lula mandou chamar à sua presença o presidente do PT, à época José Dirceu. E ordenou-lhe que jogasse as regras do jogo para elegê-lo. Não estava mais disposto a bancar o bobo.

A semente do escândalo do mensalão caiu em terra fértil quando Lula, na companhia de José Alencar, seu futuro vice, assistiu à compra por pouco mais de R$ 6 milhões do apoio do PL do então deputado Valdemar Costa Neto. 

O negócio foi fechado em um apartamento de Brasília. Lula e Alencar ficaram no terraço. Dirceu, Delúbio Soares, tesoureiro do PT, e Valdemar, se trancaram num quarto.

O efeito devastador sobre o governo do escândalo do mensalão obrigou Lula a convocar uma cadeia nacional de rádio e de televisão para pedir desculpas aos brasileiros.

Uma vez terminado o julgamento do mensalão, disse que ele jamais existiu. E acusou o Supremo Tribunal Federal, cuja maioria dos ministros foi nomeada por ele, de ter se curvado à pressão da mídia.

Incoerência? Que nada. Esperteza!

Em 2005, Severino Cavalcanti (PP-PE), presidente da Câmara dos Deputados, renunciou ao cargo e ao mandato para escapar de ser cassado. Recebera um mensalinho pago pelo dono de um restaurante.

Lula saiu em defesa dele três anos depois. Afirmou que o respeitava muito. E culpou parte da “elite paulista” pela queda de Severino. Ainda não existia a “elite branca” capaz de vaiar Dilma.

A um amigo, em conversa recente, Lula referiu-se a Dilma como “aquela mulher”. Lamentou não ter combinado abertamente com ela que a substituiria já este ano como candidato a presidente.

Dilma conta a história de que consultou Lula sobre seu desejo de voltar ao poder. E diz que ele negou o desejo. 

Antes de se lançar candidato do PSB à vaga de Dilma, Eduardo Campos ouviu de Lula que não disputaria a eleição.

O “Volta, Lula!” esfriou. O “Me acode, Lula!” só faz esquentar. Para tristeza de Dilma.

Ela imaginou que chegaria às vésperas da eleição deste ano menos dependente de Lula. Mas não. Em primeiro lugar, depende de Lula para se reeleger. Em segundo, do engenho e arte do seu marqueteiro.

O tempo de propaganda eleitoral de Dilma será três vezes maior que o de Aécio e cinco vezes maior que o de Eduardo. Por que?

Porque Lula costurou uma aliança de 10 partidos, a maioria de aluguel, que doou a Dilma seu tempo de propaganda em troca de dinheiro e de cargos no governo.

Se tudo der certo, Lula promete acabar com os meios reprováveis que teriam ajudado Dilma a se reeleger.

Você acredita?

A Santa Teresinha da República -- por Ancelmo Góis


    Dia 21, agora, celebram-se os 220 anos da morte de Tiradentes. Mas com o passar dos anos a imagem do herói supremo da nação anda meio crestada. Um tiro certeiro foi disparado pelo grande historiador José Murilo de Carvalho, que, em seu livro “A formação das almas”, no capítulo “Tiradentes: um herói para a República”, mostra como o mito Tiradentes foi construído pela propaganda republicana. A República, que chegou ao poder sem muito apelo popular, teve dificuldade de construir um herói. Tentou sem sucesso Deodoro, Benjamin Constant e Floriano Peixoto. Terminou tendo êxito apelando para Tiradentes. 

   Zé Murilo lembra que em torno do personagem histórico de Tiradentes houve e continua a haver intensa batalha historiográfica. “Até hoje se disputa sobre seu verdadeiro papel na Inconfidência, sobre sua personalidade, sobre suas convicções e sobre até sua aparência física.” Como não existia qualquer retrato feito por quem o tivesse conhecido pessoalmente, foi retratado de barbas, uma figura que lembra, como cantou Castro Alves, Jesus.

   Kenneth Maxwell, historiador britânico e autor do livraço “A devassa da devassa — A Inconfidência Mineira: Brasil e Portugal 1750-1808”, diz que quando escreveu o livro deixou de lado a mitologia de Tiradentes “bem relatada por José Murilo em seu belo trabalho”. Segundo ele, Tiradentes era de fato um admirador da independência dos EUA, um republicano, nacionalista e também um homem de ação. “Mas não era, na minha opinião, o mais importante conjurado em Minas na época, em comparação com homens abastados, e com experiência internacional, como Cláudio Manuel da Costa e Tomas Antônio Gonzaga, por exemplo.”

   Já mestre Boris Fausto diz que Tiradentes foi, na sua opinião, “um dos poucos heróis de nossa História, sem falar e sem fazer demagogia, e do povo brasileiro. Diz que gosta muito da obra do Zé Murilo, “mas ele tem um viés com relação à República”. Boris reconhece que o culto de Tiradentes surgiu entre os republicanos: “Mas sua imagem, em compensação, foi abafada pela monarquia, porque D. Maria, chamada A Louca, responsável ostensiva pela aplicação da pena de morte ao alferes, era ancestral de nossos imperadores.” 

   Convidado a entrar no debate, o pernambucano Evaldo Cabral de Mello se esquivou. “Tiradentes era uma figura simpática, simples, considerado um santo, uma Santa Teresinha, e com santo não se discute.”

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Menina Linda.

O tempo não é tamanho assim, mas sua ação causa espanto e grande admiração. As mudanças, as transformações acontecem, que não se tem como avaliar.

Vi, há poucos dias uma apresentadora de televisão, uma pisicologa, uma professora com uma turma de criança, meninos e meninas, ensinando, como se ensinava o antigo b.a = bá, desta feita como fazer uso detalhado, como colocar a camisinha.

Fiquei pasmo, menos pelo fato em si, pelas crianças, pela perda dos sentimentos de conquista, dos valores morais, e, mais pela apresentadora, a professora e a psicologa que viveram uma infancia e adolescencia de preceitos e costumes bem mais nobres e sublimes. Não esperava que se dessem a esse sacrificio.

Quem não passou noites estudando a luz de uma lamparinha para encher a caderneta escolar de DEZ para se destacar dos demais e atrair a atenção das meninas? Pelo visto, hoje em dia, não existe mais o preceito da conquista, apenas existem os cuidados, a proteção. Já estão na mão, entregues para o consumo. Pobres adolescentes.

domingo, 20 de julho de 2014

Campos diz que Dilma não concluiu obras no Nordeste - Por Carol Sanches, Estadão


O candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, disse ontem, durante visita a capital alagoana, que o atual governo não concluiu nenhuma das obras que foram iniciadas no Nordeste desde que assumiu a gestão. Para Campos, a presidente Dilma Rousseff (PT) não se preocupou com a região onde teve mais de 11 milhões de votos.

Campos destacou que tem um compromisso com o Nordeste e fez críticas ao governo. "Não vemos uma obra que começou no governo de Dilma ter sido concluída. O Canal do Sertão está aí, sem um hectare de terra irrigado, sem levar água do canal para as cidades que estão com sede. Vemos o potencial turístico do litoral alagoano sem a obra da duplicação da AL-101, que foi uma luta nossa desde o governo de Lula", disse.

sábado, 19 de julho de 2014

A perfeição vem da Pratica.

Certa vez o grande músico Rubenstein disse: "Se passo um dia sem praticar, eu noto a diferença; se passo dois dias, meus amigos notam a diferença; se passo três dias, o público nota a diferença."

É como se costuma dizer, a perfeição vem da prática. Assim, pois, continuemos crendo, continuemos orando, continuemos a fazer a Sua vontade. Em qualquer ramo da arte, por exemplo, se alguém deixar de praticar, sabemos qual será o resultado.

Se apenas usássemos em nossa vida religiosa o mesmo tipo de sendo comum que usamos em nosso viver diário, caminharíamos para a perfeição.

Este era o modo de Davi Livingstone: "Eu resolvi nunca parar sem ter chegado ao fim e cumprido o meu propósito" . Com firme persistência, e confiante em Deus, ele venceu.

Rumo ao Brasil Central - Por Carlos Eduardo Esmeraldo e Magali de Figueiredo Esmeraldo

. Carlos
. Magali
Quando completamos pouco mais de um mês de casados, morando ainda em Tomé-Açu, Carlos recebeu a notícia da Construtora Engenorte, de que iria trabalhar em S. João d'Aliança - Goiás, na estrada São João d'Aliança-Alto Paraíso. Em conseqüência das fortes chuvas os trabalhos da estrada “Tomé-Açu-Paragominas foram suspensos.

Com a surpresa tive a certeza de que a nossa vida estava parecendo com vida de cigano, sempre levantando acampamento. Mas, com toda a animação da nossa juventude, fomos enfrentar a mudança. E eu que, aos poucos estava conhecendo e me acostumando com aquela região cheia de igarapés, onde havia grandes plantações de pimenta-do-reino, teria que ir embora. Além dos japoneses proprietários dessas plantações, a cidade de Tomé-Açu abrigava também muitos cearenses.

Novamente, nosso fuscão ficou lotado de bagagens. Os poucos móveis e o fogão foram acomodados no caminhão da firma. Seguimos viagem pelas estradas enlameadas, deixando para trás a nossa casinha de madeira pintada de branco que foi testemunha da nossa felicidade do primeiro mês de casados.

A estrada foi aberta no meio da floresta e lembrava muito a subida para Serra do Araripe, com a diferença de que as árvores eram mais altas e frondosas e era numa região plana. Em conseqüência das fortes chuvas recentes, a estrada estava encharcada de lama. Em algum momento teria mesmo que atolar. E o fusca atolou junto também com os caminhões e máquinas da firma, próximo a uma fazenda. Horas e horas ficamos atolados já com a fome apertando, pois só tínhamos tomado o café da manhã. Dormir em Paragominas, como era o planejado não seria mais possível, pois já estava anoitecendo. Com o estômago vazio, começamos a pensar nas pessoas que passam fome. Imaginamos um pai ver os filhos sem ter o que comer e não poder fazer nada por causa do desemprego.

O mais interessante é que apesar de todas essas dificuldades eu me sentia tranquila, achando que tudo daria certo. Além da minha fé em Deus, eu confiava que ao lado de Carlos, íamos encontrar uma saída. A sintonia entre nós dois era e continua tão forte, assim como o nosso amor. Por isso, estávamos muito calmos e não nos desesperamos em nenhum momento. Lembrei-me de um pequeno versículo do Livro de Gênese 2, 24: "Por isso, um homem deixa seu pai e sua mãe, e se une à sua mulher, e os dois se tornam uma só carne." Era aí onde estava a nossa força, na Palavra de Deus, nas suas bênçãos e no nosso amor. Naquele momento, em vez de perdermos a paciência, enfrentamos tudo com muito humor. Estávamos confiantes de que Deus nos tiraria daquela situação.

Para nossa salvação, avistamos uma casa de fazenda, próximo de onde os carros ficaram atolados. Pedimos abrigo por uma noite e o fazendeiro, um simpático mineiro que há poucos dias instalara-se na terra, antes devoluta, nos acolheu. Lá já se encontrava um engenheiro do Departamento Nacional de Minas e Energia, que descobriu extensas reservas de bauxita naquela área. Após o delicioso jantar, conversamos durante algum tempo e logo fomos dormir, pois a noite estava bastante fria. É que no meio da floresta, quando chove, faz frio durante a noite. Quando o dia amanheceu, verificamos que a chuva deu um pouco de trégua, foi possível desatolar os carros e prosseguirmos com a viagem até Belém, de onde sairíamos para Brasília. Quando chegamos à capital paraense, já era noite.

No dia seguinte, acertamos os últimos detalhes da longa viagem de Belém até Brasília. Às seis horas da tarde partimos de Belém e seguimos até Santa Maria do Pará, um percurso de 100km, quando o asfalto terminou. Resolvemos dormir nessa cidade e prosseguir logo na manhã do dia seguinte.

A estrada Belém-Brasília, como era chamada desde sua construção, possuía, já naquela época, um intenso movimento de caminhões. No trecho do Pará, até Imperatriz no Maranhão nos deslocamos muito bem, pois apesar de não haver asfalto, havia um bom revestimento primário, termo técnico usado na engenharia rodoviária para o que popularmente é conhecida por estrada de piçarra. Entretanto pernoitamos em Paragominas. No terceiro dia da viagem, passamos por Imperatriz, e por volta das oito horas da manhã atravessávamos a ponte do Estreito sobre o Rio Tocantins e entramos no Estado de Goiás.

Desde o norte de Goiás, onde atualmente é o Estado do Tocantins, a rodovia estava sendo asfaltada e passamos a viajar sobre longos trechos de desvios. Eram duas trilhas aprofundadas pelos caminhões carretas, além das caçambas com o transporte de material para construção da estrada. Por isso se formou nos dois lados do desvio duas trilhas sobre a areia, bem aprofundadas. Como a largura dos caminhões era bem maior do que a do fusca, ao tentar ultrapassar uma caçamba, ficamos facilmente suspenso pelo "canteiro central" formado no meio das duas cavas feitas pelo peso das carretas. O motorista da caçamba, de espírito bastante solidário, ofereceu-se para ajudar. Amarrou uma corda no eixo dianteiro do fusca e deu partida. Ouvi um estalido seco e senti não haver saído do lugar. O motorista desceu e constatou que a ponta do eixo traseiro da caçamba havia rompido. Com isso a estrada ficou interditada. A caçamba de um lado e o fusca do outro. Imediatamente formou-se duas filas de caminhões, uma à nossa frente, e outra atrás. Até que um motorista de uma das carretas exclamou: "E nós vamos ficar aqui parado por causa desse fusquinha, pessoal?" Convocou seus companheiros e quando menos esperei, estávamos voando sobre a estrada, nos braços de homens fortes, que nem sequer pediram para que descêssemos do fusca.

Mas o pior nos aguardava mais um pouquinho à frente. Mal refeitos dos susto sofrido pelo episódio do "entalo" do fuscão, ao subirmos uma ladeira, lá no alto, fomos mandados parar por dois homens que mais pareciam dois portões de ferro. Era um posto da Polícia Federal. Perguntaram de onde vínhamos, para onde íamos, profissão, pediram nossa documentação, identidade, certidão de casamento, registro do CREA, carteira de trabalho, tudo o mais que comprovassem que não éramos terroristas. Não satisfeitos, pediram para abrir o bagageiro e passaram a revistar nossas malas, sacolas e tudo o que vissem pela frente. Dias antes, o dono da Engenorte fez uma viagem a Manaus e na volta me presenteou com uma pequena radiola portátil importada do Japão, que transportávamos debaixo do banco traseiro do fusca, por falta de espaço. Pois eles, depois de revistarem tudo, descobriram a radiolazinha e pediram a nota fiscal. Respondi que havia sido um presente, e que ao recebermos um presente não ficava bem pedir a nota fiscal e nem perguntar o preço. De nada adiantou. Ficaram com nossa radiola. Depois é que nós ficamos sabendo que naquela época estava acontecendo a guerrilha do Araguaia, a cerca de uns 50km dali. Daí termos sidos tratados como se fossemos terroristas.

Deixar nossa radiola para trás nos deixou muito tristes, pois era um dos três bens de consumo que tínhamos para o nosso entretenimento. Os outros bens eram, um pequeno toca fitas e um rádio portátil, que somente sintonizávamos à noite. Ouvíamos os discos e as fitas de Paul Mauriat, Paulinho da Viola e Roberto Carlos.

Seguimos viagem e já quase na hora do almoço avistamos um restaurante num local bastante agradável localizado numa plataforma de madeira sobre um pequeno rio. Estava praticamente lotado. Chamei Carlos para almoçar, mas ele disse que era cedo e almoçaríamos mais adiante. Só que não passamos mais por nenhum restaurante, aliás não havia mais nenhuma cidade, apenas pequenos povoados. Num deles, paramos em uma bodega procurando comprar alguma coisa para comer, mas não havia nada, nem mesmo uma coca-cola, ou um pacote de bolachas, nem água mineral. A água existente era barrenta. Passamos o resto do dia com fome e sede. Não adiantava lamentar, o certo era esperar com muita paciência até chegar a Porangatu, o que somente aconteceu à noite.

O restante da viagem transcorreu sem mais nenhum sobressalto. De Porangatu até Brasília já havia asfalto. No dia seguinte chegamos à noite em Brasília, onde dormimos e seguimos para São João d'Aliança, nosso destino.

Por Carlos Eduardo Esmeraldo e Magali de Figueiredo Esmeraldo

A LEI DA ATRAÇÃO - Por Chico Xavier


Postagem de Vicente Rodrigues de Almeida.

Nasceste no lar que precisavas, vestiste o corpo físico que merecias, moras onde melhor Deus te proporcionou, de acordo com teu adiantamento.

Possuis os recursos financeiros coerentes com as tuas necessidades, nem mais, nem menos, mas o justo para as tuas lutas terrenas. Teu ambiente de trabalho é o que elegeste espontaneamente para a tua realização.

Teus parentes e amigos são as almas que atraíste, com tua própria afinidade. Portanto, teu destino está constantemente sob teu controle.
Tu escolhes, recolhes, eleges, atrais, buscas, expulsas, modificas tudo aquilo que te rodeia a existência.

Teus pensamentos e vontade são a chave de teus atos e atitudes...
São as fontes de atração e repulsão na tua jornada vivência.
Não reclames nem te faças de vítima.

Antes de tudo, analisa e observa.
A mudança está em tuas mãos.
Reprograma tua meta,
Busca o bem e viverás melhor.

Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer Um pode Começar agora e fazer um Novo Fim.

Senhor - Enviado por Rogeanny Santana

Cada dia, Senhor,
Surgem oportunidades pra provar que Tu és uma fonte inesgotável, de poder ilimitado,  eficaz e acionado pela minha fé ...

Vejo que as minhas orações são sempre ouvidas. Uma a uma, e ao Seu tempo são respondidas... E é por isso, que posso confiar!  Que a porta que o Senhor vier abrir para mim, ninguém poderá fechar.

Tu és o Deus que opera quando o homem diz: "Não dá". E abre um caminho onde solução: "não há".  És o Deus que tem a cura para todo o mal. Mesmo aquele que a ciência não pode curar. Se algum problema se levantar e tentar me parar.  Declaro Tua palavra e o monte é lançado ao mar!

Eu confio em Ti, não temo e não vou me abalar. Mesmo que a morte venha me encarar. Pois o Teu poder e Tua graça me faz ver que sou  Muito mais que vencedor

E quando a Lua se esconder é porque  O Sol está para nascer ...  E ao nascer do Sol,  vejo que o Senhor não está do meu lado. E sim me carregando no colo.

OBRIGADA SENHOR DEUS

Por não me abandonar e fazer parte da minha vida. Obrigada, ainda mais, por estar cuidando  desta pessoa que lê esta mensagem. E por mostrar à ela, que ela está no seu colo neste momento.

Se sentir no seu coração vontade de repassar, repasse ...Para todos aqueles que você sentiu de enviar, Deus dará um renovo.  Será um tocar de Deus, nestas vidas e também na sua.

Texto baseado na música Fonte Inesgotável da Comunidade Zona Sul
Senhor:
Que mesmo durante os melhores momentos da minha vida, eu mantenha e aumente cada vez mais a minha fé em Vós. Pois nos momentos áridos do meu caminhar, eu buscarei alento na fé e no Senhor!

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Goleada democrática - Por Merval Pereira, O Globo


A aprovação na Câmara dos Deputados terça-feira do pedido de urgência para votar um decreto legislativo que anula o decreto da presidente Dilma Rousseff que cria conselhos populares em órgãos da administração pública está sendo considerada “uma goleada maior que os 7 a 1 da Alemanha na seleção brasileira”, na definição de um deputado que conhece bem a Casa.

Isso porque o pedido de urgência recebeu 294 votos a favor, apesar de todo o trabalho do Palácio do Planalto sobre sua base aliada e das ameaças veladas que os líderes do PT fizeram ao microfone, tratando como uma traição dos aliados a posição contrária e, mais do que isso, jogando contra os deputados opositores a pecha de serem contra o povo, que ganharia mais espaço nas decisões do governo, pois estaria representado nesses conselhos.

O deputado Miro Teixeira irritou-se com a posição dos petistas e anunciou no microfone que votaria contra o decreto da presidente Dilma por considerá-lo simplesmente eleitoreiro, editado às vésperas da eleição presidencial para ganhar a simpatia dos chamados movimentos sociais, que seriam os beneficiados pela medida.

Há diversas vertentes na oposição ao decreto, desde os que, como Miro, o consideram inócuo, mas eleitoreiro, quanto os que temem que esse seja um passo a mais na direção de um governo no estilo bolivariano, como os da Venezuela e de outros países da América Latina.

Há muitos deputados que votarão contra o decreto para preservar a função do Congresso Nacional no nosso sistema presidencialista, como um dos poderes da República, um contraponto ao Executivo e ao Judiciário.

terça-feira, 15 de julho de 2014

Namoro acabado - Por A. Morais

Pedro de José Valério do Riacho do Meio  deu umas olhadas para Rosa de Antônio Teotonho  da Charneca e de pronto começou um namoro. Nunca se viu antes tanto respeito,  atenção de um para o outro. Se completavam plenamente. Determinado momento  a paixão  fugiu do controle e da razão, então  decidiram se casar. Nem uma casinha de taipa o Pedro possuia, Rosa, por sua vez, não tinha como adquirir os teréns. 

Mesmo assim  levaram o plano adiante.  Pedro foi  pedir consentimento para casar-se  com Rosa e, se deu o presente dialogo entre  futuros sogro e genro.

Disse Pedro: Eu gosto muito de sua filha e gostaria que o Senhor consentisse o nosso casamento.
Você tem renda para custear as despesas de uma casa? Perguntou Antônio Teotonho.
Eu sou trabalhadorzinho, e aqui e acolá ganho com uns dias de serviço, respondeu Pedro.

Acho melhor você repensar o seu plano, a renda que você tem não compra nem o papel higiênico que minha filha usa, declarou  Antônio já meio zangado, com um ar definitivo.

Pedro  resolveu seguir o conselho do sogro e quando passava  na sala de espera  Rosa toda insinuosa lhe  perguntou: como foi bem? Dá certo não, você caga demais.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Frases de efeito.

Frase do seculo:

Os deputados e senadores só não são completamente inúteis  porque servem de mal exemplo.

Nota oficial do Vaticano:

Sejam todas as mulheres informadas de que, deitadas na cama, nuas, enroscadas com alguem e gritando:

Oh meu Deus!
Oh meu Deus!
Oh meu Deus!

Não será considerado PRECE.

PT saudações.


Senadora Ana Rita - PT - ES.

Imaginem a seguinte cena.....bandido furta um objeto em supermercado, em uma mercearia, lanchonete, em um shopping, em uma concessionária... daí o comerciante olha para o criminoso e diz "o coitadinho, tá precisando furta não? Pode ir embora."... dá lhe um "pito¨e tudo resolvido....é verdade.....uma Senadora Petista...ali do Espírito Santo encaminhou Projeto de Lei permitindo o Furto Social... se você viu propaganda na TV, de determinado produto e não pode resistir a propaganda ou não podendo comprar o produto...vai lá e furta.. é legítimo furtar... o fulano tá legalizado meter a mão...é uma questão social, não é uma questão criminal...não sei qual escola da Senadora....mas para ela se um companheiro é flagrado com a "boca na botija", os demais devem lhe dar um pito.... pode roubar, prevaricar que isto não é errado.... errado é porque o companheiro se deixou pegar... esses petistas .... enxergam o crime como algo menor, inofensivo, de menor potencial... não é á toa que vivemos uma crise na Segurança Pública..

Abram o olho...vejam o que esses Senadores e Deputados Federais estão propondo... ou não propondo .....quanto dinheiro jogado fora!!!! Para fazer leis...é necessário conhecimento....é necessário coragem para mudar.....complicado depender apenas de assessoria, dá nisso!!!!!

domingo, 13 de julho de 2014

O tribunal da História - Por Ruy Fabiano.

Entre os desserviços que a Era PT presta ao país, está o de tentar mudar sua história recente. Os heróis da resistência ao regime militar não foram os que apelaram à luta armada, que nada mais fizeram que fornecer pretextos para que o ambiente político se tornasse ainda mais espesso e adverso.

Foram as lideranças civis desarmadas – entre outros, Tancredo Neves, Ulysses Guimarães, Paulo Brossard, Sobral Pinto e Raymundo Faoro – que agiram com desassombro, bom senso e eficácia, pondo fim à ditadura sem disparar um único tiro.

Com palavras – e nada mais que palavras -, conseguiram convencer os próprios governantes da ineficácia do regime que sustentavam e do desgaste que inevitavelmente recairia sobre as instituições armadas, se se perpetuassem no poder.

O papel do PT nesse processo, a partir de 1980, quando surge, é ambíguo, para dizer o mínimo. Nem é preciso recorrer à denúncia de Ruma Junior, no livro “Assassinato de Reputações”, de que Lula funcionava como informante do regime ao tempo em que mobilizava os sindicalistas para criar um partido. Pouco importa, do ponto de vista prático, se isso ocorreu.

O que importa é que o PT se empenhou em frustrar a estratégia das oposições de formar uma frente única contra o regime. Sabia-se que era propósito – e isso é fato histórico – do governo militar fragmentar as oposições para dividir-lhes os votos e vencer as eleições. E a isso o PT aderiu.


MOMENTO DA PROSA - Por Claude Bloc

Amigos e Estradas
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Em muitos episódios de nossa vida caminhamos incertos. Traçamos nossos rumos, mas nem sempre seguimos as rotas que queremos trilhar.  Essas estradas que percorremos são como amigos: alguns indispensáveis, simples como aquela estradinha de terra no interior, com nossos rastros marcados pelo chão. Subimos então no alto da serra e, lá de cima, podemos avistá-la inteirinha. É aí, então, que vislumbraremos nossos sonhos e saberemos para onde podemos ir e onde podemos chegar. São como amigos que consideramos límpidos e confiáveis.
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Outros amigos, aqueles que acabaram de chegar, são como estradas que ainda não desbravamos: vamos nos aventurando sem saber muito bem os seus limites... é um caminho desconhecido, mas que sempre vale a pena trilhar.
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Há amigos que parecem aquelas estradas periféricas, aquelas que pouco usamos, pouco vemos, mas sabemos que quando precisarmos, elas estarão lá. Que poderemos passar e cortar caminho, mesmo que distante... Essas sempre estão em nossa memória.
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E existem ainda os amigos que são como aquelas estradas que não existem mais, mas que sempre fazem um elo entre a nossa emoção e uma imensa saudade. Saudade de uma paisagem, de um trecho de estrada, de um momento que deixou marcas profundas em nosso coração. Essas estradas se foram, mas ficaram impregnadas em nossa alma... 
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Então, nessa viagem que é a vida, podemos dizer que os amigos são mais do que simples estradas, são placas que indicam a direção, são o vento que nos traz alento, são o sol que nos faz viver e, naqueles momentos em que mais precisamos, são por vezes o nosso próprio chão.

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Claude Bloc

Louis Braille - Enviado Por Rogeanny Santana.


Um dia, um menino de 3 anos estava na oficina do pai, vendo-o fazer arreios e selas.  Quando crescesse, queria ser igual ao pai. Tentando imitá-lo, tomou um instrumento pontudo e começou a bater numa tira de couro. 
O instrumento escapou da pequena mão, atingindo-lhe o olho esquerdo.  Logo mais, uma infecção atingiu o olho direito e o menino ficou totalmente cego.  Com o passar do tempo, embora se esforçasse para se lembrar, as imagens foram gradualmente desaparecendo e ele não se lembrava mais das cores. 
Aprendeu a ajudar o pai na oficina, trazendo ferramentas e peças de couro.  Ia para a escola e todos se admiravam da sua memória. De verdade, ele não estava feliz com seus estudos. Queria ler livros. Escrever cartas, como os seus colegas. 
Um dia, ouviu falar de uma escola para cegos. Aos dez anos, Louis chegou a Paris, levado pelo pai e se matriculou no instituto nacional para crianças cegas. Ali havia livros com letras grandes em relevo. Os estudantes sentiam, pelo tato, as formas das letras e aprendiam as palavras e frases. Logo o jovem Louis descobriu que era um método limitado. 
As letras eram muito grandes. Uma história curta enchia muitas páginas. O processo de leitura era muito demorado. A impressão de tais volumes era muito cara. Em pouco tempo o menino tinha lido tudo que havia na biblioteca.
Queria mais. Como adorava música, tornou-se estudante de piano e violoncelo. O amor à música aguçou seu desejo pela leitura. Queria ler também notas musicais. Passava noites acordado, pensando em como resolver o problema. Ouviu falar de um capitão do exército que tinha desenvolvido um método para ler mensagens no escuro. A escrita noturna consistia em conjuntos de pontos e traços em relevo no papel. Os soldados podiam, correndo os dedos sobre os códigos, ler sem precisar de luz. Ora, se os soldados podiam, os cegos também podiam, pensou o garoto. Procurou o capitão Barbier que lhe mostrou como funcionava o método. 
Fez uma série de furinhos numa folha de papel, com um furador muito semelhante ao que cegara o pequeno. Noite após noite e dia após dia, Louis trabalhou no sistema de Barbier, fazendo adaptações e aperfeiçoando-o. Suportou muita resistência. Os donos do instituto tinham gasto uma fortuna na impressão dos livros com as letras em relevo. Não queriam que tudo fosse por água abaixo. Com persistência, Louis Braille foi mostrando seu método. Os meninos do instituto se interessavam. À noite, às escondidas, iam ao seu quarto, para aprender. 
Finalmente, aos 20 anos de idade, Louis chegou a um alfabeto legível com combinações variadas de um a seis pontos.O método Braille estava pronto. O sistema permitia também ler e escrever música. A idéia acabou por encontrar aceitação. Semanas antes de morrer, no leito do hospital, Louis disse a um amigo: 
"Tenho certeza de que minha missão na Terra terminou."Dois dias depois de completar 43 anos, Louis Braille faleceu. Nos anos seguintes à sua morte, o método se espalhou por vários países. Finalmente, foi aceito como o método oficial de leitura e escrita para aqueles que não enxergam. 
Assim, os livros puderam fazer parte da vida dos cegos. Tudo graças a um menino imerso em trevas, que dedicou sua vida a fazer luz para enriquecer a sua e a vida de todos os que se encontram privados da visão física. 
Há quem use suas limitações como desculpa para não agir nem produzir. No entanto, como tudo deve nos trazer aprendizado, a sabedoria está, justamente, em superar as piores condições e realizar o melhor para si e para os outros.
Desconheço o Autor

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Isso tambem passa - Enviado por Rogeanny Santana.

A vida nos prega muitas peças, que podem ser boas ou não tão boas assim, mas tudo significa aprendizado.

Recebi esta mensagem de um anjo protetor num desses momentos de dor onde quase perdi a fé. Ela é para que todos os dias antes de me levantar e de me deitar possa ler e refletir, para que quando tiver um problema, antes de me lamentar eu possa me lembrar que "ISSO TAMBÉM PASSA", e para quando estiver exaltado de alegria, que tenha moderação e possa encontrar o equilíbrio, pois. "ISSO TAMBÉM PASSA". 

Tudo na vida é passageiro assim como a própria vida, tanto as tristezas como também as alegrias, praticar a paciência e perseverar no bem e nas boas ações, ter simplicidade, fé e pensamentos positivos mesmo perante as mais difíceis situações é saber viver e fazer da nossa vida um constante aprendizado.

É ter a consciência de que todas as pessoas erram, de que o ser humano ainda é um ser imperfeito em busca da perfeição e por isso ainda sofre, é saber que se muitas vezes nos decepcionamos com pessoas é porque esperamos mais do que elas estão preparadas para dar, dentro de seu contexto e grau de compreensão.

Deste modo meu amigo, toda vez que olho para essa frase, meu coração se aquieta e a paz me invade, pois sei que "ISSO TAMBÉM PASSA".

A cara do governo Dilma Roussef - Por Augusto Nunes.



“É impossível administrar com tanta gente”, resumiu o empresário Jorge Gerdau, coordenador da Câmara de Gestão. Um primeiro escalão com 38 integrantes é coisa de doido, confirma a foto da reunião ministerial desta segunda-feira. Mas Gerdau, chefe do grupo escalado por Dilma para apresentar propostas que tornem o governo mais ágil e menos ineficaz, está perdendo tempo. As sugestões vão naufragar no mar das conveniências político-financeiras.

Para satisfazer a gula do PT e da base alugada, a presidente não pode desativar nenhum cabideiro de empregos, muito menos fechar alguma fábrica de maracutaias.

A fala da presidente durou 30 minutos. Se quisesse saber o que andou fazendo o pior ministério de todos os tempos, cada pai-da-pátria precisaria de pelo menos 15 para explicar por que não fez o que prometeu ou combinou. Total: 570 minutos.

Tamanha discurseira exigiria, no mínimo, dois intervalos de 15 minutos. Mais meia hora. Tudo somado, a reunião consumiria 630 minutos. Ou 10 horas e meia. Para quê? Para nada. Dilma tanto sabe disso que tratou de dispensar a turma de justificativas já na abertura do encontro. “Eu não quero balanço”, informou a voz na fronteira que separa a advertência do rosnado.

Melhor assim. O PAC é um balaio de fantasias esquecidas, projetos encalhados, canteiros de obras desertos, cronogramas atrasados e ruínas prematuras.

As águas do São Francisco só chegaram ao sertão do Brasil Maravilha registrado em cartório. Os flagelados da Região Serrana seguem à espera das 6 mil casas prometidas para julho de 2011. As 6 mil creches da campanha continuam nos palanques. O Enem do primeiro semestre foi cancelado.

Os figurões do governo tratam até resfriado em hospitais particulares. Há 12 meses no cargo, Dilma não presidiu nenhuma inauguração relevante. Nenhuma. Os casos de polícia protagonizados por ministros foram infinitamente mais numerosos que os fatos admistrativos produzidos pelo primeiro escalão.

Vale a pena ver de novo a multidão de nulidades contemplando a chefe invisível ou fingindo anotar os melhores momentos de outro discurso sobre o nada. Se cada gestão presidencial tivesse de providenciar uma carteira de identidade, o documento válido para o período 2011-2015 poderia ser ilustrado pela foto acima. É a cara do governo Dilma Rousseff.